quinta-feira, 30 de agosto de 2012

LIÇÃO 10 – RENUNCIA: SEGREDO PARA FRUTIFICAR


Jesus Cristo - O mestre da evangelização
LIÇÃO 10 – RENUNCIA: SEGREDO PARA FRUTIFICAR
02 DE SETEMBRO DE 2012

TEXTO ÁUREO
"E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo." Lucas 14:27

VERDADE APLICADA
A resignação é o preço para o sucesso do discipulado, sem  este preço não somos discípulos e muito menos multiplicadores.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar Jesus como o exemplo máximo de resignação;
Demonstrar que os princípios apresentados por Jesus precisam ser postos em prática;
Mostrar o privilégio e a alegria de evangelizar a humanidade.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 12.20 - Ora, havia alguns gregos entre os que tinham subido a adorar no dia da festa.
Jo 12.21- Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus.
2.23 - E Jesus lhes respondeu, dizendo: E chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado.
Jo 12.24 - Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.
Jo 12.25 - Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem, neste mundo, aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.
Jo 12.26 - Se alguém me serve, siga-me; e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.
INTRODUÇÃO
O Mestre de Nazaré é nosso exemplo máximo de resignação, que desceu de Sua glória, fazendo-se carne para realizar a obra salvadora profetizada há muitos séculos antes dEle. Todos os princípios por Ele esposados são normativos para um trabalho evangelístico de sucesso hoje. Precisamos conhecê-los e pô-los em prática já.

1. O preço do discipulado:
Morte não é para muitos um assunto agradável para se falar, ler ou escrever. A morte, no entanto, é algo comum, embora nunca nos acostumemos com ela. Na verdade, a morte é um elemento natural e indispensável à natureza. Ao olharmos para ela, na natureza ela não nos incomoda, mas a nós como indivíduo sim por que somos indivíduos que, apesar de sofridos, gostamos de viver. Mas Jesus nos convida a tomarmos a nossa cruz a cada dia, isso tem um sentido profundo que estudaremos a seguir.

1.1. Morte do grão de trigo:
Quando Jesus disse, "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer ... ", ele estava falando profeticamente da sua própria morte que experimentaria, mas está implícito aí da resignação que o Filho de Deus teve a cada dia da sua vida. Jesus abriu mão da sua glória, nasceu numa família pobre, viveu uma vida comum inicialmente, e passou pelas coisas ou sofrimentos que um homem comum sofre. Tamanha foi a sua auto-humilhação! Uma escolha deliberada dele mesmo, altruísta que visava gerar muitíssimos frutos eternos. Como ele fez, ele exige que façamos também, ou seja, que tenhamos um caráter transformado que dê prazer a Deus, e que atraia os homens à comunhão com Cristo.

  •      Todos os passos de Jesus tinham um propósito, em tudo ele ensinava, nas parábolas, nas curas, nos milagres e em todos os seus atos, Ele apontava para a sua morte e ressurreição e consequentemente a salvação do homem;
  •       Jesus veio sabendo do seu destino, sabia do seu fim e ainda assim, por amor ao homem, Ele decidiu ir até o fim;
  •         A maior tristeza da vida de Cristo foi quando sentiu a ausência do Pai pois, desde a eternidade, Jesus jamais tinha se separado de Deus, sempre foram um. Na cruz, Cristo tomou sobre si os nossos pecados e sozinho teve que suportar a morte, angustiou-se ao ponto de clamar “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” Foi a única vez que Cristo se separou de Deus...


1.2. Morte, perdas ou esvaziamento:
Pensemos um pouco na espiga de trigo, tão bonita, robusta, dourada e cheia de glória, dançando sob o espectro do vento como ondas douradas. Todos a admiram, e muitos há que ornamentam suas casas com lindas espigas de trigo, tamanha é a sua beleza. O curioso é que no mundo não há cereal mais cultivado do que o trigo. Todavia, é necessária a morte dele para si mesmo como grão, a fim de perpetuar a própria espécie. A morte para si mesmo implica em perdas dessa beleza e glória que representam a vaidade humana. Há, portanto, no trigo um esvaziamento de si mesmo, lembremo-nos da expressão de João, que demonstra isso, "e o verbo se fez carne e habitou entre nós"(Jo 1. 14); e de Paulo, que disse, "antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo" (Fp 2.7). Assim como Jesus esvaziou-se de si mesmo, de igual modo, devemos fazer para sermos discípulos autênticos.
  • O cerrado brasileiro possui exemplares de plantas que só brotam após um incêndio, precisam passar pela morte para darem vida...
  • Temos no trigo um exemplo da vida do cristão, para frutificar tem que morrer! É necessário sepultar o homem velho para que o novo dê vida e seja habitado pelo Espírito Santo.


1.3. Com a morte, a nova vida:
Quando cremos em Jesus de todo o nosso coração e entregamos a nossa vida a Ele, espiritualmente morremos e fomos com Ele sepultados para que o domínio do pecado seja desfeito (Rm 6.4). Então nascemos de novo, começamos uma nova vida agora ressuscitado com Cristo. Se morrermos com Cristo, morremos para as coisas dessa vida e ressuscitamos a fim de vivermos para Deus, pensando nas coisas que são do alto onde Cristo está assentado à direita de Deus Pai (Cl 3.1). Note que tal ensino se encontra, não apenas nos escritos de João, mas está fartamente exemplificado nas cartas paulinas. Logo está evidente que para viver para Deus, necessário é que morramos primeiro. Então a nova vida procede desta morte para nós mesmos, morte com Cristo.
  • Ao aceitarmos a Cristo passamos da morte para a vida, não há como servir a Cristo de todo o coração se não formos transformados pelo Espírito;
  • O preço impagável por nós homens, foi pago por Cristo, tudo esta pronto, nada mais precisa ser feito para recebermos tão grande salvação. Há, porém um pedido do Senhor, sede santos!
  • A morte do velho homem significa justamente abandonar as coisas desta vida passageira que nos afastam de Deus e trazer sempre em alta valia o que disse Jesus em Mt 6.33;
  • O homem novo abandona tudo aquilo que o afasta de Deus e esta listado em Gl 5.19-21.


2.  As condições para frutificação:
A genuína vida cristã é para ser expressa de uma única maneira, imitando a Jesus Cristo, sendo como Ele foi e fazendo o que Ele fez. Não se trata de algo sem graça, sem vida e nenhum pouco atraente. Sabemos que as pessoas têm temperamentos e personalidades diversos, o que torna muito interessante como Cristo é manifesto através dos membros pertencentes ao seu corpo. Mas para que estes discípulos tenham condições de frutificarem, ou seja,tornarem-se discípulos multiplicadores é necessário alguns requisitos.

2.1. A Boa semente:
Jesus é o Verbo divino, é a boa semente concedida por Deus para a nossa frutificação, isto significa que sem Ele e a Sua Palavra, frutificar para Deus seria impossível. Temos de nos relacionar com esta Palavra continuamente das seguintes maneiras: lendo, praticando e meditando de dia e de noite nela (Sl 1.2). Apenas aqueles que levam essa prática a efeito, é que conseguirão ter uma vida cristã que agrada a Deus e satisfatória para si mesmo. Quando morremos é que vivemos, e quando vivemos em novidade de vida é que podemos nos reproduzir em outras pessoas através do discipulado (Jo 12.24). Nos tornamos assim como Jesus a expressão viva, capaz de gerar pela graça de Deus vida em outros. Amém.
  •  Você já estragou algum produto ou ele não funcionou corretamente porque você não leu o manual de instruções?
  •    A bíblia é o nosso manual de instruções, escrito pelo próprio Deus;
  •      Não há como andar no caminho de Jesus, obedecer ao Espírito Santo e ser fiel a Deus se não conhecer a palavra dEle;
  •  Você tem um chamado? Crê nisto? Mas a obra não tem frutificado, não esta crescendo? Talvez a resposta esteja no manual de instruções, isto é, na bíblia sagrada que é a palavra viva de Deus.


2.2. Boa terra:
Os nossos corações representam a terra em que a semente, a Palavra de Deus, é depositada (Mt 13.18-23). Para que se torne uma boa terra, se faz necessário trabalhar duro, observemos como trabalha o agricultor para que tenha bom lucro no seu trabalho. Ele a limpa, arranca-os tocos, ara a terra e em seguida a aduba, nos dias de Jesus esse esforço era feito de maneira braçal e com a ajuda do gado, portanto, era um esforço enorme! Conscientes disso pelo Espírito Santo devemos preparar a nossa mente, o nosso coração e vontade para Deus, removendo os pensamentos e quadros mentais impuros através de uma entrega constante deles a Cristo (2Co 10.5). Isso requer uma vigilância constante com aquilo que permitimos nos influenciar, seja pelas conversas que temos, seja pelos programas que assistimos, ou mesmo as más recordações que nutrimos (Pv 10.7).
  • Como esta seu coração para receber a palavra de Deus? Esta arado, adubado com o adubo certo?
  • Na região da palestina, é comum a presença de terras desérticas e solos duros, é preciso rasgar a terra e usar bons adubos para que a semeadura vingue.
  • O que seria este adubo? Tudo aquilo que levamos ao coração e geralmente adubamos o coração com os olhos e com os pensamentos. O que temos visto? O que temos pensado? O que temos desejado? Tudo isto vai para o coração tornando-o fértil ou estéril.


2.3. Uma parceria com Deus:
No que diz respeito a frutificação para Deus devemos entender que primeiro tudo principia em Deus e tem a glória dele mesmo como objetivo fundamental. Não quer dizer que perdemos a capacidade de deliberar parcial ou plenamente, mas frutificar trata-se de um esforço combinado. Paulo diz que devemos ser operosos e que na verdade,é Deus que opera tanto desejar quanto efetuar segundo a sua boa vontade (FI 2.13; Is 14.24). Assim devemos nos empenhar na obra de Deus sabendo que é ele quem realiza todas as coisas a seu tempo, através de nós.
  • Tudo deve ser feito para a glória de Deus, é Ele quem nos chama, nos envia, nos capacita e nos fortalece contra as provas no caminhar;
  • A nossa parte neste negócio é oferecer a boa terra a Deus, isto Deus nos permite pelo livre arbítrio. Se não quisermos dar os nossos corações, Ele não nos força a nada.
  •  Se entregarmos de bom grado a boa terra, o Jardineiro Jesus esta pronto para fazer frutificar em nós a boa semente (Veja o fruto do Espírito em Gl 5.22).


3. Os muitos frutos:
Não preciso ser muito inteligente para entender que numa lavoura nada acontece por acaso. Como vimos acima a frutificação é resultado de um esforço combinado entre Deus que dá a semente, o lavrador (evangelizador) que prepara a terra e a boa semente, etc. Devemos observar que esse processo leva tempo, porém os resultados de uma boa colheita seja para o fazendeiro ou o agricultor celestial concedem um prazer indizível.  

3.1. São resultados de intenso trabalho;
Uma vez que se há terra para plantar, e esse espaço físico de plantio da evangelização pode ser’ determinado estrategicamente de acordo com a dimensão. Lembremo-nos de Paulo, que disse acerca da obra missionária e evangelizadora em Corinto, “eu plantei (o evangelho), Apolo regou, mas Deus deu o crescimento” (lCo 3.6). Embora o trabalho seja penoso tanto do que planta quanto do que rega, a verdade é que Deus dá o crescimento, porém cada um receberá o seu galardão de acordo com o que trabalhou. O trabalho é intenso, silencioso, exige paciência mas teremos galardão apropriado (lCo 3.8,14).
  • Observe que o trabalho é nosso (plantar, regar...) mas o crescimento vem de Deus. Aprendemos novamente que sem Ele nada poderemos fazer;
  • Quando Paulo diz que plantou e Apolo regou, estava deixando claro que cada um tem sua função na semeadura e cuidado da lavoura. Há quem pregue, quem discípula, quem ensine, quem corrige... Mas em todos os casos, quem sustenta é Deus.


3.2. Levam tempo para colher:
O trabalho da lavoura requer paciência a fim de dar frutos viçosos, pois tudo é ao seu tempo. Ao nos lançarmos no trabalho do Senhor, não devemos estar ansiosos por frutos rápidos, e sim por frutos de grande qualidade. Não devemos permitir que as pressões do momento nos afetem a ponto de querermos forçar um amadurecimento, por que isto não funciona. Frutos de elevada qualidade se manifestarão a seu tempo determinado, tempo esse que não podemos adiantar, se o fizermos, será para prejuízo nosso e da obra de Deus. O lavrador espiritual deve ser um homem, que demonstra grande paciência e esperança depois que tem plantado e regado.
  • Você já saboreou uma fruta madurada “a força”? Não fica com sabor insonso, sem graça? Este tipo de fruta é considerado de baixa qualidade...
  • Na proclamação do evangelho, tudo tem seu tempo, inclusive o tempo da frutificação;
  • Na vida eclesiástica este exemplo pode ser aplicado na vida de obreiros que, por serem neófitos, não conseguem ter ministérios duradouros pois não estarem com o fruto maduro o suficiente para a lida (I Tm 3.6).


3.3. Plantemos boas sementes:
Quando plantamos as sementes em boa terra, elas retornam a nós de forma multiplicada. O Senhor Jesus disse, “a cem, a sessenta e a trinta por um” (Mt 13.8), por exemplo, lembremos de André, que trouxe Pedro, lembremos de Felipe, que trouxe Natanael, da mulher samaritana, que trouxe os homens da cidade, de Lázaro, que muitos creram através do seu testemunho espetacular de ressurreição. E por que não dizer também de Pedro, no dia de Pentecostes e do diácono Felipe em Samaria e de Paulo em tantos lugares, etc. Não podemos nos acomodar em não ganhar almas para Cristo. Consideremos mortos e inúteis para Deus se isso estiver acontecendo em nossa vida cristã.
  • Almas gerando almas, ovelhas que geram ovelhas... Há que se pregar, cada vez mais, o amor pelas almas, pelas missões e pelo proclamar do evangelho;
  • Não há como ter cultos onde não se faça o apelo, onde Cristo não seja o centro da mensagem;
  • Infelizmente vivemos dias em que se troca a graça da salvação pela pregação da prosperidade, da morte de Jesus pela vida regalada nesta terra, troca-se a volta de Cristo pela esperança de estabilidade financeira apenas nesta vida...


CONCLUSÃO
  Temos o privilégio grandioso e ímpar de viver o Evangelho e a honra de proclamá-lo sob as mais variadas formas. Tal trabalho é desejável e devemos nos ocupar em fazê-lo, portanto sejamos agricultores ousados, empenhados, estratégicos e pacientes na seara do Senhor. Consideremos que a resignação será o preço a ser pago pelo discipulado e a grande prova de que amamos ao Senhor. Porque sem esse preço não teremos os resultados almejados.

sábado, 25 de agosto de 2012

CAFÉ DA MANHÃ DO DIA DOS PAIS

CAFÉ DA MANHÃ DO DIA DOS PAIS


Dia 12/08, os irmãos que foram a E.B.D participaram de um delicioso café da manhã em homenagem ao dia dos pais.
O café foi servido no refeitório do Templo Sede da Igreja Assembleia de Deus antes do início das atividades da E.B.D.
Após a aula, os pais foram homenageados pelas crianças e receberam uma bela lembrança, uma caneca personalizada.
Parabéns a todos os pais!





Confraternização da E.B.D

Confraternização da E.B.D


Aconteceu no dia 11/08 na casa do Superintendente da Escola Bíblica Dominical a primeira confraternização da E.B.D.

Participaram os professores e colaboradores de todos os departamentos da E.B.D e do culto infantil.

Foi servido um delicioso churrasco que ocorreu após uma produtiva reunião entre os docentes.

Segundo o Dc. Humberto Fontoura, momentos assim são importantes para integrar a equipe, dividir responsabilidades e organizar o trabalho da E.B.D.

Outras ações estão previstas ainda para este semestre.








LIÇÃO 09 – JESUS O ADVOGADO FIEL


LIÇÃO 09 – JESUS O ADVOGADO FIEL
26 DE AGOSTO DE 2012

TEXTO ÁUREO
"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo". lJo 2.1

VERDADE APLICADA
A história da mulher pecadora é uma história que condena a história de juízos temerários.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Esclarecer que todo o ministério educador e evangelístico lidará com questões sociais difíceis de resolver-se;
Mostrar que é nossa missão não pronunciar juízo de valor sobre as pessoas, mas erguê-las de sua situação pecaminosa;
Não é apenas importante a pessoa escapar das conseqüências de seus erros, é necessário frisar que elas precisam abandonar definitivamente o pecado.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 8.1- Porém Jesus foi para o monte das Oliveiras.
Jo 8.2 - E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando se, os ensinava.
Jo 8.3 - E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.
Jo 8.5 - e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

INTRODUÇÃO
Apresentamos, a seguir, a lição em que Jesus, de modo inesperado, torna-se o advogado da mulher apanhada no adultério - Ela fora encaminhada a Ele pelos escribas e fariseus antes do nascer do sol e, nesse estudo, veremos que para Jesus, o mais importante não era ficar julgando as pessoas ou absolvê-las, e sim ensiná-las o verdadeiro sentido da Lei naquele momento.


  • Explique a situação da mulher na época de Jesus, A Mulher não era valorizada, não podia frequentar as reuniões no templo e nem tecer opinião;
  • Comente o que diz o Tratado de Menachot que era recitado pelos homens todas as manhãs: "Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo que não me fizeste mulher".
  • Não houve imparcialidade pois o homem também deveria ser julgado, onde estava o adultero neste dia? Ler Lv 20.10;
  • Existem muitos crentes que agem como aqueles fariseus que acusaram a mulher, em suas bocas só tem palavras de acusação;

1. Uma causa quase perdida:
Pela madrugada Jesus se dirige ao templo de Jerusalém para ensinar: Havia na ocasião uma grande movimentação em torno da Festa, e, por isso, o Mestre aproveitou para ali desenvolver o seu ministério, e a todos ensinava. Vemos que anteriormente Ele pregou que era a rocha do manancial da vida espiritual (Jo 7.37-38), mas agora estava labutando para firmar tais convicções nos seus ouvintes através do magistério.


  • A revista diz que de madrugada Jesus foi - “desenvolver seu ministério”, Que ministério é este? É o ministério do ensino, Jesus era Mestre e em todas as oportunidades ensinava o povo;
  • O segredo de uma igreja que terá a maioria de seus membros salvos, é a dedicação ao ensino da Palavra;
  • O comentador fala que Jesus estava “labutando para firmar...através do magistério”, labutando significa trabalhando, e magistério é a profissão de professor, esse trecho quer dizer que Jesus estava trabalhando para firmar a convicção (de que Ele é a rocha), através do ensino.

1.1. Uma mulher é surpreendida em adultério:
Às vezes, enquanto se ensina a Palavra a todas as pessoas possíveis, o ensinador se surpreende com provações que lhe assaltam inesperadamente, como aconteceu com Jesus. Uma mulher foi apanhada em flagrante adultério e trazida pelos escribas e fariseus a Ele, e tendo sido posta em pé diante dos que ali estavam começaram o inquérito, não acerca do fato em si, mas acerca do que Aquele que ensinava, pensava a respeito. Era uma causa praticamente perdida a primeira vista, pois fora surpreendida em flagrante delito. Todavia, como ela foi conduzida a presença do Mestre, havia ainda esperança para ela. (SI 26.5; 32.10; 34.21).


  • Jesus foi indagado “não acerca do fato” e sim do que Ele pensava, eles não estavam interessados em fazer justiça, queriam somente preparar uma “armadilha” para o Mestre;
  • “havia ainda esperança”, por piores que possam ser os pecados de alguém há esperança diante do Senhor Jesus, pois ele é o nosso advogado.
  • Há solução para sua fraqueza e para o seu pecado.

1.2. Uma denúncia inesperada:
O elemento surpresa que Jesus por vezes; utilizava-se para desempenhar o Seu ministério, agora, porém, trabalhava contra Ele. Visto que se tratava de uma denúncia inesperada, Ele poderia ter pedido algum tempo para refletir a respeito, afinal estava lidando com o destino de um ser humano, além disso questões jurídicas, quando levadas a sério, não devem ser decididas sob o calor de emoções, ou de imediato. A resposta, na concepção dos escribas e fariseus (mestres da Lei), que teriam dEle seria a óbvia para a sua possível própria condenação também. Mas Ele apenas na areia escrevia. Há questões na obra do Senhor que não têm como escaparmos, porém é necessário que sejamos cautelosos para que não venha mos dar aos inimigos materiais contra nós mesmos (SI 71.4).


  • “elemento surpresa” eram os fatos que ocorriam diante de Cristo e que Jesus usava para ensinar os discípulos, por exemplo, o caso da oferta da viúva pobre Lc 21.2 Jesus aproveitou e ensinou sobre o valor de uma oferta, porém agora o elemento surpresa esta contra Jesus.
  • “calor de emoções”, é quando estamos de cabeça quente, nervoso e estressado, nesse caso não avaliamos a situação e tomamos decisões precipitadas das quais nos arrependeremos depois. Este ensinamento serve para aplicarmos no nosso ministério atualmente;
  • “cautelosos”, Não se deve apressar uma decisão importante, principalmente quando se referir a exclusão de alguém ou alguma disciplina, todas as partes devem sempre ser ouvidas, principalmente ouvir o Espírito Santo.

1.3. A provação do Mestre:
Há questões que são verdadeiras arapucas (armadilhas) para apanhar os obreiros incautos. E há manobras ardilosas que sem o devido cuidado, o elemento cai no laço. Quando aqueles profissionais da lei chegaram diante de Jesus, trouxeram uma questão crucial legislativa, evidentemente com sutileza para apanhá-lo em suas próprias palavras e assim condená-lo também. Somos provados naquilo que gostamos e fazemos, o adversário não porá tropeços num caminho em que não iremos passar, mas arquiteta estratégias em cima daquilo que temos prazer. (SI 11.2).


  • “trouxeram uma questão crucial legislativa”, crucial é aquilo que é conclusivo, a questão crucial é aquela que a resposta chegará inevitavelmente a uma conclusão;
  • Jesus teria que emitir sua opinião, não tinha saída, mas o Mestre é o Pai de toda a sabedoria e deu a única resposta que caberia naquele momento;
  • “com sutileza”, com muita cautela, de mansinho, para surpreender a Jesus em suas palavras;
  • “Somos provados naquilo que gostamos e fazemos”, os servos de Jesus devem estar atentos aos seus entretenimentos, internet, TV, vídeo game e outros, Satanás é habilidoso em preparar laços para os servos de Cristo. Comente que muitos tem caído nesses laços.

2. Um advogado de improviso:
A palavra advogado no Novo Testamento é "parakletos", que é derivada de "parakaleõ" e literalmente significa "chamar para o lado", ou seja, significa alguém convocado para estar ao lado de outra pessoa para ajudá-lo em sua defesa diante de um juiz; é também um intercessor, conselheiro, um assistente legal. Nos escritos joaninos o termo é aplicado a Jesus, mais fartamente ao Espírito Santo como aquele que trata e defende os interesses de Cristo Jesus.


  • “escritos joaninos”, São os escritos de João, no caso as suas cartas, pois apresentam Jesus como o nosso advogado;
  • Sempre é bom lembrar aos alunos que Cristo é o nosso advogado, porém após os últimos acontecimentos Ele virá como juiz.

2.1. Permaneceu tranqüilo escrevendo:
Quando a situação foi trazida para o Senhor Jesus, imediatamente Ele foi inclinando-se sobre a terra e começou a escrever sobre ela. Em fração de segundos, poderia estar orando, e simultaneamente refletindo sobre o assunto, pois em sua resposta Ele não poderia beneficiar diretamente aquela mulher. Se assim o fizesse, seria acusado de desprezar a Lei de Moisés (Lv 20.10; Dt 22.22); e, se concordasse com a execução da mulher, como a lei prescrevia, estaria em conflito com as autoridades romanas (Jo 8.31). Ali reclinado escrevendo sobre a terra permaneceu, quem sabe a própria lei que bem conhecia e sabia da malícia deles por não estarem agindo conforme ela, podemos conjecturar que tivesse descrevendo a parcialidade deles em tratar aquele caso, o que era uma maneira injusta e pecaminosa de tratar daquele assunto. De qualquer forma não cedeu a pressão deles, eis aí o segredo, é "ter muita calma nessa hora" (Pv 14.29; 15.18; 16.32; Ec 7.8).


  • Ao escrever, Jesus “poderia estar orando”, ou talvez estivesse esperando o momento certo, em que todos estivessem contemplando Ele;
  • Importante: “Sua resposta não poderia beneficiar diretamente aquela mulher. Se assim o fizesse, seria acusado de desprezar a Lei de Moisés (Lv 20.10; Dt 22.22); e, se concordasse com a execução da mulher, como a lei prescrevia, estaria em conflito com as autoridades romanas (Jo 8.31).”
  • Diante de uma situação tão aguda, o Mestre arremata com uma única frase, não creio que Ele tenha pensado muito para essa resposta, Ele já tinha a resposta em Seu coração;
  • Novamente observe a parcialidade deles, a condenação é só da mulher, não é apresentado o adultero

2.2. Desafiou a autoridade de condenar:
A calma de Jesus foi dissipada pela insistência deles em querer uma resposta. Embora não tenha sido grosseiro o seu gesto, causou um forte impacto sobre eles. Pois Ele endireitou se e disse, "aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra". Com essa reação e tais palavras eles não esperavam. E aí o Senhor, inclinou-se novamente e continuou a escrever. Ou seja, dessa forma Ele desafiou a autoridade deles em apedrejar, quem estivesse "sem pecado", com toda a têmpora de piedade, vestes e solicitudes aparente acerca da Lei, mesmo assim a única coisa que eles não estavam era sem pecado. (Rm 2.2124; Mt 23.3-).


  • Eles sempre tiveram a autoridade para apedrejar a mulher, não precisavam da sentença de Cristo para isso. Eles só queriam a opinião de Jesus para acusá-lo de subversão, de qualquer forma eles apedrejariam aquela mulher, porém eles não sabiam que ali estava o maior de todos os advogados;
  • Quando Jesus fez sua exposição de defesa, Ele desafiou a autoridade deles com uma frase;
  • Repita a frase para os alunos, ela é impactante;
  • Confrontou suas consciências de maneira que não puderam condená-la.

2.3. Todos foram embora:
Dos mais velhos aos mais novos, todos foram embora, visto que todos estavam agindo com parcialidade intencional, e aquela cena toda não se tratava de algo que pudesse tratar de modo frívolo como estavam fazendo. Talvez aquela mulher fosse uma boa mulher e não uma meretriz, visto que aquele era um momento festivo e o povo punha-se literalmente a beber vinho, afinal não era a festa dos tabernáculos que celebravam? A alegria pelas colheitas de uvas e maçãs era o motivo da celebração, assim facilmente alguém poderia ter perdido o equilíbrio, sob efeito do vinho e cometido um desatino numa tenda daquelas, o que facilitava ser pego no próprio ato! O Senhor jamais foi condescendente com o pecado, nem com eles e nem com ela. Mas quando todos eles foram embora, ela então estava livre e foi orientada para não praticar mais o mal (Jo 8.10,11).


  • Todos reconheceram seus erros e a gravidade do que estavam fazendo;
  • Comente que é importante reconhecer o erro, se arrepender e desejar ser dependente de Deus, rendido a seus pés;
  • “não praticar mais o mal”, comente com seus alunos que essa é a principal preocupação de Jesus, pois não adianta estarmos perdoados, se retornaremos no mesmo erro.

3. A ré é absolvida:
As palavras do Mestre de Nazaré foram poderosos mísseis a despertar a consciência deles. É prudente não acusar aqueles homens do mesmo pecado que a mulher. Ainda que alguns se atrevam a tal coisa, não temos respaldo escriturístico para isso. No entanto, o certo é que havia outras coisas ali evidentes naquele momento bem pecaminosas também: a malícia, a parcialidade, o desejo de vingança e injustiça.


  • “do mesmo pecado que a mulher”, esse comentário é devido a suposição de que aqueles judeus talvez já tivessem adulterado com ela. Pois eles sabiam onde encontrá-la naquela hora da manhã. Ela provavelmente teria passado a noite na casa ou na tenda de alguém, porém isso é só uma especulação;
  • Aprendemos que não devemos acusar o próximo sem antes analisarmos nossos próprios erros. Isto não significa que a disciplina deva ser extinta na igreja, mas quando isto for necessário, deve haver tristeza, compaixão e não sensação de satisfação, falsa justiça e dever cumprido.

3.1. Ninguém te condenou?
Ali permanecia aquela mulher em pé, no mesmo lugar para onde fora trazida. Abalada por tudo o que estava acontecendo e sem coragem de sair dali. Permanecia como que estivesse a espera de alguma outra palavra e isso o Senhor Jesus tinha para lhe dar. Até aquele momento o Mestre não havia interagido com ela ainda, apenas com seus interlocutores escribas e fariseus que já tinham ido embora. Após erguer-se novamente Jesus olha e vê somente ela. Aquela experiência ficaria marcante na vida dela para sempre por si só, porém o fato, de naquela hora, ter a atenção do Filho de Deus, tornar-se-ia num momento eternizado. Quando estamos humilhados e diante de Deus, Ele "não esmagará a cana quebrada (pelo pecado), nem apagará o pavio que fumega" (Is 42.3), quer dizer, não nos humilhará ainda mais como alguns fazem (Rm 8.1-4).


  • Tudo era plano de Deus, mas ocorreu a maior bênção na vida daquela mulher, ela poderia ser levada para qualquer outro mestre, escriba, Rabi... Mas parou diante de Jesus, que bem aventurança;
  • O silêncio de Jesus intrigou aquela mulher que apavorada não saiu do lugar, talvez esperasse uma condenação, mas o mestre é o Rei do perdão;
  • Jesus não humilha seus filhos;
  • Comente que algumas pessoas escondem debaixo da capa da religiosidade suas más intenções do coração, como aqueles que trouxeram aquela mulher.


3.2. Absolvição do Senhor:
O mais importante não era a condenação da mulher, mas o seu arrependimento. Jesus não estava de acordo com o adultério, porém havia séculos que existia aquela lei e bem pouco havia mudado. Mas esta foi a sua pergunta, daquele que publicaria o direito daquela pecadora: "onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?" Se aqueles homens doutos na lei haviam deixado a mulher sem condenação, então como poderia o Príncipe da paz condená-la? A resposta da mulher foi "ninguém, Senhor". Em seguida o melhor estava por vir, "nem tampouco eu te condeno". Apenas o justo, concede justiça e justifica o pecador, como dizia a profecia de Isaías, "o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si". E mais, "em verdade (Ele) promulgará o direito" (Is 53.11; 42.1 RA).


  • “arrependimento”, você pode pedir para os alunos a definição de arrependimento. Definição: no dicionário português é sinônimo de remorso, porém pela interpretação bíblica é o ato de deixar o pecado. Não devemos confundir com remorso, que é o pesar por algo de errado que se comete.
  • “publicaria o direito”, quando Jesus disse: “nem tão pouco eu te condeno”, estava publicado o direito dela de viver. Jesus era o único que poderia apedrejá-la, pois não tinha pecados.

3.3. Vai e não peques mais:
Eis o conselho que vem depois da absolvição, "vai e não peques mais" (Jo 8.11), visto que em uma futura recaída lhe sucederia coisa pior. Não temos nas Escrituras o que sucedeu aquela mulher depois que dali saiu, a história é encerrada abruptamente e não há mais consideração sobre ela em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Mas podemos crer que aquela mulher veio a converter-se e tomou horror pelo pecado, vindo nunca mais


  • Esta recomendação deve estar na boca da liderança cristã desse tempo, porém sabemos que muitos pastores não se importam com a santidade de seus irmãos, desde que eles ofertem e entreguem o dízimo.
  • “retoma seu ofício”, se um ministério quer que suas ovelhas não pequem mais, então deve se aplicar ao estudo das escrituras. Do contrário terá vários problemas de indisciplina e irmãos que vão e voltam da comunhão.
  • Jesus tinha uma preocupação constante acerca disso sempre estava ensinando e orientando.

CONCLUSÃO
O exemplo deixado por essa história de juízo temerário é um vívido exemplo do valor que devemos dar aos seres humanos. Vendo o exemplo do Mestre que de madrugada se levantava para ensinar aqueles que iam ao templo, somos incentivados a firmar convicções com aqueles a quem contatamos. Tenham certeza que, à medida que ensinamos aos outros no temor de Deus algo acontece em nós também, somos transformados pela mesma Palavra que ministramos. Após este episódio, o da mulher pecadora, imediatamente Ele voltou a ensinar, ou seja, nada lhe afastava da meta que tinha em mente.

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

LIÇÃO 07 – A REALIDADE MINISTERIAL DE JESUS


LIÇÃO 07 – A REALIDADE MINISTERIAL DE JESUS
12 DE AGOSTO DE 2012

LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda feira: Mt 10.38
Terça feira: Mt 10.37
Quarta feira: Mc 1.7
Quinta feira: Lc 21.36
Sexta feira: Jo 4.35
Sábado: Jo 4.37


TEXTO ÁUREO
"Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele", Jo 6.66

VERDADE APLICADA
As dificuldades no ministério evangelístico devem ser encaradas sem ressentimentos, pois na Seara do Senhor os problemas são comuns.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·         Demonstrar a honestidade das Escrituras em relatar os bons e maus momentos no ministério;
·         Buscar compreensão do porquê dos problemas ministeriais;

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 6.67 - Então, disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?
Jo 6.68 - Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as
palavras da vida eterna,
Jo 6.69 - e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus.
Jo 6.70 - Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo.
Jo 6.71 - E isso dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão, porque este o havia de entregar, sendo um dos doze.

INTRODUÇÃO
A Bíblia não esconde os contratempos enfrentados pelo Filho de Deus em seu ministério e ainda nos mostra a porquê deles. O evangelizador deve estar ciente que tais dificuldades podem acontecer em seu ministério também. Por isso, ele deve se preparar para enfrentar, no Poder do Espírito, toda e qualquer dificuldade.

1. Os discípulos se escandalizaram:
O milagre da multiplicação dos pães, à vista de muitos, consistia numa ótima oportunidade para Jesus alcançar o que muitos desejaram, o poder político. Afinal, aquele milagre na opinião de alguns foi o seu apogeu, foi o tiro certeiro no coração da multidão que facilmente seguiria os ideais de Jesus. Talvez alguns aproveitadores já se imaginavam em lugares de glória nesse reino que tanto esperavam. Agora caberia a Jesus de Nazaré tomar a iniciativa e o seu lugar na história.

1.1. Jesus recusou ser rei (Jo 6.14-15.):
Muitos empolgados com a multiplicação dos pães, lembrando-se das profecias disseram, "Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo", então concluíram, constituamo-lo rei. Mas Jesus retirou-se sozinho para um monte a fim de orar. Aquele era um momento de enorme tentação. Como já havia vencido tal prova no deserto, também vencera ali novamente. Essa recusa a ascensão política, ao poder monárquico lhe custaria muito caro, posto que veio frustrar o sonho que muitos viam nele prestes a se realizar. O sonho de liberdade que uma nação, oprimida há tempos, acalentava dentro de si. Mas tal recusa era necessária em virtude de um plano eterno e salvador (Gn 3.15; Ap 13.8). Jesus deu um basta no assunto, pois esse não era o plano do Pai para Ele.

·         Jesus mostrou que os sinais acompanham os que creem e a fama acompanha os sinais.
·         Esta fama pode ser o fim de um ministério se não for bem administrada;
·         Se Jesus aceitasse o reino, colocaria a perder toda a sua missão como salvador do mundo;
·         Devemos lembrar também que rei de um pequeno país como Israel é pouco para aquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

1.2. Jesus confrontou os que o buscavam pelo alimento (Jo 6.26-27):
Na madrugada seguinte, após Jesus ter orado intensamente, resolveu ir ter com os discípulos que houvera mandado atravessar para a outra banda. Ele foi por sobre o mar agitado e encontrou os discípulos, que, vendo-o andar sobre as águas, ficaram possuídos de temor. Tal assombro ia cada vez mais fortalecendo a fé dos discípulos nEle. Mesmo que anteriormente alguns deles tenham ficado tristes com a recusa de Ele ser rei. Ao ancorarem em Cafarnaum, o Mestre foi interrogado, "quando chegaste aqui?" Eles viram que Jesus havia despedido o barco apenas com os discípulos no dia anterior, mas vendo que ali Ele já estava, tentaram compor um quebra-cabeça daquela situação. Todavia, Jesus percebendo que o seguiam não pelos sinais que viram, mas por causa dos pães que comeram, repreendeu-lhes francamente, mandando-os trabalhar pela comida que permanece para a vida eterna. Essa foi uma medida impopular que muitos se surpreenderam.

·         Isto não nos soa familiar? Quantas igrejas hoje pregam um evangelho que sacia a carne?
·         Jesus acusou os seus seguidores de verem e não enxergarem os milagres e de se preocuparem apenas com as satisfações terrenas;
·         O mestre nos ensina uma grande lição, o mais importante, o que esta acima dos sonhos, desejos e valores é a salvação da nossa alma, é a garantia do nome escrito no livro da vida.

1.3. Jesus falou do verdadeiro pão do céu (Jo 6.60-65):
Depois da reprimenda, algumas pessoas perguntaram a Jesus que trabalho deveriam fazer para realizarem as obras de Deus (Jo 6.28). Que eles cressem, foi a pronta resposta. Porém, na verdade, queriam o pão com o qual Moisés alimentou o povo de Israel no deserto, mas Jesus corrige-lhes que quem os alimentou fora o Pai. Agora está diante deles "o pão de Deus que desce do céu e dá vida ao mundo". Logo eles querem desse pão, Jesus os desconcerta dizendo, "Eu sou o pão que desceu do céu". Eles deveriam comer desse pão e beber do seu sangue, isso para aqueles homens soou canibal, louco, blasfemo e ofensivo. Assim se escandalizaram nele, passaram a ver nele uma pedra de tropeço para si.

·         Outro grande ensinamento de Jesus, para fazer a vontade de Deus basta ter fé (crer), não são as obras, o zelo excessivo pela lei ou uma vida de caridade extrema, tudo isto é importante, mas para agradar a Deus basta ter fé;
·         Vemos que os seguidores desejavam o pão do céu nos moldes de Moisés, isto é, queriam vida fácil, dispensa cheia, vida mansa, mas foram confrontados por Jesus dizendo que deveriam trabalhar para ajuntar tesouros no céu!

2. Os discípulos abandonaram Jesus
Os poderes que Jesus possuía revelava seu perfil messiânico, e muitos ficaram convencidos disso. Porém não queriam entender a maneira de Jesus trabalhar naquele momento. É evidente que Ele teve o cuidado de espiritualizar a sua mensagem claramente para que não houvesse dúvida sobre o que estava falando. E, se os seus seguidores ali estavam, tudo tinha sido resultado de duro trabalho de oração, contato e propaganda prévia que os levaram a procurá-lo. Contudo o Mestre da Galileia não impediria o efeito negativo da sua palavra sobre eles que soou em um discurso duríssimo. Evidentemente se dependesse de Jesus tais seguidores se converteriam e permaneceriam na jornada espiritual por Ele proposta. Mas não foi o que aconteceu como já sabemos.

2.1. O duro discurso de Jesus (Jo 6.60):
Jesus estava na sinagoga de Cafarnaum e, diante da dureza do seu discurso, muitos resolveram abandoná-la (Jo 6.66). O bom senso e a obediência a Deus leva o líder evangelizador a dizer "não" quando se faz necessário. A adulação não faz parte da metodologia cristã de ganhar almas. O obreiro multiplicador não adula as pessoas apenas dizendo "sim" para agradar. Também aprende a dizer "não". Mesmo que sofra as ameaças de ser abandonado, redução nas contribuições e outras coisas desse tipo. E isso acaba acontecendo em realidade, como foi com Jesus, o caminho de obediência e fé cristã é inegociável, sem liquidação.

·         O evangelho das boas novas deve ser transmitido de maneira integral, onde o crente possui direitos e deveres;
·         Não há como querer apenas os direitos. Direitos e deveres andam juntos;
·         O crente tem o direito de morar no céu, ser curado, louvar à Deus, ser renovado, ser cheio de Espírito Santo...
·         Porém o crente tem o dever de renunciar ao mundo, rejeitar as obras da carne, dizer não ao pecado, ser fiel até a morte...
·         O obreiro responsável deve agir como Jesus, pregar as boas novas em sua totalidade apresentando os direitos e deveres desta escolha sem se preocupar em agradar a todos.

2.2. Os discípulos foram colocados à prova (Jo 6.67):
Nesse ponto, Jesus não poupou nem mesmo seus discípulos diretos, caso eles estivessem indecisos apesar de tudo quanto presenciaram, ou embaraçados apesar de tudo quanto desfrutaram, ou ainda escandalizados quanto ao discurso, poderiam ir embora. Assim lhes perguntou diretamente: "Será que vocês também querem ir embora?". Simão Pedro respondeu pelo grupo: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus", (Jo 6.68-69). Jesus nunca pediu um discípulo seu para se retirar do seu caminho, aqueles que a Ele iam, jamais o mandara embora. Todavia, não procuraria impedi-los caso também fossem e nem ficaria ressentido. O que Ele estava fazendo nesse confronto era sondando, se tais discípulos estavam mesmos convictos ou não; se queriam ficar ou partir, indecisos não poderiam pertencer ao time apostólico.

·         Como foi dito, não há meio termo, o crente deve seguir a Cristo sendo fiel até a morte.
·         Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida. Apocalipse 2:10;
·         Observe a seguinte história:
Havia um grande muro separando dois grandes grupos. De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais de Deus. Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus. E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo. O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele:
- Ei, desce do muro agora... Vem pra cá!
Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada. Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás:
- O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam e nem dizem nada para me convencer a descer para o lado de vocês?
Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu:
- É porque o muro é MEU!!!
·         Pergunte para você mesmo, está indeciso? Em cima do muro? É hora de tomar decisão...

2.3. Judas o traidor  (Jo, 6.70):
O Reino messiânico era o desejo de todos os doze apóstolos, mas em Judas Iscariotes havia uma obstinação maior, uma ideia fixa de reinado revolucionário imediato. É muito possível que Iscariotes tivesse se envolvido com murmuradores e até desejasse influenciar os discípulos negativamente atrapalhando a obra da evangelização (Jo 6.61,64). Com todos os valores pessoais que Iscariotes tinha, foi deixando satanás encher cada vez mais o seu coração até não haver mais jeito, traindo posteriormente o Mestre ao entregá-las às autoridades de Israel para julgamento. A verdade é que Judas Iscariotes só chegou a tal ponto, porque se sentiu frustrado em sua expectativa que conflitava entre o plano de salvação, e sua ideia fixa de reino presente. Mesmo assim, não frustrou os planos evangelísticos de Jesus.

·         Judas se misturou com as coisas deste mundo;
·         Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. 2 Timóteo 2:4;
·         Vemos em Judas um alerta para os ministros chamados a realizar a grande obra de Cristo;
·         Judas nunca conseguiu vencer o desejo da carne de participar de um sistema de poder. Queria um governo revolucionário ao ponto de se frustrar com o plano de Jesus;
·         Este é o fim de quem não subjuga os desejos da carne e fica ávido por um poder passageiro, porém inebriante e viciante.

3. A realidade do ministério de Jesus:
O ministério de evangelização tem o lado bom e o ruim. O primeiro, traz consigo o prazer de compartilhar as bênçãos do Evangelho com a humanidade; a satisfação de vê-los nascer de novo para o Reino de Deus e a exultação de acompanhar o desenvolvimento desses novos filhos de Deus através do nosso trabalho. O Segundo são as rejeições dos ouvintes, as feridas do árduo trabalho e as crises que nos surpreendem.

3.1. Sua realidade não deve ser omitida:
Ternos nas Escrituras muitos exemplos de trabalhados proféticos com pouco êxito. Há exemplos como Noé, pregoeiro da justiça, que em tantos anos não conseguiu salvar a ninguém além dos da sua casa (Hb 11.7); Ló a ninguém convenceu quando estava em Sodoma, na sua fuga ainda perdeu a esposa que desistiu (Gn 19.1-26); Moisés enquanto subiu ao monte para buscar as tábuas da Lei, em sua ausência, o povo fez um bezerro de ouro para adoração (Ex 32.19-35); profetas como Jeremias, Oséias e tantos outros labutaram em seus ofícios, mas não houve jeito, o povo se depravou e acabou sob o juízo divino. Muitos dos discípulos do Senhor Jesus o abandonaram e o apóstolo Paulo terminou seus dias abandonado num cárcere aguardando execução. São realidades da obra de Deus que não devem ser omitidas, sob um manto de paixão e vitórias como os pregadores pregam por aí.

·         Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem. Lucas 6:22;
·         O evangelho de Cristo é o poder de Deus para salvar o homem, mas vai de encontro a tudo o que o homem deseja nesta terra;
·         Tudo aqui é vaidade, a carne é corrupta, os desejos são passageiros e as vitórias terão fim;
·         Jesus anuncia a todos que se convertam, deixem em segundo plano seus desejos, vitórias terrenas e sonhos e tragam em maior estima o reino de Deus e Sua justiça. Tal palavra não soa bem aos ouvidos de quem não foi transformado pelo poder do Espírito Santo de Deus;
·         Obreiro, não se desanime se a palavra esta sendo rejeitada, mas vale uma alma do que o mundo inteiro;
·         Infelizmente, temos grande igrejas mortas, mornas e sem salvação, cheias de um evangelho vazio, terreno sem compromisso com a eternidade.

3.2. Os problemas devem ser entendidos:
Quais são os problemas mais comuns no ministério evangelístico? Primeiro, lutamos contra os principados e potestades que convergem suas forças infernais para impedirem a realização da obra de Deus (Ef 6.12). Satanás tudo realiza para impedir um verdadeiro avivamento com todas as sutilezas possíveis. Segundo, o mundo em que vivemos está acostumado a uma vida sem Deus, está em busca de facilidades, conforto, esoterismo, luxúria, etc. (1Jo 2.15), por isso é comum a pessoa sair do Egito, mas o Egito não sair de dentro dela, aí consequentemente muitos acabam retornando. Terceiro, há problemas pessoais, memórias amargas e familiares difíceis de relacionamento que o acabam desanimando. Quarto, nem sempre o ambiente da Igreja é propício ao desenvolvimento dos neófitos, as desavenças e disputas internas, os escândalos acabam por sufocar a fé tênue dos que chegam (1Co 1.12).

·         Ótimo texto do comentarista!
·         Reforço que Satanás é sim o inimigo da igreja, mas talvez o inimigo número um seja o próprio homem que dá lugar ao diabo;
·         Devemos nos guardar da inveja, das disputas, desavenças e do desejo de retornar ao velho homem.

3.3. A experiência evangelística deve ser agradável:
A experiência com os reveses não é das mais agradáveis, logo ninguém gosta de experimentá-la. Mas no ministério evangelístico e pastoral não há como fugir delas. Entretanto, quando ela acontecer deverão observar alguns princípios: Lembrar-se de Jesus que sofreu tantas lutas e foi até o fim de seu trabalho (Jo 13.1), devemos olhar para Ele e seguir o seu exemplo. Tais experiências difíceis devem ser suportadas com paciência, assim como Noé, Jeremias, Paulo e outros que a suportaram em sua missão. E de bom alvitre que sempre busquemos estar animados, isso é responsabilidade nossa, Deus disse a Josué para ele se animar: "tende bom ânimo, não te pasmes e nem te espantes" (Js 1.9). E melhor sofrer fazendo a obra de Deus com boa consciência, do que sofrer por algum mal que se cometeu, neste aspecto não há neutralidade. Por último, o trabalho evangelístico confere um prazer imediato e uma recompensa futura prometida por Deus aos que se lançam na sua obra (Mt 19.29).

·         Nem tudo são flores na vida de quem faz a obra de Deus, há espinhos também e muitos!
·         Jesus nunca escondeu que passava por dificuldades, por vezes chorou, desejou que passasse Dele o cálice que teria que beber e orou pelos seus, pois conhecia o desejo do inimigo em cirandar com os chamados;
·         Da mesma forma devemos estar preparados para as dificuldades sabendo que a luta que lutamos tem a vitória garantida pelo grande General Jesus;
·         Importa que um dia possamos dizer: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 2 Timóteo 4:7

CONCLUSÃO
Embora a vista de alguns, o assunto tenha um teor negativo, na verdade não o é. Ele é de um realismo que procura preparar os evangelizadores em seus desafios de maneira consciente. Como todo o trabalho, sério previne seus obreiros dos perigos e desafios, assim neste exíguo trabalho procuramos fazer. Assim concluímos dizendo, prepare-se.