domingo, 18 de novembro de 2012

O Apóstolo Paulo e o Espírito Santo


O Apóstolo Paulo e o Espírito Santo - Lição 08 – 25 de Novembro de 2012

LIÇÃO 08 – 25 DE NOVEMBRO DE 2012

O Apóstolo Paulo e o Espírito Santo

TEXTO AUREO

“O qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica”. 2Co 3.6

VERDADE APLICADA

Paulo, como ministro de Cristo, deseja que seus leitores entendam a nova dispensação do Espírito que chega até os nossos dias.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ef 3.1 - Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;
Ef 3.2 - Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada;
Ef 3.3 - Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi;
Ef 3.4 - Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo,
Ef 3.5 - O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas;
Ef 3.6 - A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;

INTRODUÇÃO
Não se sabe exatamente quando, mas se sabe que, após a conversão de Paulo, ele entendeu que se tratava de uma nova dispensação divina que estava presenciando. E, como tal, ele deveria pregar o evangelho ciente do agir de Deus, diferenciado para essa nova época, que se despontava no horizonte da história. Vejamos alguns principais ensinamentos de Paulo acerca do Espírito Santo nesta lição.

  • Interessante notar como Deus age, Ele escolheu um homem extremamente zeloso e cumpridor da lei para anunciar uma nova dispensação, um novo tempo em que a lei dá lugar à graça.


1. ANTIGA E NOVA ALIANÇA
Aos seus leitores de Corinto, Paulo se autodenomina como um dos ministros de Deus de uma Nova Aliança (2Co 3.6). Tal pensamento divide a história religiosa do ponto de vista de um judeu convertido em duas seções: Antiga e Nova Aliança. Foi dessa expressão de Paulo que se nominou as duas grandes divisões principais da Bíblia de Antigo e Novo Testamento. Essa Nova Aliança é iniciada com a vinda de Jesus, mais especificamente depois de sua morte e ressurreição. Porém é o “Espírito do Deus vivente” que entra em cena atuando no interior dos crentes em Jesus, transformando-os positivamente.

  • Jesus veio para dividir a história, observe que depois de sua passagem pela terra como homem a história foi dividida em antes e depois de Cristo;
  • Da mesma forma a história do povo de Deus foi dividida entre aqueles que viveram a antiga aliança, baseada na lei mosaica e a nova aliança baseado nos ensinamentos de Jesus e da atuação do Espírito Santo.


1.1. O ESPÍRITO COMO ESCRITOR (2 CO 3.2-6)
É curiosa a maneira como o Espírito Santo age nesse novo tempo. Ele atua através de seus ministros escrevendo as leis de Deus no coração de carne dos crentes em Cristo. De sorte que eles se tornam a carta de Cristo lida por todos os homens. Note que essa nova realidade espiritual se contrapõe a velha, que era de “coração de pedra” (Ez 11.19-20). Mas que Deus havia prometido transformar os corações no Antigo Testamento, e agora estava cumprindo a sua Palavra através do Espírito Santo. Nos dias de Moisés, ele subiu em Horebe e de lá trouxe as tábuas da lei de Deus, os homens deveriam cumpri-las, porém, eles não conseguiam resistir à sedução da adoração pagã e seus próprios impulsos. No entanto, os crentes em Jesus Cristo contavam com um recurso adicional para obedecerem a Deus: a pessoa do Espírito Santo, ao escritor da própria lei.

  • Não mais uma lei escrita em pedras, mas sim uma lei escrita no coração;
  • A nova dispensação traz a presença do Espírito Santo ao coração do homem, a lei que antes deveria ser decorada e seguida agora habita dentro de nós;
  • O Espírito Santo nos constrange, nos consola, dá discernimento, nos convence do pecado e nos mostra quando estamos no caminho errado;


1.2. O ESPÍRITO COMO MINISTRO (2CO 3.8)
Ao escrever, no interior dos cristãos, a vontade de Deus, tal ministério do Espírito vem acompanhado de uma glória sobre-excelente. Se Moisés, ao receber as tábuas da Lei, estava todo envolto da glória de Deus, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a sua face, fica uma exclamação, “como não será de maior glória o ministério do Espírito!” (2Co 3.8). A glória na face de Moisés foi forte o suficiente para que usasse um lenço, mas com o tempo ela desvaneceu; a glória, porém, da nova aliança, cujo Espírito é seu ministro direto operando um ministério de vida, é muito maior glória nos fiéis. Observemos que a igreja fiel tem glória divina, justiça divina, maior glória, e glória permanente. Todos esses dons são concedidos mediante o operar do Espírito Santo segundo a multiforme sabedoria de Deus!

  • Interessante a comparação feita com Moisés;
  • Moisés quando recebeu as tábuas da lei pelas mãos de Deus teve seu rosto envolto em uma glória resplandecente apenas por ter chegado perto de Deus;
  • Agora este Deus habita em nós, quão maior é esta glória;
  • Somos habitação de Deus, morada do Espírito Santo.


1.3. TRANSFORMADOS PELO ESPÍRITO (2CO 3.12-18)
Antes como servos do pecado, o ser humano estava coberto de vergonha e muitos nem percebia isso, outros já estavam acomodados à situação. Mas agora libertos do pecado pelo sangue remidor de Jesus Cristo, todos foram transformados em servos de Deus. Não precisamos mais ter vergonha, podemos pelos méritos de Cristo desfrutar de liberdade, pois o Espírito do Senhor está no homem. Diferentemente de Moisés que como ministro de um concerto glorioso, mas transitório, percebia o seu desvanecer, escondendo assim o rosto debaixo de um véu, porém, à medida que o tempo passa, como servos de Jesus Cristo, o homem se mantém em comunhão com Ele, e, com o rosto descoberto, há a transformação subindo a diferentes degraus de glória.

  • Um sacrifício ineficaz, era o que ocorria na velha aliança. O homem pecava e sabia de sua condição e para cobrir seu pecado, um animal deveria ser morto no lugar do homem.
  • A bíblia afirma que todos pecaram e que o salario do pecado é a morte, então todos deveríamos morrer. Para que isto não acontecesse, um animal deveria ser sacrificado e seu sangue derramado em remissão provisória dos pecados;
  • Por que provisória? Porque de tempos em tempos este sacrifício deveria ser feito novamente.
  • Jesus acabou com esta história ao morrer pelos nossos negócios em definitivo. E por que Ele pode fazer isto? Porque Ele não tinha pecado, foi o sacrifício perfeito para uma raça imperfeita. O sangue de Jesus nos limpa de todo o pecado.


2. ANDANDO NA CARNE OU NO ESPÍRITO.
Aos seus leitores de Roma, Paulo ousadamente se inclui no rol dos carentes do agir sobrenatural do Espírito Santo. Ao tratar do relacionamento dos crentes com a Lei mosaica, a comunidade cristã romana mista de judeus e gentios, Paulo procura mostrar que, em Cristo, todos estão livres do conflito que a lei normalmente gera, como uma mulher que, agora viúva, fica livre para casar-se novamente sem impedimento algum. Semelhante ao tópico anterior, Paulo descreve a luta no interior para obedecer à lei, assim se considera um homem carnal, escravo do pecado, um miserável, mas que finalmente, descobriu uma maneira vitoriosa de viver através de Cristo e de acordo com o Espírito Santo (Rm 7.14,24,25).

  • Paulo corajosamente deixa explícitas sua necessidade e dependência do Espirito Santo!
  • Quantos pregadores temem compartilhar suas fraquezas e se mostram como verdadeiros super-homens e estão passando por grandes dificuldades ministeriais;
  • Interessante observar que Paulo tenta explicar que não há problema em seguir a nova dispensação como um viúvo que esta livre para se casar de novo sem com isto cometer adultério (Rm 7).


2.1. A LEI LIBERTADORA DO ESPÍRITO (RM 7.25; 8.2)
A agonia do neófito na fé, ou do ignorante quanto a sua nova realidade espiritual foi descrita de três maneiras diferentes: “carnal, escravo e miserável”. Em Cristo, este homem tem recursos para abandonar essa vida desgraçada sob o controle do pecado, isto é, uma lei interior que lhe dominava impiedosamente, para viver agora sem condenação alguma, livre do poder do pecado, vitoriosamente e cantando um cântico de vitória (Rm 8.31-39). Ao estar em Cristo, o cristão esclarecido, passa a andar segundo o Espírito. Andar segundo o Espírito é um contraponto de andar na carne, que é inimizade contra Deus e gera morte.

  • Por que lei libertadora? Porque livra o homem da lei e da carne. O que significa livrar da lei e da carne? Significa a possibilidade de viver a vida de Deus, de ter contato direto com o Criador, de ouvir a Sua vontade e ser guiado pelo Espírito Santo (que passa a habitar em nós), fazendo em tudo a vontade de Deus e principalmente a LIBERDADE DE DIZER NÃO AO PECADO;
  • É importante lembrar que a bíblia fala de dois caminhos, não há meio termo, ou você esta em Cristo ou não.
  • Reproduzo aqui uma história que fala sobre isto:


Havia um grande muro separando dois grandes grupos. De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais de Deus. Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus. E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo. O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele:
- Ei, desce do muro agora... Vem pra cá!
Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada. Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás:
- O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam e nem dizem nada para me convencer a descer para o lado de vocês?
Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu:
- É porque o muro é MEU!!!
Nunca se esqueça: Não existe meio termo.
O muro já tem dono!!
Autor desconhecido

2.2. A NOVA POSIÇÃO EM ESPÍRITO: “FILHOS DE DEUS” (RM 8.12-17)
O crente não precisa viver em temor, com medo de seu antigo senhorio cruel e seu jagunço escravizador, o pecado. Satanás e o pecado foram depostos de nossa vida e agora nos tomamos filhos de Deus. De que maneira? Quando o Espírito Santo veio habitar em nós, Ele é o Espírito de Adoção, “pelo qual clamamos: Aba, Pai”. É bom relembrar que a justificação em Cristo, é o ato em que o homem é declarado justo pela obra redentora de Jesus de Nazaré na cruz do Calvário. O ato da justificação é aplicado ao indivíduo que crê, confessa a Cristo arrependido de seus pecados.

  • Permitam-me reproduzir a fala de Paulo na versão da bíblia NVI que diz tudo sobre nossa adoção em Cristo:


“porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai". O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.” Romanos 8:14-18

  • Somos livres do pecado, não há mais condenação, o sangue de Jesus nos limpou e justificou de todo pecado.
  • Importante notar que não são todos que são filhos de Deus, apenas aqueles que aceitam a Jesus como Salvador, que tem o Espírito Santo habitando em seu ser.


2.3. MINISTÉRIOS DO ESPÍRITO PARA HOJE: “ESPERANÇA E INTERCESSÃO” (RM 8.23-27)
Todo cristão genuíno pode celebrar: “adeus senhorio cruel, adeus pecado escravizador, adeus temor para sempre”. As dificuldades naturais acontecerão normalmente, os problemas e angústias continuarão. Estas são as nossas fraquezas próprias dessa vida. Com o pecado resolvido em Cristo e segundo o novo andar pelo Espírito, mesmo experimentando essas fraquezas contamos com a intercessão do Consolador. Essa nova realidade espiritual nos traz uma suprema esperança, a redenção do nosso corpo mediante a ressurreição ou transformação na vinda de Jesus (Rm 8.23). Estes são os dois ministérios do Espírito Santo hoje junto ao crente: gerar uma viva esperança pela sua presença e interceder por ele em suas fraquezas.

  • Não temos mais o domínio do pecado mas sim o livre arbítrio para optar em dizer não ou sim para o pecado;
  • Agora é importante não “enganar” os pecadores e novos convertidos com promessas de vidas fáceis e sem lutas após a conversão;
  • Paulo afirma que os problemas e lutas continuarão, eu afirmo ainda, baseado na bíblia, que eles podem até aumentar!
  • Mas qual a diferença então? A diferença esta na atuação do Espírito Santo em nós, nos consolando, dando esperança e uma paz que não se conquista em lugar nenhum do mundo.
  • Como diz a canção: “sofrer contigo (Jesus) é bem melhor do que errar”



3. GUERREANDO ATRAVÉS DO ESPÍRITO
Quer aceitemos ou não, estamos envolvidos na maior guerra cósmica da luz contra as trevas; do bem contra o mal. Ao entrarmos na fragata da salvação, estamos em guerra, não existe zona neutra, mas importa que aprendamos a guerrear segundo Deus.

  • Não existe zona neutra! Não há meio termo, se estamos com Cristo, fazemos parte do Seu exército e estamos em guerra constante.
  • Nossos inimigos são: A nossa carne (nosso maior inimigo) e Satanás e seus demônios.


3.1. NÃO ENTRISTEÇAIS O ESPÍRITO (EF 4.30)
O primeiro aspecto a ser considerado é quem somos em Cristo hoje, a nossa identidade espiritual de agora. Se estamos em Cristo, fomos selados com o Espírito e por Ele temos acesso ao Pai (Ef 1.13; 2.18). Logo, está claro que devemos andar segundo o código do Reino de Deus, que, em submissão à Palavra do Rei, Ele nos transmitirá a direção do Caminho, que é Cristo, e esse Caminho nos levará para longe do lugar onde estávamos conectados, fazendo-nos conhecer a nova natureza herdada e como agradar àquele que agora nos ilumina. Note como Paulo escreve: “não deis lugar ao diabo”; e também diz: “não entristeçais o Espírito” que nos marcou para a vitória final. Uma vida sem vigilância, irresponsável, nos colocaria sob o domínio do reino das trevas de outra vez. É preciso romper com toda a vida passada, a vida pecaminosa (Ef 4.25-32).

  • Não entristeçais: Note que Paulo deixa claro que o Espírito Santo é uma pessoa, da mesma forma que Jesus e Deus. Há novas pregações que diz que o Espírito Santo é uma coisa, uma força que age no crente e não uma pessoa. Isto é heresia;
  • A pessoa do Espírito Santo se entristece se alegra, nos consola, intercede por nós...
  • Você já orou para o Espírito Santo? Já agradeceu a Ele pelas obras em sua vida?
  • O que entristece o Espírito Santo? A resposta é: Dar lugar ao diabo. Note que Paulo faz referência as duas coisas em Ef 4.25-32, pecamos todos os dias por fraqueza da nossa carne e da natureza pecaminosa, porém dar lugar ao diabo e deixar que ele nos use com suas malícias e artimanhas, isto entristece ao Espírito Santo;
  • Outro dado importante é a constante vigilância, se estamos em guerra não podemos vacilar, o soldado que vacila, se acomoda ou se distrai é ferido e até morto em combate.
  •  

3.2. ANTE A EMBRIAGUEZ, ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO (EF 5.18)
Nenhum soldado entra numa guerra embriagado, isso é suicídio. Qual será o comandante que permitiria um soldado bêbado guerrear? A não ser que quisesse a morte do tal soldado. Atualmente, dirigir sob o efeito do álcool é crime, imagine ir para uma batalha? A embriaguez gera dissolução, isto é, gera uma vida dissoluta, descontrolada e pródiga. Por causa da embriaguez, seja pelo álcool, uso de drogas, ou outro prazer viciante, vai se dissolvendo a vida do indivíduo: ele perde suas economias, perde o respeito da família, oportunidades profissionais, etc. Oposto ao prazer viciante, está proposto o encher-se do Espírito, que é encher-se da presença de Cristo.

  • A pior embriaguez é a do pecado! Hoje pecar já não espanta ninguém, em festas como carnaval, calouradas universitárias, shows e tantas outras atrações já não é espanto ver cenas de sexo ao ar livre, jovens que se gabam de beijar 10, 20, 30 em uma noite dentre outros absurdos;
  • Na TV e no cinema á normal o beijo homossexual, parece que não há mais repúdio;
  • Da mesma forma que um soldado não batalha embriagado pelo álcool e que um motorista pode ser preso se tiver sob efeito destas drogas, o crente também não pode combater o bom combate estando embriagado pelo pecado, acomodado pelo mal que assola o mundo.


3.3. GUERREANDO NO ESPÍRITO: “ESPADA E ORAÇÃO” (EF 6.17.18)
As armas da nossa guerra não são carnais, só se pode lutar com as armas e com os recursos que Deus oferece pelo Espírito Santo. É necessário fortalecer pela adoração, enchendo-nos do Espírito, como é visto no tópico acima. Mas precisamos nos revestir de Cristo, a nossa armadura espiritual. Nosso inimigo não são os homens, pois estes são fantoches de Satanás e seus asseclas (Ef 6.11-12). O Espírito Santo aplica em nós a armadura através da oração fervorosa, perseverante e abrangente (Ef 6.18). Temos recursos de defesa e ataque que, ao nos revestirmos deles e por meio da atenção cuidadosa e da ousadia no batalhar, garantiremos a nossa sobrevivência e vitória diária.

  • O crente não vence a batalha da vida correta e da evangelização por força nem por violência, mas pelo Espírito de Deus;
  • Não devemos combater os homens (carne e sangue) e sim aqueles que os usam como “fantoches” (Satanás e seus demônios);
  • A vida do crente tem que ser palpada no Espírito, nas experiências com Deus e na fortaleza de Sua armadura;
  • Como conseguir isto? Com uma vida de oração e intimidade com o Espírito Santo de Deus (Ef. 6.18).
  • Lembre-se também que nossa espada é a palavra de Deus!


CONCLUSÃO
O Espírito Santo é quem cuida de fazer a nossa inserção no Reino de Deus, convencendo-nos das nossas injustiças e conduzindo-nos a Cristo Jesus para receber sua justiça. Que faz parte da proposta divina através da Nova Aliança, que nos faz triunfar em Cristo, com seu bom cheiro de vitória

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Não perca a hora


PAULO E SUA MISSÃO ENTRE OS GENTIOS


Lição 07 – 18 de Novembro de 2012


PAULO E SUA MISSÃO ENTRE OS GENTIOS


TEXTO ÁUREO



“Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios na fé e na verdade”. lTm 2.7


VERDADE APLICADA


O anunciador das boas novas deve estar preparado para ser uma luz na vida daqueles que ainda estão em trevas.


TEXTOS DE REFERÊNCIA


At 26.20 - Antes anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.

At 26.21 - Por causa disto os judeus lançaram mão de mim no templo, e procuraram matar-me.

At 26.22 - Mas, alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje permaneço dando testemunho tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que o que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer,

At 26.23 - Isto é, que o Cristo devia padecer, e sendo o primeiro da ressurreição dentre os mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios.


INTRODUÇÃO

A chamada de Paulo para pregar aos gentios não começa em Antioquia da Síria junto com Barnabé, na verdade, começa com a visão celestial, em Damasco, que o conduziu por toda a sua vida. A epifania experimentada, no caminho de Damasco, por Paulo foi para ele uma aparição tão real do Senhor que ele se considerava tão apóstolo de Jesus Cristo, quanto os que com Ele conviveram.

  • Epifania relaciona-se à aparição de Jesus no caminho de Damasco, pode ser definido como "a manifestação ou aparição divina”;
  • Por ter sido chamado diretamente por Cristo, Paulo se considerava apóstolo como os demais.


1. PREGADOR E APÓSTOLO

A autoridade de Paulo repousa sobre sua chamada na aparição do Senhor Jesus no caminho de Damasco. É muito interessante que ele não se permitia diminuir visto que entendia a operação da graça em seu favor para a honra do apostolado, a fim de no serviço do Senhor, conduzir as pessoas do mundo gentílico a crer em Cristo, e a Ele se tornar obedientes (Rm 1.5).


1.1. APÓSTOLO, UM MINISTRO DE CRISTO

Paulo se considerava um apóstolo e ministro de Cristo, com base na visão que teve do Senhor, no seu volume de trabalho e sofrimento por causa dos escolhidos, como ele mesmo disse: “tudo sofro por amor aos escolhidos”. Apóstolo significa apenas “enviado”, mas com missão específica. Embora, na língua portuguesa, ministro tenha uma conotação de honra, significa em grego, “diákonos”, um servo. Ou seja, Paulo era enviado como um servo distinto de Cristo aos gentios. Fica uma pergunta: enviado para quê? “Para que eles também alcancem a salvação” (2Tm 2.10).


  • Importante destacar que Paulo era um apóstolo (enviado para uma missão específica), considerado ministro que originalmente se referia a diácono (servo), assim Paulo se considerava, um SERVO enviado aos gentios;
  • Lembre-se de 1Co 13, Paulo fala do amor sofredor, ele sofria para que os gentios alcançassem a salvação e não estava atrás de honrarias e bajulações, antes apontava para o sofrimento de Jesus e honrava o Cristo acima de todas as coisas.


1.2. PREGADOR DA PALAVRA DE CRISTO

Para alcançar a salvação, um direito da humanidade herdado através do sacrifício de Jesus de Nazaré, é necessário conhecer esse direito e como tomar posse dele. Isso se dá pela pregação do Evangelho. Ora, Paulo foi constituído anunciador desse direito aos gentios. A exposição desse direito é feita minuciosamente na Carta aos Romanos, em tom jurídico que agradava aos cidadãos de Roma, tornando assim a mensagem muito clara para eles. Na verdade essa Carta tem impactado gerações e gerações por onde ela tem sido lida e estudada através dos séculos.


  • Paulo era anunciador da salvação. Não há como a salvação alcançar alguém se não houver pregação;
  • Todos tem o direito à salvação, mas nem todos sabem disto;
  • Na justiça dos homens, muitos deixam de receber algo pois não conhecem os seus direitos, seja direito trabalhista, do consumidor, civil e outros mais... O evangelho também é assim, foi anunciado para que todos alcancem a salvação em Cristo, mas é necessário que alguém pregue e faça conhecer este direito.


1.3. A PALAVRA DE CRISTO NELE FEZ A DIFERENÇA

Paulo tinha uma convicção da importância do seu papel no anúncio da salvação entre os gentios. Mas de onde vinha essa convicção? Bem, de certa forma já falamos sobre isso, porém devemos entender o quanto esse tema se reveste de importância. A convicção vinha da própria palavra de Cristo a ele e da sua visão espiritual que eram traduzidas em atitudes. Na sinagoga de Antioquia da Psídia, ele revelou isso de maneira surpreendente quando disse: “Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os confins da terra” (At 13.47). É muito importante conhecer o nosso papel no reino de Deus, pois é muito triste desperdiçar a vida e não conhecer para o que fomos chamados.

  • Convicção do chamado, Paulo não tinha dúvida do chamado para obre e não desprezou este chamado, antes se empenhou até o fim;
  • Qual o seu chamado? Já respondeu para o Senhor “eis-me aqui?”
  • Muitos, preocupados com “as coisas da vida” têm deixado o chamado de Deus em segundo plano;
  • Que coisas da vida? Dinheiro, emprego, estudos, família, filhos, coisas importantes, necessárias mas que não podem tomar o lugar de Deus.
  • Você ama a Cristo mais do que a seus filhos? É capaz de olhar seu filho dormindo sereno e dizer para Jesus: “Eu te amo acima da minha família?”


2. DOUTOR NA FÉ

A expressão “doutor dos gentios na fé” significa instrutor ou “mestre” como é traduzida na Bíblia ARC (Almeida Revista e Corrigida). Paulo em lTm 2.7 considera-se um mestre na fé e não na crença. Embora pareça ser a mesma coisa, não é. Pois a prática da crença religiosa não envolve necessariamente uma fé viva, capaz de salvar o indivíduo, nem tampouco toda crença religiosa se ocupa com a salvação da alma das pessoas; a fé faz parte da espiritualidade; a crença faz parte da religiosidade. Todavia, a Palavra de Cristo promove a fé, salvando a pessoa do seu pecado, do seu vazio, e da falta da comunhão com Deus, aperfeiçoando-o nas boas obras.


  • Paulo se considerava um mestre na evangelização e seguia o exemplo de Jesus a quem ele imitava “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” 1 Co 11.1
  • Doutor originalmente vem de “Apto ao ensino”, mestre, aquele que ensina os demais;
  • Paulo evangelizava ensinando, discipulando, esclarecendo...
  • Atente para o fato de o comentador diferenciar fé de crença, a fé salvífica é um instrumento essencial para o crescimento espiritual do crente.
  • Lembre-se que até o diabo é crente! A crença em várias divindades, dentre outras coisas não levam a salvação, a fé inabalável em Cristo sim.


2.1. PAULO, UM ESPECIALISTA NA FÉ SALVADORA

Muitos estudiosos judeus reconheciam que os sacrifícios oferecidos no templo eram insuficientes para executar a salvação no indivíduo. Isso é demonstrado em algumas partes do A.T. Pois, mesmo Abraão não alcançou a justiça de Deus somente pelas obras, mas pelo exercício da fé. Desse assunto, Paulo entendeu e ensinou bastante, visto que havia o pensamento de que as esmolas, as boas obras, jejuns e orações eram elementos que conduziriam a salvação da alma.


  • As boas obras são importantes, a caridade, as esmolas um coração bom, mas nada disto leva para o céu;
  • Isto deve ser muito bem esclarecido aos cristãos, o que salva é a fé, veja o que diz a bíblia em Rf 2.8 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”
  • O que é fé? A bíblia responde: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Hebreus 11:1”
  • Note que Abraão não foi justificado pelas obras e sim pela fé, não há nada que podemos fazer para nos salvarmos, todo mérito é de Cristo e seu sacrifício, a nós basta ter fé e crer (confira em Rm 4. 1-25).


2.2. PAULO EXPÕE A FÉ COM BASE FIRME

No mundo helénico, as pessoas davam muito valor a coisas racionais, lógicas, e cheias de estética. Noutras palavras, uma bela argumentação. Porém, dessa maneira as pessoas podiam ficar facilmente reféns daquele que, com muita arte, expressava-se bem, mesmo que fosse com sofismas. Ainda que, na correspondência paulina; haja citações de pensadores gregos, mas o seu pensamento base repousa sobre a obra salvadora efetuada na cruz de Cristo, uma loucura para os gregos e escândalo para os judeus.


  • A fé não é racional, e pode ser considerada loucura para os homens;
  • Os gregos e suas filosofias estavam muito voltados a racionalidade e a comprovação de todas as coisas, ainda que fosse por meias verdades (sofismas);
  • Devemos agir pela fé em Cristo, mas e a razão, deve ser desprezada? Claro que não, nosso culto deve ser racional, colocando em prática nossa fé e pronto a servir a Deus e à Sua obra. Cultos não são momentos exclusivos para o crente pedir ou apenas entrar em êxtase falando em línguas sem que com isto, cultue a Deus, ouça racionalmente Sua voz e sirva a Sua vontade. Lembre-se, o maior intuito do culto é LOUVAR a Deus pela sua obra em nossas vidas.


2.3. PAULO EXPLICA A RAZÃO DE SEU MÉTODO

O ser humano costuma ter uma inclinação doentia em crenças religiosas que não conduzem à paz com Deus e uma alegria de vida. Facilmente pode ser levado por um discurso filosófico bonito, mas incapaz de produzir salvação. Quando Paulo se dirigia aos gregos e demais pagãos de seu tempo, levava apenas a simples palavra de Cristo para que a fé de seus ouvintes se apoiasse não na sabedoria humana, a fim de que eles não viessem a se vangloriar: “Como está escrito: aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (ICo 1.30,31), mas na sabedoria de Deus. Aos nossos irmãos convém uma nota importante aqui, que Paulo não prega contra a filosofia, nem incentiva a ignorância, mas se utiliza de alguns elementos gregos para a comunicação da sua mensagem, quando entendia ser necessário, mui especialmente quando se tratava de uma comunidade helénica de crentes, ou crentes em potencial.


  • Crenças religiosas servem de muletas para a fé de muitos crentes, porém só trazem confusão e sofrimento aos que creem nisto;
  • Cria-se até pouco tempo que o cristão não podia tomar refrigerante, não deveria estudar, assoviar dentre várias outras crenças que de nada serviam para garantir a salvação;
  • Devemos ter cuidado com os modismos, o copo de água sobre a TV, o sal grosso, água do rio Jordão, sabonete de arruda, rosa ungida, unção do leão, regressão, encontros tremendos...
  • Observe que Paulo não prega contra a filosofia e nem defende a ignorância do crente, pelo contrário, devemos crescer em graça e sabedoria.


3. DOUTOR NA VERDADE

Devemos lembrar que os líderes de sinagogas e fariseus eram muito proselitistas entre os gentios, tendo pessoas que frequentavam a sinagoga, mas que não aderiam ao judaísmo por causa da dolorosa circuncisão que era requerida. Quando nossos campeões pregaram a palavra da fé, não tocaram nesse assunto, logo, estava implícito que desobrigaram aqueles, dentre os gentios, que se convertiam a Cristo, ao ato da circuncisão. Com isso eles ficaram felizes! Era esse o público alvo de Paulo, mas dentre eles, vinham muitos judeus também.


  •  Como dissemos na lição passada, proselitistas eram os judeus que pregavam o judaísmo aos gentios, tentando força-los a aderirem a fé judaica, porém exigiam que os "novos convertidos" passassem pela dolorosa experiência da circuncisão;
  • Paulo não pregava sobre esta exigência pois entendeu por Deus que não era necessário tal costume na nova aliança, isto foi motivo de vários conflitos entre a igreja cristã dos judeus e a dos gentios.

3.1. ADVOGADOS DOS GENTIOS

Não se sabe a mando de quem, mas subiram da Judéia alguns indivíduos que começaram a ensinar paralelamente a necessidade da circuncisão em Antioquia (At 15.1). Todavia Paulo e Barnabé começaram a rechaçar tais argumentos com veemência, de forma que virou uma contenda séria contra tais indivíduos, os quais Lucas omite dizer quem eram. Paulo e Barnabé entendiam que se não dessem um basta naquele fermento, todo o trabalho de anos que estavam desempenhando em Antioquia e no restante do mundo helénico donde acabaram de chegar, perder-se-ia. Se não defendermos a obra que Deus nos confiou a fazer, quem a defenderá? Devemos vigiar as raposas e raposinhas em nossa vinha (At 15.2).

  • Aprendemos mais uma vez com Paulo e Barnabé a importância de uma fé apologética.
  • O que seria portanto Apologética Cristã? É justamente o que Paulo e Barnabé faziam, apologética deriva de apologia do grego e significa "dar defesa", em resumo, seria o ato de defender a nossa fé contra heresias e as demais coisas que negam o sacrifício de Cristo e a conduta cristã;
  •  O versículo básico da apologética esta em 1 Pedro 3:15-16 "Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo."
  • Devemos em tudo defender a nossa fé, isto não significa defender a Deus, Ele não precisa de defesa, mas nossa fé em Cristo não pode ser questionada e ridicularizada sem defesa.

3.2. A PRIMEIRA ASSEMBLEIA

Em função do problema da circuncisão, a igreja de Jerusalém, os apóstolos e presbíteros se reuniram para discutir o problema (ano de 51 d.C.). Onde foram apresentados os indivíduos que estavam tentando impor a observância da lei cerimonial nos crentes gentios (At 15.5). Na reunião, Barnabé e Paulo trouxeram um relatório do trabalho entre os gentios com vivacidade, mas o clima da reunião não permitiu uma alegria maior. Pedro deu uma nota a favor do trabalho entre os gentios sem as obrigações cerimoniais, e foi de grande peso, e Tiago que presidia a reunião deu os arremates finais, concordando com Pedro, Barnabé e Paulo, mas com ressalvas da Lei. De qualquer forma, o que ficou decidido, ficou a contento.


  • O problema da circuncisão cresceu tanto que foi necessário uma reunião para decidir sobre o assunto;
  • Observe que todos os lados foram ouvidos, ponderou-se sobre o assunto e os líderes Pedro, Tiago, Barnabé e Paulo deram um parecer final sobre o assunto trazendo paz a igreja;
  • Como é importante resolver os conflitos com diálogo.


3.3. ANUNCIANDO UMA NOVA DISPOSIÇÃO

De certa forma, o cristianismo, na mentalidade de muitos, ainda não tinha vida própria, ele mais parecia uma cisão no judaísmo. Em parte, isso é verdade, visto que a igreja saiu da sinagoga, principalmente onde Paulo e Barnabé evangelizaram. Nesse tempo, ainda era muito o número de judeus que compunham a igreja, entretanto, com o passar dos tempos, a igreja foi se esparramando mais entre os gentios. Por outro lado, a vinda de Jesus Cristo eliminou toda pompa ritual de sacrifícios, de vestes paramentais, suntuosidade do templo, e até a circuncisão. Era então um novo tempo, uma nova era que, em verdade, o concílio apenas estava ratificando, mas que precisava ser anunciada como um antídoto contra os judaizantes.


  •  Como já foi dito, a igreja nasceu no meio do povo judeu, com os costumes das sinagogas judaicas e posteriormente foi crescendo entre os gentios e até sendo influenciadas por várias culturas, como a grega atuante na época;
  • Com o passar do tempo, ficou claro que o centro da mensagem era Cristo e que os rituais, modismos, sacrifícios, pompa, vestimentas e templos suntuosos não tinham mais tanto espaço na liturgia religiosa do cristianismo.

CONCLUSÃO

O propósito de Paulo entre os gentios foi ensinar sobre a salvação sem a necessidade dos adereços da Lei. Com preparo teológico relevante, o apóstolo ensinou eficientemente ao seu público alvo, inspirando uma fé contagiante e inteligente entre os gentios. Suas pregações e cartas conseguiram apresentar a Jesus Cristo como Filho de Deus, poder de Deus e sabedoria de Deus a humanidade. Graças a Deus pelo empenho e dedicação desse apóstolo que foi uni instrumento poderoso nas mãos do Senhor.