quinta-feira, 28 de março de 2013

A Urgência de Um Avivamento Genuíno


Lição 13 - 31 de Março de 2013 

TEXTO ÁUREO

Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia. 
Habacuque 3:2

VERDADE APLICADA

Avivamento não é desprezo pelo conhecimento e nem alienação social, por isso precisamos crescer em graça e conhecimento das Escrituras. 


OBJETIVOS DA LIÇÃO


  • Definir e apresentar características gerais de um verdadeiro avivamento;
  • Mostrar como podemos alcançar o genuíno avivamento;
  • Manter os cuidados que se deve ter em meio ao avivamento.


TEXTOS DE REFERÊNCIA


  • Jr 29.11 - Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
  • Jr 29.12 - Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.
  • Jr 29.13 - E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.
  • Jr 29.14 - E serei achado de vós, diz o Senhor, e farei voltar os vossos cativos, e congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Senhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.




INTRODUÇÃO

O nosso tema em apreço não visa atacar ninguém. É nosso propósito definir, demonstrar como se expressa o avivamento e alguns cuidados principais que se devem ter com ele. Esse cuidado é para todos aqueles que estão envolvidos nesse fenômeno religioso quanto aos excessos que se deve evitar. Aproveitemos esse momento, pois o assunto é muito interessante em si.


  • Caros professores e alunos, primeiramente entenda que o mais importante neste momento é entender o que realmente é avivamento. Há uma ideia errada, principalmente entre nós pentecostais de que avivamento é igreja que "pega fogo", muita língua estranha etc e tal. Sabemos que tudo isto é importante e necessário mas isto não é avivamento.
  • Veremos a seguir o que realmente é ser avivado no meio dos anos.


1. BASES DE UM AVIVAMENTO GENUÍNO

Antes de falar das características gerais de um avivamento, vejamos o que ele é. Avivamento é o ato ou efeito de avivar, trazer vida, produzir ânimo. Quer dizer, buscar e receber vida espiritual em Deus; ter o ânimo renovado por meio da ação do Espírito Santo e da busca pessoal. Seja buscando ou recebendo o avivamento consiste numa concentração especial da presença de Deus (At 2.1-4).


  • Como foi dito na revista, avivamento significa trazer a vida de volta, ou seja, parar a morte.
  • Observe que o versículo usado como referência fala sobre avivar sua obra, então avivamento verdadeiro é aquele que influencia a obra de Deus.
  • Qual o sinal de que a obra esta avivada? Quando os membros da igreja tem real interesse em fazer a obra de Deus, isto é, os crentes tornam-se empolgados, dispostos e contentes em trabalhar na obra. O pastor não tem dificuldade para conseguir professores da EBD, obreiros, voluntários, evangelizadores... Todos estão prontos a trabalhar.


1.1. AS ESCRITURAS SAGRADAS

O avivamento espiritual genuíno deve ter plena harmonia com as Escrituras, jamais ser contrário a elas. Em verdade, o avivamento deve proceder sempre das promessas de Deus e da meditação continuada da sua Palavra. Quando ele chega, há um apego maior à leitura bíblica, à meditação, à prática e à sua divulgação. O Espírito Santo sempre agirá em consonância com a sua Palavra, aliás, nesse momento em que há uma concentração especial de sua presença, determinados aspectos da Escritura ganham uma vida especial. Avivamento sem Bíblia é como um povo sem história, sem lei e sem poesia, apenas um fenômeno religioso.


  • As escrituras dizem que o povo de Deus peca pois não conhecem Sua palavra. Baseado nisto é impossível um avivamento genuíno sem conhecimento da palavra.
  • Avivamento sem palavra não é avivamento, pode ser emocionalismo, obras da carne ou coisas do tipo.
  • Não tenho medo em afirmar que o verdadeiro avivamento começa nos cultos de ensino e na EBD, o povo que passa por um avivamento é tocado a orar mais e a ler mais a Bíblia. É esta leitura que transforma a realidade de uma igreja;
  • Cuidado para não confundir momentos de êxtase espiritual como em congressos em que muitos vão assistir cantores e pregadores famosos com avivamento genuíno.
  • O verdadeiro avivamento não age momentaneamente, mas permite um agir profundo do Espírito Santo de Deus que causa transformação efetiva e permanente na vida dos santos.



1.2. O AGIR DO ESPÍRITO SANTO

Num ambiente de avivamento, o Espírito Santo conduz as pessoas ao arrependimento de seus pecados. Certas coisas consideradas socialmente banais são abandonadas, visando manter uma comunhão profunda com Ele, mantendo uma vida de santificação constante. A devoção se torna algo vivo evidenciado pelo fervor, pela oração, pelos louvores, enfim tudo é cheio de vida naturalmente e não uma obrigação tradicional e religiosa, pois ganharam um novo valor. Sua presença é tão real que é quase tangível com as mãos, assim quebrantamentos são comuns. A libertação de pessoas oprimidas, às vezes, acontecem muitas curas e milagres, muitas reconciliações, mudanças sociais e a pregação ganha um novo valor (At 8.1-40).


  • A atuação real do Espírito Santo convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, isto cumina em uma transformação real começando pelo arrependimento dos pecados e renúncia das velhas coisas;
  • Quando o comentador diz que coisas banais são deixadas para trás, ele refere-se a coisas triviais que consideramos normais mas que em nada edifica (Tudo me é lícito mas nem tudo me convém). Poderíamos citar certos programas de TV, jogos, conversas infrutíferas, internet (rede sociais) dentre outras coisas;
  • Uma igreja avivada tem prazer em adorar ao Senhor e esta adoração é espontânea e não forçada. Não há a necessidade da equipe de louvor insistir para que os membros adorem a Deus, fiquem em pé...
  • O pastor não precisa se angustiar quanto aos cultos de ensino, EBD e oração pois os avivados fazem questão de frequentar estes cultos.
  • Em meio a tudo isto, curas ocorrem, muitos são libertos, problemas são resolvidos.



1.3.BUSCA E ORGANIZAÇÃO HUMANAS

Um avivamento espiritual não acontece por acaso, sempre será resultado de uma busca. Essa busca faz parte da necessidade que se tem de ter vida espiritual renovada, dessa maneira alguém começa uma busca intensa por Deus, como o salmista que disse, “como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus (Sl 42.1). “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). Trata-se de uma busca com intensidade de coração e de atitudes. Pois há coisas que imprescindivelmente precisam ser feitas pelo crente e que estão reveladas: humilhar-se, orar, buscar intensamente, converter-se dos maus caminhos. Aí, então, Deus se deixa achar (Dt 4.29; 2Cr 7.14; Jr 29.14). No aspecto coletivo, Paulo orienta que se tenha ordem no sentido de organização, e decência, a fim de evitar alguma coisa que traga vergonha. Para isso ele dedica todo o texto de I Coríntios 14.


  • Resultado de uma busca: Não há como receber um avivamento sem uma busca sincera de renovação.
  • Entenda que não é uma busca por milagres, por bênçãos, por vitórias ou algo do tipo, estas coisas são importantes porém o avivamento vem de quebrantamento, vem da busca sincera por uma transformação, vem da humilhação aos pés do Senhor e sincera vontade de mudar e voltar ao primeiro amor.
  • No aspecto coletivo, isto é, na atitude congregacional, de toda a igreja, é necessário ordem e decência conforme ICo 14 (é imprescindível ler este texto). Hoje muitas igrejas pensam que avivamento é a manifestação dos crentes na hora do culto, manifestação esta que as vezes confundem e assustam os visitantes e que causam desordem na liturgia do culto.

2. EXPRESSÕES DE UM VERDADEIRO AVIVAMENTO

Não raro temos concepções erradas acerca de um avivamento verdadeiro, atribuímos nossos conceitos à luz daquilo que ouvimos ou de nossa experiência e esquecemo-nos de que avivamento é a vida plena de Jesus Cristo em nós demonstrada por meio de frutos e graça Deus, como veremos a seguir.


  • A Bíblia é um livro qualquer se não for interpretada pelo Espírito Santo. Este é um problema muito comum, crentes que estão lendo a Bíblia como um livro e não meditando nela como a palavra de Deus.
  • Quando apenas lemos, criamos nossos conceitos que são caminhos mais fáceis para o homem em detrimento da palavra imutável de Deus e Seus conceitos eternos.


2.1. EXPRESSÃO DE RENOVO ESPIRITUAL

Sabemos que tudo o que possui grande valor sofre o plágio da alma humana. Certos cultos movimentados, acompanhados de barulhos, certo emocionalismo e inteiração presente, etc., podem evidenciar um avivamento ou não. As evidências posteriores à reunião confirmarão isso, por exemplo, se tal movimento é sucedido por sentimento de vazio, falta de caráter transformado e ausência contínua de conversões, os indícios são de irmãos animosos, mas não avivados. Por outro lado é claro que o avivamento se expressa por meio de poder espiritual. Não podemos dizer que estamos em avivamento, se não há presente em nossas vidas e reuniões o poder do Espírito Santo conforme prometido (Lc 24.49). Esse poder é demonstrado através de uma nova dinâmica espiritual, conforme vemos na igreja primitiva, ousadia na pregação, unção e graça abundante, manifestação dos dons, curas e milagres, e conversão de almas. Eis aí as diferenças demonstradas, cujo ponto fundamental são os resultados, eles são prova de renovo espiritual verdadeiro.


  • Plágio da alma humana pode ser definida como imitação (plágio) daquilo que é puro e valoroso. Em outras palavras, muitos crentes tentam imitar os frutos do espírito e dons espirituais sem viver aquilo realmente. É algo grave e que apenas traz engano aos que vivem esta falsa experiência.
  • "Certos cultos movimentados, acompanhados de barulhos, certo emocionalismo e inteiração presente, etc., podem evidenciar um avivamento ou não". Aqui esta um grande perigo, nem sempre onde há barulho há um avivamento verdadeiro. Como foi dito, as experiências posteriores, as atitudes dos crentes no dia após o congresso, após o movimento, é que vai evidenciar se começou de fato um avivamento.
  • Avivamento traz alegria no culto e transformação no lar, nos relacionamentos, na honestidade nos negócios, no temperamento...
  • Como foi dito pelo comentador, há que se ter poder do Espírito Santo em um culto avivado, isto é importante e necessário, porém junto com o poder, há pregação eficaz, curas, milagres, conversão e transformação de vida.


2.2. DEMONSTRAÇÃO DO FRUTO DO ESPÍRITO

No item acima, falamos de modo sucinto da expressão de um avivamento num ambiente coletivo, mas agora trataremos de forma mais pessoal, posto que a igreja é formada por indivíduos que se agregam. Um avivamento do Espírito Santo é demonstrado por uma transformação de caráter. Todos aqueles que experimentaram ter um encontro genuíno com Deus foram transformados, Jacó, quando lutou com o anjo, disse, “tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva” (Gn 32.30); Isaías quando viu Deus assentado num alto e sublime trono, disse: “ai de mim, que vou perecendo!... Meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos” (Is 6.5); dali em diante Isaías deixou de falar o que não devia. Reuniões de avivamento onde se há muito barulho, línguas estranhas, mas quando acabam há discórdias, brigas, xingamentos e falta ânimo para evangelizar, é um contrassenso, depõe contra o verdadeiro avivamento e o próprio cristianismo.


  • Podemos resumir este tópico na última frase: "Reuniões de avivamento onde se há muito barulho, línguas estranhas, mas quando acabam há discórdias, brigas, xingamentos e falta ânimo para evangelizar, é um contrassenso, depõe contra o verdadeiro avivamento e o próprio cristianismo."
  • Avivamento transforma o caráter, muda o linguajar, cessam os palavrões, a ira que vem cedo agora tarda em aparecer...

2.3. TESTEMUNHO COM GRAÇA RENOVADA
                  
A igreja que passa por um avivamento se torna muito ativa na pregação, no evangelismo, no discipulado e missões. Todos com um amor renovado querem contribuir não apenas financeiramente, mas querem participar da multiplicação dos fiéis. Lembremos que a igreja de Jerusalém tinha graça para com a sociedade (At 2.42-47), não antipatia, o mesmo exemplo deve ser seguido por nós.


  • Como já foi dito, quando há um avivamento verdadeiro, temos uma reação unânime entre os crentes, todos querem contribuir e não estamos falando de contribuição financeira apenas, estamos falando de serviço, de desejo de trabalhar na obra, de participar do quadro de cooperadores, professores da EBD, evangelizadores...

3. CUIDADOS PRINCIPAIS QUANTO O AVIVAMENTO

O avivamento deve ser preservado, mas o excesso de zelo pode acabar por extinguir o agir do Espírito, quer dizer, ter um efeito contrário. Por exemplo, alguns líderes tem tanto medo de que as manifestações não sejam do Espírito de Deus que acabam por extingui-lo. Outros ficam tão preocupados em perder as rédeas do culto, por causa das manifestações espirituais que desestimulam os irmãos e entristecem o Espírito Santo. Devemos ter cuidados sim é o que abordamos aqui, mas, sobretudo, este é um trabalho de fé, Aquele que começou o avivamento com o passar dos dias o aperfeiçoará.


  • Excesso de zelo seria o mesmo que um cuidado excessivo para que algo que não seja manifestação de Deus (isto é, manifestação da carne) não aconteça na hora do culto.
  • O problema é que este excesso as vezes esfria o culto porque interfere também na atuação verdadeira do Espírito Santo de Deus entristecendo-o;
  • Como equilibrar isto? A única forma é agir com fé e pedir a Deus discernimento espiritual para saber o que é de Deus e o que não é.

3.1. ÊNFASE EXAGERADA AO ESPÍRITO SANTO

Devemos cuidar para que não seja por nossas atitudes ou conceitos doutrinários errôneos que venhamos dar ênfase exagerada a pessoa do Espírito Santo. E isso se manifesta de muitas maneiras, por exemplo, alguns dizem: “aqui o Espírito é superior a qualquer um, Ele é maior que a Palavra e é Ele quem manda”. Isso não é verdade, a Palavra foi inspirada por Ele, ela é o meio de julgarmos de onde procede uma manifestação tida como espiritual, se dele, do espírito humano ou do maligno infiltrado. Na verdade, todo avivamento traz consigo seus exageros que devem ser administrados com sabedoria e temor a Deus. Há lugares que dão ênfase exagerada à busca de visões, a revelações, nada fazem senão abrirem a Bíblia em algum lugar. Sejamos sábios irmãos, mesmo que Deus tenha começado um avivamento, quando se inicia essas coisas, elas são indícios da sua ausência ativa. Deus não opera contra si mesmo, pois não é de confusão.


  • Aqui temos um problema sério que particularmente já ouvi muitas vezes. "O pastor me deu a oportunidade para dar uma palavra de 5 minutos mas o Espírito Santo me mandou falar meia hora". Se pensarmos que o pastor dirige o culto pelo Espírito Santo, como pode ele dar uma oportunidade errada a um membro? Onde fica a ordem no culto?
  • Da mesma forma, há pessoas que atribuem tudo ao Espírito Santo e Ele não recebe toda a honraria, principalmente quando esta deveria ser dedicada a Jesus. João 16.13 nos fala sobre a missão do Espírito Santo onde diz "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir."
  • Anunciará o que há de vir esta falando de Jesus. Além disto, Jesus é anunciado pela palavra (Bíblia) que é interpretada pelo Espírito Santo, não há como a palavra ser inferior a atuação do Espírito de Deus.
  • Outro fator importante é que crentes que vivem apoiados em busca de profecias e visões apenas, não experimentam a transformação que vem pela palavra de Deus. A Bíblia porém não é um livro de adivinhação, é um perigo o tal de abrir a Bíblia em algum lugar para ver o que vai sair. A Bíblia deve ser estudada como um todo, inclusive no seu contexto e não apenas versículos isolados.



3.2. A FALTA DE EXPOSIÇÃO DAS ESCRITURAS

Uma grande contradição em um suposto avivamento é não haver exposição das Escrituras, seja ensinando, pregando ou evangelizando numa reunião. Os hinos, corinhos, profecias, revelações e demais participações devem fazer parte da liturgia do culto, tal como era na igreja primitiva e tal como o movimento pentecostal procura resgatar. Todavia não se pode prescindir a Palavra como se fosse um tempero a menos naquela reunião. Devemos, com sabedoria, preparar com fervor e aproveitar esses momentos para ministrar a Palavra. Lembremos que Pedro agiu assim na primeira reunião “pentecostal” (At 2.14-36). Ele aproveitou o momento de modo que a sua atitude se tornou um modelo para todos os avivamentos subsequentes. Assim, cuidemos para que em cada reunião, tenhamos um verdadeiro aprendizado na pregação da Palavra de Deus.

  • Temos dois problemas aqui:
  1. Existem igrejas que conseguem ficar 2 horas no movimento com louvores, choro, danças e muitas outras formas de adoração, mas dedicam menos de 15 minutos para a ministração da palavra;
  2. Existem igrejas que dedicam um bom tempo para a ministração da palavra mas os pregadores estão fazendo uso errado deste tempo ao escolher temas que as vezes nada tem a ver com a Bíblia. Pregam mensagens de auto ajuda, muitos centrados em vida financeira, vida de "vitória" e esquecem de pregar a simplicidade do evangelho de Jesus que aponta para o arrependimento, ao perdão, a renúncia e a vida eterna.

3.3. O FANATISMO

Foi num ambiente de “avivamento”, em Corinto, quando houve muitas meninices, arrogâncias, liberação dos instintos carnais que Paulo teve que corrigir. Pois, em alguns momentos, a situação era mais parecida com um pandemônio do que com um culto a Deus. Os exageros não foram diferentes dos de nossos dias, todos falando em línguas ao mesmo tempo, vários profetizando simultaneamente, disputas internas que já não mais evidenciavam o amor, uma dependência contínua das emoções, o que levou Paulo a escrever longamente sobre o assunto conforme podemos ver em 1 Coríntios 12 a .14.


  • Meninice é algo comum em crentes novos que estão em crescimento, porém não podem permanecer para sempre.
  • A igreja de Corinto estava tão ligado as meninices que seus cultos eram um grande tumulto (pandemônio), sendo que todos falavam em línguas ao mesmo tempo em momentos não apropriados, disputavam profecias, e davam mais valor as emoções do que a palavra pregada.
  • Devemos lembrar que a manifestação do Espírito Santo é sadia e importante, porém deve ser balanceada com a racionalidade do culto.

CONCLUSÃO

Nós brasileiros temos a fama evangélica de vivermos num continuo avivamento, que causa admiração nas igrejas dos outros países. Há um número de igrejas que, a cada tempo, surge das mais variadas denominações, curas e milagres, mas infelizmente não temos profundidade escriturística. Somos acusados por alguns de termos a grandeza de um oceano, mas a profundidade de uma piscina, posto que a Palavra tenha sido muito prescindida

segunda-feira, 25 de março de 2013

Os sete estágios da tentação


 Irmã Izana, da Congregação da Vila Erondina - Ganhadora da Bíblia de Estudo Diário recebendo o presente do Dc. Delimar na Biblioteca da Igreja Sede.


Visita ilustre da Julia nos bastidores do programa Escola Bíblica em ação.

quinta-feira, 21 de março de 2013

JESUS CRISTO É O MAIOR E ÚNICO DE TODOS - LIÇÃO 12 – 24 DE MARÇO DE 2013


JESUS CRISTO É O MAIOR E ÚNICO DE TODOS - LIÇÃO 12 – 24 DE MARÇO DE 2013

LIÇÃO 12 – 24 de Março de 2013

TEXTO AUREO

“Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus”. Mt 12.28

VERDADE APLICADA

Os líderes religiosos tinham medo de que Jesus convencesse a nação com suas ideias, pois sem pegar em qualquer arma Ele causou a maior revolução.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Provar que Jesus veio ao mundo e cumpriu a lei;
  • Mostrar que as leis orais, que consistiam na interpretação das Escrituras encobriram o seu espírito de amor e misericórdia;
  • Revelar o perigo que é desprezar o Senhor Jesus.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mt 12.1 - Naquele tempo, passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comer.
Mt 12.2 - E os fariseus, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado.
Mt 12.3 - Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam?
Mt 12.4 - Como entrou na Casa de Deus e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes?


INTRODUÇÃO

Após um circuito de pregação itinerante junto dos discípulos e a realização de muitos milagres, Jesus sofreu grande oposição por parte dos escribas e fariseus. E ai se vê obrigado a reagir em defesa de seu trabalho. Os líderes religiosos censuram a inobservância do sábado dos discípulos, pois Jesus os ensinou mais sobre o valor das pessoas do que a observância de dias. Por isso também eles o acusaram de operar exorcismo e curar pelo poder de belzebu. O Mestre então reagiu revelando a sua grandeza, repreendeu-os severamente em sua incredulidade e malícias.

  • Temos o dever de defender nossa fé quando somos atacados, os cristãos que defendem sua fé são chamados de apologistas. Existe uma outra classe chamada de polemistas, são aqueles que atacam para determinar sua crença, creio não ser esta a melhor forma.
  • Jesus nos ensinou a defender nossa fé contra as heresias e maldades humanas;
  • Interessante comentar que Jesus valorizou mais as pessoas do que a observância da lei. Relate que até nos dias de hoje temos servos de Deus que estão mais preocupados em seguir os costumes de sua igreja do que ajudar a um soldado ferido.


1. MAIOR QUE O TEMPLO DE ISRAEL

A tradição oral eram extratos de mandamentos sobrepostos às leis de Moisés, passados de pais para filhos por meio do falar e ouvir, que se tornavam um fardo muito pesado. Era contra essa tradição o grande combate de Jesus, porque muitas dessas leis iam além do necessário, visto que serviam como uma espécie de complemento a Lei de Moisés. Tais leis e costumes tinham mais prestígio que à Lei que se resumia no amor.

  • As tradições orais foram importantes para manter o pensamento judeu e os seus costumes, porém o relato oral incluiu às leis de Moisés um grande número de novas e pesadas regras que deixou um fardo pesado para os seguidores do pentateuco. Ainda hoje é comum pessoas criarem fardos pesados para carregar enquanto Cristo quer que tomemos o Seu fardo que é leve e suave.


1.1. COMO SURGIU A TRADIÇÃO ORAL?

Como toda lei, a Lei mosaica carecia de interpretação para os mais diferentes assuntos, foi daí que surgiu a lei oral, assim como tem os vários tratados que visam explicar, aclarar as leis no mundo moderno. Entretanto, foi daí que surgiram as variadas interpretações e aplicações, eclodindo em muitas distorções, e foi a tal ponto que o “espírito da Lei”, isto é, a essência, que é o amor, foi sufocada. Por outro lado é bom lembrar que Jesus não veio descumprir ou ab-rogar a lei, isso seria contrário a Deus.

  • Como disse anteriormente, a intenção da tradição oral era boa, sobretudo de tentar esclarecer a lei escrita e torna-la acessível a todos os ouvintes independente do grau de instrução.
  • Infelizmente as interpretações fizeram surgir muitas “variantes” da lei tornando-a tão pesada ao ponto de ser dito que a letra (lei) mata, mas o Espírito vivifica (2 Coríntios 3:6).


1.2. O LADO OPRESSIVO DOS RELIGIOSOS

O Senhor Jesus teve como propósito aperfeiçoar certos aspectos legais e trazer um novo ensino: “ouvistes o que foi dito... eu, porém vos digo”, isso Ele repete cinco vezes em Mateus dando uma nova visão moral. Por outro lado, Ele subtraiu certos aspectos que sobrepunham ao “espírito da lei”. Por exemplo, na observância rigorosa do sábado. Certa vez, seus discípulos estavam colhendo espigas e comendo-as, logo Jesus foi censurado, “os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado” (Mt 12.2). Ele mostra que aquela não é a verdadeira aplicação da lei sabática quando se está faminto, e ilustra com o caso de Davi que comeu dos pães da proposição com seus companheiros; em seguida, mostra que, no templo, a mesma lei é quebrada, pois os trabalhos ali não cessam dia nenhum.

  • Um novo ensino: Jesus estava trazendo um novo testamento, mas sem desprezar a lei mosaica. Todos os seus ensinamentos estavam baseados na lei, Ele, porém as interpretava da forma como Deus queria que fossem interpretadas. Observe que os Judeus estavam tão presos em suas tradições que não percebiam que Jesus trazia a eles uma nova e correta interpretação da lei que eles tanto defendiam.
  • “ouvistes o que foi dito... eu, porém vos digo”. Observamos nesta fala de Jesus que Ele estava quebrando as tradições orais, daquilo que foi interpretado de forma errada e inclusive acrescentada a lei como um peso incapaz do homem carregar.
  • Os judeus se preocupavam tanto com o rigor da lei que permitiam uma pessoa morrer de fome se fosse num sábado. Mas a hipocrisia era tanta que não viam seus atos. Os sacerdotes tão zelosos pela lei, trabalhavam no templo todos os dias inclusive no sábado.


1.3. O RESGATE DO VALOR DO HOMEM

Toda boa lei não tem um fim em si mesma, mas é voltada para o bem estar do homem e jamais para oprimi-lo. O Senhor mostra que o mais importante que sacrifícios diários no templo é a importância que se deve dar ao homem, Ele aspira a misericórdia e não holocaustos no templo. Ali Jesus demostrou sua identidade messiânica publicamente, quando disse ser maior que o templo e o Senhor do sábado. Apesar das acusações, aqueles líderes não estavam preocupados com assuntos legislativos, eram hipócritas e o Senhor provou isso quando curou o homem das mãos mirradas, depois na sinagoga deles (Mt 12.9-14).

  • A lei foi feita para garantir os direitos dos homens e não para condená-lo, infelizmente a visão dos religiosos da época não era esta, antes usavam a lei para matar e oprimir seus compatriotas;
  • Quando se diz que Deus prioriza mais a misericórdia do que os holocaustos, Jesus esta dizendo que as ofertas, as orações, jejuns e trabalho na obra são extremamente importantes, quando o seu fim é o amor ao próximo (misericórdia), caso contrário não há valor nenhum nestas obras. Quantos homens dão grandes ofertas para aparecer, ou só pregam para ganhar dinheiro ou ainda fazem uma obra por orgulho próprio, não há recompensa nisto, muito menos galardão.




2. MAIOR QUE O PROFETA JONAS

 

Após o episódio da seara e da cura do homem das mãos mirradas, o Senhor Jesus prosseguiu com seus sinais, isto é, expulsando demônios e curando enfermos apenas com a autoridade de sua Palavra. A liderança procurava trazer descrédito as operações de Jesus junto a seu público. Os milagres eram tão extraordinários que não o acusavam de charlatanismo, e sim de operar através do poder de Belzebu, não satisfeitos ainda lhe pedem um sinal (Mt 12.38,39).

 

2.1. O PORQUÊ DO PEDIDO DE UM SINAL?

 

Os fariseus conheciam exorcistas judeus que, através de encantamentos, expulsavam demônios e curavam enfermos. Não demorou muito para que pedissem um sinal diferente. Não faziam isso porque queriam crer, mas, porque, astutamente, desconfiavam que Jesus não lhes daria tal coisa. Esses líderes achavam que poderiam se apoiar na própria Lei e assim tentar colocar Jesus em descrédito, mostrando que poderia ser a provação de Deus que Moisés falou e assim não seguir a tal profeta milagroso (Dt 13.1-3). Porém o Senhor Jesus lhes disse que não daria nenhum sinal e para a surpresa deles prometeu que o único sinal que daria era o do profeta Jonas.

 

  • Quando vejo este pedido dos judeus de um grande sinal, lembro-me do versículo que diz “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mt 4.7).
  • O mesmo pedido foi feito na cruz onde o instigaram para que orassem a Deus para que Ele enviasse anjos para livrá-lo da humilhação da cruz. Da mesma forma na tentação no deserto. A Bíblia toda nos mostra que Deus não precisa provar ser Deus. Em nenhum momento vemos a Bíblia tentando provar que Jesus é Deus ou tentando convencer os seus leitores da Sua divindade. A Bíblia simplesmente afirma Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores;
  • Quanto ao profeta Jonas, vemos em Mt 12.40 Jesus dizendo “Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.” Da mesma forma que Jonas ressurgiu da “morte” no ventre da Baleia (Quem em sã consciência imaginaria que Jonas pudesse sair com vida depois de ter sido “comido” por um grande peixe), Jesus também ressurgiria depois de 3 dias no frio sepulcro.

 

2.2. A MALÍCIA DOS ADVERSÁRIOS

 

Diante de tantas maravilhas que eles estavam vendo, ainda assim pediam um sinal maravilhoso: quem sabe o sol parar, ou o tempo retornar como nos dias de Acabe, ou um anjo descer do céu: ou ainda, a própria voz de Deus bradar do céu, pudesse satisfazê-los. Mas Jesus sabia que, de verdade, tal sinal não mudaria quem de fato eram, e os denunciou como “uma geração má e adúltera” (Mt 12.39). Quando Ele se referiu ao profeta Jonas no ventre do grande peixe (Mt 12.40) estabelecendo um paralelo entre ele e Sua morte, é que ao ressuscitar estaria vencendo a morte, e eles jamais o veriam.

 

  • Jesus conhecia o coração daqueles homens e por mais que um milagre acontecesse, eles continuariam presos aos seus costumes e tradições. Eles não estavam dispostos a mudar o coração ainda que o próprio Deus bradasse em alta voz.
  • É triste pensar que ainda hoje temos crentes que não mudam o seu pensamento, nem sua maneira de agir ainda que estejam contra o determinado por Deus, são pessoas presas a velhos costumes e que não aceitam uma nova forma de pensar, antes agem como ditadores que defendem regimes falidos.
  • Observe que o comentador disse que “eles (os judeus religiosos da época) jamais o veriam”. Isto significou que, depois da sua ressurreição, Jesus se mostrou aos pequeninos, homens simples que creram nEle. Para os demais Ele só aparecerá como juiz naquele grande dia.
 

2.3. O VALOR DO ARREPENDIMENTO

Os ninivitas tinham na antiguidade uma fama de cruéis e perversos, além do que eram totalmente pagãos. Mas mediante a pregação de Jonas, arrependeram-se profundamente dos seus pecados e receberam o perdão de Deus (Mt 12.41). Jonas era um sinal vivo entre eles e não operou nenhum sinal, e Jesus operando tantos sinais estava acentuando o estado de condenação da geração de seus dias. Seria no dia do juízo uma situação embaraçosa, pois aqueles para quem eram primeiramente as promessas de Deus, estariam numa situação de completa desvantagem por causa das maldades e adultérios resultante de sua incredulidade.


  • Os soldados de Nínive eram conhecidos pelas suas maldades. Durante os combates, saqueavam as cidades e orgulhavam-se de colecionar cabeças dos perdedores. Por sua sensualidade excessiva e sua maldade, Jonas relutou em pregar o arrependimento a esta povo, antes desejava que a cidade fosse destruída;
  • Jonas, porém, ao pregar a mensagem de arrependimento, não precisou usar nenhum sinal ou fazer milagres e toda a cidade se arrependeu ao ponto de até os animais fazerem jejum. Jesus por Sua vez operou grandes milagres e maravilhas e ainda assim a maioria do Seu povo não creu em Sua mensagem, na verdade, os de Nínive um dia julgarão a Israel, como esta relatado em Mt 12.41 “Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas.”

 3. MAIOR QUE O REI SALOMÃO

Os sacerdotes dos dias de Jesus tinham muito medo de perder a sua influência e posição, mas não tinham medo de excluírem-se do reino de Deus, se é que algum dia chegaram a pertencer.

3.1. O PORQUÊ DA RAINHA DO SUL PROCURAR A SALOMÃO? (MT 12.42)
 

O Senhor Jesus prossegue em sua reprimenda, depois de falar de Jonas, como um pregador bem sucedido, a um povo que se arrependeu; e ilustra, em seguida, com o exemplo da rainha do sul (de Sabá), chamada Maqueda. Ela veio de terras longínquas para ouvir a sabedoria de Salomão, e, segundo a tradição judaica, também se converteu à fé. Os judeus acreditavam que o Messias, quando chegasse, teria sabedoria maior que a de Salomão, e ali estava diante deles quem era maior que Salomão. O Mestre era a sabedoria personificada, mas eles desrespeitavam essa sabedoria e a própria pessoa dele. Cuidemos de nós mesmos para que não incorramos na política contra o Reino de Jesus, a sua sabedoria e pessoa, que tenhamos temor, pois a natureza humana é traiçoeira e Satanás tem o poder de nos mostrar mais santos do que realmente somos.

  • Sabá era um reino distante para a época, localizado na região onde hoje esta a Etiópia. Foram dias de viagem e uma grande comitiva com presentes e muitos tesouros para o Rei Salomão, tudo para ouvir da sua sabedoria e aprender com o rei.
  • Interessante que a rainha da Sabá procurou conhecer o rei e se esforçou para isto. A tradição diz que ela se converteu ao Deus de Israel. Mais do que querer conhecer, ela foi transformada pela palavra que ouviu.
  • Hoje o evangelho é algo que esta na “moda” e tem atraído os olhares de muita gente e também empresas que são simpatizantes dos evangélicos mas não querem ser transformados pela palavra de Deus. Vivemos tempos em que, muito em breve, teremos os evangélicos não praticantes.
  • Devemos cuidar para que nossos desejos e filosofias não nos afastem de Deus. Temos a infeliz tendência de confiarmos em nós mesmos quando tudo esta bem, isto é um perigo!

 

3.2. O PERIGO DA BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO

A prática de exorcismo do Senhor Jesus era simples, basicamente o poder da sua palavra bastava para expulsar os demônios e as pessoas serem curadas (Mt 8.31; Mc 1.34,39). Enquanto que os exorcistas judeus se utilizavam de raízes mágicas e certas coisas muito parecidas com as práticas espíritas, coisas que o historiador Flávio Josefo escreveu a respeito, em Antiguidades Judaicas, Livro 8, cap. 2o: parág. 324. Após Jesus falar sobre os sinais terminando o assunto com a rainha do sul, toca novamente na questão da operação de Satanás, por meio de quem eles acusaram Jesus de operar, mas Ele com autoridade os advertiu anteriormente, que quem blasfemasse contra o Espírito Santo - pois Jesus agia no poder do Espírito - tal pecado é tão grave que jamais será perdoado ao que o cometer (Mt 12.31-32).

  • Veja o que diz Flávio Josefo: “Vi um judeu, chamado Eleazar, livrar diversos possessos, na presença do imperador Vespasiano, de seus filhos e de vários oficiais e soldados. Ele prendia ao nariz do possesso um anel no qual estava fincada uma raiz... Logo que o demônio a cheirava, arremessava o doente por terra e o abandonava. Para fazer ver ainda melhor o efeito das conjurações, enchia uma tinha de água e ordenava ao demônio que a lançasse por terra, como sinal de que havia abandonado o possesso, e o demônio obedecia.”
  • Interessante que Jesus como autor de uma nova aliança mostra que apenas pelo poder da palavra os demônios eram expulsos, porém temos hoje tantas igrejas que inventam coisas mirabolantes, semelhantes a coisas do passado como rosa ungida, sal grosso, vestir branco... Fuja disto!
  • Sempre me perguntam o que é blasfêmia contra o Espírito Santo. Uma forma simples de explicar seria o de uma pessoa que conhece a Deus e sabe da atuação do Espírito Santo e atribui esta atuação ao diabo. Isto é, eu sei que a obra de um pastor por exemplo vem da atuação do Espírito Santo, mas por vários motivos eu prego contra e ainda afirmo que aquelas obras são do diabo.

3.3. O PERIGO DA CASA VAZIA (MT 12.43-45).


Jesus fala do espírito imundo que foi expulso da casa. Tal acertiva sobre a possessão demoníaca duma casa era familiar aos judeus, pois eles haviam aprendido na Lei que uma casa pode ficar enferma e até possessa, tal residência deveria ter acompanhamento sacerdotal até a sua cura ou eliminação (Lv 14 RA). Quando um espírito é expulso da casa anda por lugares áridos e promete voltar, e traz reforço consigo, quer dizer, mais sete espíritos imundos para tomá-la de volta, se a acharem vazia os demônios passam a habitar ali, depois o estado do dono da casa se torna pior que antes, porque são espíritos opressores (Mt 12.45). Mas por que a casa ficaria vazia? Jesus havia derrotado Satanás no deserto (Mt 4.1-11), Ele era a visitação de Deus para a casa de Israel, porém não o aceitaram, antes o mataram. Por esse motivo, aquele principado retornaria e tornaria o estado daquela geração pior que a anterior, por causa de sua rejeição.

  • Mediante o que foi dito, digo que a situação de um desviado é muito pior do que a de um perdido. Em muitos casos é melhor nunca ter aceitado a Jesus do que ter se desviado. O desviado experimentou da salvação e abandonou a fé, desta forma o ódio do inimigo é ainda maior contra a vida dele.
  • Igualmente, é o fato de pessoas pedirem oração, serem libertas e não firmarem compromisso com Jesus e Sua tão grande salvação. Em breve sua situação será pior do que antes.
 
CONCLUSÃO

Aqui está quem é maior, a sabedoria e o poder de Deus, Cristo Jesus. Escândalo para uns e loucura para outros. Nem a perseguição ou a morte o derrotaram, tudo isso passou, mas venceu por ser maior. Cabe a nós analisar o nosso coração para que jamais seja infiel e do Diabo se afastar, pois o verdugo espiritual aí está pronto para trazer seu reforço e tomar a nossa vida um tormento e, no final, a perdição. Sejamos corajosos e combatentes até, por fim, virmos a descansar em Cristo.  

sexta-feira, 15 de março de 2013

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO E AS LIÇÕES PARA A IGREJA ATUAL



LIÇÃO 11 – 17 de Março de 2013

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO E AS LIÇÕES PARA A IGREJA ATUAL

TEXTO AUREO

“Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado”. Rm 11.22

VERDADE APLICADA

Quando compreendemos a misericórdia de Deus na restauração dos que se afastaram Dele, alegramo-nos com o seu retorno.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • Destacar a misericórdia de Deus;
  • Mostrar a insensatez do filho pródigo;
  • Apelar para a vigilância quanto os nossos sentimentos, evitando um comportamento ciumento e excludente na casa do Senhor.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

Lc 15.1 - E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
Lc 15.2 - E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.
Lc 15.11 - E disse: Um certo homem tinha dois filhos.
Lc 15.12 - E o mais moço novo deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
Lc 15.13 - E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.

INTRODUÇÃO

Nem todos os judeus aceitaram Jesus como Messias, todavia isso não fez com que Ele parasse a sua missão. O seu caráter não foi afetado, apesar de toda oposição da religiosidade de homens maus. Apesar de toda a pressão, continuou em direção ao triunfo da ressurreição, sem intimidar-se com a turba que o oprimia, tentando desviar de sua gloriosa missão. E, na rejeição de seu povo (Jo 1.11,12), foi buscado pelos que não perguntavam por ele, foi achado por aqueles que nunca o buscaram, pessoas que não conheciam o seu nome, receberam a oportunidade de serem recebido por Ele (Is 65.1).

É extremamente aconselhável que toda a história do filho pródigo seja lida, para que os alunos se atentem na narrativa e consigam retirar as importantes lições que aprendemos.
Grande parte dos judeus não aceitou a Jesus como o Messias, porém a vontade dEle era que todos se salvassem. Comente o que esta escrito em Lc 13.34: Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?

1. CARACTERÍSTICAS DE DEUS PAI
Para tornar a sua denúncia efetiva contra os judeus, Jesus conta três parábolas, aqui nos ateremos a do filho pródigo. A discriminação contra os seguidores de Jesus tinha, como raiz, a inveja da liderança religiosa que o via como alguém que estava tomando para si, uma grande fatia do bolo social judaico da religiosidade dominante, inclusive penetrando nas camadas da alta sociedade desprezadas e taxadas maldosamente como “publicanos e pecadores”. A fim de combater aquele mal, Jesus evoca a figura de um pai magnânimo, ilustrando a pessoa do Pai celestial, como veremos a seguir.

1.1. A LIBERALIDADE DE DEUS
Aquele pai é rico fazendeiro, tem muitos trabalhadores a seu dispor, paga bem aos seus funcionários e tem dois filhos. Quando o filho mais moço pede sua herança, fere-lhe a alma, mas liberalmente ele concede. Não era ético um pedido daquele, além do mais, o pai estava vivo. E depois disso, o filho sai pelo mundo extraviando a sua herança. Mas o pai espera que ele volte, ao retornar, o recebe e faz festa. O mais velho, austero, responsável, legalista e intolerante reclama, mas o pai esclarece sua posição e tenta convencê-lo a participar de sua alegria agora. A generosidade de Deus se desabrocha em liberalidade, Ele quer que estejamos em sua casa por amor. De tudo, ele nos dá e não gostaria jamais que esbanjássemos nada, todavia se quisermos partir, teremos a nossa própria “grande experiência”, para nos provar que junto a ele é sempre melhor (Lc 15.16,17).

O que significa pedir a herança? Significa querer gozar dos prazeres deste mundo ao invés de aproveitar o que esta reservado no céu. Significa literalmente desviar, sair da igreja. Temos em Cristo uma herança que será desfrutada no céu, se quisermos desfrutar agora, abriremos mão do nosso tesouro celestial;
Porque Deus dá liberalmente mesmo a Seu contra gosto? Por que não é pela força que Deus nos quer nos Seus caminhos, mas por amor a Ele. Quando alguém decide abandonar a Deus, o faz conscientemente. Quem escraviza é o diabo, Deus nos dá liberdade e livre arbítrio, inclusive para servi-lo ou não;
Interessante observar que tanto o filho que partiu quanto o que ficou (na igreja) não agradou ao Pai. Ambos necessitavam de conversão! Um por abandonar os caminhos do Senhor, outro por não se alegrar com a volta e restauração daquele que se havia perdido;

1.2. O PERDÃO DE DEUS
Deus nos é revelado no perdão de pai, ilustrada na parábola em que o filho mais moço não conhecia bem, mas o pai lhe estava a esperar para esse fim (Lc 15.2). Quando o filho chega, ele o recebe calorosamente, trata dele e decreta feriado na fazenda e faz um grande festejo com música, danças e muita carne por conta da casa. Todo mundo fica feliz, menos um, o filho mais velho quando sabe o que está acontecendo na fazenda (Lc 15.25-28). Os publicanos e pecadores arrependidos de todos os tempos que recebem Jesus experimentam o perdão do Pai celestial, a alegria da salvação e a restauração da humanidade verdadeira (Gn 1.26).

O filho mais moço achou que para ele não haveria perdão, ou se houvesse, ele teria um tratamento bem inferior ao de quando saiu. Deus revela em Jesus Cristo o Seu perdão quando aceita todo aquele que caiu pelo caminho de volta com honras e festas;
O filho mais velho representa muitos crentes em nossas igrejas, irmãos e irmãs que não toleram ver um desviado se arrependendo e retomando sua posição na igreja. Quantas vezes ouvimos frases como: “Este ai estava lá no mundo, reconciliou e agora já esta com cargo na igreja”. Aprendamos com a parábola do filho pródigo.

1.3. A COMPREENSÃO DE DEUS

O pai foi compreensivo com ambos os filhos: com o que saiu perdoando, pois entendeu que aquilo fez parte do aprendizado para toda a vida. E foi compreensivo com o que ficou, apesar de austero e intolerante. Porém, não deixou de fazer nada por causa da queixa do mais velho. Deus jamais porá seus planos de lado por causa da insatisfação de alguém, os festejos não serão abortados por causa da incompreensão de alguns (Is 43.13). Devemos meditar nas obras de Deus e nos alegrar com o que Ele se alegra, e não morrer de ciúmes como crianças mimadas com medo de perder o espaço na sua casa. Se a metade dos pródigos desse mundo retornarem, teremos muitos problemas com aqueles que acham que estão perdendo espaço.

Compreensão foi a tônica deste dialogo do pai com o filho que ficou em casa. Ele o perdoou, foi paciente com ele e o reconciliou com seu irmão. Não é desejo de Deus que seus filhos vivam em desunião;
O filho que ficou se queixou rispidamente com o pai, porém este não deixou de festejar a volta do filho. Meus queridos, quantas vezes estamos alegres e alguém reclama se põe contra nosso desejo e tenta acabar a com festa? Não permita que pessoas negativas acabem com Sua alegria, olhe sempre pra Jesus;
O comentador fala de ciúmes de alguns crentes que temem perder posição na igreja quando um desviado retorna. Eu penso que, como diz o hino 93: “Há trabalho pronto para ti cristão Que demanda toda a tua devoção”. Trabalho tem e muito os trabalhadores que são poucos. Neste caso, se os de casa não trabalharem, Deus trará trabalhadores de fora.


2. A INSENSATEZ DO FILHO PRÓDIGO
O Senhor Jesus denunciou dois comportamentos que demonstraram falta de temperança. O filho mais novo que pediu a herança e a consumiu inutilmente, e do filho mais velho que permaneceu em casa, mas agiu intolerantemente, não demonstrou afeto, pois tinha uma imagem do Pai - até ali equivocada - de intolerância também. Jesus quer nos fazer perceber que ambos os filhos estavam sob aprendizado: Deus estava corrigindo o mundanismo do que saiu e o legalismo do que ficou.

Interessante a descrição feita pelo comentador sobre os dois irmãos (tipos de crentes que temos na igreja).Um era mundano, o outro legalista. Ambos desagradam a Deus.
O irmão mundano é como diz aquele louvor do Elizeu Gomes: “Você conhece o crente girafa? corpo na igreja e a cabeça lá fora”. Infelizmente há muitos assim, são os que veem a igreja como um grande clube social, lugar de encontrar amigos e colocar o papo em dia, quase sem nenhum esforço estes irmãos são convencidos a partir em uma jornada triste pelo mundo e seus pecados;
O irmão legalista é aquele que se baseia unicamente em leis e costumes, chega ao ponto de afirmar que só sua igreja vai para o céu, pois a igreja do vizinho tem costumes diferentes. Não aceitam que uma pessoa que caia, volte a ocupar sua posição na igreja, prefere antes a condenação (lei) do que o perdão.

2.1. A LOUCURA DO FILHO PRÓDIGO
Ninguém sai de casa sem antes pensar longamente no que está fazendo. O governo brasileiro, através de pesquisas; descobriu que grande parte de crianças e de adultos desaparecidos são de pessoas que deliberadamente deixam as suas famílias. Muitos desenvolvem mentalmente a possibilidade dessa realização por mágoas, brigas e também aventuras. O filho mais jovem do fazendeiro, influenciado pelas histórias das belezas “de uma terra distante”, lançou-se numa aventura quase sem retorno. Quando dissipou seus bens, perdeu seus amigos, passou necessidade e humilhação de tornar-se um porqueiro (algo abominável ao judeu e que nunca imaginara fazer) percebeu o quanto caiu. Há muitos na casa do Pai cheios de fantasia com um mundo distante, outros hoje querem ficar na fazenda (igreja), mas gozar dos seus bens e trazer todas as abominações para dentro dela.

Este filho pensou muito no mundo ao ponto do mundo lhe encher ao coração. Como nos enchemos do mundo? A resposta é pelos olhos! O que os nossos olhos estão vendo? Por onde nossa mente anda passeando? O que estamos deixando subir aos nossos corações?
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Mateus 6:22.
Comente que o porco é considerado até hoje animal imundo para os judeus, o filho pródigo em seu desespero por comida chegou a trabalhar alimentando porcos. A fome era tanta que ele desejou comer as bolotas que eram dadas aos porcos. Observe que ele DESEJOU, mas não comeu!
Interessante refletir sobre o que disse o comentador: Muitos não têm coragem de deixar a igreja (seja por tradição, comodismo, medo de ser mal falado ou magoar alguém), mas querem e lutam para que os prazeres do mundo venham para dentro da igreja. São pessoas que nas rodinhas falam mal dos costumes adotados, dogmas e doutrinas seguidas sempre dizendo que tinha que liberar isto ou aquilo... Você conhece alguém assim?

2.2. A HUMILHAÇÃO DO FILHO PRÓDIGO
Ele só pensava em desfrutar sua vida de forma licenciosa, dissipando seus bens e longe de casa (Lc 15.13). A princípio, em sua loucura, pensava ele... Isso que é vida! Comida e bebida farta, mulheres e vários amigos, do que preciso mais? Todavia, a falta de dinheiro, a humilhação e a dor foram os agentes que fizeram aquele pródigo refletir a condição miserável daquele momento (Pv 27.8). Em sua mente era difícil o retorno, mas o seu interior lhe dizia que seu terno pai o receberia, nem ao menos como um trabalhador. E assim se dispôs e foi. É necessário reconhecer a própria condição e se humilhar para poder ser restaurado (Lc 18.14; Pv 11.2; 29.23).

Interessante que quando alguém sai da igreja, perde o juízo e em muitos casos se torna pior do que aqueles que nunca aceitaram a Cristo. Porque isto acontece? Por 3 motivos: 1) Ele perde a mente de Cristo e consequentemente o discernimento do certo e errado; 2) Ele perde o Espírito Santo que nos dá também discernimento, encorajamento contra o pecado e conforto nos momentos de angústia; 3) A Bíblia fala que uma casa vazia atrai mais demônios tornando-a pior do que antes.
“E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má”. Mateus 12:43-45.
Humilhação: Palavrinha difícil de engolir esta não é mesmo? Mas não há outro caminho para o retorno a Cristo a não ser pelas asas da humilhação.

2.3. A RECEPÇÃO CALOROSA DO PAI
De volta para casa, o pai estava a sua espera e corre ao seu encontro. Arrependido, ele reconhece seus erros e quer ser admitido como um funcionário, mas o seu pai lhe surpreende com um tratamento “vip”. Declara feriado na fazenda e promove uma festança. Ilustrando assim a boa vontade divina com os pecadores (Mt 9.10-13). Mostrava o Senhor que os excluídos da religiosidade, marcados socialmente e taxados de pecadores, que se voltam para Deus, entram no Reino precedendo assim os líderes religiosos, (Mt 21.31-32). O homem não conciliado com Deus sente uma guerra interior, ele sente a falta de paz interior, até o momento da sua reconciliação com Ele através de Cristo Jesus. O Espírito Santo testemunha o perdão, a filiação divina e também dá garantia de vida eterna (Tt 3.5; Ef 1.13; 4.30).

A postura do pai, em pé, na varanda, olhando atentamente para ver se o filho aponta lá no fim da estrada me vem a mente neste instante. Imagine a alegria, a emoção do pai ao ver o filho apontando e retornando ao lar.
Esta é a postura de Deus, Ele aguarda ansioso o retorno do filho. Não devemos temer o retorno, antes confiar que Deus esta a nossa espera.


3. PARADIGMAS DO FILHO MAIS VELHO
Quando Jesus fala do filho mais velho, está tratando diretamente com os judeus críticos em geral, e mais especificamente com os seus críticos escribas e fariseus (Lc 15.1). Eles ilustravam o filho mais velho que não entrou na festa de comemoração do retorno de seu irmão. Na verdade, essa liderança não aceitava esse comportamento inclusivo de Jesus, porque gostava do conservar costumes antigos, como por exemplo a exclusão dos que não eram judeus, e ainda procurava impedir que os outros entrassem . Com muita sabedoria Jesus estava chamando-os de estúpidos e grosseiros.

Judeus legalistas podem ser substituídos por crentes legalistas que estão arraigados em tradições e costumes e agem sem piedade com aqueles que caem. Formam grupos dentro da igreja e consideram-se superiores espiritualmente aos demais, principalmente em relação àqueles que um dia caíram. É importante observar que este tipo de crente exclui outros, esta atitude não agrada a Deus.

3.1. A VISÃO DA VIDA DO FILHO MAIS VELHO
Há muitos que têm conceitos errados sobre Deus e sua graça e procuram se opor ao trabalho do Reino. Na verdade, Deus está querendo dar uma nova configuração através da manifestação da sua graça e poder, mas “o filho mais velho” não desfruta do que tem, porque quer permanecer no vinho velho de paradigmas antigos que perderam o efeito. Outros imaginam por que “há tantos anos” servem a Deus sem transgredir, estão sendo injustiçados, porque os mais novos em algum momento foram pródigos e agora tem um banquete preparado. Sem contar os que usam a prodigalidade de antigos pecados de alguns para mostrar que eles, na verdade são mais dignos, porque dizem, “nunca transgredi o teu mandamento” (Lc 15.29; Mt 23.23-27).

Conceitos errados sobre Deus: Será que a igreja não é responsável por passar estes conceitos errados? Quando vemos pastores na mídia e na política dando declarações polêmicas, envolvidos em escândalos e principalmente fazendo campanhas financeiras incompatíveis com os propósitos divinos, vemos ao mesmo tempo propagar o ódio aos crentes e a igreja de Cristo.
Deus quer que os que reconciliaram gozem dos seus direitos de filhos, mas também quer que os que nunca se afastaram da igreja gozem também dos mesmos direitos. Muitos crentes antigos estão tão presos nos costumes e ritos por eles criados que não conseguem desfrutar das bênçãos que Deus tem para o presente momento.
A parábola do filho pródigo deixa claro que o mesmo direito do crente antigo, tem o crente novo, a salvação do ladrão da cruz é a mesma daquele que ficou a vida inteira na igreja.

3.2. RECUSOU PARTICIPAR DOS FESTEJOS
Festejos para uns e indignação para outros, o texto diz que “ele se indignou e não queria entrar” e o pai foi tão humilde que tentou conciliar a situação conversando com o filho mais velho. Mas não adiantou, o mais velho permaneceu irredutível. Devemos entender que Deus tem as suas maneiras de agir, e Ele sabe como fazer (Is 55.8.). Coberto de ciúmes em sua atitude, estava demonstrando que o Pai não sabia o que estava fazendo. Note aqui um precioso princípio: As pessoas são mais importantes do que coisas, elas tem valor por mais que tenham descido no pecado, são preciosas almas.

Interessante observar que tem muitos crentes com esta mesma atitude, não querem entrar na festa, não querem participar da alegria daquele que estava morto e reviveu, não aceitam estar na festa da vitória sobre o pecado do filho pródigo, tudo por um ciúme infantil e descabido.

3.3. A DUREZA DE CORAÇÃO DO FILHO MAIS VELHO
Apesar do apelo do pai, entendem os que ele não entrou nos festejos do irmão, porque os judeus continuaram endurecidos e fazendo oposição ao evangelho, basta observar o trabalho missionário de Paulo que constataremos isso. Para alguns, mais valem os seus pontos de vista, sua fidelidade e política interesseira do que a alma desse “teu irmão”. É uma lástima isso! Mas para o Pai, ele tem valor, porque estava morto “nos delitos e pecados”, mas reviveu em Cristo, estava perdido, mas foi achado. Mesmo que alguém, coisifique, despreze e não queira festejar. O crescimento do Reino vai continuar.

Os judeus como foi dito, continuaram com o coração endurecido e não aceitam as mudanças nas tradições. Infelizmente temos na igreja pessoas que se assemelham a estes judeus, preferem manter as tradições e costumes a aceitar um irmão que caiu. Devemos valorizar as almas, isto não significa abrir mão das doutrinas, mas o amor deve vir sempre em primeiro lugar.

quinta-feira, 7 de março de 2013

A BÍBLIA REVELA A SOBERANA VONTADE DE DEUS

LIÇÃO 10 – 10 de Março de 2013
A BÍBLIA REVELA A SOBERANA VONTADE DE DEUS
TEXTO AUREO
 “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Hb 4.12
 VERDADE APLICADA
 A Bíblia é a Palavra de Deus, por isso nela não há erros. Ela é fonte inesgotável de sabedoria e tem poder pra salvar a todos os que creem em suas palavras.
 OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • Definir o que é inerrância;
  • Provar que a Bíblia não contém erros;
  • Mostrar o porquê, que a Palavra de Deus tem de ser conhecida por todos.


TEXTOS DE REFERÊNCIA 

Sl 119.7 - Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos.
Sl 119.8 - Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente.
Sl 119.9 - Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.
Sl 119.10 - De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos.
Sl 119.11 - Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.


INTRODUÇÃO

Com o fundamento primário da fé, os cristãos têm que ter as Escrituras Sagradas como verdade inegociável, pelo fato de ser ela inspirada por Deus. A Bíblia é fundamental para que a humanidade possa conhecer não somente o evangelho, mas todo o conselho de Deus. Suas palavras são vida, e tem o poder de transformar o pior dos homens em seres humanos socializados, vivendo de forma digna e honrosa. Ela é infalível, não contém erros e é necessária para todos.

  • A Bíblia é a nossa lei maior, nossa regra de fé, nosso “manual de instruções”, por isto devemos crer nela como palavra inspirada por Deus e infalível em seus escritos.
  • Gosto muito da fala do Pr. Márcio Valadão da Igreja Batista da Lagoinha que transcrevo a seguir:

“Está é a minha Bíblia.
Eu sou o que ela diz que eu sou.
Eu tenho o que ela diz que eu tenho.
Eu posso fazer o que ela diz que eu posso fazer.
Hoje eu serei tocado pela palavra de Deus.
Eu audaciosamente confesso que minha mente está alerta, meu coração está receptivo.
Eu nunca mais serei o mesmo.
Eu estou pronto para receber, a indestrutível, sempre viva, semente da palavra de Deus.
Eu nunca mais serei o mesmo.
Nunca, nunca, nunca.
No nome de JESUS!”.
Amém!”


1. AS DIFERENTES FORMAS DAS ESCRITURAS

Há muitos tipos de revelação de Deus para a humanidade. Ele fala por meio da natureza (Sl 19.1-6; At 14.17), bem como por intermédio da consciência interna do certo e errado em nosso coração (Rm 2.15). Mas agora vamos tratar da revelação de Deus através de sua voz na Bíblia.

  • Professor, você pode ler o Sl 19. 1-6 com seus alunos mas nem sempre dá tempo de se ater a outros assuntos que não são específicos da lição.
  • Este Salmo mostra que a natureza proclama a Deus como criador e nenhum homem poderá se dar por inocente por não dar glória a Deus;
  • Em Rm 2.15 vemos que o homem tem em sua consciência o discernimento do certo e do errado, do bem e do mal, e também não pode se dar por inocente por escolher o caminho mal...

1.1. A PALAVRA DE DEUS COMO DECRETO

Algumas pessoas desavisadas usam erradamente a expressão “decretar as bênçãos de Deus”. É preciso aprender que os decretos de Deus, também chamados de conselhos divinos, é uma palavra divina que faz alguma coisa acontecer. E esses decretos incluem não somente os eventos da criação original de Deus. Como quando disse: “Haja luz; e houve luz” (Gn 1.3), ou “Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo a sua espécie. E assim se fez” (Gn 1.24), como também a existência ininterrupta de todas as coisas (Hb 1.3). São deliberações incondicionais que nasceram do desígnio e do propósito de Deus (Sl 135.6; Is 46.10; Ef l.ll).

  • Devemos ter muito cuidado com esta nova moda de “decretar as bênçãos de Deus”. Como foi estudado na lição passada, esta ideia vem da teologia da prosperidade onde o homem praticamente ordena que a intervenção divina aconteça. Não é mais Deus que deseja algo para nós, somos nós que ordenamos que Deus nos abençoe. Cuidado! Deus não dividi Sua glória com ninguém;
  • Certa vez ouvi uma história que tentarei replicar aqui:

Certo cientista conversando com Deus disse a Ele:
Deus, nós não precisamos mais do Senhor.
Deus, interessado na conversa perguntou: Porque não?
Por que nós conseguimos criar sua obra prima em nossos laboratórios, hoje somos capazes de clonar o ser humano, nada mais nos é impossível;
Interessante, disse Deus. Mostre-me como vocês fizeram isto.
O cientista respondeu, preciso de meu laboratório, alguns equipamentos e uma célula para fazer a clonagem.
Nesta hora Deus o interrompeu e disse: Espere, este material é Meu, Eu criei a célula, quero que me mostrem como você conseguem criar o homem do nada como Eu fiz!

  • Sabemos que pela vontade de Deus do nada, tudo passou a existir. Sua vontade, porém não para por ai, Ele dá limite ao mar, mantem o alinhamento dos planetas... Tudo esta sob seu controle.


1.2. A PALAVRA DE DEUS COMO APLICAÇÃO PESSOAL

Em algumas vezes, Deus fala com os homens diretamente. Temos exemplos nas Escrituras bem no início da criação, o Senhor falou com Adão: “E o Senhor Deus lhe deu essa ordem: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”  (Gn 2.16-17). Também depois do pecado praticado por Adão e Eva, o Senhor foi e falou pessoalmente a eles com palavras não abençoadoras (Gn 3.16-19). Também há outros casos como dos Dez Mandamentos (Êx 20.1-3); e no Novo Testamento (Mt 3.17). Wayne Grudem, conceituado teólogo protestante, diz que alguns estudiosos entendem que a linguagem humana é sempre “imperfeita”, então limitada na sua autoridade e veracidade. No entanto, essas passagens citadas e muitas outras são a prova de que as palavras de Deus, na aplicação pessoal, não apresentam nenhum limite de aplicação na sua veracidade e autoridade.

  • Adão, Abrão, Isaque, Jacó e muitos outros homens de Deus tiveram o privilégio de ouvirem a voz de Deus, mas nós não somos menos privilegiados uma vez que temos os escritos sagrados que nada mais é do que a voz viva e eficaz de Deus ao nosso alcance 24hs por dia.
  • Você respeita Sua Bíblia? Lembre-se de trata-la bem uma vez que ela é a palavra de Deus;
  • Quando o comentador usa o termo aplicação pessoal, vemos aqui a preocupação em deixar claro que a Bíblia se aplica ao nosso dia-a-dia em todas as situações.
  • Lembre-se, a Bíblia é a maior fonte da vontade de Deus, e o Espírito Santo o nosso maior intérprete, sendo assim não é necessário e nem sadio a procura desenfreada por profetas e suas profecias.

1.3. A PALAVRA DE DEUS DITA POR LÁBIOS HUMANOS E NA FORMA ESCRITA

Nas páginas da Bíblia, Deus também levantou homens e mulheres para falar por meio deles. Estes eram profetas que falavam da parte de Deus (Dt 18.18-20). A Homens como Jeremias, Ele disse: “Eis que ponho na tua boca as minhas palavras” (Jr 1.9); “Tudo quanto eu te mandar falarás” (Jr 1.7; cf. Ex 4.12; Nm22.38;  ISm 15.3; 2Cr 20.20; Is 30.12-14). Sendo assim, toda palavra comunicada por lábios humanos eram consideradas verdadeiras e com autoridade. Além das mensagens ditas por lábios humanos, também há nas Escrituras várias palavras de Deus colocadas em forma de escrita. O exemplo maior está no relato dos Dez Mandamentos: “E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testamento, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus” (Ex 31.18; 32.16; 34.1,28). Moisés não só recebeu de Deus escritas, mas também escreveu (Dt 31.9-13) Josué também contribuiu (Js 24.26); cf. Is 30.18; Jr 30.2; 36.2-4,27-31; 51.60;). Já no Novo Testamento, Paulo, com autoridade apostólica, diz que as palavras que escrevera aos cristãos que estavam na cidade de Coríntios eram “mandamentos do Senhor” (ICo 14.37).

  • Devemos deixar claro que Deus falava e fala por meio de homens para mostrar a Sua vontade, porém a profecia e o profeta devem ser analisados (Isto mesmo, a profecia deve se cumprir e o profeta pode ser investigado também, a Bíblia fala da honra do obreiro...). Devemos, porém temer o ato de profetizar de forma irresponsável, pois como esta escrito “Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá”. Dt 18.20.

2. A BÍBLIA CONTÉM ERROS?

Muito se discute sobre a possibilidade de haver erros nas Escrituras. Muitas pessoas tentam acabar com a grande influência que as Escrituras têm sobre a história da humanidade, desmerecendo a sua autoridade questionando a sua inerrância. Mas para os cristãos, Ela é a Palavra de Deus preservada na história e apta para todos os tempos.




  • Não ficaria surpreso se alguém mostrasse algum erro gramatical na Bíblia, devido as suas muitas traduções e seus séculos de existência, ora livre, ora perseguida por muitos.
  • Cabe porém deixar claro que a Bíblia não tem nenhum erro doutrinário, muito menos de concordância. A Bíblia explica-se por si mesma de Genesis a Apocalipse, esta é a beleza da palavra de Deus.
  • "Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali". Isaías 28:10


2.1. DEFINIÇÃO DE INERRÂNCIA

Em termos simples, inerrância bíblica quer dizer que a Bíblia sempre diz a verdade, e que sempre diz a verdade a respeito de todas as coisas de que trata. Isso não quer dizer que as Escrituras nos comunique todos os assuntos que podem ser conhecidos de certo tema, mas confirma e afirma que tudo o que fala sobre qualquer coisa é verdade.

  • Enfim, a Bíblia não fala de tudo pois quando foi escrita muitas coisas que hoje nos é comum nem existiam, porém tudo o que esta nela é verdade. A maior verdade de todas é a soberania de Deus, a deidade de Jesus e a salvação por Ele conquistada para todos nós.


2.2. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A INERRÂNCIA

Podemos afirmar que a Bíblia é a Palavra de Deus, a partir de várias partes dela mesma. Primeiro que ela é inspirada por Deus (2 Tm 3.16). A palavra “inspirada” desse texto de Paulo significa soprado por Deus . Segundo ela é de natureza profética (Hb 1.1; 2 Pe 1.20,21). Esses homens do Antigo Testamento falavam aquilo que Deus lhes ordenava que falassem, pois Ele colocava as suas palavras em seus lábios (Dt 18.18; 2Sm 23.2; Is 59.21; cf Dt 4.2). Terceiro, ela tem autoridade divina, declarada pelo próprio Jesus (Mt 5.17,18; 15.3-6). Portanto é inconcebível afirmar que a Palavra de Deus possua erros ou qualquer tipo de dúvida provocado por homens e mulheres que querem tornar indignas as Escrituras.

  • Ótimo comentário do autor use-o na íntegra.


2.3. A BÍBLIA É A ÚNICA AUTORIDADE EM QUESTÃO DE FÉ E PRÁTICA

No Novo Testamento, estão registradas várias afirmações sobre a inerrância das Escrituras, mencionando a fidedignidade de todas as suas partes. O Apóstolo Paulo em Atos 24.14, diz que serve a Deus, “acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas”. Jesus afirma em Lucas 24.25, que os discípulos são “néscios”, porque são “tardios de coração para crer tudo o que os profetas disseram”. Na carta de Paulo aos Romanos 15.4, diz que “tudo quanto, outrora, foi escrito” no Velho Testamento, “para nosso ensino foi escrito”. Não menos importante em I Coríntios 10.11, Paulo menciona detalhes históricos secundários do Velho Testamento e diz que aquilo ocorreu para o nosso ensino.

  • Nunca despreze o Velho Testamento, há quem o considera coisas do passado que não tem mais importância depois do advento do Novo Testamento. Isto é um grande erro.
  • A Bíblia é tudo o que precisamos para nossa vida de fé, não é necessário nenhum outro livro adicional. Existem vários autores que eu poderia citar que escreveram livros para “completarem” a Bíblia sagrada, infelizmente são muitos os que seguem estas heresias.


3. A NECESSIDADE DAS ESCRITURAS

A palavra de Deus é necessária para que a humanidade possa conhecer o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Também porque somente a Bíblia pode sustentar a fé espiritual dos cristãos. Ela revela, como fonte segura e com clareza, a vontade soberana de Deus. Ainda que Ela não seja necessária para dizer que Deus existe, é fundamental para que a igreja esteja protegida de toda sorte de ensino que tente adulterar os ensinos de Jesus Cristo.

  • Uma série de teorias e escritos surgiram para contrapor ou acrescentar à Bíblia sagrada.
  • Alguém disse que Jesus não morreu, casou-se com Maria Madalena e fugiu para a Índia (Código da Vinci);
  • Outro, que Jesus na verdade é um E.T (Extraterrestre) que viveu nesta terra e partiu em sua nave espacial;
  • Outros marcaram o dia da volta de Cristo, disseram que são a ressurreição de Jesus (Inri Cristo) dentre muitas outras heresias;
  • A Bíblia foi deixada justamente para isto, fortalecer nossa fé e nos livrar das heresias que existiram e sempre existirão.


3.1. PARA CONHECER O EVANGELHO

Só o evangelho pode transmitir a mensagem que salvará a humanidade (Rm 10.13-17). A fé que salva vem pelo ouvir e o ouvir a pregação de Cristo. Conclui-se, então, que se não ouvir a pregação do evangelho as pessoas não conhecerão o plano de salvação para ela. O Apóstolo Pedro, no julgamento do Sinédrio, disse: “não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu, não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12). É evidente que essa salvação, que vem por meio de Jesus Cristo, é fruto de sua morte na cruz, pois ele foi o único que morreu pelos nossos pecados (lTm 2.5-6).

  • De Gênesis a Apocalipse a Bíblia aponta para Jesus e a Sua grande salvação. Sem a Bíblia, esta comunicação poderia ser deturpada ao longo dos anos e não chegaria corretamente até nós.
  • Agora é importante deixar claro que a Bíblia foi deixada para que nós a manipulássemos , estudássemos e a ensinássemos. Somos nós os responsáveis por divulgar, pregar e anunciar a mensagem da salvação.
  • Outro ponto importante, a Bíblia afirma e reafirma que somente Jesus tem poder para salvar, não há outro nem no céu, nem na terra ou debaixo da terra capaz de salvar. Não há santo, guru, entidade, alienígena ou mesmo homem que possa salvar nossa alma.


3.2. PARA SUSTENTAR A FÉ ESPIRITUAL

A Palavra de Deus é necessária para sustento da vida espiritual e para o crescimento da vida cristã. Não há possibilidade de continuar na jornada cristã sem manuseio constante das Escrituras. Jesus disse “não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4). Ou seja, somente através da porção diária das Escrituras é que haverá possibilidade de uma fé espiritual verdadeira. Negligenciar a leitura regular da Palavra é tão prejudicial à saúde da nossa alma quanto à saúde do nosso corpo negligenciar o alimento físico.

  • A Bíblia não foi escrita para ser lida e sim meditada. Existe uma grande diferença nisto, ler as vezes não passa de algo mecânico, meditar é mergulhar nas verdades bíblicas, é abrir o entendimento para a revelação de Deus, é permitir que o Espírito Santo nos esclareça a Sua vontade.
  • Muitos gostam de ler livros evangélicos, isto é bom, mas não substitui a leitura da Bíblia. Ler a Bíblia é beber da fonte onde brota uma água pura, cristalina e sem mistura.
  • Devemos entender que a Bíblia é nosso alimento espiritual, da mesma forma que ficamos fracos fisicamente se não almoçarmos por exemplo, ficaremos fracos espiritualmente se não nos alimentarmos da palavra de Deus diariamente.
  • A falta de alimentação além de fraqueza física traz fraqueza espiritual, falta de discernimento, falta de raciocínio e pouca reação (diminuição nos reflexos). Espiritualmente não é diferente, o crente que não lê a Bíblia é fraco espiritualmente, não raciocina com a mente de Cristo, e não reage a temo às ciladas do Diabo.


3.3. PARA CONHECER A VONTADE DEUS

Todos concordam que as pessoas nascidas nesse mundo têm algum conhecimento da vontade de Deus na sua consciência. É um conhecimento instintivo, que não nos dá convicção do que de fato é verdadeiro. Por isso a Palavra Escrita de Deus é fundamental para alcançar a certeza da perfeita vontade do Senhor. Nesse mundo caído em que as impressões do pecado são cada vez mais fortes, causando distorção na percepção do que é certo ou errado, introduzindo raciocínios falhos nos nossos processos mentais e nos fazendo suprimir de tempo em tempo o testemunho de nossa consciência, é necessário as Escrituras (Rm 2.14-15; lCo 8.10; Hb 5.14; 10.22; lTm 4.2; Tt 1.15).

  • Consciência: Temos em nosso ser, em nossa alma, a impressão do certo e do errado, o senso da existência de Deus ainda que nunca tenhamos ouvido falar Dele. É importante lembrar que até a natureza proclama a glória de Deus;
  • A palavra escrita é necessária para que as pessoas tenham completa consciência de quem é este Deus que a nossa consciência já conhece; Quando dizemos palavra escrita, nos referimos exclusivamente à Bíblia sagrada. Antes da Bíblia a palavra era falada por meio dos profetas que as anunciava ao povo;
  • Percepção do certo e errado: Temos que ter cuidado com isto, a igreja tem aceitado cada vez mais o mundanismo na igreja e aceitado como certo o que antes era errado. A palavra de Deus não muda.


CONCLUSÃO

Tendo estudado sobre o tema as Escrituras como Palavra de Deus, todos nós estamos mais preparados para seguir nossa jornada dele rumo ao alvo que é Cristo. Não podemos esquecer que, somente através do estudo sistemático da Bíblia Sagrada, é que conseguiremos ter uma fé mais forte diante das grandes dificuldades que essa vida nos proporciona. Que possamos amar a Bíblia a semelhança do salmista que disse: “Antes tem o seu prazer na Lei do Senhor e na Sua lei medita de dia e de noite” (SI 1.2).