quinta-feira, 30 de maio de 2013

ORIENTAÇÕES BÍBLICAS CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA



LIÇÃO 9 – 02 de Junho de 2013

TEXTO ÁUREO

“O Senhor será também um alto refúgio para o oprimido; um alto refúgio em tempos de angústia”. Sl 9.9

VERDADE APLICADA

A igreja tem condições fundamentais de auxiliar contra a violência doméstica. Por isso, tem que, com sua voz profética, denunciar e amparar os oprimidos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Servir como comunidade terapêutica ouvindo os oprimidos;
  • Pregar a esperança para os agredidos;
  • Ensinar a se defender dos agressores.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

  • Sl 9.3 - Porquanto os meus inimigos retrocederam e caíram; e pereceram diante da tua face.
  • Sl 9.4 - Pois tu tens sustentado o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente.
  • Sl 9.5 - Repreendeste as nações, destruíste os ímpios, apagaste o seu nome para sempre e eternamente.
  • Sl 9.6 - Oh! Inimigo! Consumaram-se as assolações; tu arrasaste as cidades, e a sua memória pereceu com elas.
  • Sl 9.7 - Mas o Senhor está assentado perpetuamente; já preparou o seu tribunal para julgar.
  • Sl 9.8 - Ele mesmo julgará o mundo com justiça; julgará os povos com retidão.
  • Sl 9.9 - O Senhor será também um alto refúgio para o oprimido; um alto refúgio em tempos de angústia.
  • Sl 9.10 - E em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam.


INTRODUÇÃO
Muitos cristãos casados que estão de forma pacífica nos assentos congregacionais, podem estar vivendo uma vida de violência doméstica sem que a igreja saiba. Geralmente, a casa se torna em ambiente de guerra, em que ambos os lados buscam táticas para a sua própria defesa. No entanto, quando a violência é praticada, em geral, é o homem forte que oprime a mulher frágil. É preciso que essas mulheres busquem ajuda na igreja, no estado ou na própria sociedade.

  • A violência doméstica, principalmente contra a mulher, é um grave problema para a sociedade e para o governo, pois impacta inclusive na assistência a saúde e jurídica;
  • Por ser algo com dados alarmantes no Brasil, infelizmente estas atitudes têm chegado aos lares cristãos. Muitas mulheres sofrem caladas.
  • Abaixo alguns dados da violência doméstica no Brasil.



Fonte: http://detetivejosecler.blogspot.com.br/2011/04/pesquisa-do-isp-revela-que-criancas-e.html

  • Cenas como a representada na ilustração abaixo, infelizmente fazem parte de alguns lares cristãos.



1. A IGREJA PODE AJUDAR OUVINDO O CLAMOR DO OPRIMIDO
À semelhança de Jesus Cristo, é preciso iniciar ajuda por escutar o grito do oprimido. Muitos irmãos não dão a mínima importância para situações de violência nos lares. Alguns pedem para que o oprimido continue orando e entregue tudo nas mãos de Deus, que na hora certa Ele agirá! Essa, na verdade é uma atitude errada que a igreja tem tomado diante de uma situação tão grave. Inicialmente, o mínimo que se pode fazer é ouvir o clamor do oprimido. A vítima tem de ser ouvida. Mas em uma situação dessas é especialmente importante que sua forma de escutar seja mais do que apenas colher informações, é necessário prover ajuda.

  • Mais do que ouvir, é necessário que o pastor observe a atitude de suas ovelhas. Uma ovelha que esta sendo oprimida, muda de atitude, fica triste, arredia. Neste caso é necessário que o pastor tenha uma atitude proativa e procure a ovelha para saber se esta tudo bem com ela.
  • As vezes, esperar ser procurado para ouvir a ovelha, pode ser que a situação já esteja desesperadora e já tenha causado muito sofrimento.


1.1. A NECESSIDADE DE AS PESSOAS SEREM OUVIDAS
É preciso ouvir as vítimas, porque, na maioria das vezes, elas não querem dialogar abertamente, por vários motivos: temem o opressor, sentem-se envergonhadas, subjugadas, etc. Em outros casos, podem considerar sua horrenda situação indigna de atenção da sociedade, consideram o seu grave problema, apenas particular, não sabem que toda a sociedade é responsável para que essa intimidação física seja inibida. Julgam-se indigna de atenção pastoral ou até mesmo de um amigo. Há aquelas que se calam, porque sentem uma vergonha tão grande pelo fato de o marido demonstrar tanto desamor, a ponto de utilizar a violência.

  • Além de todas as informações dadas pelo comentador que considero importantes de serem discutidas na aula, outro fator extremamente importante é a acessibilidade do pastor e da esposa do pastor.
  • A pessoa em desespero com necessidade de se abrir para alguém tem que encontrar no pastor e na sua esposa, pessoas que inspirem confiança (segurança de que aquela conversa não será divulgada a terceiros) e cortesia no trato e nas respostas.


1.2. ATITUDES CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Após ouvir o oprimido, chegou a hora de prestar ajuda ao necessitado, pois o escutar bíblico está ligado à ação. Afinal, a vítima está em perigo. Então é preciso agir em favor da libertação daquela que está cativa da violência. Como bem disse o salmista: “Tu Senhor ouves a súplica dos necessitados; tu os reanimas e atendes ao seu clamor” (Sl 10.17 NVI). Paul David Tripp, pregador e mestre na área da família, orienta com as seguintes atitudes: “conduzir a vítima para um exame médico, chamar a polícia ou providenciar local seguro para que a pessoa violentada fique provisoriamente”. Ainda diz: “Se o lar for potencialmente perigoso, é sábio informar ao agressor que sua esposa revelou a violência e está em lugar seguro e secreto. Talvez seja apropriado encorajar a mulher que sofreu a violência a tomar atitudes legais, para que a autoridade civil, que Deus constituiu, possa ser acionada para ajudar a trazer um fim para esse mal” (Rm 13.1-5).

  • Estas atitudes quando chegam ao conhecimento do pastor é porque já duram muito tempo. A pessoa que sofre violência passa por fases até ter a coragem de as abrir para alguém.
  • As fases da situação de violência doméstica compõem um ciclo que pode se tornar vicioso, repetindo-se ao longo de meses ou anos.
  • “Primeiro, vem a FASE DA TENSÃO, que vai se acumulando e se manifestando por meio de atritos, cheios de insultos e ameaças, muitas vezes recíprocos. Em seguida, vem a FASE DA AGRESSÃO, com a descarga descontrolada de toda aquela tensão acumulada. O agressor atinge a vítima com empurrões, socos e pontapés, ou às vezes usa objectos, como garrafa, pau, ferro e outros. Depois, é a vez da FASE DA RECONCILIAÇÃO, em que o agressor pede perdão e promete mudar de comportamento, ou finge que não houve nada, mas fica mais carinhoso, bonzinho, traz presentes, fazendo a mulher acreditar que aquilo não vai mais voltar a acontecer. É muito comum que esse ciclo se repita, com cada vez maior violência e intervalo menor entre as fases. A experiência mostra que, ou esse ciclo se repete indefinidamente, ou, pior, muitas vezes termina em tragédia, com uma lesão grave ou até o assassinato da mulher.” http://www.icieg.cv/article/36
  •  Ao saber de qualquer situação, devemos incentivar a pessoa a denunciar, caso ela não queira e a situação seja grave e de seu conhecimento, você tem a obrigação de denunciar. Isto pode ser feito pelo 190 ou 180.



1.3. A LIDERANÇA E A IGREJA DEVEM SE POSICIONAR
A família que está sofrendo a violência e a sociedade que assiste a ela precisam saber da posição da igreja em relação à violência doméstica, porque a opinião da igreja deve refletir a opinião de Deus. A igreja de Cristo pensa com a mente de Jesus. O marido precisa saber que a igreja considera muito seriamente a questão da violência familiar, e, por ter tal pensamento, age para proteger a esposa, e, ao mesmo tempo, a auxilia espiritualmente, além de responsabilizá-lo pelo seu crime.

  • Como falamos no tópico anterior, é obrigação da igreja denunciar!
  • Agora, mais do que denunciar, é preciso dar apoio para as vítimas de violência e a igreja precisa se preparar para isto, não pode ser pega de surpresa.


2. O VALOR DA ESPERANÇA PARA OS QUE SOFREM VIOLÊNCIA
É primordial que a vítima ouça uma mensagem de esperança. O salmista entendia o valor da esperança quando disse: “Pois tu és a minha esperança, Senhor Deus, a minha confiança desde a minha mocidade” (Sl 71.5). A pessoa violentada não pode achar que o Senhor a desprezou, e a igreja precisa identificar a oportunidade de discipular não somente a vítima, mas toda a congregação. Deus não é indiferente ou distante à situação, e nem o evangelho ensina que o opressor não pode ser combatido. É hora de anunciar que é bem aventurado o que tem fome e sede de justiça (Mt 5.6).

  • A esperança dever vir da igreja!
  • É obrigação dos irmãos animarem a vítima de violência não só com palavras mas com atitude.
  • Uma igreja que vive ajudando uns aos outros e preocupa-se com o bem estar do seu irmão, consegue conquistar a confiança do desesperado e dar esperança de dias melhores.


2.1. DEUS SE LEMBRA DO OPRIMIDO
Deus tem trabalhado na história dos oprimidos. Por isso, a mulher que está sendo violentada tem de saber da ação de Deus na vida das pessoas que um dia alcançaram libertação. Mas ela só irá experimentar essa liberdade através da ação da igreja, que é o braço de Deus para os oprimidos. A lembrança de Deus passa pela lembrança da igreja. O povo de Deus não pode se esquivar dessa realidade social, porque, por trás dessa calamidade, está a mão maléfica de Satanás (Jo 10.10).

  • Através da ação da igreja: Deus é poderoso para agir quando quiser, mas Ele prefere fazer isto através de nós. Ele escolheu nos usar para fazer sua vontade na terra. Foi nos dada a missão, como igreja, de cumprir os desígnios de Deus.
  • Sendo assim, orar é importante, mas pedir sabedoria para agir bem, ouvir, aconselhar e prover ajuda é igualmente importante.


2.2. O SENHOR JESUS E O SOFRIMENTO HUMANO
As pessoas sofrem; os humanos não têm somente uma dor. Em uma análise mais profunda, o sofrimento é mais do que uma dor, são várias as formas de dor identificadas por médicos. As pessoas lutam contra as suas formas de dor, quer sejam psicológicas (emoções e pensamentos difíceis), quer sejam físicas (sensações desagradáveis), quer sejam mentais (memória que perturba suas necessidades), etc. As pessoas violentadas experimentam essas dores. No entanto, é preciso lembrá-las, que Jesus se identifica com elas. Ele experimentou a violência pelo seu povo, e depois foi assassinado.

  • O sofrimento faz parte da vida do homem, porém a presença do Espírito Santo na vida dos convertidos traz esperança e conforto da vida eterna.
  • O mundo é mal, o pecado corrói e destrói tudo que é belo, por isto devemos anunciar as boas novas do evangelho e a esperança da vida eterna.
  • Nosso descanso não é aqui! Muitos crentes da atualidade têm vivido suas vidas de fé como se Jesus não fosse voltar. Devemos desejar todos os dias à volta de Jesus. Maranatha, ora vem Senhor Jesus.


2.3. A ESPERANÇA PARA OS QUE SOFREM
A esperança é a segunda das três virtudes teologais, ao lado da fé e da caridade (1 Co 13.13) – representa-se por uma âncora, (Hb 6.17-19). Ela é tão importante, que, até nos ambientes não religiosos, há quem comente o seu valor. Num mundo asfixiado por estresse, consumismo, novas formas de escravidão, desespero, etc.; num mundo em que a falta de esperança se tornou um fenômeno social, é preciso, mais do que nunca, para continuar vivendo, redescobrir as razões da esperança. É nesse ambiente de caos que a esperança aparece como uma âncora. A vítima da violência doméstica deve, então, apegar-se a ela.

  • Este tópico já foi comentado no anterior.
  • Vale ressaltar que a fé a caridade e a esperança funcionam como um tripé, se um deles faltar, tudo desmorona.
  • Cremos em um futuro melhor, pois temos fé que gera em nós esta esperança.
  • Agimos com caridade, pois temos um Senhor que nos amou primeiro e nos ordenou que amássemos a Ele acima de todas as coisas e o próximo como a nós mesmos.
  • Ainda que a figueira não floresça, ainda assim confiarmos em Deus pois mesmo que a morte chegue, temos a esperança de uma vida eterna em um corpo incorruptível em uma linda cidade e na presença eterna de nosso Senhor.


3. AS FERRAMENTAS PARA DESARMAR O AGRESSOR
Diante da violência dominante, não há como ficar apático. É preciso tomar atitudes que possam ajudar não somente a vítima, mas o agressor para o caminho da recuperação. A igreja deve cumprir seu papel profético de anunciar a injustiça sempre, estar do lado do oprimido, e orientar o opressor para sua transformação. Nunca deixando de ensinar as consequências do pecado da cólera, que gera violência.

3.1. A IGREJA COMO PORTA-VOZ DOS OPRIMIDOS
Informações recentes dizem que o Brasil lidera o ranking mundial de violência contra a mulher. De acordo com uma pesquisa feita pela Sociedade de Vitimologia Internacional, 25% das mulheres brasileiras sofrem violência, e 70% das mulheres assassinadas foram vítimas dos próprios maridos. Os dados revelam também que, em média, a mulher só denuncia a violência depois da décima agressão. A igreja deve levantar-se como voz profética para denunciar a violência na sociedade, principalmente, aquelas que acontecem no meio do povo de Deus, em que maridos violentos, trajados de cristãos, com ataques de fúria e acostumados a praticar esse delito, continuam agredindo suas esposas.

  • Este tópico já foi comentado nos tópicos anteriores, vale a pena reforçar que, mesmo não parecendo, infelizmente é comum a agressão a mulheres em nosso país.
  • Caso esta violência aconteça na igreja ou nas comunidades próximas, a igreja não pode de forma alguma se calar perante tal covardia, é obrigação da igreja denunciar o agressor e prover apoia ao agredido (a).


3.2. A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA AGORA É CRIME
A Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, sancionada em agosto de 2006, a Lei nº 11.340 possibilitou avanços, mas ainda há muito a conquistar. A maior conquista da lei foi a conscientização da população de que a violência contra a mulher é um crime. “A violência deixa de ser uma coisa natural, que acontecia com nossos pais e avós, e agora passa a ser um crime. A sociedade não tolera mais violência contra a mulher”, afirmou a subsecretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

  • Seria interessante explicar porque a lei tem este nome, segue um breve relato:
  • O caso nº 12.051/OEA, de Maria da Penha Maia Fernandes, foi o caso homenagem à lei 11.340. Ela foi espancada de forma brutal e violenta diariamente pelo marido durante seis anos de casamento. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la, tamanho o ciúme doentio que ele sentia. Na primeira vez, com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda, por eletrocussão e afogamento. Após essa tentativa de homicídio ela tomou coragem e o denunciou. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado, para revolta de Maria com o poder público.
  • Em razão desse fato, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), juntamente com a vítima, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que é um órgão internacional responsável pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação desses acordos internacionais.
  • Essa lei foi criada com os objetivos de impedir que os homens assassinem ou batam nas suas esposas, e proteger os direitos da mulher. Segundo a relatora da lei Jandira Feghali “Lei é lei. Da mesma forma que decisão judicial não se discute e se cumpre, essa lei é para que a gente levante um estandarte dizendo: Cumpra-se! A Lei Maria da Penha é para ser cumprida. Ela não é uma lei que responde por crimes de menor potencial ofensivo. Não é uma lei que se restringe a uma agressão física. Ela é muito mais abrangente e por isso, hoje, vemos que vários tipos de violência são denunciados e as respostas da Justiça têm sido mais ágeis. Fonte: wikipedia.


3.3. NÃO SE DEIXAR DOMINAR PELO SENTIMENTO DE REVANCHE
Segundo Paul David Tripp, um texto-chave das Escrituras para essa questão seria Romanos 12.21: “Não te deixes vencer o mal, mas vence o mal com o bem”. Uma mulher forte no Senhor não se levanta na própria justiça. Ela se levanta na justiça de Cristo, portanto, não precisa se deixar dominar por nenhum sentimento de vingança (Rm 12.19), pois o agressor pode vir a ser transformado e procurar a reconciliação. A reconciliação começa no perdão. Se a vítima quiser perdoar o agressor, é um direito que lhe cabe, mas é importante rever se aquele que praticou a violência está de fato transformado. Pelos seus frutos o conhecereis (Mt 7.20).

  • Este é um tópico extremamente importante. Por mais que a agressão seja uma covardia, algo sem explicação e que causa grande repulsa, o fim de um casamento pode ser algo igualmente traumático.
  • A dissolução do matrimônio não é da vontade do Senhor, mas a violência doméstica também não. Em situações que haja transformação do agressor e que caiba o perdão, o melhor caminho é a reconciliação.
  • Infelizmente não são todos os casos que o cônjuge esta disposto a reconciliar, ou quando o faz, faz de maneira fingida e logo logo volta a praticar as agressões, neste caso o agredido (a) tem que se defender e se afastar do agressor.


CONCLUSÃO:

A violência doméstica é tão danosa ao relacionamento matrimonial quanto o adultério, dizem os especialistas. Não se podem negar os problemas causados às vítimas. No entanto a esperança de recuperação da vítima e do agressor não deve ser subestimada. A graça transformadora de Deus pode alcançar essas pessoas. Isso não quer dizer que o agressor não deva responder pelos seus atos. Mas o Senhor pode, com seu poder, trazer recuperação para as famílias através das ações amorosas do povo de Deus.

sábado, 25 de maio de 2013

DEUS PROCURA OS VERDADEIROS ADORADORES











DEUS PROCURA OS VERDADEIROS ADORADORES
Lição 8 - 26 de Maio de 2013


TEXTO AUREO

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim o adorem”. Jo 4.23

VERDADE APLICADA

Através da adoração pública doméstica e individual, demonstramos o quanto é importante reconhecer o Deus cristão.

OBJETIVOS DA LIÇÃO


  • Definir a verdadeira adoração;
  • Conscientizar de que a verdadeira adoração não é somente nos cultos, com o louvor que sai da boca, mas com a própria vida no dia a dia diante de Deus e das pessoas;
  • Enfatizar a exclusividade na adoração.

TEXTOS DE REFERÊNCIA


  • Jo 4.20 - Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.
  • Jo 4.21 - Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.
  • Jo 4.22 - Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.
  • Jo 4.23 - Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
  • Jo 4.24 - Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

INTRODUÇÃO

Há basicamente dois pilares principais históricos que determinam a adoração cristã na igreja primitiva do ponto de vista de seu contexto litúrgico: o primeiro, é que Jesus Cristo era adorado como um ser divino juntamente com Deus Pai; o segundo, qualquer possibilidade de adoração a qualquer outra divindade era veementemente rejeitada. Para a comunidade gentílica da época neotestamentária grande estranheza. O cristianismo primitivo herdou uma adoração monoteísta exclusivista que exigia de seus adoradores a renúncia prestada a outros deuses.

  • Duas colunas: 1) Jesus como ser divino, reconhecido pela igreja primitiva como filho de Deus. Há hoje várias seitas querendo tirar esta característica comum desde a igreja primitiva que é a soberania divina de Jesus, alguns até ousam dizer que Ele não morreu na cruz, mas se casou com Maria Madalena e se mudou para Índia... 2) A adoração é a 1 só Deus. Isto foi herdado da religião judaica que é monoteísta (adora apenas a 1 Deus). A igreja continua a adorar a um só Deus, porém que faz parte de uma trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).


1. O QUE É A ADORAÇÃO CRISTÃ?

O ajoelhar-se, inclinar a cabeça e prostrar-se são atitudes que revelam o estado da alma, diante do poder inigualável de Deus. É assim que encontramos os personagens bíblicos em suas histórias. Através da adoração pública, doméstica e individual esses homens e mulheres ensinaram o quanto é importante reconhecer o Deus cristão como único e singular Senhor, entre todos os outros. No entanto, a palavra adoração traz conotações mais íntimas e afetivas, que apontam para expressões de amor (ágape). Ela não se materializa na gênese do louvor e da liturgia.

  • O ato de prostração, inclinação diante de uma autoridade significa honra e respeito. O ato de ajoelharmos diante de Deus demonstra externamente que nossas almas estão humilhadas e ao mesmo tempo honradas de estar em Sua presença;
  • Devemos porém deixar claro que nem todo que se inclina perante uma autoridade o faz com prazer. Muitos fazem por obrigação, medo ou um mero costume.
  • A postura de adoração pode dar aparência de adorador, mas o verdadeiro adorador adora a Deus em Espírito e em verdade.
  • Diante disto, o comentador destaca o amor ágape que é o amor sem barganha, sem querer nada em troca, ama-se simplesmente movido pelo sentimento do amor e nada mais;
  • Infelizmente, há muitos nas igrejas que tem na relação com Deus uma relação de negócio e não de amor. Diz ele: “Eu dou, para receber 100 vezes mais”; “Vou à igreja para buscar uma bênção”...


1.1 A INTIMIDADE E A PARTICIPAÇÃO DO ADORADOR

Nascemos para relacionar-nos uns com os outros e para vivermos em comunidade com a raça humana. Percebemos essa verdade na linguagem do discurso cristão primitivo, enfatizado na maneira como eles se relacionam na adoração coletiva. Eles se referiam uns aos outros como irmãos e irmãs, adorador de um mesmo Deus, e consideravam-se membros de um mesmo corpo (1 Co 12.27). Não importava o status social, características econômicas ou até mesmo o sexo (Gl 3.28; Cl 3.11). A profecia de Joel é citada como explicação dessa intimidade e participação da igreja do Novo Testamento (At 2.17; Jl 2.28-32).

  • O homem é um ser relacional, não foi criado para ficar só e eu não estou falando de casamento apenas, o ser humano precisa de amigos, precisa de outros seres humanos para ser feliz.
  • Diz o ditado que “ninguém é feliz sozinho”. A verdade é que muitos tentam se isolar para buscar paz interior, fazem retiros, vão para mosteiros e se trancam em salas isoladas. Não é este o desejo de Deus.
  • Deus deseja que a Sua igreja se relacione com Ele e com os demais irmãos. Por isto o nome irmão, vem de sangue, compromisso, DNA, história.
  • Mais do que irmãos, é desejo de Deus que sejamos um com Ele e com os demais, já parou para pensar na profundidade disto?


1.2 A CHAMA NA ADORAÇÃO

A repetição com que a palavra alegria (gr. Chara) e as referências a “regozijo” (Gr. Aglliomai) são frequentes no Novo Testamento é uma amostragem do júbilo avivado e experimentado especialmente na adoração dos cristãos primitivos. Essa chama estava relacionada à ideia de um contato direto com Deus na pessoa do Espírito Santo que havia sido derramado. Para os cristãos, Deus se comunicava diretamente com eles através daquele acontecimento (At 2.26-47). Os dons do Espírito Santo e o sucesso na proclamação do evangelho retratavam o fervor na adoração da igreja. Eles haviam experimentado o dom celestial e estavam participando do Espírito Santo, que promovia neles uma alegria constante e um fervor em suas vidas.

  • Quando lembro das referências a alegria e regozijo na Bíblia, me faz lembrar do filme “Desafiando Gigantes”, um filme cristão que recomendo a todos que assistam.
  • Há uma frase no filme onde um irmão diz: “Deus disse 365 em sua palavra não temas. Com tantas vezes assim Ele deveria estar falando sério não acha?”.
  • Adorar a Deus é sinônimo de alegria, não combina um crente salva de cara amarrada, triste pelos cantos e murmurando da vida;
  • A alegria da salvação e a comunhão uns com os outros era a maior ferramenta missionária da igreja antiga. A alegria era gerada pela presença do Espírito Santo em suas vidas e o amor uns pelos outros pela transformação do velho homem em uma nova criatura.


1.3 A RELEVÂNCIA E O PODER DA ADORAÇÃO

É indispensável para um cristão levar uma vida de adoração. Tendo em vista que os crentes do Novo Testamento foram discipulados a pensar sobre si mesmos a partir de um modo de ver coletivo, ou seja, abrangendo todos no Reino, por isso, que o culto cristão deve ser repleto de significado e de plena relevância. Naquela época não havia templos majestosos, nem uma liturgia pirotécnica, mas um grupo de cristãos reunidos como sacrifício vivo apresentado a Deus (Rm 12.1-3). A vida deles e suas reuniões de cultos, não eram apenas um exercício religioso, mas uma oportunidade para reafirmar o que eles acreditavam. Era uma ocasião para a manifestação dos poderes divinos (1 Co 12-14).

  • “Pensar sobre si mesmos a partir de um modo de ver coletivo”= Isto é, os cristãos eram e ainda são levados e pensar num estilo de vida que nega o egoísmo. O crente não pode ser egoísta. O egoísmo vai contra tudo o que Deus propôs para a igreja, a começar do sacrifício de Jesus, homem que sem pecado e sem culpa não pensou em si, mas se entregou por toda a igreja.
  • “Naquela época não havia templos majestosos, nem uma liturgia pirotécnica”: Pirotecnia é o mesmo que fogos de artifício. Vemos com tristeza que muitas igrejas perderam a forma simples de anunciar o evangelho, antes se preocupam em construir templos suntuosos e modernos enquanto há irmãos passando necessidade. Outros criam ferramentas de animação de auditório para animar o público, como se o culto fosse um programa de auditório de TV.
  • Devemos aprender com Jesus, principalmente na sua forma de anunciar o evangelho.

2. A ADORAÇÃO VERDADEIRA

A verdadeira adoração é prestada somente por aquelas pessoas que nasceram do Espírito Santo. Tem sua forma auxiliada pelas Escrituras e centralizada em Deus. É fruto da convivência que o novo cristão tem com Deus, pois requer preparação prévia. Toda adoração verdadeira tem a perspectiva de que Deus é grande, e que, Ele merece louvor e honras por parte da humanidade.


  • Os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade – Não há como se tornar um verdadeiro adorador sem a experiência da transformação em Cristo e o novo nascimento do Espírito Santo;
  • Há um ditado popular que todos são filhos de Deus. Biblicamente falando, todos são criaturas, mas filhos de Deus somente aquele que nascerem de novo e tornarem-se filhos de Deus por adoção em Jesus Cristo.


2.1 OS VERDADEIROS ADORADORES

Adorar é agir em sinceridade de coração, autenticidade e não só de lábios, da boca para fora, pois em vão adoram os que assim procedem (Mt 15.9). Chega de hipocrisia! A falsa adoração é abominável ao Senhor. Deus não Se deixa enganar. A convocação do salmista ecoa até os nossos dias dizendo: “Vinde, cantemos ao Senhor! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação! Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com salmos. Porque o Senhor é Deus grande e Rei grande acima de todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Sl 95.1-6).


  • Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens. Mateus 15:8-9;
  • Estas palavras de Jesus são extremamente esclarecedoras, louvor vem de dentro, é algo sincero e espontânio. Não é um ato forçado com aparência externa de devoção.
  • Interessante o salmo apresentado pelo comentador bem como a afirmação: Deixemos de hipocrisia. Quantos entram na igreja, mas deixam a cabeça lá fora presa a problemas e conflitos. Não se entregam totalmente à adoração a Deus e, ainda muitos não adoram a Deus em casa, nos seus relacionamentos e no trabalho.
  • Lembre-se, a adoração é uma grande ferramenta de evangelismo.



2.2 A ESPIRITUALIDADE VERDADEIRA

A nossa adoração de fachada não move o coração de Deus! Precisamos estar alicerçado na Palavra, nos princípios e nas leis espirituais e não em doutrinas que são preceitos de homens (Mt 15.8-9). É preciso tirar a máscara da mentira, da falta de união, da murmuração; não adianta adorar a Deus não tendo comunhão com os irmãos (1 Jo 4.20-21; Mt 15.13),mostrando espiritualidade só nos cultos diante do pastor, em casa ser um inferno e na sociedade não ter testemunho de crente (1 Tm 3.7). O cristão não pode ter do que se envergonhar (2 Tm 2.15).


  • Adoração da fachada, isto é, da boca para fora, apenas de aparência;
  • A adoração verdadeira porém deve seguir o que disse o comentador: Deve estar alicerçada na palavra, nos princípios e nas leis espirituais e não em doutrinas que são preceitos de homens.



2.3 SACRIFÍCIO VIVO E AGRADÁVEL A DEUS.

Oferecer sacrifício vivo e agradável a Deus é entregar a vida a Ele. Dormir, comer, trabalhar, passear, tudo como se fosse uma oferta a Ele. E nunca se ajustando às culturas demonizadas, a ponto de não poderem pensar mais com razoabilidade. Na verdade, quando o apóstolo pede para que ofereçam sacrifício vivo a Deus, é uma contraposição aos animais mortos praticados no Antigo Testamento, pois a vida cristã é a nova vida no Espírito Santo (Rm 6.4). É um culto com a participação da mente, do coração e vontade no serviço obediente ao Senhor Jesus.

  • Porque sacrifício? Por que não é fácil ao homem abrir mão de suas vontades e subjugar seus desejos para agradar a Deus. O homem, pela natureza pecaminosa, tenta a todo tempo satisfazer seus desejos e ao mesmo tempo, acha-se auto suficiente, não aceitando ser “mandado” por ninguém;
  • Antes, os sacrifícios eram de animais, agora, são das nossas atitudes. A entrega da nossa vida a Deus deve ser sem reserva, tudo deve ser entregue ao ponto de todos os nossos atos serem ofertas agradáveis a Deus.


3. ADORAÇÃO EXCLUSIVA A DEUS

Adoração exclusiva a Deus é a essência da adoração, e uma exigência divina (Jo 4.23). Das coisas nós gostamos; as pessoas nós amamos (Mc 12.31), mas só a Deus adoramos (Mt 4.10). Não devemos falar nem por brincadeira que adoramos alguma coisa ou pessoa, a não ser Deus! Não mude a sua adoração e não adore pessoas nem coisas. Faça tudo em Nome do Senhor Jesus dando a Ele toda honra e toda a glória. Não devemos atrair para nós atenção em nossas celebrações, roubando de Deus a honra que lhe é devida.

  • “Das coisas nós gostamos; as pessoas nós amamos (Mc 12.31), mas só a Deus adoramos (Mt 4.10)”. Esta deve ser nossa atitude, porém existem pessoas que infelizmente adoram a coisas e pessoas o que concorre com a adoração a Deus. Lembre-se, Deus não divide Sua glória com ninguém;
  • Tudo quanto fizermos, que Deus seja o centro, nunca a atenção deve ser centrada em nós.



3.1 OS ÍDOLOS ESTÃO DENTRO DAS IGREJAS

Certas pessoas são verdadeiras vedetes nas igrejas: procuram ser reconhecidas, buscam fama e brilho, apresentam-se como salvadoras do Evangelho, gostam de passar imagens de super-crentes e que nelas se possam confiar. Porém chegam somente para cantar ou pregar depois saem, não assistem aos cultos completos; passam vários minutos falando das suas realizações e fazendo marketing dos seus produtos. Filhinhos, guardai-vos desses ídolos (1 Jo 5.21).


  • Infelizmente creio que todos os leitores deste blog já vivenciaram situações parecidas com as relatadas pelo comentador.
  • Hoje muitos cultos só ficam cheios se houver nele uma celebridade cristã.
  • Já tem cantor e pregador exigindo alimentação especifica. Hotel 5 estrelas, voô de determinada companhia aerea. Carro de marca e modelo especifico a disposição além de grande cachês.
  • O pior é que atrás destes  "astros da fé" há uma legião de fãs, ou porque não dizer idolatras que os acompanham histéricamente.


3.2 OS PAPARAZZOS CAUSAM VERGONHA DENTRO DAS IGREJAS

Preparam suas máquinas fotográficas ou seus celulares e ficam tirando fotos ou filmando cenas sem respeito à casa de Deus e ao pastor. Eles vivem à caça de ídolos ocupando a frente do púlpito e atrapalhando a liturgia do culto. A reunião já não parece mais ser de adoração a Deus e, sim, de reverência às celebridades. Sem submissão alguma e sem espiritualidade, procuram saber primeiro quem é que vai cantar ou pregar naquele dia para sair de casa, se não for um dos seus ídolos nem lá vão.

  • Outra coisa comum é o fato dos fãs se acotovelarem para tirar fotos. Ficam em pé diante do púlpito e nem se importam se estão atrapalhando a visão de outros.
  • O problema é que muitos artistas acham isto o máximo.
  • Muitos dançam, assoviam, gritam como se estivessem em um show.

3.3 VERDADEIROS PALCOS SÃO MONTADOS DENTRO DAS IGREJAS

Para receber mais público com fim de realizar shows, montam estruturas gigantescas dentro dos templos descaracterizando o lugar de adoração. O altar fica em constante mudança para se adaptar a tais apresentações, uma verdadeira falta de respeito ao lugar que biblicamente deveria ser chamado casa de oração. Fora os estragos deixados nos bens e utensílios. Esses palcos e teatros dentro dos templos descaracterizam e profanam a casa de Deus, pois não atraem adoradores, mas plateias para aplaudir os Pops Stars; não adoram a Deus, mas personalidades que se apresentam. A Igreja do Senhor Jesus deve atrair as pessoas pelo testemunho dos fiéis, vida exemplar do pastor, pregação do autêntico Evangelho e pelos sinais que devem acompanhar (Mc 16.15-18).


  • Jogo de luz, neon, luz negra, gelo seco, laser, efeitos especiais, pirotecnia são alguns dos recursos usados dentro de algumas igrejas que as transformam em verdadeiras casas de show.
  • Tem templos que possuem pistas de skate em seu interior, bem como ringue de luta como o MMA.
  • Deus não precisa de nada disto, o que atrai e convence o pecador e o Espirito Santo, este sim deveria encher a igreja.


CONCLUSÃO

Adorar a Deus, além de exigir uma vida santa de fé, fidelidade e submissão a Ele, é também oferecer algo capaz de mexer com o coração do Todo-Poderoso, sem mistura, contaminação nem para aparecer e receber glória e aplausos dos homens (Jo 7.18). A adoração deve ter exclusividade, ser total e nunca dividida ou parcial.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O QUE GUARDA SUA BOCA, CONSERVA SUA ALMA




LIÇÃO 7 – 19 de Maio de 2013

O que guarda sua boca, conserva sua alma

TEXTO ÁUREO

“Não saia da vossa boca nenhum a palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.  Ef 4.29

VERDADE APLICADA

O descontrole emocional leva a pessoa a falar coisas impensadas, fora de hora e para pessoas erradas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  1. Mostrar o perigo da língua solta;
  2. Ressaltar que não se deve divulgar tudo que se sabe;
  3. Conscientizar de que antes de falar é preciso pensar.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

  • Jó 2.9 - Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre.
  • Jó 2.10 - Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.
  • Sl 141.3 - Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios.
  • Pv 13.3 - O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação.
  • Tg 1.26 - Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu coração, a religião desse é vã.



INTRODUÇÃO
A Comunicação é importante para o sucesso de qualquer um. Ser comunicativo pode lhe render vários pontos positivos. Entretanto, falar demais pode resultar em fracassos, pois, em tudo na vida, é necessário o equilíbrio. Sem contar o quanto é inconveniente dialogar com alguém que não dá nem chance de outros opinarem. O grande problema de falar demais é acabar falando o que não deveria. Por isso é fundamental aprender a escutar, tanto quanto se tem a capacidade de falar. Pois assim, a pessoa se livrará da imagem de arrogante, metido e inconveniente, revelando uma espiritualidade sadia diante de todos.

  • A comunicação é uma das características mais importantes da igreja, é por meio dela que pregamos, ensinamos e discipulamos... Há que ser um cuidado muito especial com a comunicação, incluindo ai o tom de voz nas pregações, a altura e qualidade do som dentre outras características.
  • Mediante a tanta importância da comunicação para a existência da igreja, é importante destacar que, quando a comunicação é mal usada, ela pode provocar feridas profundas e até mesmo incuráveis caso não ocorra o agir de Deus.
  • Quem fala demais passa a ideia de prepotência e arrogância, ele sempre esta com a razão e não sabe reconhecer quando errou.


1. O CUIDADO AO FALAR
Falar bastante não é necessariamente um ponto negativo. Você pode ser espontâneo e animado e acabar contagiando as pessoas ao seu redor. No entanto é preciso vigiar sobre quais assuntos abordamos. Muitas pessoas falam sem pensar, sua língua é verdadeira metralhadora sem direção. Por isso, é importante se preocupar e manter o equilíbrio, porque, em determinadas situações, teremos segredos importantes a guardar, que nossos amigos e irmãos nos confiaram.

  • O problema não é o ato de falar, e sim a qualidade do que se fala. Se não tem nada a acrescentar é melhor ficar calado, pois no muito falar surgem as palavras torpes e sem necessidade.
  • Quem fala demais, revela segredos que não deveriam ser revelados.


1.1. VIGILÂNCIA E PRUDÊNCIA NO FALAR
Nem tudo que vem a mente deve ser dito, pois é na multidão das palavras que as transgressões encontram lugar (Pv 10.19). A vigilância e a prudência no falar nunca fizeram mal a ninguém, mas falar o que vem à mente poderá destruir relacionamentos e amizades de longos anos e de grandes significados. Nalgumas vezes, nossos pensamentos podem vaguear por áreas desconhecidas e proibidas. Por isso todo o cuidado é pouco. Já pensou se falássemos tudo o que pensamos?

  • Pv 10.19 diz: “Quando são muitas as palavras o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato.” Fica claro que falar demais é uma tentação que pode gerar o pecado;
  • Importante reforçar que muitos relacionamentos acabam por palavras que não deveriam ser dita.
  • Quem fala tudo o que pensa não é sincero e sim mal educado.


1.2. A TENTAÇÃO DE OUVIR UM SEGREDO
É difícil resistir à tentação de ouvir um segredo. Faz parte do dia a dia das pessoas, do sucesso do mercado e das políticas nacional e internacional. Saber de um segredo no mercado atual significa ter alguma forma de poder. Quando alguém ouve um segredo, jura por tudo que é mais sagrado a guarda dele. Os psicólogos dizem que, desde criança, “elegemos um esconderijo para nossos tesouros, que não podem ser bisbilhotados por ninguém”. Dizem mais, que, na adolescência, escondemos nossos sentimentos nos diários e, mais tarde, aprendemos a compartilhar o que consideramos importante. Ao contrário, também existem aqueles que têm a compulsão de contar a própria vida. Então, é preciso ter cuidado ao contar intimidades para alguém.

  • Há coisas que somente podemos compartilhar com Deus. Há segredos que só Deus pode saber;
  • Estamos em uma guerra espiritual, e compartilhar fraquezas e segredos pode ser uma forma de entregar de bandeja as armas para que o inimigo nos ataque;
  • Caso não queira ter suas intimidades expostas ao vento, guarde sua língua quanto a sua vida privada.


1.3. A TENTAÇÃO DE FALAR UM SEGREDO
O que é dito em forma de segredo, precisa ser preservado por ser de caráter privado, particular, ou até comprometedor. Não podemos expor as pessoas que nos dão certas informações ou confessam alguma coisa. O crente precisa evitar “agir como papagaio” e ter o cuidado de não repetir o que não deve ser falado aos outros. Já pensou se falássemos tudo o que ouvimos?

  • Expor um segredo nada mais é do que traição. Os que contam segredos de amigos assemelham-se a Judas Iscariotes e comete o mesmo pecado de traição.
  • Outro fato grave é reproduzir tudo que ouve. A conversa começa assim: “Não sei se é verdade, mas ouvi dizer que fulano fez isto...” Se alguém ouviu falar, então não tem certeza que aquilo é verdade, então não deve passar para frente. Ainda que fosse verdade, se não nos diz respeito, porque falar a outros?


2. CONSEQUÊNCIAS DE NÃO CONTROLAR A LÍNGUA
Quem não tem o que falar deve ficar calado, nunca falar sem precisão. Compare Eclesiastes 3.7, onde o escritor fala que há tempo de falar e tempo de ficar calado. “Em boca fechada não entra mosquito”; “o peixe morre pela boca”; “quem fala muito dá bom dia a cavalo”; “quem fala demais erra demais”, são ditados populares. Em algumas ocasiões, o Senhor deixa de se revelar aos cristãos por causa da falta de controle de suas línguas. As consequências poderão ser desastrosas. Alguns propagam informações distorcidas, infundadas sem o mínimo de constrangimento! Isso é muito ruim!

2.1. CAUSAM FERIDAS DIFÍCEIS DE SEREM CURADAS
Falar o que vem à mente sem refletir, também tem machucado muitas pessoas, às vezes, reabrindo feridas já cicatrizadas. Muitos não se importam com o que pode acontecer e, imprudentemente, falam deliberadamente. A palavra de estímulo, de elogio é fácil de ser esquecida, porém a palavra dita fora de ocasião pode ser lembrada por uma vida inteira. Há desaprovações e menosprezos que deixam marcas profundas! Sem contar àquelas palavras que denigrem a imagem de alguém, essas são perversas e pode custar um preço muito alto.

  • Como já dissemos, muitos relacionamentos acabam por falta de senso no que é falado;
  • A língua é um órgão extremamente agressivo que pode trazer a paz ou a guerra, tudo depende de como ela é usada;
  • Lembre-se que a “Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.” Anônimo;
  • A palavra lançada vai causar algum efeito e não tem como fazê-la voltar atrás, melhor mesmo é não permitir que ela seja pronunciada.


2.2. MATAM SONHOS E IDEAIS
Muitas palavras derrubam castelos, quebram relacionamentos, dividem pessoas, influenciam negativamente tudo como resultado da imprudência no falar. Quantos casamentos estão fracassados por falta de habilidade nos diálogos entre os cônjuges, principalmente por ter falado o que não deveriam? A nossa palavra deve ser sempre agradável e temperada com sal para responder a cada um de acordo com a necessidade (Cl 4.6). Como maçãs de ouro em salvas de prata assim é a palavra dita ao seu tempo (Pv 25.11).

  • Quantos filhos frustrados por nunca terem recebido uma palavra de elogio de seus pais?
  • Quantos maridos e esposas tristes porque não são reconhecidos verbalmente pelos seus feitos e dedicação ao outro?
  • Quantos sonhos, metas e planos vão por água abaixo por receberem um balde de água fria em forma de palavras desanimadoras?
  • Que não saia da nossa boca palavras de morte, que matam sonhos e ideais.


2.3. FALAM SEM PENSAR NOS RESULTADOS
Que reações minhas palavras provocarão nos meus ouvintes? Positivas ou negativas? De aceitação ou de repúdio? Para edificação ou destruição? “Quem fala o que quer ouve o que não quer”, diz o adágio. Pense no resultado da sua falta de prudência antes de falar qualquer assunto! “O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como ferrolhos de um palácio” (Pv 18.19). Mesmo às escondidas, não se deve falar aleatoriamente, pois “mato tem olhos e parede tem ouvidos”, diz a máxima popular.

  • Como profissional da saúde, tenho o hábito de me imaginar no lugar dos pacientes quando tenho que dar um diagnóstico ruim. Como eu me sentiria? Como gostaria de receber aquela notícia?
  • Penso que esta prática deveria existir quando falamos algo rude ou ofensivo para outras pessoas. Imagine-se no lugar delas. Você gostaria de ser tratado assim? Lembre-se que, “Quem retribui o bem com o mal, jamais deixará de ter mal no seu lar.” Provérbios 17:13


3. A MORTE E A VIDA ESTÃO NO PODER DA LÍNGUA
“Do fruto da boca de cada um se fartará seu ventre; dos renovos dos seus lábios se fartará. A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto” (Pv 18.20-21). “Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente” (SI 34.13). “Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano” (lPe 3.10). Com esses versículos é possível ter uma dimensão do poder da língua no dia a dia.

  • Comente o que diz as escrituras sobre a língua: “Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha. Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno.” Tiago 3:5-6


3.1. A PRESTAÇÃO DE CONTAS
Jesus garantiu, em Mateus 12.36,37, que toda palavra vil, frívola, ociosa ou infame que o homem pronunciar haverá de prestar contas delas no Dia do Juízo, pois, pelas nossas palavras, seremos justificados e por elas também seremos condenados. A boa espiritualidade não coaduna com língua sem freio.

  • Jesus disse: “Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado.” Mateus 12:36.
  • Palavra inútil é uma palavra sem utilidade, isto é, uma palavra falada sem uma razão ou um motivo justo. Seria bem traduzido por “falar demais”
  • Nada do que falamos ficará encoberto e as muitas ofensas que sequer imaginamos que causamos em alguém um dia serão reveladas.


3.2. QUEM NÃO REFREIA SUA LÍNGUA A SUA RELIGIÃO É VÃ
Tiago garante que “se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu coração, a religião desse é vã”, vazia, oca (Tg 1.26,27). É uma insensatez o cristão permitir que sua boca gere bênçãos e maldições; abençoe os “queridinhos” e amaldiçoe os que “não são do grupo” (Tg 3.10). Ora! Todos os salvos deverão ser do mesmo grupo - a Igreja! (Mt 7.12; ICo 10.24). Muitos crentes falam mal das suas convenções, das suas próprias igrejas, dos seus líderes e pastores. É uma falta de coerência velhos crentes dar mau exemplo para os novos convertidos.

  • Há crentes que se gabam de usar frases como “Deus lhe dê em dobro tudo o que me desejares”. Pense bem! Será que um cristão verdadeiro pode proferir uma palavra desta? Se você me deseja bênçãos, que Deus te abençoe em dobro. Se você me deseja mal, que Deus te amaldiçoe em dobro. Pode o crente desejar maldição para alguém?
  • Cuidado para não se tornar um crente macumbeiro, que ora para Deus prejudicar o outro. Que Deus nos livre dos crentes feiticeiros.
  • Lembre-se, quem sempre fala mal dos outros, nunca será levado a sério!


3.3. DESCULPAS E JUSTIFICATIVAS DE QUEM FALA DEMAIS
“Quando eu vejo já falei”; “eles me provocaram”; “eu herdei este temperamento dos meus pais”; “eles precisavam ouvir isso”; “tenho sempre a resposta na ponta da língua”; “já estava com os nervos à flor da pele”, “não levo desaforo pra casa”; “falou o que quis e ouviu o que não quis”. Estas expressões revelam obras da carne, falta de domínio próprio e mansidão e causam grandes problemas e inimizades (G1 5.19-21). Precisamos contar não só até dez, mas até cem antes de responder alguma coisa para que o façamos com sabedoria e prudência.

  • Devemos ter nosso temperamento transformado pelo Espírito Santo, Ele sim é capaz de fazer uma grande obra e nos livrar de usar a língua como uma arma mortal;
  • Independente da provocação, do merecimento ou das circunstâncias, é dever do crente refrear a língua e não entrar na provocação.
  • Salomão diz “Se o seu inimigo estiver com fome, dê comida a ele; se estiver com sede, dê água. Porque assim você o fará queimar de remorso e vergonha, e o SENHOR Deus recompensará você.” Pv 25.21,22. Da mesma forma, se seu inimigo te provoca, cale-se pois “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”Provérbios 15:1.


CONCLUSÃO
Cuidar da língua é um dever de todos os cristãos. Quem refreia sua língua evita constrangimentos e aborrece menos outras pessoas. Quando alguém se diz cristão e tem a língua solta, é um incoerente, está enganando seu coração e seu testemunho prejudica a si mesmo e os outros. Não compensa falar o que vem à boca. Cuide-se!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE




LIÇÃO 6 – 12 de Maio de 2013

HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE

TEXTO AUREO

“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa”.  Ef 6.2

VERDADE APLICADA

Os filhos devem se comportar de tal maneira que levem os seus pais a se sentirem felizes pelos filhos que têm.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  1. Mostrar que a insensatez dos filhos não atrai as bênçãos de Deus;
  2. Ressaltar que os filhos obedientes serão felizes e terão vida longa na terra;
  3. Destacar que os filhos podem desempenhar papel especial na família para alegrar seus pais.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

  • Êx 20.12 - Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
  • Pv 23.22 - Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer.
  • Ef 6.1 - Vós, filhos, sede obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
  • Ef 6.2 - Honra teu pai e tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
  • Ef 6.3 - Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
  • Cl 3.20 - Vós, filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.


INTRODUÇÃO
Há muito tempo, o relacionamento entre pais e filhos têm sido um dos dramas da sociedade. Mas nunca, na história, houve tanta possibilidade de mudanças. Muitos debates, literaturas e palestras por vários canais de informação, têm sido disponibilizados para que aconteça uma transformação nos lares, no entanto, a cada dia que passa, mais notícias negativas e estarrecedoras têm chegado até nós. Filhos que não valorizam e se rebelam contra a figura paterna e materna, e por isso vivem uma vida fora do alcance das bênçãos de Deus. Escrevendo uma história medíocre de sua própria vida. Mas há princípios nas Escrituras que se forem resgatados, veremos mudanças em todo contexto da sociedade. Vamos começar:

  • Este é sem dúvida um assunto muito atual e preocupante e que será ministrado no dia das mães;
  • O comentador fala de mudanças, infelizmente estas mudanças estão sendo negativas. Podemos citar o avanço da tecnologia (A internet tem distribuído uma cultura da rebeldia entre os jovens e feito com que muitos desobedeçam a seus pais); A ciência que junto com os avanços para o bem, desenvolveu várias drogas entre elas as lícitas (cigarro e álcool) e as ilícitas (crack, cocaína, maconha...) que tanto tem gerado conflito entre as famílias.
  • Muitas teorias de filósofos e psicólogos tentando ensinar como educar os filhos, inclusive dizendo que eles não podem levar umas palmadas (virou até crime no Brasil), que devem ter liberdade de expressão e não podem ser veementemente corrigidos para não sofrerem abalos psicológicos no seu desenvolvimento;
  • Infelizmente as notícias são negativas, veja algumas recentes:
  • 04/05/2013 17h24 - Filho mata pai a facadas e liga para irmã em seguida: 'Fiz uma besteira' Crime aconteceu na tarde deste sábado, em São Vicente (SP);
  • 05/05/2013 22h50 - RJ: pai mata filho de 1 ano com pedaço de telha
  • 27/04/2013 | 16h17 - Florianópolis Filho mata o pai e enterra o corpo em terreno no bairro Vargem Grande;
  • 10/04/2013 19:51 - Filho mata pai a paulada no interior de Paulistana;
  • 6/1/2013 às 10h31 - Pai mata filho e pica corpo em pedaços
  • Observe que as notícias são recentes e do Brasil, infelizmente este panorama é mundial com tendência a piorar.


1. DEVERES DOS FILHOS
Os deveres dos filhos passam pela obediência, pela honra, pela proteção aos pais, principalmente quando estes chegam à idade mais avançada. Neste contexto de ajuda aos pais, o filho tem o dever de diminuir os sacrifícios dos pais na sua própria educação e criação, nem que seja por gratidão. Os filhos também devem ser estudiosos, trabalhadores, respeitadores, humildes e disciplinados. O filho inteligente não espera sofrer consequências para saber que não obedeceu aos seus pais, ao quais, possivelmente, estavam certos.

  • Uma vez por semestre eu levo os meus alunos do Curso de Fisioterapia do CESUC para visitarem o Asilo de nossa cidade chamado “Asilo São Vicente de Paulo”. Por mais que os idosos sejam bem tratados neste asilo e encontram ali um lar, nada tira do coração de alguns a tristeza do abandono;
  • Os alunos sempre se emocionam com os depoimentos de pais que foram ali esquecidos pelos seus filhos. Um senhora inclusive me pediu para chamar o filho dela que morava a 2 quarteirões dali e há 3 anos não a visitava;
  • Não espera sofrer consequências para saber que não obedeceu – é melhor obedecer do que sacrificar. Os pais em sua grande maioria, sempre estão certos pois são detentores de uma autoridade divina e também de experiência de vida para aconselhar os filhos.


1.1. OBEDECER AOS PAIS
Os filhos precisam obedecer aos pais e nunca desprezá-los para não atrair maldição para suas vidas. É preciso obedecer de forma espontânea e consciente e não esperar coação ou força, mas seguir o exemplo que Jesus deixou pela obediência a José e Maria (Lc 2.51) e ao Pai celestial em tudo (Jo 6.38; Fp 2.5-8). Muitos filhos não sabem por que sofrem, mas é fácil descobrir: quebraram mandamentos bíblicos e perderam o privilégio de ser abençoados. A Palavra de Deus diz: “Vós, filhos, sede obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1; cf. Rm 1.30b; 2Tm 3.1-5). Da mesma forma, os pais, através da disciplina e com recursos para convencer os filhos, devem guiar através do ensino e correção, pois os pais foram colocados no lugar de Deus diante os filhos menores, com a responsabilidade de orientá-los no caminho do Senhor.

  • É preciso entender que o amor aos pais deve ser sincero e não por força. O respeito deve ser um sentimento extremamente importante, semelhante ao sentimento que devemos ter por Deus. O respeito não dá medo, os filhos não devem respeitar os pais por medo, mas devem ter temor no sentido da obediência e da autoridade que eles possuem.
  • O pecado de rebeldia é algo abominável por Deus. Foi esta a atitude de Lúcifer que ao se encher de orgulho se rebelou contra Deus. Tem muitos filhos nesta mesma atitude, consequentemente estão afastados das bênçãos de Deus e não sabem por que sofrem;
  • É importante também que os pais não suscitem a ira aos filhos, mas que antes os guiem no caminho. Note que a Bíblia não fala de ensinar O caminho e sim ensinar NO caminho, isto é, os pais devem estar ao lado dos filhos de mãos dadas NO caminho do ensino justo baseado na nossa fé em Jesus Cristo.
  • Como responsável pelo departamento infantil da minha igreja, vejo com frequência pais que deixam seus filhos no culto infantil e vão embora para casa, vindo busca-los no final do culto. Esta atitude é um exemplo de ensinar O caminho e não de ensinar NO caminho. Pode ser que dê certo, porém seria melhor que o pai estivesse junto com o filho na igreja.


1.2. HONRAR OS PAIS
O primeiro mandamento com promessa é honrar pai e mãe. Paulo, em Efésios 6.1-3, esclarece que quem assim procede irá muito bem e terá vida longa na terra. Isso significa receber longevidade e vida feliz. Honrar é respeitar como autoridade, amar como pessoa, valorizar como conselheiro, estimar como tutor, reconhecer como cabeça e submeter-se como chefes dignos. A honra aos pais enaltece e dignifica o filho. Todos os jovens, ao procurar um casamento, deveriam analisar como o pretendente trata os seus pais.

Tiramos importantes ensinamentos deste tópico:
1) Vida longa na terra: Porque honrar pai e mãe prolonga os dias de vida? É só observar quantos filhos morrem todos os dias em acidentes, uso de drogas, brigas, porque não deram ouvidos ao clamor dos pais para que não saíssem de casa naquela noite, ou então não se envolvessem com aquele tipo de pessoa...
2) Comenta na íntegra o que disse o comentador: Honrar é respeitar como autoridade, amar como pessoa, valorizar como conselheiro, estimar como tutor, reconhecer como cabeça e submeter-se como chefes dignos;
3) Jovens, observem como são os seus pretendentes cônjuges. Se dormem até tarde, provavelmente não conseguirão bons empregos, se são brutos com as mães, provavelmente tratarão mal até com possibilidade de agressão, se são brutos com os pais, provavelmente serão insubmissos às autoridades.

1.3. NÃO DESAMPARAR OS PAIS
Mesmo após o casamento, os filhos não devem desprezar os seus pais. A responsabilidade dos filhos é cuidar dos pais e assisti-los bem até que o Senhor os recolha, mesmo estando geograficamente separados. Maldito o filho que desprezar seu pai ou sua mãe (Dt 27.16). Os pais querem carinho dos filhos, visitas, abraços e beijos de respeito. No entanto, alguns filhos pensam em livrar-se deles, internando-os em asilos. Nenhum filho deve passar muitos dias sem ter contato com seus pais, porque o maior presente que os pais esperam receber é a presença dos filhos.

  • Como já foi comentado na introdução, é comum filhos virarem as costas para os pais quando crescem, casam e saem de casa;
  • Veja o que citou o comentador em Dt 27.16 – Maldito o filho que desprezar o pai. Com o passar dos anos, as pessoas passam a ter muito prazer nas conversas, nas demonstrações de carinho, no simples ato de ser ouvido e de ter atenção. Com os nossos pais não é diferente. Não há prazer maior para uma mãe do que ter a atenção do filho, que seja em uma breve conversa.



2. COMPREENSÃO DOS FILHOS
Os filhos precisam compreender que a responsabilidade dos pais é muito mais do que ser amigos. A função dos pais é diferenciada (proteção, provisão, disciplina). Os pais precisam muitas vezes corrigir e ensinar o caminho certo para que seus filhos não sofram mais tarde. Mas não se pode negar que muitos pais exageram, com a superproteção, que não contribui em nada na formação das crianças. O excesso de zelo pode acarretar problemas futuros. A intromissão exagerada pode começar na vida dos filhos pelo namoro, depois na vida profissional e há casos que os pais decidem até o futuro de seus filhos.

  • Tem muito pai se orgulhando de ser amigos dos filhos, mas o pai tem que ser mais que amigo, tem que proteger inclusive psicologicamente, prover os sustento inclusive emocional e disciplinar no sentido ensinar no caminho em que devem andar;
  • O problema é que existem extremos que devem ser evitados: Há pais que disciplinam demais e criam filhos revoltados que não tem respeito pelos pais e sim medo. Lembre-se que o medo afasta as pessoas;
  • O excesso de zelo também pode causar transtornos. Há pais que colocam os filhos em verdadeiras redomas de vidro e não permitem que eles passem por nenhuma situação difícil, como resultados criam-se filhos mimados, garotos afeminados, meninas dengosas e totalmente dependente dos pais para tudo;
  • A intromissão exagerada também causa males, pois sufoca os filhos. Geralmente os pais não consideram que os filhos também precisam de liberdade inclusive para tomar suas decisões. Os pais tem sim o dever de aconselhar, mas não podem querer se intrometer em tudo.


2.1. ACEITAR OS CONSELHOS DOS PAIS
Todos os pais querem o melhor para os filhos. Dificilmente eles lhes dão maus conselhos. Às vezes, os filhos não compreendem seus pais porque vivem focados nos seus desejos e não enxergam os perigos que estão diante deles. Por mais que os filhos sejam inteligentes, a maturidade e a experiência dos pais muitas vezes falam mais alto. O filho pródigo, por exemplo, não ouvindo os conselhos de seu pai enfrentou muitas dificuldades e teve de voltar “com uma mão na frente e outra atrás” (Lc 15.20,21).

  • É comum os filhos dizerem para os pais que eles são antigos e que viveram em outro tempo, por isto acham que os seus conselhos não são validos para a atualidade. Grande engano, em raras exceções os pais estão errados nos conselhos que dão aos filhos;
  • O filho prudente não despreza a experiência do pai, antes ouve com atenção os seus conselhos e assim a vida lhe prega menos peças. Veja o exemplo do filho pródigo que não ouviu seu pai e sofreu de forma desnecessária.


2.2. ACEITAR A CORREÇÃO DOS PAIS
O tolo despreza a correção de seu pai (Pv 15.5). Os pais ficaram responsáveis em criar seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.4b). O filho sábio ouve a correção do pai (Pv 13.1). A disciplina gera sabedoria, mas o filho entregue a si mesmo envergonha sua mãe (Pv 29.15). É preciso, aliás, aprender com os pais que não podemos fazer somente o que queremos na vida, mas o que é agradável a Deus.

  • Este tópico já foi comentado no anterior, mas vale a pena pedir aos alunos para lerem os versículos citados pelo comentador.


2.3. ACEITAR OS ENSINOS DOS PAIS
A Bíblia dá direito e responsabilidade aos pais quanto a ensinar e disciplinar os filhos. Diz o Senhor: “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás aos teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Dt 6.6-7). Ensina o menino no caminho em que deve andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele (Pv 22.6). O filho inteligente ouve o ensino dos pais, mas o tolo o despreza.

Aceitar o ensino dos pais implica em duas vertentes importantes:
1) O filho sábio ouve o ensino do pai, coloca em prática e é bem aventurado por isto;
2) O pai sábio, dá bons ensinamentos aos filhos, sobretudo sobre uma vida de fé centrada em Jesus Cristo e nos tesouros do céu.
De nada adianta o filho ouvir o ensino dos pais se os pais não souberem ensinar corretamente seus filhos.


3. CONSCIÊNCIA DOS FILHOS
É necessário aos filhos saberem o que os pais representam, assim eles não serão tratados de qualquer maneira nem ridicularizados pelos próprios filhos. É necessário também aos filhos saberem que os pais são responsáveis pela existência deles; desde cedo lhes ensinaram as primeiras letras, deram o leite e trocaram as fraldas; não os deixaram abandonados e, muitas vezes, deixaram de se alimentar para matar a fome deles; deixaram de comprar algo para si para investir neles; e, no frio, não só entregaram seu próprio cobertor para agasalhá-los como usaram de seu corpo para aquecê-los.

  • Os filhos devem ter consciência da importância dos pais e não trata-los de qualquer jeito, como se fossem um amiguinho que joga bola na rua. Infelizmente como foi dito no início da lição, esta é uma tendência da modernidade, os filhos tratarem os pais como se fossem qualquer um;
  • Comente o que esta evidenciado na lição sobre a dedicação dos pais aos filhos, inclusive em relação ao sacrifício feito pelos filhos.


3.1. OS FILHOS NÃO PODEM AMALDIÇOAR OS PAIS
Os filhos são heranças do Senhor (Sl 127.3). Como uma herança divina pode fazer maldade, castigar, maltratar ou amaldiçoar os pais? Há uma geração que amaldiçoa seus pais e que não bendiz suas mães (Pv 30.11). O que a seu pai ou a sua mãe amaldiçoa terá sua lâmpada apagada e ficará em densas trevas (Pv 20.20). Não murmure contra seus pais, não faça xingamentos nem diga palavras ofensivas; trate-os com carinho e amor como Deus ordena.

  • Amaldiçoar os pais é de uma falta de sabedoria tremenda pois vai contra a autoridade outorgado pelo próprio Deus;
  • Infelizmente tem sido comum cenas de filhos maldizendo os pais, o problema é que geralmente isto ocorre na infância e os pais não agem com pulso firme e disciplina, resultado, os filhos crescem sem respeito aos pais.


3.2. OS FILHOS NÃO PODEM ZOMBAR DOS PAIS
Chamar os pais de cafonas ou quadrados é falta de respeito, educação e inteligência, pois eles viveram suas juventudes em outra época e os costumes mudaram, o mundo evoluiu. É necessário, portanto, respeitá-los como de outra geração, cultura diferente e realidade diversa. Evidentemente, os filhos de hoje são mais esclarecidos e podem compreender melhor esta situação cultural. Os olhos que zombam do pai ou desprezam a obediência à mãe serão punidos (Pv 30.17). Ouve teu pai que te gerou e não desprezes tua mãe, quando esta envelhecer (Pv 23.22). Cuidado! A velhice chegará também para os jovens, quando, às vezes, só haverá chance para remorso e não mais para arrependimento e conserto!

  • Uma das características dos jovens é achar que nunca ficaram velhos. Acredite. Vocês também vão envelhecer, e quando chegarem lá dirão que na sua época era diferente e que os filhos respeitavam os pais. Portanto, respeitem os seus pais, respeite os mais velhos;
  • A cultura muda, mas a experiência fica!


3.3. OS FILHOS NÃO PODEM ENVERGONHAR OS PAIS
Quantos filhos têm causado vergonha para os pais por praticarem rebeldia! Às vezes, se entregam às aventuras desta vida, entram por caminhos de perdição e praticam tudo que os pais não ensinaram. Muitos caem nas bebidas, cigarros, drogas, prostituições, adultérios, assassinatos, furtos, roubos, assaltos e outras práticas violentas e criminosas. O filho deve honrar o pai e a mãe tendo uma conduta que lhes proporcione alegria (Pv 19.26). O sábio alegra seu pai, mas o insensato é tristeza para sua mãe (Pv 10.1; 17.25). Grande miséria é para um pai ter um filho insensato (Pv 19.13a).

  • Filhos: sejam motivos de orgulho para seus pais e não de vergonha. A rebeldia é vergonha para os pais;
  • Cite o que foi dito pelo comentador que transcrevo a seguir: Muitos caem nas bebidas, cigarros, drogas, prostituições, adultérios, assassinatos, furtos, roubos, assaltos e outras práticas violentas e criminosas por não ouvirem os sábios conselhos dos seus pais, desta forma trazem para si desgraça e envergonham seus pais.


CONCLUSÃO
Cada filho não deve querer chegar à condição em que chegou o filho pródigo, o qual só deu valor aos pais depois de perder tudo e sofrer desprezo, nostalgia e fome. Foi cuidar dos porcos, a maior vergonha para os judeus, pois não somente o serviço era desagradável, mas para um judeu ortodoxo era um serviço impuro. Os filhos precisam entender que os seus pais são dádivas do Senhor. Então, que cada filho valorize intensamente e incondicionalmente a seus pais.