sexta-feira, 30 de agosto de 2013

LIÇÃO 9 – 01 de setembro de 2013

ABRAÇANDO O MODELO DISCIPLINAR DE JESUS

TEXTO AUREO

“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. Ap 1.3

VERDADE APLICADA

Todas as verdades e princípios bíblicos referentes ao relacionamento de Cristo com a Igreja são aplicáveis ao relacionamento entre marido e mulher e entre estes e seus filhos na família cristã.

OBJETIVOS DA LIÇÃO


  • Assegurar que o ofício dos pais em relação aos filhos se assemelha ao ofício de Jesus em relação à Igreja;
  • Ensinar que o modo como Jesus se relaciona com as diferentes congregações fornece molde seguro para o relacionamento conjugal e para criação, educação e disciplina na família cristã;
  • Insistir que as virtudes de Cristo sejam conhecidas de nossos filhos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

  • Ap 1.3 - Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
  • Ap 1.10 - Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,
  • Ap 1.11 - que dizia: O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.


INTRODUÇÃO
Todas as verdades e princípios bíblicos referentes ao relacionamento entre Cristo e a Igreja são aplicáveis ao relacionamento entre marido e mulher e entre estes e seus filhos na família cristã. Com esta convicção tomaremos como texto-chave para o estudo desta lição os capítulos de 1 a 3 da Apocalipse. Eles fornecem modelo singular e infalível de disciplina no lar. Na presente lição traçaremos o perfil dos pais (casal à luz daquilo que o Apóstolo pode ver no do perfil de Cristo).

1. A AUTORIDADE DE JESUS CRISTO
Jesus chama os anjos das Igrejas de “estrelas”. Isto significa que a vida dos pastores deve emitir a luz que emana de Deus.  Porque a eles Deus coloca em alta posição, delega autoridade e dá do Seu poder e força para que guiem e protejam o rebanho. Ele declara que possui os pastores em Sua mão direita. Sempre que a Bíblia fala de destra, mão direita e braço direito de Deus, estão em vista principalmente a Sua força e Seu poder. Isto mostra que os líderes das Igrejas são sustentados, protegidos e controlados por Deus, a fim de que possam desempenhar bem a missão que lhes foi confiada. Do mesmo modo os pais cristãos:

1.1. DEVEM VIVER  DEBAIXO DA AUTORIDADE DE DEUS
Pais verdadeiramente cristãos são aqueles que vivem sob a proteção, o controle e a autoridade de Deus. Somente assim conseguirão proteger os filhos. Como as sete estrelas, recebem de Deus autoridade, força, poder, sabedoria e conhecimento. Suas vidas ilibadas resplandecem sobre os filhos de modo a conduzi-los diuturnamente ao propósito estabelecido para eles e a guiá-los na e para a segurança da salvação.

  • Os pais devem ser totalmente dependentes de Deus e deixar isto claro aos seus filhos.
  • Os filhos precisam saber que de Deus emana todo o poder e toda a graça para nos sustentar.
  • Como os filhos saberão desta verdade se os pais não os ensinarem? Cabe aos pais ensinarem seus filhos sobre o amor, a grandeza, a graça e o poder de Deus;
  • Não basta ensinar, tem que viver este amor, isto é, de nada adianta um belo discurso se em casa não há exemplo, antes impera a lei do faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço! O exemplo é uma grande ferramenta do agir de Deus na vida dos pais.

1.2. DEVEM PASSAR O MAIOR TEMPO POSSÍVEL COM OS FILHOS E ANDAR NO MEIO DELES
Jesus prometeu aos discípulos que edificaria a Sua igreja e garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (Mt 16.18). Em que se fundamenta tão extraordinária garantia? Sem dúvida reside no fato de Jesus estar com a igreja e viver no meio dela e de ser Ele mesmo que, através dela. investe contra as portas do inferno (Ap 2.1). Assim como a Igreja precisa unicamente da presença de Cristo para viver neste mundo e da garantia que Ele oferece de que não lhe faltará em sua luta contra as fortalezas do príncipe das hostes espirituais da maldade, filhos precisam mais da presença ativa dos pais do que de brinquedos, roupas e outros objetos.

  • Não basta suprir o lar economicamente, é necessária a presença no seio da família, com atenção especial na educação dos filhos.
  • Como saber o que esta acontecendo se o pai não esta presente? Como saber o intento dos filhos ou o começo do desviar do bom caminho se não há diálogo?
  • É necessário que os pais dediquem uma noite da semana para a família, uma noite da família onde todos podem orar cantar hinos e realizar brincadeiras.
  • Mas e quando não se tem tempo? Pode ter havido um erro de planejamento, ao se constituir uma família deve-se planejar como ela será sustentada do ponto de vista financeiro e também de relacionamento. Quando os filhos chegam, mais tempo ainda deve ser dedicado a família, por isto o planejamento de quando tê-los é importante.

1.3. DEVEM SABER EQUILIBRAR ELOGIOS E REPREENSÕES
Jesus elogiou todos os anjos das Igrejas que apresentavam obras dignas de louvor. Também os repreendeu naquilo que falharam. Assim os pais devem prestar atenção nos filhos e elogiá-los naqueles aspectos em que são merecedores. Porém, não podem descuidar das repreensões quando elas se fizerem necessárias. Filhos necessitam da correção amorosa e constante oferecida diretamente pelos pais. Elogios e reconhecimento são importantes para manter os filhos sempre estimulados e para que saibam que acertaram e que seus acertos alegram e dão prazer aos pais, mas não são suficientes para transformar crianças nascidas no pecado em pessoas capazes de vencer toda e qualquer sorte de tentação, pressões e provocações, tanto de agentes humanos, quanto de agentes espirituais. Por isso, com amor e moderação, repreenda seus filhos e corrija-os quando falharem.

  • Tem pais que possuem uma facilidade enorme em criticar e uma dificuldade tremenda em elogiar.
  • Quantas vezes já ouvi críticas como: “Este menino não presta pra nada”; “Mas esta menina só faz besteira”; “Este moleque não vai ser nada na vida”... O que esperar do psicológico desta criança se das pessoas que elas consideram heróis, saem palavras que em nada motivam?
  • Elogiam são importantes, e a repreensão também, desde que ambas sejam educativas e realizadas em amor, desta forma darão fruto.

2. FILHOS SÃO PRECIOSOS, VIRTUOSOS E ÚTEIS
Jesus considera as sete igrejas como úteis e feitas de material precioso e incorruptível (Ap 2.12 ). Ah, se aprendêssemos de Jesus no trato com nossa família! Veríamos nossos filhos como ouro e não como qualquer material perecível mediante exposição ao fogo, a água ou a qualquer outra forma de purificação. Assim, lembremo-nos sempre:

  • Lembrem-se, os filhos são herança do Senhor nesta terra, são jóias confiadas ao nosso cuidado, devemos tratá-las com todo carinho.

2.1. QUE NOSSOS FILHOS SÃO CAPAZES DE SUPORTAR A CORREÇÃO
Nós, pais, não devemos desviar a correção de nossos filhos com receio de que eles não a suportem ou que deixem de nos amar. Ao contrário, precisamos submetê-los, com zelo e amor a métodos disciplinares adequados a cada um, para libertá-los de suas fraquezas e imperfeições. Assim, suas virtudes se levantarão e aparecerão vitoriosas com o ouro que perde suas escorias quando provado no fogo e se torna ainda mais precioso e seu brilho resplandece mais, muito mais. quando lavado e polido.

  • Os filhos não só suportam como devem ser corrigidos. Os filhos que não são corrigidos pelos pais serão afligido pelo mundo e um dia dirão aos seus pais, porque o senhor não me corrigiu quando era criança, porque não me mostrou que minhas atitudes eram erradas, se tivesse sido corrigido, não estaria sofrendo tanto agora na minha vida adulta.
  • Comparo o pai que não corrige ao professor bonzinho que passa todos os alunos, não faz chamada, não corrige as tarefas de casa etc. Enquanto estão sob domínio deste professor, estes alunos o consideram o melhor de todos, mas quando precisarem, no futuro, colocar a prova o que aprenderam, irão maldizer o docente por não ter cobrado corretamente o que foi ensinado.

2.2. DE DESTACAR AS VIRTUDES DOS MEMBROS DE NOSSA FAMÍLIA
Há outro aspecto muito importante de Apocalipse 1.12 que pode ser aplicado às relações familiares e à disciplina doméstica. Trata-se do fato de que Jesus, antes de tudo, mostrou a João a qualidade, o valor e a utilidade das Igrejas. Embora tudo tenha sido dado à Igreja pelo próprio Cristo. Ele permitiu que ela se destacasse a ponto de João ver primeiro a ela, e só depois a Cristo. Quanto sucesso obteríamos se observássemos o método de Jesus na educação de nossos filhos e no trato com nosso cônjuge! Destaquemos e deixemos que as pessoas vejam suas qualidades, o valor e a utilidade que eles têm para nós, para Deus e para a sociedade. Não precisamos temer que eles, brilhem mais do que nós, ao contrário, devemos trabalhar para isso, desejar e esperar que tal aconteça (Jo 14.12; Mt 5.16). E. quando precisarmos exibir os defeitos, falhas e imperfeições deles e aquilo em que precisam ser corrigidos e aperfeiçoados, o faremos com amor e respeito e no recesso do lar. Então a disciplina será boa, doce e útil, e fará sentido para eles.

  • Como já dissemos, devemos saber elogiar nossos filhos e cônjuge, isto significa também reconhecer a importância deles em nossas vidas;
  • Muitos podem dizer, “mas eu reconheço o valor e a importância da minha família para mim, reconheço a qualidade de cada membro”, mas alguma fez já falou isto para a família? Não basta reconhecer, tem que deixar claro que reconhece, que os considera importante isto aumenta a auto estima dos membros da família e os estimula a continuar a buscar estas virtudes.

2.3. DEVEMOS RECONHECER AS DIFERENÇAS ENTRE UM FILHO E OUTRO
No capitulo 1.11 vemos Jesus ordenar a João:  “o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso. e a Esmirna. e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.” Quando lemos o que Jesus mandou João escrever nas dedicatórias da carta que enviou às sete Igrejas, observamos que Jesus conhecia bem aquelas congregações. Notava as diferenças entre elas. por isso nada é repetitivo. As repreensões, advertências, elogios, e promessas são todas distintas e baseadas nas circunstâncias e condições de existência de cada uma delas, em particular. Jesus nunca faz comparação entre as Igrejas; não pediu à morna Laodicéia que imitasse a fervorosa Filadélfia. Assim, pais cristãos devem agir com os filhos. Corrigir, castigar, se for necessário, estimular as boas ações e comportamentos, elogiá-los de acordo com as características particulares de cada um. Compará-los ou esperar que se tornem iguais seria um erro grave, pois poderia, entre outras consequências, gerar mágoas, ciúmes e disputas entre eles.

  • Temos aqui um rico ensinamento, cada membro da família é um ser único, dotado de uma personalidade. Não há como comparar as reações dos filhos a determinado estimulo. Tem irmãos que reagem de formas totalmente distintas a um castigo. Se você priva um de brincar por meia hora como forma de punição para que ele pense na bagunça que fez, isto para ele pode ser algo extremamente penoso, já para o outro irmão pode ser algo que não faz a mínima diferença, isto é, esta punição para ele não surtirá efeito;
  • Pensando nisto, os pais não podem jamais comparar os irmãos, eles, apesar do laço de sangue, são pessoas distintas que reagem de forma distintas ao meio em que vivem;
  • Cabe aos pais conhecer bem os seus filhos para saber qual o melhor trato para casa um, assim não cometerá injustiça e atingirá o objetivo de educar as crianças no bom caminho.

3. A INFLUÊNCIA DE JESUS CRISTO
Todas as vezes que Jesus se refere a si mesmo como primeiro e último, fala da Sua preexistência a tudo o que foi criado e da Sua subsistência mesmo em face do fim da criação ou da inexistência dela o que mostra que Ele não é outro senão o próprio Deus. Quando Ele diz que foi morto, mas reviveu, mostra que Sua vida, Seu poder. Sua Palavra, ensinamento e influência resistem e sobrepujam às ações de qualquer inimigo, superando todo obstáculo. Mostra ainda que Ele é o primeiro na vida da Igreja, e esta só subsistirá se Ele também for, para ela, o Último. Seguindo esta linha de pensamento, e comparando o ofício dos pais em relação aos filhos com o de Jesus em relação à Igreja, podemos afirmar que:

3.1. OS CASAIS SÃO E DEVEM SER PRECEDENTES AOS FILHOS
Ora, espera-se que nas Igrejas que compõem o Corpo do Senhor Jesus, qualquer casal seja precedente aos filhos, mas, além disto, o casal cristão deve subsistir como tal mesmo que não tenha filhos. Pois, as primeiras impressões na alma dos filhos devem ser profundas e feitas pelos pais para marcar-lhes o ser de tal forma, que tudo o que vier posteriormente não tenha o poder de apagar aqueles sinais imorredouros.

  • O que significa o casal preceder os filhos? Significa que os casais de namorados devem planejar o futuro de sua família e aguardar para que tudo ocorra a seu tempo.
  • O desejo desenfreado da carne, a falta de limite, a influência da sociedade tem levado a muitos jovens a começar a pratica sexual de forma prematura e como resultado disto temos pais e mães solteiras.
  • É saudável para os filhos pertencer a um lar onde sua chegada foi planejada.


3.2. OS CASAIS SÃO E DEVEM SER O EXEMPLO DOS FILHOS
Jesus conquistou o direito e a autoridade de pedir aos crentes de Esmirna que se mantivessem fiéis, mesmo com risco de serem mortos (2.10c) porque Ele próprio deu-lhes tal exemplo de fidelidade diante da morte e demonstrou poder de superá-la: Ele foi morto e reviveu, (Ap 2.8). Do mesmo modo pais cristãos precisam ser destemidos e dar exemplos de fidelidade incondicional ao Senhor diante da passagem e ação de violentas ondas de impiedade e imoralidade movidas por uma sociedade que deseja apagar as marcas de Deus da história. O modo de vida dos casais cristãos, o temor de Deus que os guarda e guia o poder de seus ensinamentos, de sua fé e influência e de seus princípios e valores, devem manter-se inabaláveis na vida dos seus descendentes e subsistir de geração em geração.

  • Fala-se novamente do exemplo que deve ser dado pelos pais de fidelidade a Deus e aos seus desígnios;
  • Infelizmente muitos pais fecham negócios escusos na presença de filhos, usam de meios ilícitos para fraudarem a receita federal dando um jeito de aumentar a restituição do imposto de renda, mentem para faltar ao trabalho, adulteram o velocímetro do carro para vendê-lo como mais novo dentre várias outras situações conhecidas como jeitinho brasileiro e tidas como normal e tolerável;
  • Como cobrar dos filhos honestidade e fidelidade se não somos fiéis? O exemplo é uma das melhores ferramentas de educação.


3.3. OS CASAIS DEVEM SER REFERENCIAL DE ESPERANÇA DOS FILHOS
Nem sempre é possível que os filhos vejam, com olhos carnais, a recompensa de seus pais por se terem mantido íntegros e fiéis ao Senhor em tudo, porém, o fervor e a alegria com que conservam a fé, aliada às obras próprias de filhos de Deus; a perseverança deles na convicção de que, mesmo que não seja nesta vida, receberão a recompensa e a fé inabalável que os mantém e os manterá fiéis até a morte ou até a volta de Jesus, criam e cimentam no coração dos filhos uma viva e boa esperança (Rm 5.2-5).

  • Como já falamos, o testemunho dos pais é importante para fixar nos filhos a esperança de uma recompensa eterna, não necessariamente uma recompensa nesta vida.


CONCLUSÃO
Queridos irmãos, vivamos sob a proteção, controle e autoridade de Deus. Imitemos a Cristo no trato com nosso cônjuge e na educação de nossos filhos. Assemelhemo-nos a Jesus a ponto de podermos marcar as almas de nossos queridos com impressões tão profundas do Senhor que nada do que vier posteriormente tenha o poder de apagar aqueles sinais eternos.

sábado, 10 de agosto de 2013

Justificativa

Caros companheiros do BLOG.

Estive alguns dias ausentes pois estava acompanhando meu  pai em uma série de exames que culminou em uma cirurgia para retirada de um tumor de próstata no Hospital Alemão Oswald Cruz em São Paulo.
Estive com ele o tempo todo e graças a Deus tudo correu bem.

Creio que a partir de agora retomo as postagens normalmente no BLOG.

Bom estudo a todos e que Deus os abençoe!

Pb. Humberto de Sousa Fontoura

O diálogo é vital para o crescimento integral dos filhos

LIÇÃO 6 – 11 de Agosto de 2013

O diálogo é vital para o crescimento integral dos filhos

TEXTO AUREO
 “A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa”. SI 128.3

VERDADE APLICADA
Crianças educadas desde pequenas para a liberdade responsável, baseada em princípios, valores e fé, terão muito mais chances de sucesso.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • Valorizar a comunicação a partir da prática irrestrita da honestidade e responsabilidade;
  • Esclarecer que a liberdade é fator importante que contribui para o desenvolvimento integral dos filhos e está intimamente ligada à comunicação;
  • Ensinar que o culto doméstico é uma ferramenta importante para sedimentar as disciplinas espirituais.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
  • Sl 128.1 - Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!
  • Sl 128.2 - Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem,
  • Sl 128.3 - A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
  • Sl 128.4 - Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!
  • Sl 128.5 - O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
  • Sl 128.6 - E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.



INTRODUÇÃO
Embora nasçam cada vez mais crianças sem uma estrutura familiar tradicional, é na família formada pela união de um homem e uma mulher que se pode ofertar às crianças um marco próprio e adequado para seu desenvolvimento integral como pessoa. A missão e função das famílias cristãs é gerar, criar, formar e conservar uma semente de Deus em cada criança.

  • As crianças precisam de referência, precisam de modelos chamados pelo comentador de marco próprio.
  • O momento mais importante na educação dos filhos é quando todos estão sentados a mesa. Ali se aprende desde comer corretamente a compartilhar informações e aprendizados.
  • O horário do almoço, da janta, o culto doméstico e a oração diária são momentos de dedicação à Deus, onde os filhos aprendem a honrar a nossa fé.


1. COMUNIQUE HONESTIDADE E RESPONSABILIDADE
Estes são os dois aspectos da comunicação entre pais e filhos que mais consomem tempo e exigem constância. Eles fazem parte do pacote de princípios e valores mencionados na lição anterior, onde vimos a parte teórica deste estudo; agora, um pouco de prática.

1.1. ENSINE SEU FILHO A FALAR A VERDADE
Através de situações cotidianas é que a criança aprende a falar a verdade desde pequenina (Pv 2.7). Seja você mesmo o exemplo: ao oferecer a ela um alimento amargo, ao invés de dizer, “coma porque é gostoso", diga; “coma porque faz bem à sua saúde”; quando ela for tomar uma injeção, não diga que não vai doer nada, mas: “vai doer um pouco, mas a dor passa rápido”, ou se você a mandar executar determinada tarefa, ao invés de dizer que é fácil ou que não demora nada, diga que é difícil e vai demorar; mas que ela é inteligente e capaz, por isto vai conseguir fazer tudo direitinho; se você precisar sair, é melhor que seu filho o veja sair e fique em casa chorando do que colocá-lo para dormir ou mandar que o levem para outro cômodo da casa, e depois sair às escondidas (Pv 12.19; 16,6).

  • Hoje é dia dos pais e podemos afirmar que a maioria das crianças tem em seus pais verdadeiros heróis e modelos. Muitos dizem que querem ser como seus pais quando crescerem. Isto significa que elas tendem a imitar os pais, se os pais mentem, elas irão fazer o mesmo no futuro.
  • Existem situações que os pais induzem as crianças a mentir, isto é ainda mais grave. Pede para mentirem a idade para não pagar o ônibus, receber algum benefício, não pagar ingresso...


1.2. ENCORAJE SEU FILHO A SER HONESTO
Muitos pais inibem o desenvolvimento da honestidade nos filhos. Como fazem isto? Por exemplo, castigando os filhos quando eles assumem que erram, do mesmo modo que fariam se não tivessem assumido o erro (Pv 28.13; 2Co 2.7). Então, quando o filho comete uma falta e a assume, deve ficar sem correção? Não (Ec 7.5NTLH). Mas a correção para quem assume e é honesto, deve ser diferente da aplicada em quem oculta o erro. Além disto, os pais devem declarar o perdão e elogiar a coragem da criança que confessa a falta (Pv 28.13 ), e ter o cuidado de ensinar-lhe que o elogio feito e a punição branda aplicada, não significam que ela está livre para cometer outra vez aquele erro, mas sim que o papai e/ou a mamãe valorizam a honestidade com que o filho encara aquela situação (2 Co 8.21).

  • Pais que castigam severamente o filho que confessa ter aprontado uma “arte” fazem com que estas crianças cresçam com medo de dizer a verdade para os pais, isto é uma tragédia na vida de qualquer família.
  • O filho que sabe da honestidade do pai, até em lhe dar uma punição a altura do erro, prefere contar aos pais o que fez de errado do que esconder e correr o risco de ser descoberto, o que seria pior.
  • Devemos sim encorajar nossos filhos a confiar em nós e a serem honestos quanto aos erros cometidos, assim sempre estarão em dia com suas obrigações civis e com as autoridades.


1.3. CRIE OPORTUNIDADES PRÁTICAS PARA COMUNICAR RESPONSABILIDADE
Comece pelo exemplo: Seja pontual, pague em dia suas contas (1 Pe 2.12), cumpra a palavra ainda que seja sacrificial, assuma a responsabilidade pelos erros que você cometer, peça desculpas se for preciso, mas não se justifique. Permita que seu filho perceba suas atitudes. Continue pela distribuição de tarefas, determine a hora que você quer vê-las terminadas, elogie depois que forem executadas e exija o cumprimento delas. Lembre-se, não é necessário esperar que as crianças cresçam para começar a boa educação (1 Tm 5.10).

  • Como já dissemos, o exemplo é fundamental.
  • Os pais devem ser honestos em seus compromissos, no pagamento de contas, deve pedir desculpas até para os filhos quando necessário e principalmente, cumprir as promessas feitas a ele.
  • O descumprimento de uma promessa causa uma grande frustração na criança que pode deixar marcas permanentes se forem constantes.
  • Dê responsabilidades e limites aos filho, para que estes aprendam desde novo que eles precisam se organizar para tudo na vida.


2. CAPACIDADE PARA VIVER EM LIBERDADE
Outro fator importante que contribui para o desenvolvimento integral dos filhos e que está intimamente ligado à comunicação de responsabilidade, é o ensino progressivo para o uso da liberdade. Sem que esta capacitação seja oferecida ao indivíduo desde pequenino, a liberdade para ele poderá ser uma ameaça, um perigo, um fator de sofrimento.

  • O que seria esta “liberdade”? Seria o poder de fazer suas próprias escolhas sem ficar sempre dependente de alguém;
  • As crianças devem ser encorajadas, dentro do controle dos pais, a tomar decisões e entender as consequências da decisão tomada.


2.1. DAR PEQUENAS LIBERDADES DESDE A PRIMEIRA INFÂNCIA
Segundo a psicologia infantil, a criança de até seis anos de idade só é capaz de entender a liberdade no sentido prático. Por isso, os pais devem permitir que a criança escolha entre coisas e situações de igual valor. Por exemplo, coloque diante dela dois alimentos de valor nutritivo semelhantes, ou duas mudas de roupas próprias para a mesma ocasião e clima, e peça para que ela escolha; ou, se vocês vão sair para lanchar, dê à criança a oportunidade de optar entre duas lanchonetes e entre dois tipos de lanche. Permita que ela escolha entre dois horários para as tarefas escolares. Proporcione a seu filho ou filha alguma atividade que possa executar sem a sua ajuda, desde que você, para a segurança dele ou dela, possa monitorar sem que o perceba. Elogie a preferência e o modo como executaram a tarefa (Ec 10.12).

  • O comentador deu vários exemplos interessantes que devem ser repassados durante a aula;
  • Um fato que devemos destacar é que a criança deve poder escolher desde pequeno, dentro de um ambiente controlado como foi explicado pelo comentador, e também deve ser elogiado pela escolha para que tenha segurança de tomar novas decisões no futuro.


2.2. DISCIPLINAR E CORRIGIR O ABUSO DE LIBERDADE
O melhor método de correção a ser aplicado àquele que ultrapassou os limites é permitir que sofra as consequências de sua conduta (Rm 2.6) Muitos pais falham em comunicar responsabilidade aos filhos porque querem poupá-los dos resultados de suas escolhas (Hb 12.6). Quando os pais assumem total responsabilidade pelos frutos dos erros dos filhos, estão negando a eles o direito de crescer, de amadurecer e de se tornarem pessoas responsáveis por suas ações. É importante que os pais assegurem aos filhos que permitirão que eles arquem com as consequências de seus próprios erros porque isto lhes é útil e necessário à sua formação, que eles sabem o quanto aquela experiência de colheita está sendo ou será dolorosa para as crianças, mas que no futuro serão gratas porque puderam vivenciá-la.
  •  
  • Já ouviu a expressão filhinho da mamãe? Ou garoto mimado? Existem várias outras que denotam a mesma atitude: filhos que não tem limites e que são acobertados pelos pais;
  • A história da mãe coruja retrata bem isto:

A expressão surgiu com a fábula "A Coruja e a Águia", do escritor francês La Fontaine, também reescrita por Monteiro Lobato e outros autores.
Conta a fábula que a coruja encontrou a águia e lhe disse:
- Ó águia, se vires uns passarinhos muito lindos num ninho, com uns biquinhos muito bem feitos, olha lá não os coma, que são os meus filhos!
A águia prometeu-lhe que não os comeria. Foi voando e encontrou numa árvore um ninho e comeu todos os filhotes. Quando a coruja chegou e viu que lhe tinham comido os filhos foi ter uma conversa com a águia, muito aflita:
- Ó águia, tu foste falsa porque me prometeste que não comeria meus filhinhos, mas mataste todos!
Disse então a águia:
- Eu encontrei uns pássaros pequenos num ninho, todos depenados, sem bico e com os olhos tapados, e comi-os. E como tu me disseste que os teus filhos eram muito lindos e tinham os biquinhos bem feitos entendi que não eram esses.
- Pois eram esses mesmos, disse a coruja.
- Pois então não sou eu que estou errada, me enganaste tu com a tua cegueira.
Moral da história: Aos olhos das mães, os filhos são sempre perfeitos e lindos. Já diz o ditado "Quem ama o feio, bonito lhe parece".
Os pais não devem idolatrar seus filhos como se fossem criaturas perfeitas e livre de erros, muito menos acobertar seus erros. Os filhos devem entender que toda má ação tem uma má reação, isto é, um consequência ruim que deve ser arcada e servir de ensino para o futuro.

3. RELACIONAMENTO COM DEUS
Para que os filhos desenvolvam relacionamento pessoal com Deus, é necessário que os pais assumam como práticas continuadas pelo menos as três indicações sugeridas neste tópico:

3.1. CULTO DOMÉSTICO
Normalmente quando se fala ou se escreve sobre a importância do Culto Doméstico na edificação de uma família feliz, começa-se pela porção bíblica de Deuteronômio 6,7. Porém, bem antes disto, o próprio Deus, instituidor desse culto, descia ao Éden todas as tardes para receber o culto de Adão e Eva. Estes formavam uma família feliz até o dia em que trocaram aquelas horas com Deus pelo passeio no Jardim, onde tiveram a infelicidade de conhecer Satanás e travar relacionamento com ele. Muitos casais se perdem ou aos filhos por cometerem a mesma falta de nossos ancestrais edênicos. Portanto, irmão, sacrifique algumas horas semanais no altar do Culto Doméstico, e livre seu casamento e seu filho de ser sacrificado ao inferno.

  • Os filhos confiam nos pais, portanto é obrigação dos pais cristãos transferir esta confiança recebida para Cristo;
  • Se os pais ensinam os filhos em casa que estes devem honrar a Deus e seguir Sua vontade, há uma grande chance que eles façam isto pois sabem que os pais só querem o seu bem.
  • Senão quiser que seus filhos se encontrem com o inimigo na rua no futuro, apresente eles à Deus dentro de seu próprio lar hoje.


3.2. MEDITAÇÃO E ORAÇÃO A SÓS
Além do culto doméstico, os pais devem reservar momentos diários de devoção pessoal, ora como casal, ora cada cônjuge fazendo seu devocional separado (Sl 9.10), Quando os filhos presenciam estas práticas, aprendem que também podem e precisam se relacionar direto com Deus sem a presença e a mediação dos pais ou de irmãos na fé. Quando as crianças já puderem expressar-se em palavras, os pais devem estimulá-las a receberem a Cristo como seu Salvador pessoal e a orarem sozinhas a respeito de algum desejo, necessidade, medo, etc (Sl 7.10 ). É interessante, também, que os pais perguntem o que ocorreu ou como a criança se sentiu após orar e evitar satisfazer o desejo pelo qual a criança orou. Se depois de algum tempo ela se queixar de que sua oração não foi respondida, esta será uma ótima oportunidade para os pais ensinarem a respeito da oração e do modo como Deus responde (Mt 6.9-13 ; Tg 4.2,3).

  • Espiritualmente falando, “filho de peixe NÃO é peixinho”, isto é, não é porque os pais são crentes que os filhos já estão salvos. Eles deverão tomar esta decisão sozinhos e aceitar a Jesus como Senhor e Salvador da vida deles;
  • No início é importante os pais acompanhar os filhos em tudo, quanto sua conduta de fé. Quando estes crescerem um pouco, devem ser encorajados a ler a Bíblia, meditar e orar sozinhos, mas eles só farão isto se tiverem o exemplo dentro de casa;
  • Quando já tiverem maturidade, devem ser encorajados a atender o apelo na igreja e a aceitarem Jesus como Salvador da vida deles.


3.3. FREQUENTAR A IGREJA ASSIDUAMENTE
Quando chegam à adolescência, muitos filhos se afastam dos princípios, valores e fé em que foram criados porque não se envolveram com a Igreja e com outras crianças criadas do mesmo modo e na mesma fé. Assim, entram na chamada “idade crítica”, tendo como amigos e companheiros somente os colegas da escola e os filhos dos vizinhos, que na maioria das vezes não são cristãos (1 Co 15.33). Outros se afastam por que a Igreja deixa de ser um espaço onde possam ter um ensino ministrado com entretenimento e passa a ser um local para sentarem ouvindo hinos e sermões durante horas e receberem críticas pelo modo como se comportam. Por isso, os pais, além de frequentarem a Igreja com os filhos, devem se envolver com eles em atividades adequadas, principalmente naquelas em que podem unir aprendizado da Palavra e relacionamentos sociais, como na Escola Bíblica Dominical e nas atividades dos departamentos correspondentes à idade deles (Dt 4.9). Permanecer nas dependências do templo por algum tempo depois dos cultos, também é muito importante para a socialização dos filhos com outras crianças da mesma idade e até com pessoas mais velhas.

  • Sem dúvida a Escola Bíblica Dominical é o melhor departamento para que a criança cresça na igreja e se evolva com ela, mas podemos citar vários outros departamentos como os corais, as bandas de músicas, os conjuntos musicais, equipes de visitas... A criança deve ser estimulada a se envolver na obra e consequentemente se firmar na fé.
  • Agora é óbvio que este exemplo deve vir dos pais.


CONCLUSÃO

Diante destas responsabilidades, pais cristãos precisam dedicar-se com amor, cuidado e sabedoria para que seus filhos desenvolvam honestidade, responsabilidade, capacidade para viver a liberdade e relacionamento pessoal cora Deus e com seus semelhantes.