sábado, 16 de novembro de 2013

A SABEDORIA DE ABIGAIL E A JUSTIÇA DE DEUS

A SABEDORIA DE ABIGAIL E A JUSTIÇA DE DEUS
17 de novembro de 2013 – Editora BETEL

TEXTO AUREO
·         “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”. Rm 12.21

VERDADE APLICADA
·         O poder contagiante da gentileza aliado a força de um coração bondoso pode desarmar o mais perverso dos homens.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

·         ISm 25.10 - E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje, que fogem ao seu senhor.
·         ISm 25.11 - Tornaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores, e o daria a homens que eu não sei donde vêm?
·         ISm 25.12 - Então os moços de Davi puseram-se a caminho e voltaram, e chegando, lhe anunciaram tudo conforme a todas estas palavras.
·         ISm 25.13 - Por isso disse Davi aos seus homens: Cada um cinja a sua espada. E cada um cingiu a sua espada, e cingiu também Davi a sua; e subiram após Davi uns quatrocentos homens, e duzentos ficaram com a bagagem.

INTRODUÇÃO
Davi é informado que Nabal estava tosquiando as ovelhas, isso significava que uma parte do lucro seria dividida entre aqueles que protegiam seu campo. Ele envia dez de seus moços a falar em seu nome com Nabal, que o ignora e se omite em recompensá-lo. Davi é informado e vem para matá-lo, mas é contido por Abigail, mulher de Nabal. Nesta lição, analisaremos essa nova fase da vida de Davi, e como ele é impedido de sujar as mãos de sangue inocente pela sabedoria de Abigail.

1. DAVI, O PROTETOR DE NABAL
Ainda fugitivo, todavia, já com um exército de proscritos treinados em uma caverna, Davi se torna uma espécie de segurança patrimonial juntamente com seus homens. Saul ainda era rei, e Davi junto a seus homens lutavam contra as várias tribos no deserto de Parã. Nesse tempo, Davi estava por trás das cenas, e, em troca de alimento, ele e seu bando protegia os pastores dos ataques selvagens contra seus rebanhos e suas aldeias. Vejamos como era naquele tempo.

Davi e seu exército de proscritos – Proscritos significa desterrado, censurado. O exército de Davi era composto por homens à margem da sociedade, mas que se uniram para proteger as plantações e rebanhos dos pastores daquela região em troca de alimento.
Nabal foi um dos protegidos e agora recebe a visita de 10 homens de Davi pedindo algo em troca da proteção.

1.1. PROTEGENDO REBANHOS
“Aqueles homens têm-nos sido muito bons, e nunca fomos agravados por eles, e nada nos faltou em todos os dias que convivemos com eles quando estavam no campo. De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite, todos os dias que andamos com eles apascentando as ovelhas” (ISm 25. 15.16). Segundo o costume da época, quando havia uma tosquia de ovelhas, era comum que o proprietário dos animais separasse uma parte do lucro e repassasse para os protetores de seu rebanho. Era um modo de mostrar gratidão e reconhecimento, embora não houvesse nada formalizado que obrigasse o pagamento. Davi e seus homens davam proteção aos pastores de Nabal, homem muito rico, contudo a mesquinhez de Nabal não o deixava pagar pela proteção. Ele era avaro e a avareza é considerada uma idolatria, é o desejo demasiado de adquirir e acumular riquezas (Cl 3.5; Ef 5.3-5).

“A ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados.” Alexandre Herculano.
O que Nabal estava tendo era ingratidão por Davi, agora que estava recebendo os lucros de seu rebanho, não queria dividir com Davi que o protegeu e permitiu que aumentasse suas posses.
Você conhece pessoas ingratas na igreja? Infelizmente temos pessoas que na dificuldade recorrem à ajuda dos irmãos, mas quando a bonança chega sequer lembram que foram ajudados.

1.2. A GROSSERIA DE UM HOMEM RICO
Embora fosse descendente de Calebe, Nabal nada tinha do espírito daquele herói. Ele possuía grande riqueza, mas tinha pouco juízo. Ele simplesmente ignorou o trabalho de Davi e seus homens, e não ficava bem que o rico criador de ovelhas obtivesse todas as vantagens e deixasse de fazer retribuição e, pior que isso, rematasse a injustiça com um gesto tão grosseiro. Até mesmo seus pastores foram muito claros quanto ao benefício que Davi e seus homens lhes haviam feito (ISm 25.7,15,16). Sua grosseria e atitudes de menosprezo justificaram a opinião que a respeito dele tinham todos aqueles que o conheciam mais de perto. Em resposta, Davi toma a espada para vingar o insulto, uma atitude totalmente aquém daquele que foi chamado para empunhar a espada em defesa dos fracos. Devemos ter o cuidado de não sermos contagiados pela ira. Ela pode nos tomar insanos, e nos levar a uma ação descontrolada e covarde. Por um momento, Davi esqueceu a unção e deu lugar a ira. Cuidemos para não cair no laço da ira!(Mt 5.22).

“Ignorou o trabalho de Davi e seus homens, e não ficava bem que o rico criador de ovelhas obtivesse todas as vantagens e deixasse de fazer retribuição” Outro mal de Nabal era a avareza, quantos avarentos existem na igreja?
Vemos aqui dois males que o cristão não deve possuir. 1) Ignorar o trabalho do outro. Infelizmente tem muitos crentes que cometem este erro de não reconhecer o bem feito a eles por outros crentes. A pessoa que não tem reconhecido o seu esforço para ajudar o próximo, tem um sentimento de injustiça e desprezo que podem causar grande sofrimento e revolta. 2) Receber e não querer retribuir é fazer parte da lei da selva onde tudo deve vir a mim e o eu sobressai (é o meu dinheiro, é o meu carro, são minhas posses, minha carreira, meu cargo de obreiro...).
A reação de Davi também nos ensina uma atitude que não devemos ter. Não devemos pagar mal com mal, antes Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber; Porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça; e o Senhor to retribuirá. Provérbios 25:21-22

1.3. JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS
Davi é informado por seus mensageiros que Nabal ridiculariza seus préstimos e, ainda por cima, ignora-o, fingindo que nunca ouviu falar dele, comparando seus homens com escravos fugidos e vagabundos. Ele não precisou ouvir duas vezes. Juntou quatrocentos homens e partiu ao encontro de Nabal dizendo: “Assim faça Deus aos inimigos de Davi, e outro tanto, se eu deixar até amanhã de tudo o que tem, até mesmo um menino”, (ISm 25.22). Davi perdeu o controle, ele tem quatrocentos homens para acabar com apenas um, e ainda sentenciar todos os outros inocentes que por lá estão. Aquele modelo magistral de paciência, que se recusava a revidar e contra-atacar Saul, desapareceu de repente. Davi estava cego, louco e totalmente fora de controle (Pv 14.17; 7.8,9). Amados! Não estamos falando de uma pessoa qualquer, estamos falando de Davi. Precisamos compreender que, mesmo com unção e um coração segundo Deus, ainda somos falíveis. Precisamos pensar antes de agir, e jamais permitir que o ódio governe nossos corações.

A preocupação com as atitudes tomadas em momento de raiva alcançou a sociedade civil que chegou a lançar uma campanha intitulada “Conte até 10”.
Até mesmo os grandes homens tem momentos de raiva, mas aprendemos que não devemos agir em momentos assim.
Tem um ditado popular que diz: “Três regras simples: não prometa quando você estiver feliz, não responda quando você estiver irritado e não decida nada quando você estiver triste.”



2. ALIMENTANDO A IRA DE UM REI FERIDO
É importante salientar como somos tão oscilantes em determinadas etapas de nossas vidas. Aquele mesmo Davi que nos ensina a preciosa lição de não revidar ao ataque inimigo, de deixar que Deus execute a justiça e que aprendeu a esperar no Senhor, agora está com quatrocentos homens armados de espada para matar um homem armado apenas com a insensatez (Pv 14.7a). Afinal, quem era realmente o insensato?

2.1. ABIGAIL, UMA PÉROLA EM MEIO AO DESERTO
Nabal foi um homem que jamais se importou com o que estava a sua volta, ele vivia para agradar a si mesmo, o que proporcionava aos seus ter de viver tapando as brechas de sua insensatez. Porém sua esposa Abgail era o oposto. Nabal era duro e maligno em suas atitudes, Abigail era bela e inteligente, de decisões sensatas (ISm 25.3). Eles possuíam temperamentos e comportamentos totalmente avessos. Abigail não possuía somente beleza, tinha cérebro. A maior fortuna de Nabal não era suas posses, mas Abigail, uma pérola rara que brilhava em meio ao lamaçal da péssima índole do marido (Pv 18.22). Abigail não era uma pessoa governada por suas emoções, mas por pensamentos lógicos, uma mulher que sabia a hora de agir e a maneira correta de agir, que conhecia muito bem seu marido, e também sua posição como mulher.

A maior fortuna de Nabal não era suas posses, mas Abigail. O que seria da vida deste homem sem a sensatez de sua mulher. Provavelmente toda a riqueza e prosperidade conquistada por Nabal só ocorreu em virtude dos conselhos e ajuda de sua companheira;
Quantos homens tem verdadeiras pérolas em casa mas só olham para seu próprio umbigo e para suas riquezas?
Quantas mulheres vivem amarguradas, tristes pelos cantos, sentindo-se desprezada e inferiorizada pelos seus maridos?
Veja o que diria Salomão em um futuro próximo em Pv 31. 10-29 na linguagem de hoje:
Como é difícil encontrar uma boa esposa! Ela vale mais do que pedras preciosas!
O seu marido confia nela e nunca ficará pobre.
Em todos os dias da sua vida, ela só lhe faz o bem e nunca o mal.
Está sempre ocupada, fazendo roupas de lã e de linho.
De lugares distantes ela traz comida para casa, como fazem os navios que carregam mercadorias.
Ela se levanta de madrugada para preparar comida para a família e para dar ordens às empregadas.
Examina e compra uma propriedade com o dinheiro que ganhou e faz nela uma plantação de uvas.
É esforçada, forte e trabalhadora.
Conhece o valor de tudo o que faz e trabalha até tarde da noite.
Ela prepara fios de lã e de linho para tecer as suas próprias roupas.
Ajuda os pobres e os necessitados.
Quando faz muito frio, ela não se preocupa, porque a sua família tem agasalhos para vestir.
Faz cobertas e usa roupas de linho e de outros tecidos finos.
O seu marido é estimado por todos — é um dos principais cidadãos do lugar.
Ela faz roupas e cintos para vender aos comerciantes.
É forte, respeitada e não tem medo do futuro.
Fala com sabedoria e delicadeza.
Ela nunca tem preguiça e está sempre cuidando da sua família.
Os seus filhos a respeitam e falam bem dela, e o seu marido a elogia. Ele diz: “Muitas mulheres são boas esposas, mas você é a melhor de todas.”


2.2. A ATITUDE DE UMA MULHER SÁBIA
Quem era o líder da casa? Nabal. Mas a quem os servos buscam para solucionar o conflito, a quem recorrem? Abigail. E por quê? Porque Nabal era inacessível. Ela conhece bem seu marido, sabe de suas limitações e fraquezas, porém, com muita graça não o critica, e ainda o protege. Que mulher sábia! Ela se apressa, sabe que os minutos são preciosos. Seu lado prático de sabedoria já lhe diz o que fazer e o que dizer, ela toma consigo um banquete e ao chegar diante de Davi se prostra dizendo: “Ah! Meu senhor, caia a culpa sobre mim... não vi os moços de meu senhor que enviaste” (ISm 25.24a; 25b). Abigail, além de não omitir as atitudes de seu marido, porque todos o conheciam, tomou sobre si o peso de sua insensatez. Em um tempo em que as pessoas se divorciam por incompatibilidades, e por nada se desfaz um matrimônio, eis uma lição de graça e sabedoria.

O homem rude e insensível é sempre o último a saber das coisas pois ninguém o procura nem mesmo para dar um bom conselho;
A sorte de Nabal era ter Abigail como esposa, sendo assim ela era a melhor opção dos empregados quando precisavam de tratar de algo com seu patrão;
Abigail poderia simplesmente “fuxicar” para seu marido e aumentar ainda mais o problema, antes como mulher sábia, ela usou de sensatez para resolver a situação e de forma humilde ofereceu um banquete a Davi e seu exército e implorou para que ele repensasse sua atitude.

2.3. PARA CADA DAVI, EXISTE UMA ABIGAIL
Todo o desconforto gerado entre Nabal e Davi ocorreu por causa de alimento. Era o dia do banquete; Davi e seus homens estão famintos, mas são tratados como pessoas sem qualquer vínculo com o rico fazendeiro. Abigail sabe muito bem que a única coisa que faz mais barulho que a cavalgadura dos soldados de Davi, é o estômago deles. Então, o que ela porta consigo além de beleza? Sabedoria e humildade. Ao prostrar-se diante de Davi ela chama a si mesma de serva seis vezes, e oito vezes chamou a Davi de “meu senhor” (ISm 25.24-31). Davi tem uma espada desembainhada, está prestes a sujar as mãos de sangue inocente, mas Abigail sabiamente o impede e ainda o recorda que futuramente será o rei de Israel (ISm 25.31). Essa é uma bela revelação sobre os instrumentos que Deus usa para nos livrar dos maus caminhos, que entram em nossas vidas, exercendo ministérios influenciados pelo Espírito Santo para nos frear. Falando ao nosso coração, detendo-nos da corrida louca do egoísmo.

Abigail nos dá várias lições de sabedoria e humildade, ela, mesmo sendo linda, rica e poderosa, não usa destas prerrogativas, antes se prostra diante do futuro rei e reconhece sua autoridade. Além disto ela aplaca a fúria com atitudes, leva um banquete como sinal de paz;
Nós como servos de Deus temos que aprender que as vezes é necessário recuar, se humilhar e reconhecer a autoridade do outro e a pedir perdão.

3. LIÇÕES QUE DEVEMOS APRENDER
Abigail defendeu bravamente seu marido, colocando-se entre ele e a morte. Resolveu o problema sem que ele soubesse, pois o insensato estava tão bêbedo que ela não lhe pôde contar o que aconteceu. Mas, pela manhã, quando sóbrio, ao saber do ocorrido, teve literalmente um derrame, e aproximadamente dez dias depois, o Senhor o feriu (ISm 25. 36-38). Vejamos algumas lições desse episódio.

3.1. DAVI APRENDEU QUE A VINGANÇA PERTENCE A DEUS
Por mais que sejamos afrontados, não é uma atitude cristã tomar a espada e vingar o insulto. Despertado pelas sábias palavras de Abigail, Davi compreende que Deus o está livrando de ser tão insensato quanto Nabal (ISm 25. 32-34). E logo após a morte de Nabal, pôde afirmar: “Bendito seja o Senhor, que pleiteou o pleito da minha afronta da mão de Nabal, e deteve a seu servo do mal, fazendo o Senhor tornai' o mal sobre a sua cabeça.” (ISm 25.39). Davi aprendeu que Deus sabe fazer justiça a seus escolhidos, e nós aprendemos que uma decisão baseada na ira poderá manchar para sempre a linda história que Deus está escrevendo sobre nós.

O que aprendemos sobre vingança? Vejamos o que a Bíblia diz:
- Romanos 12:19 Não vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.
- Provérbios 20:22 Não digas: vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor e ele te livrará.
- Mateus 5:38-39 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.
-  Provérbios 24:17-18 Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e quando tropeçar, não se regozije o teu coração; para que o Senhor não o veja, e isso seja mau aos seus olhos, e desvie dele, a sua ira.
Davi aprendeu esta lição e quando Nabal morreu ele pôde respirar aliviado de não ter cometido a loucura de se vingar no passado.

3.2. APRENDENDO COM ABIGAIL
O que mais nos lastima é a ausência de atitude de algumas pessoas em relação aos conflitos que lhes surgem. Abigail nos ensina que, antes de tomar qualquer atitude, devemos observar o quadro da situação por inteiro. Ela examinou os dois lados, compreendeu a insensatez de seu marido e foi capaz de conter a ira de Davi. Ela foi direto ao alvo. Eles estavam com fome, não adiantava argumentar, chorar ou orar. Então ela levou comida. Ela tinha que resolver, não podia esperar pelo marido, então agiu. O que Deus espera de nós em momentos como esse? Apenas uma atitude e nada mais (Ec 11.4).

Nunca devemos tomar atitudes com ira, Abigail nos ensina que o certo é esperar, estudar a situação e com calma e sabedoria tomar a melhor atitude que a situação requer;
Há situações também que somente orar não resolve, é necessário orar e agir. Abigail não apenas pensou, ela agiu levando alimento para o exército de Davi e isto aplacou a ira dos soldados famintos. Há momentos que Deus diz “Diga a meu povo que marche”.

3.3. DAVI SE CASA COM ABIGAIL
O que parecia uma tragédia terminou de forma feliz tanto para Davi quanto para Abigail. Nabal morreu de um ataque apoplético, provocado por sua devassidão e ira. Desse modo, Davi manda buscar a Abigail e a toma como esposa, reconhecendo não somente seus feitos e suas qualidades, mas acima de tudo grato a quem tanto devia. E, ela, graciosa e humilde, aceitou, declarando-se indigna. O versículo 35 é a resposta do Senhor a todos os que nEle se refugiam, e assim cada um se casa com Ele, depois que o primeiro marido morre. Em um momento Abigail simboliza o Espírito Santo, que desce até nós para nos impedir de tomar atitudes drásticas. Em outro, Abigail representa a vida do pecador casado com insensatez.

Tudo indica que Nabal sofreu um AVE (Acidente Vascular Encefálico) popularmente conhecido por derrame;
Provavelmente sua vida insensata, dada ao vinho e por ser um homem nervoso e estressado, levaram este homem a ignorar o poder de Deus e por Ele foi ferido de morte;
Abigail estava livre deste homem vil e agora casa-se com Davi;
Que nós possamos deixar para trás o casamento com o velho homem, com o nosso ego e possamos nos casar com o cordeiro santo para que ocorra uma mudança efetiva em nossas vidas.

CONCLUSÃO

É muito confortante saber que, mesmo em momentos como este, o mal domina as nossas mentes como dominou a de Davi, Deus é capaz de enviar alguém da qualidade e sabedoria de Abigail para falar ao nosso coração como fez com seu ungido. Abigail nos lembra muito ao Senhor a quem servimos. Pois quem seria capaz de assumir a culpa por algo que não fez, arriscar a vida por alguém que jamais reconheceu seu valor? Quem, senão Cristo?

sábado, 9 de novembro de 2013

CAVERNAS: CAMPO DE TREINAMENTO DE DEUS PARA FORJAR CAMPEÕES / SUBSÍDIO

LIÇÃO 6 – 10 de novembro de 2013

CAVERNAS: CAMPO DE TREINAMENTO DE DEUS PARA FORJAR CAMPEÕES / SUBSÍDIO

TEXTO AUREO
 “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus”. Is 50.10

VERDADE APLICADA
A escola do aperfeiçoamento divino pode nos conduzir a cavernas escuras, mas elas não são o fim da nossa história, são o redirecionamento de nossas vidas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • Mostrar que a remoção das muletas que nos sustentam é para que possamos aprender a confiar plenamente em Deus;
  • Ensinar que Deus usa nossos momentos de sofrimentos para ajudar a outros que passam pelo mesmo problema;
  • Explicar que Deus usa determinados momentos para que possamos saber de quão grandes coisas somos capazes de realizar.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
  • ISm 22.1 - Então Davi se retirou dali, e escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai, e desceram ali para ter com ele.
  • ISm 22.2 - E ajuntou-se a ele todo o homem que se achava em aperto, e todo o homem endividado, e todo o homem de espírito desgostoso, e ele se fez capitão deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.
  • ISm 22.3 - E foi Davi dali a Mizpá dos moabitas, e disse ao rei dos moabitas: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que saiba o que Deus há de fazer de mim.


INTRODUÇÃO
Após várias tentativas frustradas, Saul resolve declarar-se inimigo mortal de Davi, que fugindo para escapar ileso, finge-se de louco diante de Aquis, rei de Gate, e encontra abrigo na caverna de Adulão, um lugar escuro e solitário, onde outros quatrocentos homens, em situação igual ou pior que a sua, encontram-lhe.

  • Davi tornou-se conhecido depois de matar Golias de Gate, agora ele se vê diante do rei Aquis de Gate, que foi humilhado por Davi naquela derrota;
  • Davi, para não ser morto, fingiu-se de louco. Davi estava em guerra, sendo assim ele usou desta estratégia para se livrar da morte abriga-se então na caverna de Adulão.
  • Davi tem como companheiros, 400 homens fugitivos, perseguidos que passavam por dificuldades semelhantes às de Davi.

1. REMOVENDO OS ALICERCES
Adulão significa: “Lugar da antiguidade”. É exatamente nesse lugar que Deus vai trabalhar um pouco mais em Davi, usando seu sofrimento para polir a vida de outros quatrocentos, torná-los amigos e irmãos, e fazer daquele bando de gente sofrida, um exército leal ao futuro rei. Vejamos como Davi chegou a Adulão, e como reagiu a mais uma etapa de provações em sua vida.

  • As vezes Deus nos leva para a caverna, para o deserto ou ainda para um “lugar da antiguidade” para que possamos ver onde caímos e voltarmos ao primeiro amor (Ap 2.5);
  • Este lugar de sofrimento servir para unir estes 400 homens rejeitados. Tirar os alicerces significa tirar o chão, sair da “zona de conforto”, ser sacudido por Deus e ficar sem a segurança que as vezes temos em nós mesmos.
  • Estes homens aprenderiam a confiar exclusivamente em Deus!
  • No futuro, estes 400 se tornariam os valentes de Davi (II Sm 23).


1.1. REMOVENDO AS MULETAS
“E temia Saul a Davi” (1 Sm 18.12). Ao ver que Davi lograva sucesso em tudo o que fazia, e que o Senhor era com ele, Saul tentou matá-lo duas vezes com uma lança, e não conseguindo, decretou a sua morte (1 Sm 18.11; 19. 8-12). Davi fora para Saul um modelo de humildade e integridade, nada havia feito de errado para merecer tal injustiça. Porém os caminhos de Deus outra vez o impulsionaram para uma direção que jamais pensou. Em um só momento, ele perdeu sequencialmente o cargo de oficial do exército, perdeu a esposa e perdeu o amigo Jônatas, para o qual fez juramento e não mais o viu; também perdeu o profeta, e tudo que lhe restou foi a escuridão de uma caverna solitária: Adulão. Agora Davi não tem nada, apenas a unção de rei. Mas na caverna faz a seguinte afirmação: “até que saiba o que Deus há de fazer de mim” (ISm 22.3b). Ele perdeu tudo, menos a confiança em Deus.

  • Saul, atormentado pela inveja e pela opressão maligna, esqueceu tudo o que Davi fez por ele e por 2 vezes tentou mata-lo;
  • As vezes a inveja cega as pessoas e impede de ver as qualidades do outro;
  • Por ter sido ungido, Davi perdeu tudo o que tinha restando apenas uma caverna úmida e escura;
  • Davi porém, ao ser levado para o “fundo do poço” afirma que aguardaria até saber o que Deus faria dele”. Isto é, ele sabia que sua vida e seu futuro estavam seguros em Deus, mesmo passando em meio ao deserto.
  • Quanto ao título, retirar as muletas significa retirar o apoio e forçar a pessoa a caminhar com as próprias pernas se se apoiar em desculpas. Davi deveria caminhar confiando apenas em Deus.


1.2. A UM PASSO DA MORTE
“Há apenas um passo entre mim e a morte” (ISm 20.3). A escola do aperfeiçoamento divino pode alternar grandes momentos em nossas vidas. Em certa altura, Davi pôde ver seu nome aclamado por toda a nação e viveu dias de herói nacional, depois experimentava exatamente o oposto, era um fugitivo, e quem lhe desse guarida podia pagar com a própria vida. Naquela circunstância, Davi estava numa encruzilhada, cercado por todos os lados e desesperado. Após o juramento e a proteção de Jônatas, Davi fugindo da morte, parte em direção à terra dos seus inimigos. Por incrível que pareça, Davi encontrou mais abrigo na terra dos inimigos do que no lugar onde foi fiel e honesto.

  • De herói a perseguido, Deus as vezes opera desta forma em nossas vidas para provar nossa fidelidade na fartura e na escassez de bênçãos;
  • Paulo faz uma linda afirmação quando diz: “Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade. Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. POSSO TODAS AS COISAS EM CRISTO QUE ME FORTALECE.” Filipenses 4:10-13
  • Interessante que Deus usa até o inimigo para proteger seu povo, existe um conto que diz que "Uma senhora disse para o dono de um grande mercado numa época de festa: senhor! Deus vai me dar uma cesta básica do melhor que tiver neste mercado, ainda este final de ano. O dono sorriu e disse: Só se for Deus mesmo. O tempo passou e o dono do mercado já havia esquecido a proposta da mulher. Conversando com um funcionário, se lembrou e contou o que a senhora havia lhe dito, e o funcionário disse para ele: Tive uma ideia, vamos levar a cesta básica para aquela mulher e dizer que foi o diabo quem mandou. Assim fizeram. Quando o jovem funcionário chegou na casa da senhora, entregou a cesta e disse: Foi o diabo quem mandou... ela respondeu: Meu filho, quando Deus manda, até o diabo obedece!"


1.3. A IRONIA DE UMA CAVERNA
Em nossos momentos de grande desespero, vemos Deus realizar coisas interessantes e hilárias em nossas vidas (Sl 90.1-2). Davi está só, perdeu tudo, está com medo. Esse foi o pior momento de sua vida (compare com Salmos 142). Ele não tinha segurança, alimento, amigos para conversar, promessa a qual se apegar e esperança de mudança naquele momento. Você já esteve assim? Tudo o que faz é não perder Deus de vista e clamar por seu auxílio, em resposta, Deus envia quatrocentas pessoas piores do que ele. Deus faz assim. Em momentos de grandes provações, Ele envia pessoas para que possamos ajudá-las quando somos nós quem precisamos de ajuda. E que irônico! Davi se fez chefe daquele bando.

  • Já falamos que Davi estava solitário em uma caverna depois de perder o conforto de uma vida pacata em tranquila que tinha antes de ser ungido rei;
  • Ele estava exposto, precisava de ajuda, de consolo, mas ao contrário, Deus enviou 400 piores do que ele para que Davi os liderasse;
  • Aprendemos uma importante lição, as vezes é ajudando que conseguimos ser confortados e libertos dos nossos males. “É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, é morrendo que se vive para a vida eterna”


2. ANTES DO TRONO, UMA CAVERNA
Todos nós sofreremos perdas. Até Jesus teve de perder (Fp 2.5-9). Todavia, o mais importante é compreender o motivo pelo qual devemos sofrer determinadas derrotas, e o envolvimento de Deus nesses motivos. Quando Deus faz conosco o que fez com Davi, reduzindo-nos a cinzas, não faz para nos destruir, mas sim para redirecionar a nossa vida.

As vezes é necessário recuar ou até mesmo perder uma luta para vencer a guerra.
Devemos lembrar das escrituras quando diz: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Romanos 8:28

  •  

2.1. DAVI E AS CINZAS
Embora Davi estivesse se sentindo um nada e aquela caverna fosse o seu lugar de refúgio, Deus resolveu enviar para lá as pessoas que Davi jamais pensou encontrar. Primeiro, sua família. Será que já observamos que em momentos de grande provação a família pode ser nossa única fonte de ajuda? Depois, os quatrocentos mais indesejados e sofridos da nação. Aquela era, sem dúvida, a caverna dos injustiçados. Davi chegou a Adulão reduzido a cinzas. A perspectiva humana neste ponto é capaz de mostrar: “acabe com sua vida, você não tem mais nada”. Mas Deus diz: “estar em uma caverna é motivo para não mais viver, para não ver o final que projetei para sua vida?" Não. A caverna não significa o fim das coisas, mas um tempo em que Deus começa a redirecionar a vida de quem nela está (SI 91.1-2). Deus fez isso com Davi, faz com cada um de nós. Deus sempre sopra as cinzas para que o fogo do Espírito possa renascer outra vez.

  • Gosto da frase de Anthony Brandt que diz que “Várias coisas na vida podem nos mudar. Mas, a verdade, é que começamos e terminamos nossas vidas com a família”.
  • A caverna pode nos levar a ter pensamentos de derrota, de injustiça e de uma pessoa sem valor, mas Deus vê a caverna como uma escola, um estágio para grandes obras que estão por vir.


2.2. DAVI E OS QUE ESTAVAM EM APERTO
“E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso” (ISm 22.2). Três grupos de pessoas se destacam aqui: 1) Os que se achavam em aperto. O termo hebreu aqui não significa apenas “em aperto (dificuldade)”, mas “sob pressão, debaixo de estresse”. Centenas de pessoas estavam assim ao lado de Davi; 2) “todo homem endividado” foi para lá. O termo hebraico usado aqui é “nashah”, que significa: “tomar dinheiro emprestado a juros, ter vários credores”. Eram pessoas que não tinham condições de quitar suas dívidas; 3) “todos os amargurados de espírito”. O termo usado aqui é “maar nephesh”, que significa: “estar com a alma atormentada, receber maus-tratos”. Os sentimentos dessas pessoas ilustram perfeitamente como o povo sofria com o governo de Saul e sua administração. Esse grupo de derrotados se tornou mais tarde um grupo de heróis valentes. Deus os uniu num tempo escuro da vida não para reclamar, mas para um ajudar o outro.

  • Em aperto: Dificuldade financeira e consequentemente a fome, não existiam programas sociais, cestas básicas e as dividas poderiam ser cobradas com a escravidão de filhos;
  • Os endividados, que deviam a agiotas e tinham grandes pressões para pagar seu empréstimo;
  • Amargurado, aqueles que eram maltratados e queriam apenas respeito;
  • É triste pensar que em um reino onde Deus é o Senhor, o povo estava sendo tão mal tratado pelo seu rei Saul.


2.3. DEUS PREPARA REIS E EXÉRCITOS NA CAVERNA
Davi se sente injustiçado, não sabe por que, de repente, tudo ruiu, essa é a razão de estar na caverna (SI 82.2). Mas Deus está trabalhando e vai soprando para lá seu projeto de reinado sem que Davi possa ainda compreender. A notícia correu e quatrocentos homens chegam até lá. A caverna que antes era um refúgio, agora se transforma em um campo de treinamento, para aqueles que, mais tarde, seriam reconhecidos como “os valentes de Davi”. Isso mesmo, aquele bando de gente renegada se transformaria em seus poderosos homens de guerra e, mais tarde, ao assumir o trono, eles se tomariam seus ministros de gabinete. Foi exatamente no momento da desgraça que Deus abriu os olhos de Davi para que visse algo além das lentes oculares. Numa caverna escura e sem esperança, Deus preparava um rei e um exército poderoso (J13.10).

  • Deus escolhe pessoas capacitadas para a sua obra, mas também capacita pessoas incapacitadas para a sua obra.
  • Davi sentia-se injustiçado, este é sem dúvida um dos piores sentimentos que o ser humano pode sentir. Mas em tudo Deus tinha um plano;
  • Imagine estar se escondendo em uma caverna e de repente chegam mais 400 em situação pior que a sua. Não seria algo bom a princípio, mas Deus faz Davi ver além de homens renegados, faz Davi reconhecer o talento de cada um;
  • Quanto líderes tem desprezado homens talentosos por estarem com os olhos espirituais fechados.

3. AS LIÇÕES DA CAVERNA
Sempre quando passamos por momentos de grandes dificuldades, damos mais atenção à dor e ao sofrimento do que ao potencial que existe dentro de cada um de nós. Davi se superou naquela caverna, lá ele conquistou um grupo de pessoas que se tornaram os amigos mais fiéis que já teve, após ter conhecido Jônatas.

3.1.  DAVI SOUBE ACEITAR A CAVERNA
Todo sofrimento, ao princípio, não permite visualizar a finalidade divina. Faz tempo que nosso cristianismo está sem cruz, sem renúncia, sem angústias. Parece que os dias atuais estão marcados por mensagens como modelos, receitas e passos para sermos felizes, onde a cruz foi trocada por bens conquistados na terra. Precisamos realmente de uma caverna. Ao chegar à caverna, Davi está arrasado, mas não desistiu da vida, fez o que era correto, clamou ao Senhor (SI 34, 57, 142). Como resposta, Deus não lhe envia socorro, mas pessoas iguais a ele, em tristezas. Pessoas que não precisavam de críticos, de culpa ou aflição, pessoas que precisavam de encorajamento. O que fez Davi? Aceitou a caverna, usou suas habilidades e os treinou. Davi transformou aqueles homens, acrescentando às suas vidas ordem, disciplina, caráter e direção.

  • Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Mt 16.24;
  • Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. João 16:33
  • Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo. 2 Coríntios 1:5
  • Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. 2 Timóteo 4:5
  • Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Hebreus 10:32
  • Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15
  • Vemos por estes versículos que o que esta sendo pregado em muitas igrejas negam a fé cristã original e as escrituras.
  • Davi entendeu o plano de Deus em meio a aflição e tirou da situação grandes lições que serviram para ajudá-lo em seu grande reinado.


3.2. A VIDA CRISTÃ INCLUI UMA CAVERNA ESCURA
Caverna nunca foi novidade na vida de quem Deus tem grandes projetos a realizar. Davi, Gideão, Elias, Jesus, e muitos outros tiveram que experimentá-la. A questão crucial de nossas vidas não é estar em uma caverna, mas o que faremos quando nela entrarmos. Davi era um grande general e não usou sua língua para murmurar, usou suas habilidades para treinar aqueles homens (Pv 24.10). Ficamos sabendo mais tarde que os homens de Davi se tomaram exímios no uso da espada e do arco e flecha, aprenderam a se comportar na batalha e a manter a disciplina nas fileiras. Davi os transformou de derrotados em heróis. Onde eles praticaram? Gideão usou uma caverna para malhar trigo e de lá saiu herói, Elias fugindo para a caverna encontrou-se com Deus, comeu pão, e depois caminhou quarenta dias. Jesus ficou três dias numa caverna (Mt 28.59-60), mas ressuscitou de lá para reinar. E você o que fará?

  • A questão crucial de nossas vidas não é estar em uma caverna, mas o que faremos quando nela entrarmos, isto é, a caverna existe para todos, a diferença esta nas lições que tiramos da caverna.
  • Há quem murmure, blasfema e desvia-se do caminho estreito;
  • Há quem, como Davi, clama ao Senhor, espera Nele e obtêm grandes vitórias como fruto de sua paciência.
  • Davi disse: “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará”. Salmos 37:5 e ainda “Senhor dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança”. Salmos 84:12
  • Lembremo-nos das palavras de Paulo aos romanos: Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Romanos 5:1-6


3.3. DA CAVERNA PARA O TRONO
Os grandes homens de Deus tiveram de aprender a dura e sublime lição de confiar apenas no Senhor, e para isso, o Senhor utilizou o método da caverna, das perdas e da solidão. Com Davi, Deus retirou todas as muletas que o poderiam amparar, conduzindo-o ao fundo do poço, onde somente havia duas opções, voltar, ou aceitar e seguir adiante. O que Davi perdeu? Tudo. Mas o que conquistou naquela caverna? Uma nova fase de vida. Ele jamais poderia imaginar que Deus o colocou no ponto mais baixo de sua vida para que de lá emergisse com um grupo de heróis, tomando-se deles seu líder e rei. Foi nesse ponto escuro da vida, que Deus redirecionou a vida de Davi. Não nos lamentemos por estar em uma caverna, quem sabe, Deus não está nos preparando para reinar?

  • Davi estava no fundo do poço, tendo perdido praticamente tudo o que tinha de bom em sua vida, mas sabe qual a vantagem de estar no fundo do poço, lá só podemos olhar para cima.
  • Foi o que Davi fez, ele fitou os olhos no Senhor e disse: “O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.” Salmos 18:2;
  • José foi para o fundo de uma prisão para se tornar governador, Jó perdeu tudo o que tinha para ser aprovado por Deus, Paulo deixou para trás uma vida confortável para se tornar o maior missionário entre os gentios.
  • É na solitária escuridão que temos as mais belas visões do plano de Deus para nós. (Gn 28.12)


CONCLUSÃO
Se até mesmo Jesus teve de passar pela solidão, obscuridade, anonimato, espera, e caverna, quem somos nós para murmurar diante daquilo que ainda nos é obscuro? Deus tem seus momentos e seus lugares específicos para depurar nossas almas e nos colocar na posição que Ele deseja. Deixemos que trabalhe e estejamos atentos aos acontecimentos.