LIÇÃO 6 – 11 de Agosto de 2013
O diálogo é vital para o crescimento integral dos filhos
TEXTO AUREO
“A tua mulher será como a videira frutífera
aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua
mesa”. SI 128.3
VERDADE APLICADA
Crianças educadas desde pequenas
para a liberdade responsável, baseada em princípios, valores e fé, terão muito
mais chances de sucesso.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Valorizar a comunicação a partir da prática irrestrita da honestidade e responsabilidade;
- Esclarecer que a liberdade é fator importante que contribui para o desenvolvimento integral dos filhos e está intimamente ligada à comunicação;
- Ensinar que o culto doméstico é uma ferramenta importante para sedimentar as disciplinas espirituais.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
- Sl 128.1 - Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!
- Sl 128.2 - Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem,
- Sl 128.3 - A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
- Sl 128.4 - Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!
- Sl 128.5 - O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
- Sl 128.6 - E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.
INTRODUÇÃO
Embora nasçam cada vez mais
crianças sem uma estrutura familiar tradicional, é na família formada pela
união de um homem e uma mulher que se pode ofertar às crianças um marco próprio
e adequado para seu desenvolvimento integral como pessoa. A missão e função das
famílias cristãs é gerar, criar, formar e conservar uma semente de Deus em cada
criança.
- As crianças precisam de referência, precisam de modelos chamados pelo comentador de marco próprio.
- O momento mais importante na educação dos filhos é quando todos estão sentados a mesa. Ali se aprende desde comer corretamente a compartilhar informações e aprendizados.
- O horário do almoço, da janta, o culto doméstico e a oração diária são momentos de dedicação à Deus, onde os filhos aprendem a honrar a nossa fé.
1. COMUNIQUE HONESTIDADE E RESPONSABILIDADE
Estes são os dois aspectos da
comunicação entre pais e filhos que mais consomem tempo e exigem constância.
Eles fazem parte do pacote de princípios e valores mencionados na lição
anterior, onde vimos a parte teórica deste estudo; agora, um pouco de prática.
1.1. ENSINE SEU FILHO A FALAR A VERDADE
Através de situações cotidianas é
que a criança aprende a falar a verdade desde pequenina (Pv 2.7). Seja você
mesmo o exemplo: ao oferecer a ela um alimento amargo, ao invés de dizer, “coma
porque é gostoso", diga; “coma porque faz bem à
sua saúde”; quando ela for tomar uma injeção, não diga que não vai doer
nada, mas: “vai doer um pouco, mas a dor passa rápido”,
ou se você a mandar executar determinada tarefa, ao invés de dizer que é fácil
ou que não demora nada, diga que é difícil e vai demorar; mas que ela é
inteligente e capaz, por isto vai conseguir fazer tudo direitinho; se você
precisar sair, é melhor que seu filho o veja sair e fique em casa chorando do
que colocá-lo para dormir ou mandar que o levem para outro cômodo da casa, e
depois sair às escondidas (Pv 12.19; 16,6).
- Hoje é dia dos pais e podemos afirmar que a maioria das crianças tem em seus pais verdadeiros heróis e modelos. Muitos dizem que querem ser como seus pais quando crescerem. Isto significa que elas tendem a imitar os pais, se os pais mentem, elas irão fazer o mesmo no futuro.
- Existem situações que os pais induzem as crianças a mentir, isto é ainda mais grave. Pede para mentirem a idade para não pagar o ônibus, receber algum benefício, não pagar ingresso...
1.2. ENCORAJE SEU FILHO A SER HONESTO
Muitos pais inibem o
desenvolvimento da honestidade nos filhos. Como fazem isto? Por exemplo, castigando
os filhos quando eles assumem que erram, do mesmo modo que fariam se não
tivessem assumido o erro (Pv 28.13; 2Co 2.7). Então, quando o filho comete uma
falta e a assume, deve ficar sem correção? Não (Ec 7.5NTLH). Mas a correção
para quem assume e é honesto, deve ser diferente da aplicada em quem oculta o
erro. Além disto, os pais devem declarar o perdão e elogiar a coragem da
criança que confessa a falta (Pv 28.13 ), e ter o cuidado de ensinar-lhe que o
elogio feito e a punição branda aplicada, não significam que ela está livre
para cometer outra vez aquele erro, mas sim que o papai e/ou a mamãe valorizam
a honestidade com que o filho encara aquela situação (2 Co 8.21).
- Pais que castigam severamente o filho que confessa ter aprontado uma “arte” fazem com que estas crianças cresçam com medo de dizer a verdade para os pais, isto é uma tragédia na vida de qualquer família.
- O filho que sabe da honestidade do pai, até em lhe dar uma punição a altura do erro, prefere contar aos pais o que fez de errado do que esconder e correr o risco de ser descoberto, o que seria pior.
- Devemos sim encorajar nossos filhos a confiar em nós e a serem honestos quanto aos erros cometidos, assim sempre estarão em dia com suas obrigações civis e com as autoridades.
1.3. CRIE OPORTUNIDADES PRÁTICAS PARA COMUNICAR RESPONSABILIDADE
Comece pelo exemplo: Seja
pontual, pague em dia suas contas (1 Pe 2.12), cumpra a palavra ainda que seja
sacrificial, assuma a responsabilidade pelos erros que você cometer, peça
desculpas se for preciso, mas não se justifique. Permita que seu filho perceba
suas atitudes. Continue pela distribuição de tarefas, determine a hora que você
quer vê-las terminadas, elogie depois que forem executadas e exija o
cumprimento delas. Lembre-se, não é necessário esperar que as crianças cresçam
para começar a boa educação (1 Tm 5.10).
- Como já dissemos, o exemplo é fundamental.
- Os pais devem ser honestos em seus compromissos, no pagamento de contas, deve pedir desculpas até para os filhos quando necessário e principalmente, cumprir as promessas feitas a ele.
- O descumprimento de uma promessa causa uma grande frustração na criança que pode deixar marcas permanentes se forem constantes.
- Dê responsabilidades e limites aos filho, para que estes aprendam desde novo que eles precisam se organizar para tudo na vida.
2. CAPACIDADE PARA VIVER EM LIBERDADE
Outro fator importante que
contribui para o desenvolvimento integral dos filhos e que está intimamente
ligado à comunicação de responsabilidade, é o ensino progressivo para o uso da
liberdade. Sem que esta capacitação seja oferecida ao indivíduo desde
pequenino, a liberdade para ele poderá ser uma ameaça, um perigo, um fator de
sofrimento.
- O que seria esta “liberdade”? Seria o poder de fazer suas próprias escolhas sem ficar sempre dependente de alguém;
- As crianças devem ser encorajadas, dentro do controle dos pais, a tomar decisões e entender as consequências da decisão tomada.
2.1. DAR PEQUENAS LIBERDADES DESDE A PRIMEIRA INFÂNCIA
Segundo a psicologia infantil, a
criança de até seis anos de idade só é capaz de entender a liberdade no sentido
prático. Por isso, os pais devem permitir que a criança escolha entre coisas e
situações de igual valor. Por exemplo, coloque diante dela dois alimentos de
valor nutritivo semelhantes, ou duas mudas de roupas próprias para a mesma
ocasião e clima, e peça para que ela escolha; ou, se vocês vão sair para
lanchar, dê à criança a oportunidade de optar entre duas lanchonetes e entre
dois tipos de lanche. Permita que ela escolha entre dois horários para as
tarefas escolares. Proporcione a seu filho ou filha alguma atividade que possa
executar sem a sua ajuda, desde que você, para a segurança dele ou dela, possa
monitorar sem que o perceba. Elogie a preferência e o modo como executaram a
tarefa (Ec 10.12).
- O comentador deu vários exemplos interessantes que devem ser repassados durante a aula;
- Um fato que devemos destacar é que a criança deve poder escolher desde pequeno, dentro de um ambiente controlado como foi explicado pelo comentador, e também deve ser elogiado pela escolha para que tenha segurança de tomar novas decisões no futuro.
2.2. DISCIPLINAR E CORRIGIR O ABUSO DE LIBERDADE
O melhor método de correção a ser
aplicado àquele que ultrapassou os limites é permitir que sofra as
consequências de sua conduta (Rm 2.6) Muitos pais falham em comunicar
responsabilidade aos filhos porque querem poupá-los dos resultados de suas
escolhas (Hb 12.6). Quando os pais assumem total responsabilidade pelos frutos
dos erros dos filhos, estão negando a eles o direito de crescer, de amadurecer
e de se tornarem pessoas responsáveis por suas ações. É importante que os pais
assegurem aos filhos que permitirão que eles arquem com as consequências de
seus próprios erros porque isto lhes é útil e necessário à sua formação, que
eles sabem o quanto aquela experiência de colheita está sendo ou será dolorosa
para as crianças, mas que no futuro serão gratas porque puderam vivenciá-la.
- Já ouviu a expressão filhinho da mamãe? Ou garoto mimado? Existem várias outras que denotam a mesma atitude: filhos que não tem limites e que são acobertados pelos pais;
- A história da mãe coruja retrata bem isto:
A expressão surgiu com a fábula "A Coruja e a Águia", do escritor
francês La Fontaine, também reescrita por Monteiro Lobato e outros autores.
Conta a fábula que a coruja encontrou a águia e lhe disse:
- Ó águia, se vires uns passarinhos muito lindos num ninho, com uns
biquinhos muito bem feitos, olha lá não os coma, que são os meus filhos!
A águia prometeu-lhe que não os comeria. Foi voando e encontrou numa
árvore um ninho e comeu todos os filhotes. Quando a coruja chegou e viu que lhe
tinham comido os filhos foi ter uma conversa com a águia, muito aflita:
- Ó águia, tu foste falsa porque me prometeste que não comeria meus
filhinhos, mas mataste todos!
Disse então a águia:
- Eu encontrei uns pássaros pequenos num ninho, todos depenados, sem
bico e com os olhos tapados, e comi-os. E como tu me disseste que os teus filhos
eram muito lindos e tinham os biquinhos bem feitos entendi que não eram esses.
- Pois eram esses mesmos, disse a coruja.
- Pois então não sou eu que estou errada, me enganaste tu com a tua
cegueira.
Moral da história: Aos olhos das mães, os filhos são sempre perfeitos e
lindos. Já diz o ditado "Quem ama o feio, bonito lhe parece".
Os pais não devem idolatrar seus filhos como se fossem criaturas
perfeitas e livre de erros, muito menos acobertar seus erros. Os filhos devem
entender que toda má ação tem uma má reação, isto é, um consequência ruim que
deve ser arcada e servir de ensino para o futuro.
3. RELACIONAMENTO COM DEUS
Para que os filhos desenvolvam
relacionamento pessoal com Deus, é necessário que os pais assumam como práticas
continuadas pelo menos as três indicações sugeridas neste tópico:
3.1. CULTO DOMÉSTICO
Normalmente quando se fala ou se
escreve sobre a importância do Culto Doméstico na edificação de uma família
feliz, começa-se pela porção bíblica de Deuteronômio 6,7. Porém, bem antes
disto, o próprio Deus, instituidor desse culto, descia ao Éden todas as tardes
para receber o culto de Adão e Eva. Estes formavam uma família feliz até o dia
em que trocaram aquelas horas com Deus pelo passeio no Jardim, onde tiveram a
infelicidade de conhecer Satanás e travar relacionamento com ele. Muitos casais
se perdem ou aos filhos por cometerem a mesma falta de nossos ancestrais
edênicos. Portanto, irmão, sacrifique algumas horas semanais no altar do Culto
Doméstico, e livre seu casamento e seu filho de ser sacrificado ao inferno.
- Os filhos confiam nos pais, portanto é obrigação dos pais cristãos transferir esta confiança recebida para Cristo;
- Se os pais ensinam os filhos em casa que estes devem honrar a Deus e seguir Sua vontade, há uma grande chance que eles façam isto pois sabem que os pais só querem o seu bem.
- Senão quiser que seus filhos se encontrem com o inimigo na rua no futuro, apresente eles à Deus dentro de seu próprio lar hoje.
3.2. MEDITAÇÃO E ORAÇÃO A SÓS
Além do culto doméstico, os pais
devem reservar momentos diários de devoção pessoal, ora como casal, ora cada
cônjuge fazendo seu devocional separado (Sl 9.10), Quando os filhos presenciam
estas práticas, aprendem que também podem e precisam se relacionar direto com
Deus sem a presença e a mediação dos pais ou de irmãos na fé. Quando as
crianças já puderem expressar-se em palavras, os pais devem estimulá-las a
receberem a Cristo como seu Salvador pessoal e a orarem sozinhas a respeito de
algum desejo, necessidade, medo, etc (Sl 7.10 ). É interessante, também, que os
pais perguntem o que ocorreu ou como a criança se sentiu após orar e evitar
satisfazer o desejo pelo qual a criança orou. Se depois de algum tempo ela se
queixar de que sua oração não foi respondida, esta será uma ótima oportunidade
para os pais ensinarem a respeito da oração e do modo como Deus responde (Mt
6.9-13 ; Tg 4.2,3).
- Espiritualmente falando, “filho de peixe NÃO é peixinho”, isto é, não é porque os pais são crentes que os filhos já estão salvos. Eles deverão tomar esta decisão sozinhos e aceitar a Jesus como Senhor e Salvador da vida deles;
- No início é importante os pais acompanhar os filhos em tudo, quanto sua conduta de fé. Quando estes crescerem um pouco, devem ser encorajados a ler a Bíblia, meditar e orar sozinhos, mas eles só farão isto se tiverem o exemplo dentro de casa;
- Quando já tiverem maturidade, devem ser encorajados a atender o apelo na igreja e a aceitarem Jesus como Salvador da vida deles.
3.3. FREQUENTAR A IGREJA ASSIDUAMENTE
Quando chegam à adolescência,
muitos filhos se afastam dos princípios, valores e fé em que foram criados
porque não se envolveram com a Igreja e com outras crianças criadas do mesmo
modo e na mesma fé. Assim, entram na chamada “idade crítica”, tendo como amigos
e companheiros somente os colegas da escola e os filhos dos vizinhos, que na
maioria das vezes não são cristãos (1 Co 15.33). Outros se afastam por que a
Igreja deixa de ser um espaço onde possam ter um ensino ministrado com
entretenimento e passa a ser um local para sentarem ouvindo hinos e sermões
durante horas e receberem críticas pelo modo como se comportam. Por isso, os
pais, além de frequentarem a Igreja com os filhos, devem se envolver com eles em
atividades adequadas, principalmente naquelas em que podem unir aprendizado da
Palavra e relacionamentos sociais, como na Escola Bíblica Dominical e nas
atividades dos departamentos correspondentes à idade deles (Dt 4.9). Permanecer
nas dependências do templo por algum tempo depois dos cultos, também é muito
importante para a socialização dos filhos com outras crianças da mesma idade e
até com pessoas mais velhas.
- Sem dúvida a Escola Bíblica Dominical é o melhor departamento para que a criança cresça na igreja e se evolva com ela, mas podemos citar vários outros departamentos como os corais, as bandas de músicas, os conjuntos musicais, equipes de visitas... A criança deve ser estimulada a se envolver na obra e consequentemente se firmar na fé.
- Agora é óbvio que este exemplo deve vir dos pais.
CONCLUSÃO
Diante destas responsabilidades,
pais cristãos precisam dedicar-se com amor, cuidado e sabedoria para que seus
filhos desenvolvam honestidade, responsabilidade, capacidade para viver a
liberdade e relacionamento pessoal cora Deus e com seus semelhantes.
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