quinta-feira, 11 de abril de 2013

A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS E A NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA - LIÇÃO 2 – 14 DE ABRIL DE 2013




LIÇÃO 2 – 14 de Abril de 2013

A parábola das dez virgens e a necessidade de vigilância

TEXTO AUREO

"As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo”. Mt 25.3

VERDADE APLICADA

Sem a vigilância e a santificação os cristãos se tornam vulneráveis e despreparados para se encontrar com Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Explicar que para a caminhada cristã precisa-se de mais azeite do que pensam os, pois a jornada é longa e a espera poderá ser demorada;
  • Orientar que a reposição de azeite deve ser continuada e a prudência exige levar azeite de reserva:
  • Conscientizar de que ninguém poderá adquirir azeite depois que a trombeta soar anunciando a chegada do Noivo.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

  • Mt 25.2 - E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas.
  • Mt 25.3 - As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
  • Mt 25.4 - Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
  • Mt 25.8 - E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
  • Mt 25.9 - Mas as prudentes responderam , dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.
  • Mt 25.10 - E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.



INTRODUÇÃO
A parábola das dez virgens é a continuação de uma série de mensagens escatológicas sobre a expectativa do retorno de Cristo a esse mundo. Também aponta para a necessidade de estarem prontos os cristãos para esse dia, pois na hora da vinda de Cristo, serão revelados quais crentes estarão preparados para o encontro com o Senhor nos ares. Por isso, todos os cristãos devem constantemente examinar sua vida de peregrinação, tendo em vista que o dia e a hora do retorno triunfal de Cristo ninguém sabe, senão o Pai celestial.

  • Escatológicas: que diz respeito ao fim das coisas e a volta de Cristo;
  • Vida de peregrinação: Eis aqui um ponto importante a ser debatido. Temos que resgatar a consciência que somos passageiros, peregrinos nesta terra e que o nosso descanso e recompensa não é aqui e sim no nosso lar celestial; Devemos ter saudades do céu e ansiar diariamente para que Jesus volte logo para buscar Sua igreja;
  • Muitos estão gostando desta terra ao ponto de quererem ser abençoados somente aqui, não cogitam a ideia de ir embora, antes querem gozar dos prazeres aqui obtidos.


1. A VIGILÂNCIA DOS CRISTÃOS
A parábola não é dirigida a quem nunca se preparou, mas àqueles que não se prepararam o suficiente. Não foram vigilantes nas disciplinas espirituais. Deixaram acabar o azeite na jornada rumo ao Noivo. A responsabilidade é individual, não há divisão de azeite, não se empresta e não se vende. O azeite é intransferível (Mt 25.9). Enquanto o noivo estava indo para a casa da noiva, a fim de trazê-la para a sua casa; as moças ficavam esperando à porta da casa do pai dele, onde seria realizada a festa do casamento. Mas o azeite acabou. Deixaram de vigiar a quantidade de azeite em suas lamparinas e ficaram de fora da festa.

  • Interessante reforçar que a parábola trata de crentes que em algum momento da vida estavam preparados, tinham o azeite em suas vidas mas por descuido espiritual deixou a unção de Deus em sua vida acabar;
  • Creio que Jesus se referia a muitos que perderam o primeiro amor e deixaram a chama da conversão se esfriar;
  • Reforce também que a porta é estreita, não se passa por ela com fardos pesados, não há como dividir o caminhar, cada um é responsável pela sua alma e pela entrada dela no céu.


1.1. VIGILÂNCIA E A SANTIDADE
A vigilância é um dos sustentáculos na vida cristã (Mt 25.13; 26.41; lPe5.8). Pois ela aponta para uma vida de santificação. A santificação é tão fundamental na vida cristã, que sem ela ninguém jamais verá o Senhor (Hb 12.14). Ser santo implica em ser distinto, separado, para um relacionamento com Deus. Por isso, pecamos se procedemos de modo contrário à santidade que devemos manter, quando utilizamos a mente, o corpo ou as posses de maneira diferente a vontade de nosso Senhor. No entanto, é preciso aprender que se o crente depender apenas de seus esforços para santificar-se, fatalmente falhará (Rm 8.2,3; 7.14,22,23). Deve se lembrar de que a lei do instinto domina, mesmo depois de ficar convencido do erro. Por isso, é determinante a assistência do Espírito (Ef 5.18).

  • Vigilância pode ser explicada como um soldado no campo de batalha. Se considerarmos que vivemos em guerra espiritual, semelhante a um soldado que não pode nunca baixar a guarda, devemos estar atentos 24 horas e sempre olhando para nosso General Jesus Cristo;
  • A vigilância nos livra de pecar e consequentemente nos torna santos, requisito principal para um dia ver ao Senhor;
  • A lei do instinto nos leva sempre a querer satisfazer os desejos da carne, não há como vencer a carne sem a ajuda do Espírito Santo de Deus.


1.2. O AZEITE REPRESENTA A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO
O azeite, nessa parábola, representa a presença constante do Espírito Santo na vida do cristão. Ele garante uma vida de iluminação permanente. Ele representa o passaporte para a entrada das virgens no casamento. O Espírito Santo é o agente da santificação, pois há no cristão, duas naturezas: a carnal, que continua mantendo seus interesses, e a que é promovida pelo Espírito. Mesmo após a conversão, trava-se uma feroz batalha no coração do crente, entre a carne e o Espírito (G1 5.17). Por isso, quando cedemos às tentações, realizamos as obras da carne, mas, se permanecemos iluminados pelo Espírito, somos aperfeiçoados no temor do Senhor (2Co 7.1).

  • O Espírito Santo representado pelo azeite é o passaporte para entrar no céu: Um dos principais motivos foi dito pelo próprio Jesus em Jo. 14.26 onde lemos: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”
  • Observe que o Espírito Santo nos ensina (a vida de santidade e o caminho do céu) e ao mesmo tempo aponta para Jesus nos fazendo lembrar Suas palavras.
  • O Espírito Santo nos faz conhecer a Cristo e O conhecendo somos libertos;
  • Como foi dito no tópico anterior, estamos em constante guerra e nosso maior inimigo ao contrário do que muitos pensam, não é Satanás e seus anjos e sim a nossa própria carne e nossos desejos.


1.3. VIGILÂNCIA, MAS COM MUITO AZEITE
Paulo disse: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Para ser cheio do Espírito, é necessário purificação de todas as coisas que entristece ou apaga o Espírito (Ef 4.30). Quem alimenta o próprio ego, certamente ficará vazio de Deus. Deus resiste ao soberbo (lPe 5.5). A comunhão com o mundo e a participação do crente nos prazeres efêmeros impede a atuação do Espírito Santo (2Co 6.14-7.1). E preciso prudência na maneira de andar (Ef 5.15). O incoerente, pelo prazer de alguns minutos, perde tudo que vale a pena possuir, mas o sábio procura se sacrificar por valores eternos.

  • Encher do Espírito não é apenas o momento de êxtase que experimentamos durante os cultos avivados, é muito mais do que isto. Ser cheio do Espírito é estar sempre sob seu comando, e ter o discernimento espiritual em todas as relações da vida, seja familiar, profissional, social e nos negócios;
  • Deus resiste o soberbo – Deus não divide Sua glória com ninguém e abomina aqueles que atribuem a homens as vitórias dadas por Jeová. Não devemos nunca bater no peito e nos orgulharmos de nossas conquistas, toda glória deve ser dada ao Rei dos reis.


2. AS APARÊNCIAS PODEM ENGANAR
A vida de aparências é uma vida vazia. Em todos os aspectos, não faz sentido representar uma pessoa que não existe. As moças da parábola eram parecidas, mas diferentes em seu caráter. Um grupo delas tinha a prudência a seu favor, enquanto que as outras eram insensatas. A vida cristã é impactante pela sua autenticidade, e não pela hipocrisia. Dissimular os verdadeiros sentimentos, camuflar o caráter só causará escândalos contra o evangelho. E determinará o futuro condenatório para o hipócrita (Lc 11.44).

  • Vida de aparência: Jesus falou abertamente contra este tipo de religioso ao citar os fariseus chamando-os de hipócritas e comparando-os a um sepulcro caiado (Uma sepultura toda ornamentada por fora, mas que no seu interior encerra podridão);
  • A bíblia nos manda afastar destes, conforme o texto em 2Tm 3.5 que diz “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.


2.1. TODAS AS MOÇAS ERAM VIRGENS
Virgem como sinal de pureza, ou seja, a Igreja de Cristo, sem mancha e sem mácula (Ef 5.27). Paulo diz: “Porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2Co 11.2). Dentro das igrejas, todos parecem virgens, mas alguns vivem em namoro com as coisas mundanas, amando o mundo, o presente século com os seus prazeres, participando da igreja e do mundo como se fosse normal (l Jo 2.15-17). Que comunhão têm os dois? (2Co 6.14).

  • Todas eram virgens, isto é, faziam parte da igreja na terra;
  • A aparência de crente pode até enganar as outras virgens, mas naquele dia as que praticam iniquidade não subirão com o noivo;
  • Alguns se perguntam, porque Deus não extermina logo do meio dos crentes estas virgens adulteras?
  • A resposta foi dada por Jesus na parábola do Joio e do Trigo que segue:
  • “O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.” Mateus 13:24-30


2.2. TODAS AS MOÇAS TINHAM LÂMPADAS
Possuir dons espirituais, talentos, ministérios não qualifica as pessoas para o encontro com o Noivo. Tudo isso é para servir à igreja enquanto estivermos aqui na terra. Não adianta ter a lâmpada que simboliza a Palavra e não ser praticante e, sim, ouvinte esquecido (Tg 1.22-27). Não podemos ser trapos embrulhados em papel de presente nem uma bela lâmpada faltando azeite.

  • Todas tinham lâmpadas, isto é, eram pessoas usadas na igreja, talvez tivessem ministérios, funções, cargos, mas isto não é o suficiente para garantir a entrada no céu;
  • Falamos na lição passada sobre o que disse Jesus. Vale a pena lembrar:
  • "Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’ Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! ’ " Mateus 7:21-23
  • Observe que pregar, expulsar demônio e fazer milagres não é garantia de salvação;
  • A lâmpada simboliza a palavra de Deus, esta palavra deve ser ouvida, meditada, praticada e guardada. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. Sl. 119.11


2.3. TODAS AS MOÇAS ESTAVAM ESPERANDO O NOIVO
A grande diferença entre elas era internamente, azeite dentro da vasilha. Não basta esperar o noivo sem se preparar, escondendo a real situação diante de Deus e não se preocupando com a própria vida interior. Muitos esperam o Noivo, mas as coisas temporais, efêmeras e passageiras ainda os fascinam. Carregar a Bíblia, ir à igreja, entregar os dízimos, cumprimentar com saudação cristã, estar em cima do púlpito e até pastorear igreja não garante sucesso na chegada do Noivo (Mt 7.21-23). O importante é conservar a vida no altar e ter intimidade e comunhão com o Senhor.

  • Enfatize com seus alunos a frase: Carregar a Bíblia, ir à igreja, entregar os dízimos, cumprimentar com saudação cristã, estar em cima do púlpito e até pastorear igreja não garante sucesso na chegada do Noivo;
  • Fala-se aqui de crentes de aparência, externamente parecem estar esperando o noivo, mas o azeite já acabou há tempos.


3. A VIDA PESSOAL E O TRABALHO EXECUTADO
A preocupação não está no trabalho desenvolvido, pois muitos servem incansavelmente, fazem muitas obras, dedicam-se de corpo e alma, mas a vida pessoal não condiz com aquilo que fazem. O trabalho eclesiástico não substitui a preparação da vida de integridade diante de Deus.

3.1. ESTA PARÁBOLA DIZ DE ARREBATAMENTO E NÃO DE GALARDÃO
As obras só servem para quem já estiver salvo, só quem for salvo chegará ao Tribunal de Cristo para receber a recompensa (2Co 5.1.). A chamada é para o arrebatamento, para receber o passaporte para a festa de casamento. A passagem para as bodas precisa estar carimbada com o azeite da preparação. O convite está formulado só não sabemos o dia nem a hora (Mt 24.36).

  • A chegada do noivo refere-se a volta de Cristo para buscar sua igreja;
  • O importante é subir! É ter seu nome no livro da vida e o passaporte carimbado para entrar no céu;
  • Devemos estar prontos para viajar a qualquer momento, pois diferente das viagens terrestres, a viagem para o céu não tem hora marcada, pode ser a qualquer momento.




3.2. ESTA PARÁBOLA DIZ QUANDO A PUNIÇÃO SERÁ FEITA
A revelação de quem é quem só será feita quando se ouvir: “Aí vem o esposo” (Mt 25.6). O grande problema é que, após a chamada, não haverá tempo para se preparar. Mas Ele respondeu em verdade vos digo que não vos conheço (Mt 25.12). Servir a Deus tanto tempo e ter a porta fechada em sua frente será grande surpresa e decepção. Muitos dirão naquele dia: “Fiz isto no teu Nome. Senhor”, e receberão a resposta: “Nunca vos conheci" (Mt 7.21-23). Mas o que perseverar fiel até o fim será salvo (Mt 10.22; 24.13).

  • Dizem que enquanto há vida, há esperança. Do ponto de vista espiritual, enquanto Cristo não voltar há chance de salvação.
  • Após o soar da trombeta, não há mais chance de se preparar para subir com Cristo. Nem tempo haverá visto que será num piscar de olhos;
  • Devemos servir a Deus com retidão de coração e de forma a agradar nosso Senhor, pois de que adianta servir por décadas e falhar no final.


3.3. ESTA PARÁBOLA DIZ QUE AINDA HÁ TEMPO DE ADQUIRIR AZEITE
Hoje é dia oportuno, a chamada está feita, a porta ainda está aberta, o vendedor é o Senhor Jesus, Ele ainda oferece: “Vinde e comprai-o sem dinheiro e sem preço” (Is 55.1). Depois que a porta da graça se fechar, não adiantará bater, chorar ou espernear, esta é a única porta que não se abrirá mais. Portanto vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir (Mt 25.13).

  • Vivemos a dispensação da graça, hoje o favor imerecido da salvação esta disponível a todo aquele que crer;
  • A porta porém irá se fechar e o advogado se tornará juiz, aproveitemos enquanto é dia!


CONCLUSÃO
“Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai!” (Mc 13.35-37). “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.27).

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