sábado, 25 de agosto de 2012

LIÇÃO 09 – JESUS O ADVOGADO FIEL


LIÇÃO 09 – JESUS O ADVOGADO FIEL
26 DE AGOSTO DE 2012

TEXTO ÁUREO
"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo". lJo 2.1

VERDADE APLICADA
A história da mulher pecadora é uma história que condena a história de juízos temerários.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Esclarecer que todo o ministério educador e evangelístico lidará com questões sociais difíceis de resolver-se;
Mostrar que é nossa missão não pronunciar juízo de valor sobre as pessoas, mas erguê-las de sua situação pecaminosa;
Não é apenas importante a pessoa escapar das conseqüências de seus erros, é necessário frisar que elas precisam abandonar definitivamente o pecado.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 8.1- Porém Jesus foi para o monte das Oliveiras.
Jo 8.2 - E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando se, os ensinava.
Jo 8.3 - E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.
Jo 8.5 - e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

INTRODUÇÃO
Apresentamos, a seguir, a lição em que Jesus, de modo inesperado, torna-se o advogado da mulher apanhada no adultério - Ela fora encaminhada a Ele pelos escribas e fariseus antes do nascer do sol e, nesse estudo, veremos que para Jesus, o mais importante não era ficar julgando as pessoas ou absolvê-las, e sim ensiná-las o verdadeiro sentido da Lei naquele momento.


  • Explique a situação da mulher na época de Jesus, A Mulher não era valorizada, não podia frequentar as reuniões no templo e nem tecer opinião;
  • Comente o que diz o Tratado de Menachot que era recitado pelos homens todas as manhãs: "Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo que não me fizeste mulher".
  • Não houve imparcialidade pois o homem também deveria ser julgado, onde estava o adultero neste dia? Ler Lv 20.10;
  • Existem muitos crentes que agem como aqueles fariseus que acusaram a mulher, em suas bocas só tem palavras de acusação;

1. Uma causa quase perdida:
Pela madrugada Jesus se dirige ao templo de Jerusalém para ensinar: Havia na ocasião uma grande movimentação em torno da Festa, e, por isso, o Mestre aproveitou para ali desenvolver o seu ministério, e a todos ensinava. Vemos que anteriormente Ele pregou que era a rocha do manancial da vida espiritual (Jo 7.37-38), mas agora estava labutando para firmar tais convicções nos seus ouvintes através do magistério.


  • A revista diz que de madrugada Jesus foi - “desenvolver seu ministério”, Que ministério é este? É o ministério do ensino, Jesus era Mestre e em todas as oportunidades ensinava o povo;
  • O segredo de uma igreja que terá a maioria de seus membros salvos, é a dedicação ao ensino da Palavra;
  • O comentador fala que Jesus estava “labutando para firmar...através do magistério”, labutando significa trabalhando, e magistério é a profissão de professor, esse trecho quer dizer que Jesus estava trabalhando para firmar a convicção (de que Ele é a rocha), através do ensino.

1.1. Uma mulher é surpreendida em adultério:
Às vezes, enquanto se ensina a Palavra a todas as pessoas possíveis, o ensinador se surpreende com provações que lhe assaltam inesperadamente, como aconteceu com Jesus. Uma mulher foi apanhada em flagrante adultério e trazida pelos escribas e fariseus a Ele, e tendo sido posta em pé diante dos que ali estavam começaram o inquérito, não acerca do fato em si, mas acerca do que Aquele que ensinava, pensava a respeito. Era uma causa praticamente perdida a primeira vista, pois fora surpreendida em flagrante delito. Todavia, como ela foi conduzida a presença do Mestre, havia ainda esperança para ela. (SI 26.5; 32.10; 34.21).


  • Jesus foi indagado “não acerca do fato” e sim do que Ele pensava, eles não estavam interessados em fazer justiça, queriam somente preparar uma “armadilha” para o Mestre;
  • “havia ainda esperança”, por piores que possam ser os pecados de alguém há esperança diante do Senhor Jesus, pois ele é o nosso advogado.
  • Há solução para sua fraqueza e para o seu pecado.

1.2. Uma denúncia inesperada:
O elemento surpresa que Jesus por vezes; utilizava-se para desempenhar o Seu ministério, agora, porém, trabalhava contra Ele. Visto que se tratava de uma denúncia inesperada, Ele poderia ter pedido algum tempo para refletir a respeito, afinal estava lidando com o destino de um ser humano, além disso questões jurídicas, quando levadas a sério, não devem ser decididas sob o calor de emoções, ou de imediato. A resposta, na concepção dos escribas e fariseus (mestres da Lei), que teriam dEle seria a óbvia para a sua possível própria condenação também. Mas Ele apenas na areia escrevia. Há questões na obra do Senhor que não têm como escaparmos, porém é necessário que sejamos cautelosos para que não venha mos dar aos inimigos materiais contra nós mesmos (SI 71.4).


  • “elemento surpresa” eram os fatos que ocorriam diante de Cristo e que Jesus usava para ensinar os discípulos, por exemplo, o caso da oferta da viúva pobre Lc 21.2 Jesus aproveitou e ensinou sobre o valor de uma oferta, porém agora o elemento surpresa esta contra Jesus.
  • “calor de emoções”, é quando estamos de cabeça quente, nervoso e estressado, nesse caso não avaliamos a situação e tomamos decisões precipitadas das quais nos arrependeremos depois. Este ensinamento serve para aplicarmos no nosso ministério atualmente;
  • “cautelosos”, Não se deve apressar uma decisão importante, principalmente quando se referir a exclusão de alguém ou alguma disciplina, todas as partes devem sempre ser ouvidas, principalmente ouvir o Espírito Santo.

1.3. A provação do Mestre:
Há questões que são verdadeiras arapucas (armadilhas) para apanhar os obreiros incautos. E há manobras ardilosas que sem o devido cuidado, o elemento cai no laço. Quando aqueles profissionais da lei chegaram diante de Jesus, trouxeram uma questão crucial legislativa, evidentemente com sutileza para apanhá-lo em suas próprias palavras e assim condená-lo também. Somos provados naquilo que gostamos e fazemos, o adversário não porá tropeços num caminho em que não iremos passar, mas arquiteta estratégias em cima daquilo que temos prazer. (SI 11.2).


  • “trouxeram uma questão crucial legislativa”, crucial é aquilo que é conclusivo, a questão crucial é aquela que a resposta chegará inevitavelmente a uma conclusão;
  • Jesus teria que emitir sua opinião, não tinha saída, mas o Mestre é o Pai de toda a sabedoria e deu a única resposta que caberia naquele momento;
  • “com sutileza”, com muita cautela, de mansinho, para surpreender a Jesus em suas palavras;
  • “Somos provados naquilo que gostamos e fazemos”, os servos de Jesus devem estar atentos aos seus entretenimentos, internet, TV, vídeo game e outros, Satanás é habilidoso em preparar laços para os servos de Cristo. Comente que muitos tem caído nesses laços.

2. Um advogado de improviso:
A palavra advogado no Novo Testamento é "parakletos", que é derivada de "parakaleõ" e literalmente significa "chamar para o lado", ou seja, significa alguém convocado para estar ao lado de outra pessoa para ajudá-lo em sua defesa diante de um juiz; é também um intercessor, conselheiro, um assistente legal. Nos escritos joaninos o termo é aplicado a Jesus, mais fartamente ao Espírito Santo como aquele que trata e defende os interesses de Cristo Jesus.


  • “escritos joaninos”, São os escritos de João, no caso as suas cartas, pois apresentam Jesus como o nosso advogado;
  • Sempre é bom lembrar aos alunos que Cristo é o nosso advogado, porém após os últimos acontecimentos Ele virá como juiz.

2.1. Permaneceu tranqüilo escrevendo:
Quando a situação foi trazida para o Senhor Jesus, imediatamente Ele foi inclinando-se sobre a terra e começou a escrever sobre ela. Em fração de segundos, poderia estar orando, e simultaneamente refletindo sobre o assunto, pois em sua resposta Ele não poderia beneficiar diretamente aquela mulher. Se assim o fizesse, seria acusado de desprezar a Lei de Moisés (Lv 20.10; Dt 22.22); e, se concordasse com a execução da mulher, como a lei prescrevia, estaria em conflito com as autoridades romanas (Jo 8.31). Ali reclinado escrevendo sobre a terra permaneceu, quem sabe a própria lei que bem conhecia e sabia da malícia deles por não estarem agindo conforme ela, podemos conjecturar que tivesse descrevendo a parcialidade deles em tratar aquele caso, o que era uma maneira injusta e pecaminosa de tratar daquele assunto. De qualquer forma não cedeu a pressão deles, eis aí o segredo, é "ter muita calma nessa hora" (Pv 14.29; 15.18; 16.32; Ec 7.8).


  • Ao escrever, Jesus “poderia estar orando”, ou talvez estivesse esperando o momento certo, em que todos estivessem contemplando Ele;
  • Importante: “Sua resposta não poderia beneficiar diretamente aquela mulher. Se assim o fizesse, seria acusado de desprezar a Lei de Moisés (Lv 20.10; Dt 22.22); e, se concordasse com a execução da mulher, como a lei prescrevia, estaria em conflito com as autoridades romanas (Jo 8.31).”
  • Diante de uma situação tão aguda, o Mestre arremata com uma única frase, não creio que Ele tenha pensado muito para essa resposta, Ele já tinha a resposta em Seu coração;
  • Novamente observe a parcialidade deles, a condenação é só da mulher, não é apresentado o adultero

2.2. Desafiou a autoridade de condenar:
A calma de Jesus foi dissipada pela insistência deles em querer uma resposta. Embora não tenha sido grosseiro o seu gesto, causou um forte impacto sobre eles. Pois Ele endireitou se e disse, "aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra". Com essa reação e tais palavras eles não esperavam. E aí o Senhor, inclinou-se novamente e continuou a escrever. Ou seja, dessa forma Ele desafiou a autoridade deles em apedrejar, quem estivesse "sem pecado", com toda a têmpora de piedade, vestes e solicitudes aparente acerca da Lei, mesmo assim a única coisa que eles não estavam era sem pecado. (Rm 2.2124; Mt 23.3-).


  • Eles sempre tiveram a autoridade para apedrejar a mulher, não precisavam da sentença de Cristo para isso. Eles só queriam a opinião de Jesus para acusá-lo de subversão, de qualquer forma eles apedrejariam aquela mulher, porém eles não sabiam que ali estava o maior de todos os advogados;
  • Quando Jesus fez sua exposição de defesa, Ele desafiou a autoridade deles com uma frase;
  • Repita a frase para os alunos, ela é impactante;
  • Confrontou suas consciências de maneira que não puderam condená-la.

2.3. Todos foram embora:
Dos mais velhos aos mais novos, todos foram embora, visto que todos estavam agindo com parcialidade intencional, e aquela cena toda não se tratava de algo que pudesse tratar de modo frívolo como estavam fazendo. Talvez aquela mulher fosse uma boa mulher e não uma meretriz, visto que aquele era um momento festivo e o povo punha-se literalmente a beber vinho, afinal não era a festa dos tabernáculos que celebravam? A alegria pelas colheitas de uvas e maçãs era o motivo da celebração, assim facilmente alguém poderia ter perdido o equilíbrio, sob efeito do vinho e cometido um desatino numa tenda daquelas, o que facilitava ser pego no próprio ato! O Senhor jamais foi condescendente com o pecado, nem com eles e nem com ela. Mas quando todos eles foram embora, ela então estava livre e foi orientada para não praticar mais o mal (Jo 8.10,11).


  • Todos reconheceram seus erros e a gravidade do que estavam fazendo;
  • Comente que é importante reconhecer o erro, se arrepender e desejar ser dependente de Deus, rendido a seus pés;
  • “não praticar mais o mal”, comente com seus alunos que essa é a principal preocupação de Jesus, pois não adianta estarmos perdoados, se retornaremos no mesmo erro.

3. A ré é absolvida:
As palavras do Mestre de Nazaré foram poderosos mísseis a despertar a consciência deles. É prudente não acusar aqueles homens do mesmo pecado que a mulher. Ainda que alguns se atrevam a tal coisa, não temos respaldo escriturístico para isso. No entanto, o certo é que havia outras coisas ali evidentes naquele momento bem pecaminosas também: a malícia, a parcialidade, o desejo de vingança e injustiça.


  • “do mesmo pecado que a mulher”, esse comentário é devido a suposição de que aqueles judeus talvez já tivessem adulterado com ela. Pois eles sabiam onde encontrá-la naquela hora da manhã. Ela provavelmente teria passado a noite na casa ou na tenda de alguém, porém isso é só uma especulação;
  • Aprendemos que não devemos acusar o próximo sem antes analisarmos nossos próprios erros. Isto não significa que a disciplina deva ser extinta na igreja, mas quando isto for necessário, deve haver tristeza, compaixão e não sensação de satisfação, falsa justiça e dever cumprido.

3.1. Ninguém te condenou?
Ali permanecia aquela mulher em pé, no mesmo lugar para onde fora trazida. Abalada por tudo o que estava acontecendo e sem coragem de sair dali. Permanecia como que estivesse a espera de alguma outra palavra e isso o Senhor Jesus tinha para lhe dar. Até aquele momento o Mestre não havia interagido com ela ainda, apenas com seus interlocutores escribas e fariseus que já tinham ido embora. Após erguer-se novamente Jesus olha e vê somente ela. Aquela experiência ficaria marcante na vida dela para sempre por si só, porém o fato, de naquela hora, ter a atenção do Filho de Deus, tornar-se-ia num momento eternizado. Quando estamos humilhados e diante de Deus, Ele "não esmagará a cana quebrada (pelo pecado), nem apagará o pavio que fumega" (Is 42.3), quer dizer, não nos humilhará ainda mais como alguns fazem (Rm 8.1-4).


  • Tudo era plano de Deus, mas ocorreu a maior bênção na vida daquela mulher, ela poderia ser levada para qualquer outro mestre, escriba, Rabi... Mas parou diante de Jesus, que bem aventurança;
  • O silêncio de Jesus intrigou aquela mulher que apavorada não saiu do lugar, talvez esperasse uma condenação, mas o mestre é o Rei do perdão;
  • Jesus não humilha seus filhos;
  • Comente que algumas pessoas escondem debaixo da capa da religiosidade suas más intenções do coração, como aqueles que trouxeram aquela mulher.


3.2. Absolvição do Senhor:
O mais importante não era a condenação da mulher, mas o seu arrependimento. Jesus não estava de acordo com o adultério, porém havia séculos que existia aquela lei e bem pouco havia mudado. Mas esta foi a sua pergunta, daquele que publicaria o direito daquela pecadora: "onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?" Se aqueles homens doutos na lei haviam deixado a mulher sem condenação, então como poderia o Príncipe da paz condená-la? A resposta da mulher foi "ninguém, Senhor". Em seguida o melhor estava por vir, "nem tampouco eu te condeno". Apenas o justo, concede justiça e justifica o pecador, como dizia a profecia de Isaías, "o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si". E mais, "em verdade (Ele) promulgará o direito" (Is 53.11; 42.1 RA).


  • “arrependimento”, você pode pedir para os alunos a definição de arrependimento. Definição: no dicionário português é sinônimo de remorso, porém pela interpretação bíblica é o ato de deixar o pecado. Não devemos confundir com remorso, que é o pesar por algo de errado que se comete.
  • “publicaria o direito”, quando Jesus disse: “nem tão pouco eu te condeno”, estava publicado o direito dela de viver. Jesus era o único que poderia apedrejá-la, pois não tinha pecados.

3.3. Vai e não peques mais:
Eis o conselho que vem depois da absolvição, "vai e não peques mais" (Jo 8.11), visto que em uma futura recaída lhe sucederia coisa pior. Não temos nas Escrituras o que sucedeu aquela mulher depois que dali saiu, a história é encerrada abruptamente e não há mais consideração sobre ela em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Mas podemos crer que aquela mulher veio a converter-se e tomou horror pelo pecado, vindo nunca mais


  • Esta recomendação deve estar na boca da liderança cristã desse tempo, porém sabemos que muitos pastores não se importam com a santidade de seus irmãos, desde que eles ofertem e entreguem o dízimo.
  • “retoma seu ofício”, se um ministério quer que suas ovelhas não pequem mais, então deve se aplicar ao estudo das escrituras. Do contrário terá vários problemas de indisciplina e irmãos que vão e voltam da comunhão.
  • Jesus tinha uma preocupação constante acerca disso sempre estava ensinando e orientando.

CONCLUSÃO
O exemplo deixado por essa história de juízo temerário é um vívido exemplo do valor que devemos dar aos seres humanos. Vendo o exemplo do Mestre que de madrugada se levantava para ensinar aqueles que iam ao templo, somos incentivados a firmar convicções com aqueles a quem contatamos. Tenham certeza que, à medida que ensinamos aos outros no temor de Deus algo acontece em nós também, somos transformados pela mesma Palavra que ministramos. Após este episódio, o da mulher pecadora, imediatamente Ele voltou a ensinar, ou seja, nada lhe afastava da meta que tinha em mente.

Créditos: http://marcosandreclubdateologia.blogspot.com.br/2012/08/escola-dominical-esboco-e-subsidio_23.html

e-mail: licks1996@gmail.com
Facebook: Marcos Andre
Tel: 21 92791366 (claro)
21 98733652 (vivo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário