LIÇÃO
09 – JESUS O ADVOGADO FIEL
26
DE AGOSTO DE 2012
TEXTO ÁUREO
"Meus filhinhos, estas coisas vos
escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o
Pai, Jesus Cristo, o Justo". lJo 2.1
VERDADE APLICADA
A história da mulher pecadora é uma
história que condena a história de juízos temerários.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Esclarecer que todo o ministério
educador e evangelístico lidará com questões sociais difíceis de resolver-se;
Mostrar que é nossa missão não
pronunciar juízo de valor sobre as pessoas, mas erguê-las de sua situação
pecaminosa;
Não é apenas importante a pessoa
escapar das conseqüências de seus erros, é necessário frisar que elas precisam
abandonar definitivamente o pecado.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Jo 8.1- Porém Jesus foi para o monte
das Oliveiras.
Jo 8.2 - E, pela manhã cedo, voltou
para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando se, os ensinava.
Jo 8.3 - E os escribas e fariseus
trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.
Jo 8.5 - e, na lei, nos mandou Moisés
que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
INTRODUÇÃO
Apresentamos, a seguir, a lição em que
Jesus, de modo inesperado, torna-se o advogado da mulher apanhada no adultério
- Ela fora encaminhada a Ele pelos escribas e fariseus antes do nascer do sol
e, nesse estudo, veremos que para Jesus, o mais importante não era ficar
julgando as pessoas ou absolvê-las, e sim ensiná-las o verdadeiro sentido da
Lei naquele momento.
- Explique a situação da mulher na época de Jesus, A Mulher não era valorizada, não podia frequentar as reuniões no templo e nem tecer opinião;
- Comente o que diz o Tratado de Menachot que era recitado pelos homens todas as manhãs: "Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo que não me fizeste mulher".
- Não houve imparcialidade pois o homem também deveria ser julgado, onde estava o adultero neste dia? Ler Lv 20.10;
- Existem muitos crentes que agem como aqueles fariseus que acusaram a mulher, em suas bocas só tem palavras de acusação;
1. Uma causa quase perdida:
Pela madrugada Jesus se dirige ao
templo de Jerusalém para ensinar: Havia na ocasião uma grande movimentação em
torno da Festa, e, por isso, o Mestre aproveitou para ali desenvolver o seu
ministério, e a todos ensinava. Vemos que anteriormente Ele pregou que era a
rocha do manancial da vida espiritual (Jo 7.37-38), mas agora estava labutando
para firmar tais convicções nos seus ouvintes através do magistério.
- A revista diz que de madrugada Jesus foi - “desenvolver seu ministério”, Que ministério é este? É o ministério do ensino, Jesus era Mestre e em todas as oportunidades ensinava o povo;
- O segredo de uma igreja que terá a maioria de seus membros salvos, é a dedicação ao ensino da Palavra;
- O comentador fala que Jesus estava “labutando para firmar...através do magistério”, labutando significa trabalhando, e magistério é a profissão de professor, esse trecho quer dizer que Jesus estava trabalhando para firmar a convicção (de que Ele é a rocha), através do ensino.
1.1. Uma mulher é surpreendida em
adultério:
Às vezes, enquanto se ensina a Palavra
a todas as pessoas possíveis, o ensinador se surpreende com provações que lhe
assaltam inesperadamente, como aconteceu com Jesus. Uma mulher foi apanhada em
flagrante adultério e trazida pelos escribas e fariseus a Ele, e tendo sido
posta em pé diante dos que ali estavam começaram o inquérito, não acerca do
fato em si, mas acerca do que Aquele que ensinava, pensava a respeito. Era uma
causa praticamente perdida a primeira vista, pois fora surpreendida em
flagrante delito. Todavia, como ela foi conduzida a presença do Mestre, havia
ainda esperança para ela. (SI 26.5; 32.10; 34.21).
- Jesus foi indagado “não acerca do fato” e sim do que Ele pensava, eles não estavam interessados em fazer justiça, queriam somente preparar uma “armadilha” para o Mestre;
- “havia ainda esperança”, por piores que possam ser os pecados de alguém há esperança diante do Senhor Jesus, pois ele é o nosso advogado.
- Há solução para sua fraqueza e para o seu pecado.
1.2. Uma denúncia inesperada:
O elemento surpresa que Jesus por
vezes; utilizava-se para desempenhar o Seu ministério, agora, porém, trabalhava
contra Ele. Visto que se tratava de uma denúncia inesperada, Ele poderia ter
pedido algum tempo para refletir a respeito, afinal estava lidando com o
destino de um ser humano, além disso questões jurídicas, quando levadas a
sério, não devem ser decididas sob o calor de emoções, ou de imediato. A
resposta, na concepção dos escribas e fariseus (mestres da Lei), que teriam
dEle seria a óbvia para a sua possível própria condenação também. Mas Ele
apenas na areia escrevia. Há questões na obra do Senhor que não têm como
escaparmos, porém é necessário que sejamos cautelosos para que não venha mos
dar aos inimigos materiais contra nós mesmos (SI 71.4).
- “elemento surpresa” eram os fatos que ocorriam diante de Cristo e que Jesus usava para ensinar os discípulos, por exemplo, o caso da oferta da viúva pobre Lc 21.2 Jesus aproveitou e ensinou sobre o valor de uma oferta, porém agora o elemento surpresa esta contra Jesus.
- “calor de emoções”, é quando estamos de cabeça quente, nervoso e estressado, nesse caso não avaliamos a situação e tomamos decisões precipitadas das quais nos arrependeremos depois. Este ensinamento serve para aplicarmos no nosso ministério atualmente;
- “cautelosos”, Não se deve apressar uma decisão importante, principalmente quando se referir a exclusão de alguém ou alguma disciplina, todas as partes devem sempre ser ouvidas, principalmente ouvir o Espírito Santo.
1.3. A provação do Mestre:
Há questões que são verdadeiras
arapucas (armadilhas) para apanhar os obreiros incautos. E há manobras
ardilosas que sem o devido cuidado, o elemento cai no laço. Quando aqueles
profissionais da lei chegaram diante de Jesus, trouxeram uma questão crucial
legislativa, evidentemente com sutileza para apanhá-lo em suas próprias
palavras e assim condená-lo também. Somos provados naquilo que gostamos e
fazemos, o adversário não porá tropeços num caminho em que não iremos passar,
mas arquiteta estratégias em cima daquilo que temos prazer. (SI 11.2).
- “trouxeram uma questão crucial legislativa”, crucial é aquilo que é conclusivo, a questão crucial é aquela que a resposta chegará inevitavelmente a uma conclusão;
- Jesus teria que emitir sua opinião, não tinha saída, mas o Mestre é o Pai de toda a sabedoria e deu a única resposta que caberia naquele momento;
- “com sutileza”, com muita cautela, de mansinho, para surpreender a Jesus em suas palavras;
- “Somos provados naquilo que gostamos e fazemos”, os servos de Jesus devem estar atentos aos seus entretenimentos, internet, TV, vídeo game e outros, Satanás é habilidoso em preparar laços para os servos de Cristo. Comente que muitos tem caído nesses laços.
2. Um advogado de improviso:
A palavra advogado no Novo Testamento é
"parakletos", que é derivada de "parakaleõ" e literalmente
significa "chamar para o lado", ou seja, significa alguém convocado
para estar ao lado de outra pessoa para ajudá-lo em sua defesa diante de um
juiz; é também um intercessor, conselheiro, um assistente legal. Nos escritos
joaninos o termo é aplicado a Jesus, mais fartamente ao Espírito Santo como
aquele que trata e defende os interesses de Cristo Jesus.
- “escritos joaninos”, São os escritos de João, no caso as suas cartas, pois apresentam Jesus como o nosso advogado;
- Sempre é bom lembrar aos alunos que Cristo é o nosso advogado, porém após os últimos acontecimentos Ele virá como juiz.
2.1. Permaneceu tranqüilo escrevendo:
Quando a situação foi trazida para o
Senhor Jesus, imediatamente Ele foi inclinando-se sobre a terra e começou a
escrever sobre ela. Em fração de segundos, poderia estar orando, e
simultaneamente refletindo sobre o assunto, pois em sua resposta Ele não poderia
beneficiar diretamente aquela mulher. Se assim o fizesse, seria acusado de
desprezar a Lei de Moisés (Lv 20.10; Dt 22.22); e, se concordasse com a
execução da mulher, como a lei prescrevia, estaria em conflito com as
autoridades romanas (Jo 8.31). Ali reclinado escrevendo sobre a terra
permaneceu, quem sabe a própria lei que bem conhecia e sabia da malícia deles
por não estarem agindo conforme ela, podemos conjecturar que tivesse
descrevendo a parcialidade deles em tratar aquele caso, o que era uma maneira
injusta e pecaminosa de tratar daquele assunto. De qualquer forma não cedeu a
pressão deles, eis aí o segredo, é "ter muita calma nessa hora" (Pv
14.29; 15.18; 16.32; Ec 7.8).
- Ao escrever, Jesus “poderia estar orando”, ou talvez estivesse esperando o momento certo, em que todos estivessem contemplando Ele;
- Importante: “Sua resposta não poderia beneficiar diretamente aquela mulher. Se assim o fizesse, seria acusado de desprezar a Lei de Moisés (Lv 20.10; Dt 22.22); e, se concordasse com a execução da mulher, como a lei prescrevia, estaria em conflito com as autoridades romanas (Jo 8.31).”
- Diante de uma situação tão aguda, o Mestre arremata com uma única frase, não creio que Ele tenha pensado muito para essa resposta, Ele já tinha a resposta em Seu coração;
- Novamente observe a parcialidade deles, a condenação é só da mulher, não é apresentado o adultero
2.2. Desafiou a autoridade de
condenar:
A calma de Jesus foi dissipada pela
insistência deles em querer uma resposta. Embora não tenha sido grosseiro o seu
gesto, causou um forte impacto sobre eles. Pois Ele endireitou se e disse,
"aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire
pedra". Com essa reação e tais palavras eles não esperavam. E aí o Senhor,
inclinou-se novamente e continuou a escrever. Ou seja, dessa forma Ele desafiou
a autoridade deles em apedrejar, quem estivesse "sem pecado", com
toda a têmpora de piedade, vestes e solicitudes aparente acerca da Lei, mesmo
assim a única coisa que eles não estavam era sem pecado. (Rm 2.2124; Mt 23.3-).
- Eles sempre tiveram a autoridade para apedrejar a mulher, não precisavam da sentença de Cristo para isso. Eles só queriam a opinião de Jesus para acusá-lo de subversão, de qualquer forma eles apedrejariam aquela mulher, porém eles não sabiam que ali estava o maior de todos os advogados;
- Quando Jesus fez sua exposição de defesa, Ele desafiou a autoridade deles com uma frase;
- Repita a frase para os alunos, ela é impactante;
- Confrontou suas consciências de maneira que não puderam condená-la.
2.3. Todos foram embora:
Dos mais velhos aos mais novos, todos
foram embora, visto que todos estavam agindo com parcialidade intencional, e
aquela cena toda não se tratava de algo que pudesse tratar de modo frívolo como
estavam fazendo. Talvez aquela mulher fosse uma boa mulher e não uma meretriz,
visto que aquele era um momento festivo e o povo punha-se literalmente a beber
vinho, afinal não era a festa dos tabernáculos que celebravam? A alegria pelas
colheitas de uvas e maçãs era o motivo da celebração, assim facilmente alguém
poderia ter perdido o equilíbrio, sob efeito do vinho e cometido um desatino
numa tenda daquelas, o que facilitava ser pego no próprio ato! O Senhor jamais
foi condescendente com o pecado, nem com eles e nem com ela. Mas quando todos
eles foram embora, ela então estava livre e foi orientada para não praticar
mais o mal (Jo 8.10,11).
- Todos reconheceram seus erros e a gravidade do que estavam fazendo;
- Comente que é importante reconhecer o erro, se arrepender e desejar ser dependente de Deus, rendido a seus pés;
- “não praticar mais o mal”, comente com seus alunos que essa é a principal preocupação de Jesus, pois não adianta estarmos perdoados, se retornaremos no mesmo erro.
3. A ré é absolvida:
As palavras do Mestre de Nazaré foram
poderosos mísseis a despertar a consciência deles. É prudente não acusar
aqueles homens do mesmo pecado que a mulher. Ainda que alguns se atrevam a tal
coisa, não temos respaldo escriturístico para isso. No entanto, o certo é que
havia outras coisas ali evidentes naquele momento bem pecaminosas também: a
malícia, a parcialidade, o desejo de vingança e injustiça.
- “do mesmo pecado que a mulher”, esse comentário é devido a suposição de que aqueles judeus talvez já tivessem adulterado com ela. Pois eles sabiam onde encontrá-la naquela hora da manhã. Ela provavelmente teria passado a noite na casa ou na tenda de alguém, porém isso é só uma especulação;
- Aprendemos que não devemos acusar o próximo sem antes analisarmos nossos próprios erros. Isto não significa que a disciplina deva ser extinta na igreja, mas quando isto for necessário, deve haver tristeza, compaixão e não sensação de satisfação, falsa justiça e dever cumprido.
3.1. Ninguém te condenou?
Ali permanecia aquela mulher em pé, no
mesmo lugar para onde fora trazida. Abalada por tudo o que estava acontecendo e
sem coragem de sair dali. Permanecia como que estivesse a espera de alguma
outra palavra e isso o Senhor Jesus tinha para lhe dar. Até aquele momento o
Mestre não havia interagido com ela ainda, apenas com seus interlocutores
escribas e fariseus que já tinham ido embora. Após erguer-se novamente Jesus
olha e vê somente ela. Aquela experiência ficaria marcante na vida dela para
sempre por si só, porém o fato, de naquela hora, ter a atenção do Filho de
Deus, tornar-se-ia num momento eternizado. Quando estamos humilhados e diante
de Deus, Ele "não esmagará a cana quebrada (pelo pecado), nem apagará o
pavio que fumega" (Is 42.3), quer dizer, não nos humilhará ainda mais como
alguns fazem (Rm 8.1-4).
- Tudo era plano de Deus, mas ocorreu a maior bênção na vida daquela mulher, ela poderia ser levada para qualquer outro mestre, escriba, Rabi... Mas parou diante de Jesus, que bem aventurança;
- O silêncio de Jesus intrigou aquela mulher que apavorada não saiu do lugar, talvez esperasse uma condenação, mas o mestre é o Rei do perdão;
- Jesus não humilha seus filhos;
- Comente que algumas pessoas escondem debaixo da capa da religiosidade suas más intenções do coração, como aqueles que trouxeram aquela mulher.
3.2. Absolvição do Senhor:
O mais importante não era a condenação
da mulher, mas o seu arrependimento. Jesus não estava de acordo com o
adultério, porém havia séculos que existia aquela lei e bem pouco havia mudado.
Mas esta foi a sua pergunta, daquele que publicaria o direito daquela pecadora:
"onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?" Se aqueles
homens doutos na lei haviam deixado a mulher sem condenação, então como poderia
o Príncipe da paz condená-la? A resposta da mulher foi "ninguém,
Senhor". Em seguida o melhor estava por vir, "nem tampouco eu te condeno".
Apenas o justo, concede justiça e justifica o pecador, como dizia a profecia de
Isaías, "o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a
muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si". E mais, "em
verdade (Ele) promulgará o direito" (Is 53.11; 42.1 RA).
- “arrependimento”, você pode pedir para os alunos a definição de arrependimento. Definição: no dicionário português é sinônimo de remorso, porém pela interpretação bíblica é o ato de deixar o pecado. Não devemos confundir com remorso, que é o pesar por algo de errado que se comete.
- “publicaria o direito”, quando Jesus disse: “nem tão pouco eu te condeno”, estava publicado o direito dela de viver. Jesus era o único que poderia apedrejá-la, pois não tinha pecados.
3.3. Vai e não peques mais:
Eis o conselho que vem depois da
absolvição, "vai e não peques mais" (Jo 8.11), visto que em uma
futura recaída lhe sucederia coisa pior. Não temos nas Escrituras o que sucedeu
aquela mulher depois que dali saiu, a história é encerrada abruptamente e não
há mais consideração sobre ela em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Mas
podemos crer que aquela mulher veio a converter-se e tomou horror pelo pecado,
vindo nunca mais
- Esta recomendação deve estar na boca da liderança cristã desse tempo, porém sabemos que muitos pastores não se importam com a santidade de seus irmãos, desde que eles ofertem e entreguem o dízimo.
- “retoma seu ofício”, se um ministério quer que suas ovelhas não pequem mais, então deve se aplicar ao estudo das escrituras. Do contrário terá vários problemas de indisciplina e irmãos que vão e voltam da comunhão.
- Jesus tinha uma preocupação constante acerca disso sempre estava ensinando e orientando.
CONCLUSÃO
O exemplo deixado por essa história de
juízo temerário é um vívido exemplo do valor que devemos dar aos seres humanos.
Vendo o exemplo do Mestre que de madrugada se levantava para ensinar aqueles
que iam ao templo, somos incentivados a firmar convicções com aqueles a quem
contatamos. Tenham certeza que, à medida que ensinamos aos outros no temor de
Deus algo acontece em nós também, somos transformados pela mesma Palavra que
ministramos. Após este episódio, o da mulher pecadora, imediatamente Ele voltou
a ensinar, ou seja, nada lhe afastava da meta que tinha em mente.
Créditos: http://marcosandreclubdateologia.blogspot.com.br/2012/08/escola-dominical-esboco-e-subsidio_23.html
e-mail: licks1996@gmail.com
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