quinta-feira, 2 de agosto de 2012

LIÇÃO 06 – O Evangelho da missão Integral


LIÇÃO 06 – O Evangelho da missão Integral
05 DE AGOSTO DE 2012


TEXTO ÁUREO
"Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida". Jo 5.24

VERDADE APLICADA
A Igreja é a agência de Jesus que hoje executa a Sua missão, que é de restaurar o homem completamente.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a missão integral de Jesus;
Ensinar que todas as ações de Jesus eram pedagógicos;
Fazer entender que não há evangelho sério sem o cuidado social.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Jo 5.8 - Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda.
Jo 5.9 - Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia era sábado.
Jo 5.19 - Mas Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
Jo 5.20 - Porque o Pai ama ao Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.
Jo 6.8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
Jo 6.9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?

INTRODUÇÃO
“A necessidade de uma mensagem que atendesse o ser humano em sua integralidade foi eficazmente pregada e vivida por Jesus enquanto esteve entre nós. Sua fala refletida via Igreja Apostólica nos protege de reproduzir qualquer Ideia contrária a isso.”

1. A missão de curar:
“Para viver o evangelho puro e simples é necessário entendermos o que ele realmente é, os seus aspectos e o que abrange. Procuramos explicar tais coisas a partir da pessoa de Jesus, sob a luz do seu ministério terreno e através do evangelho joanino. Especificamente nesse tópico veremos resumidamente a necessidade da cura e dos milagres no ministério eclesiástico hoje e porque eles acontecem sob determinados aspectos.

1.1. Um paralitico jaz sem esperança:
A salvação abrange todos os aspectos da vida comum do homem, a sua saúde física, psicológica e necessidade nutricional, etc. Entre o capítulo cinco e seis do Evangelho de João, fica evidente essa preocupação do ministério de Jesus, que foi absorvida pela igreja apostólica, e nós hoje devemos de igual modo praticar. Ao olhar o episódio do paralítico do tanque de Betesda (casa da misericórdia ou da água que flui), ali está Um homem paralítico que sofre desse mal a 38 anos de sua vida. Ali jazia ele sem esperança dada as suas limitações físicas e extrema dependência.
-  38 anos deitado na mesma cama, rodeado de pessoas mas solitário assim mesmo!
-  Imagine o mal cheiro, imagine a solidão, a espera e a falta de compaixão “...Senhor, não tenho homem algum que me coloque no tanque...”
-  A atitude de Jesus demonstra compaixão e ação em favor do pecador;
-  Jesus toma a iniciativa em favor da restauração do homem, mas este deve manifestar diante do senhor o seu desejo.
-  Se fosse hoje, este homem estava naquela maca, esperando que alguém lhe ajudasse desde 1973;
-  O importante foi que o milagre chegou, mesmo que tarde.
-  Lm 3.24-26: “A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor”.

1.2 A palavra que ergue o homem:
É claro que isso é mais que cura, trata-se de um milagre maravilhoso, pois o homem possuía uma deformidade seríssima Jesus visava através daquela maravilha demonstrar a sua identidade messiânica, os milagres que como já falamos, eram métodos legais já previstos nas Escrituras para esse fim. As curas, no sábado, incomodavam a liderança religiosa, alguns chegavam a interpretar como uma violação do sábado, mas a questão tomou outro rumo quando Jesus se declarou Filho de Deus (Jo 5.18). Ali estava a Palavra viva e poderosa para erguer o homem da sua paralisia, Ela apenas precisava se pronunciar e foi o que fez erguendo aquele miserável de sua situação quando disse, “levanta-te, toma a tua cama e anda" (Jo 5.8).
-  O foco deste texto não é o tanque e sim Aquele que é Senhor de tudo;
-  Jesus escolheu curar um homem que nem o conhecia, mostrando sempre o desejo de dar glória a Deus.
-  Fp 2. 5-7
-  Maior que a cura física foi a cura espiritual, aquele homem nasceu de novo, foi a igreja se encontrar com o mestre.
-  Passou a dar testemunho de Jesus, queria que todos conhecessem a grande salvação que recebera.
-  Amor não estático, mas que tomou a iniciativa de salvar o homem;
-  Jesus não esperou o homem vir ao seu encontro, antes por vontade própria doou sua vida...
-  Cristo espera que sigamos seu exemplo.

1.3. A evangelização séria tem curas e milagres:
Neste fato, é demonstrado o poder da palavra vivificada por Deus: ela é curadora, milagrosa, e ergue o homem de sua paralisia física e espiritual. Além desse bem que produz, indicava um outro incomparavelmente maior, a identidade messiânica de quem o produziu. E as implicações que ela, ao ser reconhecida, traria àquela geração, que se recusou crer em quem de fato Jesus era (Jo 5'.16). Toda evangelização séria é, de alguma maneira, acompanhada de curas e milagres. Seja ela pessoal, a um pequeno grupo ou em massa. A obra evangelizadora segue essa lógica: doutrinação e sinais, Escrituras e poder de Deus. Nessa bipolaridade, tais polos não são antagônicos, mas se harmonizam, completam-se e demonstram a procedência divina de ambos. Portanto, como Jesus, devemos trazer tais realidades para o ministério eclesiástico contemporâneo.
-  Milagres sim, porém com as escrituras, pois a palavra transforma;
-  Como têm sido nossas pregações? Nosso evangelismo?
-  O que fazer com esta onda de pregadores de bênçãos terrenas e passageiras apenas?
-  A verdadeira paz vem de saber que Deus está no controle de todas as coisas;
-  Nossa cidadania no Reino de Cristo está garantida (Rm 14.17);
-  Nossa pregação tem sido eficaz?
-  Estamos com medo de falar a verdade doa a quem doer independente de leis, importância política, cargos, dia da semana etc?
-  Deveríamos seguir o exemplo de João Batista, Elias, Paulo...

2. A missão de alimentar a alma e o espirito (Jo 5.19-47):
Jesus finalmente explicou quem de fato Ele era. Ele tinha a intenção de que todos pudessem acreditar em sua missão de resgatar a humanidade, para isso o faz nos capítulos 5 e 6 de João. O sinal da cura do paralítico demonstrava poder, mas o seu discurso visava dar a conhecer quem ele era, para gerar o mais importante a seguir: o relacionar-se com o Verbo encarnado de Deus.

2.1. Jesus explicou sua missão:
Em sua mensagem, Jesus ensinou acerca do trabalho divino não na natureza, mas realizado entre os homens no presente e no futuro escatológico. Este trabalho é expressado com os verbos, "fazer, vivificar, ressuscitar e julgar". Todas as atividades expressas nesses verbos atribuídas ao Pai, são da alçada dele como Filho, é o que Jesus instrui aos seus ouvintes. Questões cruciais como ressuscitar e julgar que são de natureza escatológica, são atribuições messiânicas dele. Tal ideia não é nova, já estava presente na profecia de Daniel a centenas de anos, mas a liderança religiosa não aceitava isso (Dn 7.13-14; 12.12). Observe que o ensino de Jesus consistiu num trabalho apologético de seu ministério para mostrar quem Ele é e as consequências desse conhecimento aceito, ignorado ou rejeitado. Tal testemunho fidedigno é decisivo quanto à visão e o proceder individual perante o mundo, por isso nem todos o aceitam.
-  Mais importante que a cura do corpo, Jesus mostrou que veio para salvar a alma também;
-  Jesus em sua missão, curou, trouxe esperança a muitos que jaziam cegos física e espiritualmente e revelou seu maior propósito, a ressurreição do corpo e a salvação da alma;
-  Vemos também em suas mensagens o total direito do homem de rejeitar suas palavras (livre arbítrio), a princípio, todos tendem a aceitar tão maravilhosa salvação, mas a contrapartida de Deus é a fidelidade à Ele, nesta hora muitos declinam ao convite.

2.2. Jesus falou dos sinais e das escrituras:
Jesus trata dos testemunhos de sua divindade, visto ser necessário que os homens creiam nEle para a vida eterna. Esses testemunhos comprobatórios fazem parte do seu trabalho pedagógico e evangelístico que é missão herdada pela igreja também. Tais testemunhos de acordo com Jesus se iniciam com João batista (Jo 5.33); mas os sinais que Ele operava eram maiores que o próprio testemunho de João (Jo 5.36); depois dos sinais, há as próprias Escrituras que dele testificavam (Jo 5.39); e por último e, em particular, os escritos de Moisés que os judeus afirmavam crer, mas estavam rejeitando-as e consequentemente rejeitavam também a pessoa de Jesus. Vemos que Jesus se esforçou para que seus contemporâneos tivessem conhecimento de quem ele era (Jo 5.43.47).
-  Jesus não só falou dos sinais, Ele realizou sinais e prodígios;
-  Todos os sinais tinham dois propósitos básicos: Glorificar a Deus e levar o homem a crer na divindade de Jesus  e consequentemente no seu poder para salvar a alma perdida;
-  Os milagres vinham sucedidos pelo evangelho que salva, os milagres resultavam em perdão dos pecados e os testemunhos em salvação.

2.3. A seriedade na missão de Jesus é necessária:
A evangelização requer seriedade. Cabe ao evangelizador trazer uma declaração consistente acerca da pessoa de Jesus como Filho de Deus e Salvador da humanidade (Jo 3.36; 5.25; 6.9; 11.27; 20.31). Esse é um ponto crucial para quem evangeliza. E também, o evangelista deve estar absolutamente convicto de seu relacionamento com Jesus, para que possa convencer os outros (Mt 16.16-18). Este é um assunto que precisa estar resolvido para o evangelista, porque se houver dúvidas, o evangelizador não conseguirá desempenhar bem o seu papel. Isso significa que para ele alimentar a alma dos outros, a dele deve estar satisfeita primeiro com o Pão da Vida (Jo 6.51).
-  Um grande evangelista vive arraigado no evangelho de Cristo, ele “come” a palavra de Deus, ele tem jeito de crente, tem cheiro de “ovelha” e a mente de Cristo;
-  O bom evangelista é um homem de testemunho, com a vida fundamentada em Cristo e com certeza de sua salvação. Esta firme convicção dará a firmeza necessária para transmitir o evangelho de Cristo de uma forma eficaz.

3. A missão de alimentar o corpo:
Após o seu discurso em Jerusalém, conforme citamos acima, Jesus desceu e foi em direção ao norte para o Mar de Tiberíades. Numerosa multidão impactada pelos seus sinais maravilhosos e a cura de enfermidades o seguia desejando mais do seu poder curador. Jesus entretanto ao ver-lhes ao longe preparou-lhes uma surpresa que tornou aquele momento inesquecível na experiência de quem o viveu.

3.1. Uma multidão faminta:
A multidão se aproximava e Jesus queria impactá-la, mas resolveu provar antes os seus discípulos dizendo, "onde compraremos pão para lhes dar de comer?". Um denário era o salário de um dia de trabalho, o suficiente para uma pequena família comer. Filipe mentalmente calculou de imediato, e disse que nem duzentos denários seriam suficientes para cada um receber o seu pedaço de pão e se alimentar. Mas André apresentou um rapaz que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos secos, mas como ele mesmo disse, "mas o que é isto para tanta gente?". O Mestre apenas pediu que seus discípulos ordenassem as pessoas que se assentassem, e tendo dado graças, partiu os pães e peixes e alimentou a multidão de tal modo que sobraram doze cestos de pedaços.

-  Deus sempre prova nossa fé em situações que parecem não ter saída. É como se estivéssemos presos a uma corda em um precipício e ao pedirmos ajuda a Deus Ele simplesmente mandasse que cortássemos a corda;
-  200 denários era algo como 200 dias de trabalho, ainda que houvesse este dinheiro, não encontraria tanta comida para comprar de uma hora para outra;
-  Aprendemos algo com o próprio Jesus, seja fiel no pouco e sobre o muito te colocarei. Eram apenas 5 pães e 2 peixinhos que não foram negados por aquele rapaz e este pode se alimentar e ser o canal de um grande milagre;

3.2. A palavra que alimenta o homem:
Na cura do paralítico Jesus demonstra que, mediante a sua palavra, ele levanta o homem, tanto da enfermidade, quanto da sua situação espiritual caída diante de Deus. Na multiplicação dos pães ele evidencia que é o pão que alimenta o homem da fome espiritual. Também, de modo simultâneo, fica claro que Ele se preocupa em alimentar as pessoas fisicamente buscando o bem estar à elas. Sabemos que no seu ministério havia dinheiro arrecadado para a sua subsistência junto com os apóstolos (Mt 27.55; Lc 8.2,3), e daí uma parte era retirada para ajudar os necessitados, principalmente os órfãos e as viúvas de Israel por onde eles ministravam. Desde cedo, houve esse cuidado tendo em vista que aqueles tempos tão difíceis, onde não havia um instituto de previdência social, tal responsabilidade recaía sobre os serviços religiosos.

-  Aprendemos que Jesus esta interessado em saciar nossas necessidades como homem também, não apenas as espirituais;
-  A missão da igreja é cuidar da vida espiritual das ovelhas e também de prover apoio financeiro aos necessitados. A verdadeira igreja preocupa-se com ação social.

3.3. A séria leva o pão:
Evangelização é comunicação e aí está implícito a ajuda aos necessitados. Em via de regra, não há trabalho evangelístico sem esse cuidado. Observe que em virtude do milagre da multiplicação, os homens ficaram ainda mais convictos que Jesus era o profeta que estava por vir (Jo 6.14-15). Às vezes se pensa em apenas ajudar aos domésticos na fé, isso é importante, mas as pessoas evangelizadas precisam perceber esse amor. Porém, o que se tem visto é o inverso de praticar o que fez Jesus, certos movimentos estão trabalhando para arrancar o último tostão das pessoas, prometendo-lhes a providência divina. Que evangelização é esta em que ao invés de ajudar, tira proveito dos necessitados?

-  Como chamar a atenção do próximo para o evangelho se sua barriga não para de roncar?
-  Como falar do pão da vida se falta o pão da terra;
-  Devemos prover o alimento ao necessitado, isto faz parte do evengelismo;
-  Infelizmente vivemos dias em que ex-crentes processam suas antigas igrejas para receber de volta os dízimos e ofertas alegando terem sido enganados. Muitos são realmente enganados e explorados até a última gota, por isto vemos estas distorções.


CONCLUSÃO
Em síntese, essa é a missão explicada pelo discípulo amado e exemplificada por meio do que escreveu tão eficientemente. Esse encargo é um privilégio da Igreja evangelizadora, que busca acima de qualquer coisa o crescimento do reino de Deus onde ela está plantada. Sendo útil a Deus enquanto serve aos homens em suas necessidades e crises.

Fonte: Editora Betel

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