segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Poder Inebriante da Política


O Poder Inebriante da Política

O primeiro grande desafio da igreja é diante do nacionalismo – da defesa da pátria – que leva muitos políticos cristãos a abrir mão dos princípios bíblicos em defesa do país. O nacionalismo intransigente conflita com a Fé. Jamais devemos esquecer que, do ponto de vista bíblico os crentes são cidadãos dos céus, e, portanto, aptos a circular entre todos os povos da terra. No momento da perseguição ou por questões de sobrevivência econômica ele encontra refúgio em qualquer nação e faz da nova terra sua nova pátria! O povo de Deus tem características universais, e não pode ser nacionalista.
A igreja não pode perder de vista o conceito de povo peregrino, de cidadão celestial que a autoriza a ser uma voz profética não apenas em sua nação, mas para todos os povos. Quando a igreja se torna uma voz profética de Deus na sociedade, seus membros podem circular pela política, entre o pessoal do governo como voz que clama a favor dos pobres, dos necessitados, do direito e da justiça, sem jamais entrar em conluios sejam de que ordem for!
Quando o pobre, o órfão, a viúva e os aposentados são constantemente desfavorecidos; sempre que a busca da riqueza oprima a classe social mais abaixo e sempre que as leis atentem contra a liberdade cristã, a liberdade de viver e afrontem os princípios bíblicos da lei moral universal, a igreja deve erguer seu palanque, sua torre de vigília e denunciar! Por isso a denúncia contra a prática do aborto, mesmo que este seja aprovado em lei – como nos Estados Unidos – e casamentos de pessoas do mesmo sexo devem tomar a dianteira nos discursos da igreja!
A Igreja não pode estar casada com o Estado nem alienada dele. No momento em que nossos filhos forem doutrinados na ideologia homossexual, ou quando o Estado decidir o que os pastores podem e não podem pregar nos cultos, como reagiremos? Se estivermos alienados sucumbiremos, e se nos posicionarmos pagaremos o preço! Por não querer pagar o preço, a igreja se omite dos grandes temas nacionais!
Quando o governo tem objetivos comuns à igreja, como atendimento aos pobres, aos excluídos, etc., a tentação é ainda maior. O confronto começa quando abrimos mão de nossa liberdade individual, de nossa missão cristã, e nos deixamos envolver com o “espírito” nacionalista, para que a nação seja forte e unida economicamente!
O segundo grande desafio é levar a igreja a caminhar por esse espinhoso terreno da esfera política, como voz profética sem se deixar levar pela adulação do poder. É importante que a igreja se torne uma voz profética, evitando ficar presa (seus candidatos) ao emaranhado das falcatruas ou do enriquecimento ilícito, como tem acontecido nos últimos dias. Daniel passou por vários Impérios sem se deixar influenciar politicamente. Teve coragem de exortar a Nabucodonosor a que deixasse seus caminhos injustos e desse mais atenção aos pobres!
Aliás, alguns partidos são tidos como dos evangélicos – uma lástima – o que leva o mundo a ver a igreja evangélica como um partido político. Uma das razões da igreja ser perseguida em algumas cidades era porque seus políticos defenderam teses como se fossem da igreja, quando eram projetos pessoais ou denominacionais.
Terceiro. O namoro com o poder inebria e deixa os líderes da igreja sem a capacidade de refletir, perdendo seu senso de direção e propósito. Sempre que é favorecida por algum governo a Igreja perde sua autoridade profética e divina.
Como cristãos precisamos ter em mente que Deus utiliza governos democráticos, ou totalitários de esquerda ou de direita para trazer a justiça social. O Brasil precisa ajustar de forma mais bíblica a questão social, e não devemos nos surpreender se, para tanto, Deus utilizar ateus e ideologias não cristãs para atender ao clamor dos pobres! É assim que Deus envergonha a igreja! Esta deve fazer sua parte, parando de construir templos suntuosos em que se gastam milhões com empreendimentos denominacionais, dinheiro que poderia ser usado para construir moradias e gerar renda para os pobres. Procedendo assim, dará testemunho público de sua fé e estará cumprindo sua parte naquilo que ela mesma denuncia. Ela só tem autoridade para denunciar naquilo que ela intensamente vive!
Onde houver injustiça social, a igreja deve estar lá operando. Seu trabalho silencioso é a melhor forma de condenar os corruptos e calar os discursos dos que governam.
Cuidado com o nacionalismo que pode nos levar a pensar que a obediência à esfera política seja um dever tão digno e honroso quanto a obediência a Deus. A Igreja deve ficar atenta às mentiras proferidas em certas campanhas e publicidades dos governos, sejam esses de que partido forem! Hitler afirmava que “a magnitude de uma mentira contém certo fator de credibilidade, visto que as grandes massas caem mais facilmente em uma grande mentira do que em uma pequena”.
Rausas J. Rushdoony afirmou que “por trás de todo sistema legal há um deus. Ao acharmos o deus em qualquer sistema, localizamos a fonte de suas leis”. E afirma mais: “Quando você escolhe quem será sua autoridade, escolhe seu deus, e onde você procura sua lei, lá está seu deus”. 1
Estamos em ano eleitoral. Reexaminar esse tema à luz da Bíblia e da missão da Igreja talvez não traga dividendos financeiros nem muitos amigos, mas, por certo evitará que atropelemos a história, cometendo os mesmos erros que nossos pais fizeram no passado!
(1 RUSHDOONY, Rausas, Law and Librty, Fairfax, Va. Thoburn, 1971 p. 73)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

LIÇÃO 05 – A COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO



LIÇÃO 05 – A COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO
29 DE JULHO DE 2012

TEXTO ÁUREO
“Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha
aqui tirá-Ia.". Jo 4.15

VERDADE APLICADA
Pregar o Evangelho de forma clara e inteligente proporcionará melhores resultados para o Reino de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·   Apresentar os passos que levaram Jesus à  mulher samaritana;
·   Analisar como aprofundar a comunicação do evangelho;
·  Mostrar que o trabalho evangelístico, quando não esmorece, tem sempre bons resultados.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Jo 4.9 - Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
Jo 4.10 - Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
Jo 4.11 - Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
Jo 4.13 - Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede,

INTRODUÇÃO
“Nesta lição, estudaremos como Jesus estabeleceu um contato de maneira criativa a partir de algo simples com uma mulher. Veremos que, ao fazer isso, Ele demonstrou o seu interesse na pessoa dela, não fazendo caso de onde procedia, e aí aproveitamos para expor quão necessário é compartilharmos o Evangelho com os marginalizados, estigmatizados e desprezados da nossa sociedade.”

- Comunicação: Este é o maior trunfo da igreja na luta da divulgação do evangelho;
- Sua igreja se comunica bem? Possui um departamento de comunicação? A comunicação interna e externa funciona?
- Observe que Jesus se comunicava com fatos cotidianos, comuns as pessoas que o rodeavam, será que fazemos isto ou usamos jargões, frases de efeitos que soam de forma estranha aos ouvidos dos pecadores?

1. Comunicação pessoal:
“Estava Jesus no sul de Israel, mas por causa da oposição farisaica retornou para a Galileia. Pusera-se a caminho e fora necessário passar por Samaria, por estar na região central de Israel entre a Judéia e a Galileia. Em Sicar, cansado da viagem decidiu sentar e conversar com uma samaritana. O registro dessa comunicação pessoal com uma mulher desencadearia uma série de consequências que afetaram a evangelização e o mundo. Ali Jesus transmitiu a maior das revelações no que tange a adoração, num golpe mortal nos preconceitos raciais deixou ao mundo um legado de evangelização insuperável!”

1.1. Jesus iniciou o diálogo (Jo 4.10):
“Uma mente mais arguta desconfiaria que na vida daquela mulher, as coisas não estavam bem. Afinal, uma mulher tirar água na hora da refeição, era no mínimo, uma prova de desordem pessoal. Jesus, no entanto, olha e vê além da própria etnia dela, vê além das diferenças históricas que geraram rivalidades, vê um ser humano portador da imagem e semelhança de Deus, digno de ser dessedentado em sua sede espiritual. Um verdadeiro evangelizador tem o seu coração mergulhado no amor do Mestre, e assim reflete o mesmo sentimento para com as pessoas, não se importando com as diferenças étnicas, sociais, de cor, etc., e com tais pessoas estabelece contato criativo.”

- Jesus deu o exemplo mostrando que cabe ao cristão tomar a iniciativa da evangelização;
- Não basta aguardar na igreja, deve-se ir ao campo;
- As mulheres buscavam água de manhã ou a tardinha, o fato dela ir na hora do almoço significa que ela queria esconder sua situação da sociedade. Jesus como um grande evangelizador não a condenou, nem a acusou, mas apresentou a ela as boas novas do reino dos céus.

1.2. Jesus despertou o interesse (Jo 4.10):
“Assim como o Mestre Galileu chamara a atenção da mulher de Sicar para algo comum devemos nós fazer o mesmo com o propósito de evangelizar, em meio aos nossos contatos diários ou ocasionais. Ele a disse inicialmente, "dá-me de beber". O que chamou a atenção dela foi o fato dele ser um judeu pedindo água a uma mulher, ainda mais, uma samaritana. Coisa jamais vista na existência dela, todavia Jesus aprofunda a conversa e desperta ainda mais o interesse da mulher ao dizer: "Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva". A mulher ao constatar naquele judeu um ar amistoso lhe oferecendo água viva, que se refere a água corrente ou manancial, demonstra interesse. Porém Jesus utiliza a água viva como símbolo da salvação com seus dons, mas ela inicialmente não compreende assim.”

- Observe que Jesus quebrou barreiras históricas e foi muito além do legalismo e costumes da época para alcançar aquela alma;
- Observe também que Jesus usou de um assunto simples para chamar a atenção. A beira de um poço ele pediu, dá-me de beber, motivo que serviu para começar o assunto.
- Água viva significa água corrente, pura que sai imediatamente de uma mina ou nascente, diferente da água parada de um poço;
- Água viva era algo raro, por isto o grande interesse da mulher, mal sabia ela que Jesus estava falando de algo ainda mais nobre.

1.3.  Jesus expôs a realidade espiritual:
“A água viva que a mulher entendera era para a sua satisfação física, afinal ele não tinha nem com o que tirar água do poço, como poderia ter água viva? Esse foi o questionamento dela. Jesus, no entanto, mostrou que a água por Ele oferecida se faz na pessoa que bebe "uma fonte de água a jorrar para a vida eterna". Porém a mulher não havia entendido ainda que Jesus estava falando de um assunto espiritual, imaginou ela que fosse alguma coisa mágica capaz de impedir a sua sede física e a necessidade de ir e vir ao poço continuamente, como precisava fazer. Observe a sabedoria de Jesus no uso cuidadoso das palavras, ele se utiliza da água alegoricamente para falar de um assunto espiritual, a sede interior que ela tinha. A vida dela refletia uma busca espiritual espelhada nos vários relacionamentos que teve até ali sem sucesso. “

- Ao questionar a Jesus sobre como Ele tiraria água do poço, visto que não tinha sequer um vasilhame nas mãos, Jesus revela a ela que da água que Ele tinha para oferecer, faria brotar nela uma fonte a jorrar para a vida eterna. Era a água da salvação!
- Esta água mataria outro tipo de sede, a sede de ser aceita na sociedade, a sede de ter uma alma tranquila, a sede de ter os pecados perdoados, a sede de ter o nome escrito no livro da vida...

2.  Aprofundar a Comunicação:
“Para que a mulher pudesse beber da água que na pessoa torna-se uma fonte que salta para a vida eterna, ela precisava ser despertada da sua real condição pecaminosa até aquele momento. Todavia, o Mestre não lança em rosto os pecados da mulher grosseiramente, sob pretexto de estar falando a verdade ou em nome de Deus, mas trata da situação com muito cuidado, como um verdadeiro sábio que foi.”

2.1. Denunciar o Pecado:
“Um dos princípios da evangelização pessoal é convencer que o homem é pecador e que está condenado. Infelizmente, há pessoas que exageram na aplicação da dose desse princípio, confrontando as pessoas de modo grosseiro chamando as de "ímpias", "condenadas", etc., e até recitando seus pecados indelicadamente. Note que Jesus não deixou de tratar da situação pecaminosa da samaritana, mas com habilidade disse, "vai e chama o teu marido e vem cá". Ela lhe respondeu francamente: Não tenho. E Jesus a elogiou por sua honestidade e foi mais além, mostrando-lhe que já tinha tido cinco, e o de agora, não era seu marido. A mulher entendeu que estava diante de um profeta de Deus e encaminhou o assunto para a adoração. E comum ao evangelizador lidar com essa situação do evangelizando mudar para sub-assuntos, o mais importante é que ele não perca o foco de sua entrevista, apresentar a solução em Cristo.”

- Devemos denunciar o pecado, mas com habilidade e amor cristão;
- Existem evangelizadores que mais acusam e afastam os ouvintes do que os aproximam da verdade do evangelho;
- O amor as almas deve sempre estar a frente da pregação, amor que entende o próximo, sente seus anseios e medos, deseja libertação e salvação...

2.2. Adorar Verdadeiramente (Jo 4.23):
“A conversa entre a samaritana e Jesus é dinâmica e, ao mudar relativamente de assunto, Ele não se perde, mas lhe revela coisas novas. A questão de onde deve se adorar é levantada por ela, se era em Jerusalém onde está o templo ou no Monte Gerizim em que foi pronunciadas as bênçãos da Lei (Dt 11.29). Jesus lhe mostra que deveras a salvação vem dos judeus, e que a questão de onde se adorar será superada, posto que se entenderá que os verdadeiros adoradores não se limitarão a templos, mas que eles adorarão ao pai em espírito e em verdade (Jo 4.24). Ainda hoje, temos esse problema quanto ao lugar de adoração, mas Jesus inaugurou um novo tempo em que os adoradores não dependem de lugar, mas de uma disposição interior que reflete adoração em tudo quanto faz, ou seja, tudo o que é feito deve refletir uma sacralidade. Visto que, seja o comer, beber, vestir ou qualquer outra coisa ética deve ser feita para Deus (Rm 11.36).”

- Tudo em nossas vidas deve glorificar à Deus, em todo momento, em todo lugar, sozinho ou acompanhado, todos os nossos atos devem agradar ao nosso Salvador;
- Esta afirmação de Jesus não significa, porém que devemos ignorar o templo (igreja) construído para reunir os crentes. Na igreja a adoração é coletiva e é o local onde mantemos a comunhão uns com os outros;
- Por outro lado, não é necessário andar vários quilômetros para adorar a Deus, muito menos fazer peregrinações, às vezes a pé, de joelho, para chegar a um santuário e prestar culto a Deus. Não havendo uma igreja perto, o crente pode adorar a Deus onde estiver.

2.3. Jesus traz nova revelação:
“Quando a mulher finalmente disse que a vinda do Messias encerraria tais questões, para Jesus chegou o momento de se revelar dizendo: "eu o que falo contigo". Aqui está outro importante princípio da evangelização, mostrar a providência divina para o pecador, capaz de salvá-lo perfeitamente. E importante apontar o problema do pecado, mas, em seguida, mostrar-lhe a provisão divina, ou seja, em que se coloca pecador e salvador face a face. Nessa hora, mostramos o incomparável amor de Deus, a missão salvadora de Jesus e o que essa pessoa precisa fazer para alcançar a vida plena espiritual nele (Jr 29.13). E claro que esse trabalho não deve ser encerrado aí, caso alguém deseje entregar a sua vida a Cristo. Tal pessoa precisará de receber orientação, proteção e acompanhamento para sua própria sobrevivência nessa nova vida em Cristo (Mt 28.20).”

- Apontar o pecado sim, porém com ternura, todavia de nada adianta apontar o pecado e esperar que o Espírito Santo convença o pecador do seu pecado e não apontar a ele o escape, Àquele que tira o pecado do mundo, o Salvador Jesus;
- Importante também é convidar o novo convertido para o nosso local de reunião, a igreja onde congregam os santos;
- Na igreja, é importante acompanha-lo nos primeiros passos, explicando a liturgia, os cânticos, a localização de versículos bíblicos bem como os princípios básicos do cristianismo.

3. Resultado de uma boa Comunicação:
“Depois de colocar a pessoa frente a frente com Cristo e instruí-Ia quanto ao que se deve fazer, devemos estar preparados para a aceitação ou rejeição da mensagem. A princípio alguém poderá aceitar ou rejeitar o evangelho e posteriormente esse resultado ser alterado.”

3.1. Ela se torna um agente multiplicador (Jo 4.28-29):
“A mulher samaritana ao se defrontar com o Messias, concluiu que era Ele. Ficou tão impressionada com a conversa e o seu interior lhe confirmava que de fato era Ele o Messias, aquele Galileu com quem conversara até aquele momento. Largou o seu cântaro de água e correu à cidade anunciar aos homens de lá, convidando-lhes para que averiguassem o caso, e quem sabe chegariam a mesma conclusão que ela. Que aquele profeta era o Messias, pois Ele lhe dissera tudo a seu respeito. O impacto desse encontro foi tão poderoso em sua alma que a mulher de quem não sabemos o nome, convenceu os homens, como disse João: "saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele". Há pessoas que são verdadeiros multiplicadores, ou seja, verdadeiras varas da videira altamente frutíferas, com uma capacidade enorme de influência adormecida, mas que despertadas para Deus se tornam valorosos conquistadores de almas para o Senhor.”

- O efeito da pregação foi tão poderoso que Jesus não apenas converteu aquela mulher ao evangelho, mas formou ali uma missionária que rapidamente saiu a distribuir o que de graça tinha recebido;
- O exemplo desta mulher serve para todos os cristãos da atualidade, pois ela deu fruto, multiplicou o que recebeu e não chegará diante de Deus de mãos vazias.

3.2. Os samaritanos insistem para que Jesus permaneça (Jo  4.40,41):
“Atravessar Samaria, era para ser apenas um atalho, aguardar o retorno dos discípulos que foram comprar comida, apenas mais um detalhe. Todavia, em unção do resultado da comunicação com aquela mulher e do testemunho dela aos homens da cidade, o. Senhor Jesus teve o seu programa alterado. Foi, pois, necessário, em função disso, Ele permanecer ali com seus discípulos mais dois dias. Agora observe como Jesus era eliminador de barreiras, ao travar diálogo com a mulher, ela conduziu os homens da cidade a um forasteiro que jamais prestariam atenção. Porém, no final, eles mesmos lhes pedem para que Jesus permaneça com eles. Jesus via como era necessário ali permanecer para firmar o seu trabalho entre eles e, de boa vontade, o fez. No reino de Deus é assim, temos em mente uma meta a atingir, mas devemos ser flexíveis o suficiente para a própria preservação dos resultados já alcançados e até ampliá-los.”

- Vemos em Jesus um quebrador de barreiras, antes odiado pelos samaritanos por ser judeu agora, eles imploram para que permaneça e os ensine mais sobre o reino dos céus;
- Temos sido convidados a permanecer e ensinar mais sobre Cristo?
- Interessante, pois vemos aqui que a obra é de Deus, Ele muda os planos, altera as estratégias de nossa mente conforme a Sua vontade;
- Observamos também que o maior evangelizador que este mundo conheceu, era agradável, socialmente acessível, alegre e despertava em todos o desejo de estar pertinho dEle. Será que todos os pregadores da atualidade são bem quistos, são agradáveis, trazem alegria ao local?

3.3. Os samaritanos creem que Jesus é o salvador (Jo 4.42):
“João descreve o resultado positivo daquilo que começou com o estabelecimento de uma comunicação com a mulher. Utilizamos aqui a palavra comunicação intencionalmente por traduzir com peso a importância da mesma na evangelização das pessoas. Observe que comunicação é simultaneamente pelo menos oito coisas diferentes: concessão, doação, conversação, convívio, diálogo, entendimento, difusão e transmissão. O que o mestre da evangelização fez, foi impedir que as barreiras sociais do preconceito, do etnocentrismo, de gênero, etc., impedissem de determinar a sua forma de trabalhar a fim de conduzir aqueles homens ao conceito e experiência que eles alcançaram: sabemosque este é verdadeiramente o Salvador do mundo.”

- Independente da raça, cor, religião, posição social, etnia... Para o salvo em Jesus existem apenas 2 tipos de pessoas, os salvos e os não salvos.
- Os salvos são nossos irmãos em Cristo, devemos ter comunhão com eles e lutarmos juntos contra o mal;
- Os nãos salvos são o alvo da nossa comunicação, da proclamação do evangelho. Devemos em todo tempo abominar o pecado, mas amar o pecador e apresentar a eles a salvação que só existe em Cristo Jesus.

CONCLUSÃO
“Temos, em Jesus, o supremo exemplo de ir ao nível dos homens, seja qual for. O de Nicodemos, um notório mestre de Israel; ou da samaritana que era de outra etnia e de conduta duvidosa. O mais importante que aprendemos é amar as pessoas independente do que elas são, e a elas demonstrarmos esse amor através da comunicação do Evangelho, com todo o vigor para possibilitar a transformação delas: espiritual e social também.”

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Nicodemos e o novo nascimento

Meus queridos, esta semana deixo com vocês os subsídios criados pelo nosso irmão W Dornele do blog: http://dornele.blogspot.com.br.

Bom proveito a todos.

Lição 04
Nicodemos e o novo nascimento

1-1 Os fariseus explicavam a lei de Moisés e é permitido a nós entender que o povo ouvia sem expressar reação alguma, mas quando Jesus pregava o povo glorificava a Deus, Nicodemos sendo um pregador quis entender qual a diferença que havia no ensino de Jesus.
 
 
1-2 Mesmo sendo famoso e bem relacionado na alta sociedade, Nicodemos estava investigando algo novo para ele. Embora bastante difundido o evangelho ainda é novidade para muitas pessoas e precisamos também de discrição para com as pessoas que tem receio de se envolver no novo.
 
 
1-3 As pessoas se especializam naquilo que gostam e se esforçam para aprender mais, nós os crentes também precisamos nos especializar no ensino do evangelho e acima de tudo buscar em todos os instantes o auxilio do Espírito Santo.
 
 
2-1 É interessante notarmos que ao longo desses últimos dois mil anos os milagres e sinais continuam sendo feitos em o nome de Jesus e pessoas próximas ao evangelho ainda continuam rejeitando Jesus por ídolos, mas pessoas com discernimento espiritual estão se convertendo, muitas religiões estão diminuindo o número de seus fiéis e ao contrário as igrejas evangélicas estão aumentando o seu número.
 
 
2-2 Jesus foi direto ao assunto: “Nascer outra vez é se deixar ensinar”, Nicodemos conhecia apenas o que fora passado a ele e o ensino que recebeu era um ensino torcido da lei de Moisés, Jesus esclareceu os pontos que ele ainda não havia entendido e desse modo entendeu a misericórdia de Deus, pois Nicodemos era legalista.
2-3 Nicodemos tornou-se outra pessoa depois de falar com Jesus. As pessoas podem ser tocadas por Jesus, é nossa missão fazer isto.
3-1 O evangelho é superior a qualquer mensagem, ensino ou doutrina de homens, o evangelho por ser de Deus nos dá a oportunidade de introduzi-lo em qualquer diálogo e pessoas sendo ilustres, mas não conhecedoras do evangelho diante de nós são colocadas em posição de inferioridade sapiencial e o Espírito Santo nos direciona na condução do diálogo.
3-2 O novo nascimento implica em ver a existência do modo que Deus vê. O homem nascido do evangelho muda hábitos e comportamentos e essas mudanças são dignas de apreciação da parte de Deus, mas o estilo de vida mundano não aceita o estilo de vida dos crentes em Jesus, mas importa agradar aquele que tem poder para tirar a vida e lançar a alma ao inferno.
3-3 “É necessário que Jesus esteja acima de tudo”, os judeus que era o povo que esperava o “Messias” não entendeu nem aceitou a figura de um Messias simples como Jesus e queriam um líder guerreiro que livrasse e reinasse sobre Israel. Jesus naqueles dias veio livrar Israel dos seus pecados que era o afastamento de Deus. O mundo precisa entender que Jesus é Deus e está acima de todas as coisas e precisa ser adorado.

Contatos do autor: E-mail: wdornele@gmail.com Twitter: wdornele

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS


O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS
Lição 03 - 15 de Julho de 2012

TEXTO ÁUREO
“Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.”. Jo 2.11

VERDADE APLICADA
O milagre da transformação da água em vinho tem como propósito mostrar a glória de um renovo espiritual.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar como compartilhar sobre Jesus através das necessidades das pessoas próximas a nós;
Revelar que os problemas são oportunidades para Jesus manifestar a sua glória na vida das pessoas;
Apresentar alguns benefícios àqueles que ajudam as pessoas resolverem seus problemas através da fé em Jesus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Jo 2.2 E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as bodas.
Jo 2.3 E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.
Jo 2.4 Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
Jo 2.7 Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.
Jo 2.8 E disse-lhes: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E levaram.
Jo 2.9 E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os empregados que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo.
Jo 2.10 E disse-lhe: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

INTRODUÇÃO
“Enquanto o capítulo I de João tem a preocupação de apresentar Jesus como o Deus antes da história, o mesmo não acontece no capítulo II. Neste caso o Mestre da vida é apresentado à humanidade por João como um ser social, humano, com expectativas bem semelhantes aos seus amigos. Todavia motivado em cumprir sua missão, começa a fazer sinais reveladores da era messiânica tão esperada.  E então, faz um primeiro milagre, realizado em uma festa em Cana da Galileia.”

- Jesus, depois de apresentado como o filho de Deus e tendo cumprido o batismo, começa seu ministério;
- Seu ministério começa com um milagre no meio do povo, mostrando seus propósitos:
  • ·         O milagre indica sua divindade;
  • ·         O milagre entre pessoas foi para despertar a fé na divindade de Jesus;
  • ·         O milagre também serviu para firmar a fé dos discípulos. “Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.”. Jo 2.11.

- Aprendemos que Jesus tinha vida social e a aprovava, ele ia a festas, participava de jantares e se reunia constantemente com os seus;
- A presença de Jesus em um casamento mostra que este aprova o casamento como a vontade de Deus, caso contrário Jesus não estaria lá;
 Jesus sente prazer em ver o povo alegre, Jesus não era um religioso de cara amarrada, contra o sorriso e semblante sério, mas se alegrava e gostava de ver a alegria dos outros, várias vezes ouvimos ele dizer “tenha bom ânimo”.

1. O PRIMEIRO SINAL DE JESUS:
“"E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não tem vinho." (Jo 1.3). Ela assim o fez porque esperava que Ele pudesse ajudar na situação. Numa cultura que honrava a hospitalidade, ficar sem vinho seria um desastre social, por isso Maria tentou fazer com que Jesus a ajudasse.”


- A falta do vinho era sem dúvida algo desesperador para a família que se sentia envergonhada, porém, uma excelente oportunidade para o primeiro milagre de Cristo;
- O vinho pode ter acabado por situações como o excesso de convidados (ou penetras) na festa, o tempo da festa que costumava ser de 7 dias ou mesmo as condições financeiras das famílias dos noivos.
- Note que, quando o desespero aparece, Jesus traz esperança e milagre.


1.1. O SIMBOLISMO DO VINHO:
“Os casamentos nos dias de Jesus eram eventos importantes carregados de simbolismos. Amor e alegria eram sentimentos ligados ao vinho em uma celebração de casamento, sinalizavam marcas de tempos messiânicos. As comemorações associada ao vinho, na cultura judaica, também caracterizavam temas como: fim dos tempos e Reino de Deus (Mt 22.1-4).
Neste episódio o simbolismo dos ritos judaicos continua sendo destacados. São mencionados seis potes de pedra, que guardavam água para a purificação que estava protegida da impureza (Lv 11.29-38). Eram cerca de sessenta e nove litros por pote, totalizando cerca de 300 a 550 litros. Aqui o simbolismo salienta a riqueza de provisão na celebração messiânica.”



- Imagine-se naquele momento! As talhas eram exclusivas para água e serviam para a limpeza cerimonial dos judeus. A limpeza já havia ocorrido e as talhas estavam vazias;
- Jesus pede para encherem as talhas na presença de todos;
- Algo entre 300 a 550 litros de água são transformados em puro vinho diante de todos;
- A dinâmica do milagre ocorreu para que não houvesse dúvidas, as talhas estavam lá antes, pois fazia parte da cerimônia, não houve nenhuma desconfiança de truque ou mágica pois tudo foi feito diante de todos;
- As bodas podem aqui simbolizar o futuro casamento da noiva (igreja) com Jesus (noivo);
- O vinho simboliza a alegria e o amor bem como a ira de Deus aos pecadores (Ap 14.10)


1.2. A CONFIANÇA DE MARIA:
“Maria, depois de falar com Jesus, deu-se por satisfeita. Sabia que Ele encontraria uma solução para a falta de vinho, pois disse aos serventes, "fazei tudo quanto Ele vos disser" (Jo 2.5). Noutras palavras, ela dizia: obedeçam a Ele, confiem na maneira de Ele agir, pois Ele saberá o que fazer. Os problemas que as pessoas nos trazem podem ser a grande oportunidade que temos para ajudá-las a resolver mediante o uso da fé (Mt 7.7). Gostaríamos de atender as pessoas resolvendo os seus problemas, mas não somos mais sábios do que Deus, Ele é quem dará a solução a sua maneira, como Lhe compete.”

- É importante observar que a resposta de Jesus não indica falta de educação, a tradução para mulher poderia ser substituída por senhora. Veja que na cruz, Jesus de forma carinhosa, usa a mesma expressão.
- A expressão “fazei tudo o que Ele vos disser” é a chave para o sucesso na vida cristã. Maria entendeu isto muito bem;
- A confiança se dá por meio da fé, sem a qual ninguém agrada a Deus (Hb 11.6)

1.3. O MILAGRE REALIZADO:
“A espera de um milagre pode variar, mas o caso de suprir o vinho da festa de casamento não demorou para Jesus resolver. Na verdade, Ele surpreendeu aqueles que sabiam do problema com a sua forma prática e rápida de agir. Mandou Jesus que enchessem de água as seis talhas que eram usadas para lavar as mãos. Logo depois ordenou que tirassem o suficiente para que o mestre-sala provasse do novo vinho, e ele então se admirou da qualidade do mesmo, indo em seguida elogiar o noivo pela sua alta qualidade naquela altura da festa (Jo 2.8-10).”

- Importante é perceber que Jesus fez o milagre, mas as talhas não foram cheias por Ele. Isto indica que, para que o milagre aconteça, é necessário fazermos a nossa parte e não apenas esperarmos passivamente e inertes o agir de Deus.
- Outro ponto importante é perceber que existem milagres imediatos e outros que demoram décadas.
- Quando o milagre acontece, a situação nova se torna muito superior a anterior. O vinho milagroso se mostrou de qualidade muito superior ao antigo.

2. A PEDAGOGIA DO MILAGRE:
“Quando o autor do Evangelho selecionou a narrativa desse milagre ele tinha em mente confirmar o que já escrevera anteriormente, "Vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai", e que também veio manifestar graça e verdade. A presença e a glória de Jesus tinham como propósito alcançar o coração dos que ali estavam e enchê-los de fé, principalmente o coração dos seus discípulos. Nós nos sentimos renovados em nossa fé quando vemos Jesus operar, pois Ele sabe como conquistar os corações através do seu agir.”

- O motivo imediato do milagre era livrar um jovem e recém-casal da vergonha perante seus convidados;
- Ninguém reprovaria a Jesus por esta atitude, porém o seu ato foi muito além, mostrou sua divindade, iniciou seu ministério, os que ali estavam creram nEle e os seus discípulos tiveram sua fé fortalecida.

2.1. ENSINAR PELA ATITUDE:
“"Enchei de água essas talhas" (Jo 2.7). Os problemas em si não são exatamente para nos destruir, podemos aprender bastante com eles, e eles dão oportunidade para despertarmos a nossa fé e ver a mão de Deus agir em nosso favor (Rm 5.1-6). A nossa experiência em muitas áreas resolvidas através da fé nos ajudará, nunca esquecendo que novas situações poderão acontecer (Tg 1.12). Mas não há problema tão grande que o Senhor não possa resolver (Is 43.13). Basta revigorar nossa fé por meio das disciplinas espirituais para que estejamos preparados para o dia difícil (Mt 26.41; 4.4; SI 12.6; 1.2; 119.103; Mt 17.21).”

- Não vemos relatos na Bíblia de reclamação dos serventes quando lhes foi ordenado encherem as talhas com água, nem sequer um pedido de explicação ou dúvida do porquê daquela ordem;
- Na nossa vida de fé passamos pela mesma situação, somos impelidos a fazer coisas que fogem da razão humana (como esperar com paciência quando tudo indica que é hora de agir), esta obediência nos é premiada com o poder da fé.

2.2. ENSINAR PELO MILAGRE:
“Ainda que o homem esteja distante de seu Criador, mesmo que Ele viva uma vida indiferente a Deus, e que haja em rebeldia, pois "todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus" (Rm 3.23), Deus continua amando o homem e quer ajudá-lo em seus problemas e salvá-lo dos seus pecados, daí ter amado a humanidade de tal maneira (Jo 3.16-18). Por isso os milagres como da água transformada em vinho e tantos outros são maneiras de manifestar o Amor divino em favor daquele que carrega a imagem e semelhança do Senhor consigo (Gn 1.25-27).”

- Mais do que uma demonstração de amor, temos a demonstração da graça de Deus, o favor imerecido de um Deus todo poderoso a uma raça caída e pecaminosa;
- Graça não se explica, se recebe e fim;
- Vemos neste milagre que Deus se preocupa inclusive com o nosso dia-a-dia, com os milagres diários, o livrar-nos do mal cotidiano e o direcionarmos no caminho correto da nossa caminhada.

2.3. ENSINAR PELA REVELAÇÃO ESPECIAL:
“A transformação da água em vinho é um milagre inédito no Novo Testamento, que visa despertar a fé dos discípulos em Jesus como o Messias. Foi realizado na presença dos serventes em talhas de Pedras onde lavavam as mãos, e ali não havia sequer resíduo de vinho algum, onde as águas foram depositadas novamente, mas com um propósito de revelar-se num relacionamento redentor, é que Jesus faz o primeiro milagre. A isso, os teólogos chamam de revelação especial (particular) de Deus (Ex 3.14; FI 3.10).”

- A teologia fala de 2 tipos de revelação a geral e a especial;
- Revelação geral: Deus revela suas verdades por meio da natureza, motivo pelo qual nenhum homem pode se dar por inocente em não glorificar a Deus, pois “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos...” Sl 19. 1-4, Rm 1.20;
- Revelação especial onde Deus se revela pela Sua palavra e pelos Seus atos. Deus se revelou por meio de aparições físicas (Gn 3.8), sonhos (IRs 3.5), visões IICo 12.1-7), e principalmente por Sua palavra, desde as tábuas da lei até a Bíblia que conhecemos hoje.


3. A METÁFORA DO VINHO:
“Quando o mestre de cerimônias provou a água transformada em vinho (ele não sabia o que havia acontecido, mas os empregados sabiam), ele disse ao noivo que todas as pessoas que conhecia começavam as comemorações com os vinhos melhores, e depois que os convidados bebiam bastante, servida o inferior. Mas o mestre de cerimônias reclamou dizendo que eles haviam guardado o melhor para o final. Com esse milagre de transformação aprendemos metaforicamente que o bom vinho representa o Evangelho que dá salvação pelo sangue de Jesus (Mt 9.17).”

- O bom vinho virá no final: Hoje conhecemos em parte, vivemos em parte, nos alegramos em parte, mas a alegria completa ainda esta por vir (1 Jo 3.2);
- Observe que, quando é Jesus que faz, até os que não viram o milagre se admiram do resultado;

3.1. A NECESSIDADE DE UMA RENOVAÇÃO:
“O velho vinho acabara, e agora urgia a necessidade de uma reposição (renovação), nos odres vazios. Sem o vinho, a festa seria prejudicada, e os noivos ficariam envergonhados. Maria entra em cena, porque vê em Jesus o único que poderia dar solução, para aquela dificuldade desafiadora. Então, Jesus com uma abrupta, mas não indelicada repreensão, diz a sua mãe que ainda não havia chegado há "sua hora", mas sinaliza com o milagre da reposição com vinho novo. Assim como o Senhor trouxe vinho novo para aquele casamento, também, trouxe uma renovação espiritual para a humanidade através de seu sangue derramado na cruz (Jo 7.30; 8.20; 12.23; Lc 22.18-20).”

- Como foi dito antes, a resposta de Jesus indica autoridade e não falta de educação, Maria percebia que a partir daquele momento seu filho pertencia a uma missão no mundo ao qual veio salvar e não mais a ela como mãe;
- Maria reconhecendo a divindade do filho o aponta como único capaz de resolver aquela situação;
- A renovação do vinho aponta para a renovação espiritual pelo qual o homem brevemente passaria quando o sangue de Cristo fosse derramado.

3.2. AS NECESSIDADES LEVADAS A JESUS:
“Não podemos esquecer que o Senhor Jesus sempre estará pronto para atender-nos. Assim como atendeu Maria naquela festa de casamento, atender-nos-á em nossos pedidos. Mesmo que não nos atenda como desejamos, mas Ele nos ouvirá. E saber que somos ouvidos por Ele é um estímulo contagiante (SI 3.4; 22.24; 34.6; 66.19; Jr 33.3). Ele nos ouve, e tratará de nos ensinar através de suas respostas mais convincentes.”

- Jesus esta pronto para ouvir o pedido de todos nós, isto indica que não é necessário nenhum ajudante, nem intermediário, nem outra forma de divindade, anjo, santo ou o que quer que seja, Ele é onipotente, onisciente e onipresente para nos ouvir, saber do que precisamos e nos ajudar onde estivermos;
- Importante lembrar que sempre seremos ouvidos pelo nosso mestre (Is 59.1) mas, a reposta pode não ser a que desejamos receber pois as vezes nem sabemos pedir (Rm 8.26);
- A resposta de Deus deve primeiro ser aceita pela pessoa, depois é necessário observar a forma que a resposta vêm, pois dela tiraremos um grande aprendizado.

3.3. A VIRTUDE DE OUVIR:
“Quem responde antes de ouvir, demonstra tolice em sua atitude. Aquele que fala sem refletir assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar. É preciso ter cuidado com as palavras. A Bíblia manda que sejamos tardios no falar e pronto para ouvirmos (Tg 1.19). Após ouvir o problema da festa, Maria, mãe de Jesus, empenhou-se numa solução, e pelo amor que tinha por aquelas pessoas, conseguiu o que tão urgentemente queria. A lição desse episódio nos mostra o quanto é importante ouvir as pessoas nos seus mais variados problemas. Algumas vezes será necessário apenas ouvi-las, em outras, será fundamental agir. Mas só se deve agir, se tivermos uma solução coerente, que traga benefícios para quem nos pede ajuda (Pv 15.22; 20.5).”

- As vezes somos impelidos a tomar decisões e emitir opiniões sem ouvir os dois lados de um problema (Pv 18.13);
- Outro aprendizado que tiramos deste episódio é que devemos ouvir e interceder. Vivemos em tempos de individualidade, se o problema não envolve minha família eu nem ligo, mas Cristo nos diz que devemos nos preocupar com o próximo e orarmos uns pelos outros.

CONCLUSÃO
“Esse ato de Jesus, em Caná da Galileia, foi o primeiro sinal, o primeiro vislumbre de Sua Glória. E por isso os seus discípulos passaram a crer Nele num grau de fé bem maior. Os milagres de Jesus tiveram essa pedagogia eficiente, de ensinar aos Seus discípulos a viver uma vida de maior vitalidade espiritual; de promoção da alegria; de pregação da esperança; e ainda, de promover aproximação cada vez maior da humanidade para Ele mesmo. Sua participação, na temporalidade da história humana, só nos mostrou o seu grande e incomparável amor por nós.”

sábado, 7 de julho de 2012

Louvor para os homens ou para Deus?

Meus queridos, no programa deste domingo as 14:30h na radio 87FM, será debatido sobre a atualidade do louvor nas igrejas.

Compartilho da opinião que subscrevo a seguir.

Boa leitura a todos.

Original: http://www.vivos.com.br/363.htm



Ministrando a Deus ou aos homens?


“...servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens...” (Efésios 6:7).

As dificuldades que um dirigente de louvor confronta enquanto está conduzindo o povo na adoração congregacional são inúmeras. Dentre as mais corriqueiras e mais discutidas entre os líderes e dirigentes está a excessiva preocupação com a aprovação e agrado dos homens no que diz respeito a sua performance. Na verdade, alguns expõem que a dificuldade está no fato de que nos prendemos demais naquilo que nossos olhos enxergam (o povo, o homem) e esquecemos de adorar “em espírito e em verdade” (ou seja, não dirigimos o louvor a Deus, mas ao povo).

Percebo que muitos dirigentes estão com o coração aflito por causa deste problema. Eles estão com a consciência pesada pois sabem que durante o culto se esquecem (involuntariamente) dAquele que deveria ser o centro de todas as atenções. Alguns já me confessaram totalmente contristados: “Irmão, me ajuda porque eu não consigo me concentrar em Deus, estou muito preocupado com as pessoas!”.

Há algum tempo atrás enfrentei este problema. Sentia-me culpado porque media o sucesso da minha direção na resposta, no “feedback” da igreja. Se eu percebia que o louvor estava fluindo e os irmãos estavam cantando conosco com toda a avidez então concluía que Deus estava “aceitando” a adoração. Se nalgum dia a igreja não estivesse disposta a cantar, então era porque Deus não queria ser louvado, não era dia de louvor, ou seja, os ares espirituais estavam muito tenebrosos (que triste conclusão!).

É um erro pensar que as músicas que agradam as pessoas, são as mesmas músicas que agradam a Deus e são as mesmas que Ele quer ouvir no mesmo momento em que as pessoas querem ouvir. Às vezes, pecamos ao pensar que Deus é apenas mais um na platéia, que a opinião de Deus tem o mesmo peso que a opinião do irmão José. A voz do povo não é a voz de Deus! O povo é o povo e Deus é Deus!

Muitas vezes já falei coisas durante o culto que desagradaram a homens, mas agradaram a Deus. Por outro lado, já falei palavras e cantei músicas para agradar a homens e acabei desagradando a Deus (e por isso me arrependo profundamente). Alguém poderia perguntar: “Então quer dizer que só tenho que cantar e ministrar palavras que desagradam os homens, para agradar a Deus?”. Naturalmente, não. Haverá momentos que o que Deus quer falar vai agradar os homens, vai levar o povo à presença dEle. E aí haverá a tão desejada fluência no louvor, porque a vontade de Deus vai ser valorizada, vai ter peso. Já foi dito: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1:10).

O que quero trazer à luz neste artigo é que os dirigentes de louvor devem estar mais preocupados com Deus e sua vontade do que com o que o povo vai pensar ou falar de sua performance. Assim os dirigentes podem ficar mais descansados e em paz, pois fazer a vontade de Deus é infinitamente melhor do que fazer a vontade dos homens. Prefiro ser avaliado e julgado por Deus do que pelos homens. Então, meu irmão, descanse em Deus e se preocupe em ministrar a Ele. Deus é misericordioso, já o povo não tem piedade (Marcos 15:14). Procure agradar a Deus. Quanto aos homens... bem, prepare-se... algumas vezes haverá críticas, insatisfação, desagrados, julgamentos e condenações. Quanto a Deus... Ele estará sorrindo para você!


Um abração em Cristo Jesus

Ramon Tessmann
www vidanovamusic.com/ramon
 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

LIÇÃO 02 – OS PRIMEIROS DISCÍPULOS DE JESUS


LIÇÃO 02 – OS PRIMEIROS DISCÍPULOS DE JESUS

08 DE JULHO DE 2012



LEITURAS COMPLEMENTARES



Segunda feira: Jo 40.1

Terça feira: Jo 1.39

Quarta feira: Mt 19.27

Quinta feira: Jo 14.9

Sexta feira: Pv 18.13

Sábado: At 1.13



TEXTO ÁUREO



"Os dois discípulos, ouviram- no dizer isso e seguiram a Jesus". Jo 1.37



VERDADE APLICADA



Depois de encontrarmos Jesus, devemos ajudar os nossos familiares e amigos a fazerem o mesmo.



OBJETIVOS DA LIÇÃO



·         Conscientizar quanto à responsabilidade de conduzir os nossos familiares e amigos a Jesus Cristo;

·         Demonstrar, por meio dos relatos bíblicos, que quando fazemos a nossa parte, o Senhor Jesus sempre faz a dEle;

·         Extrair exemplos da vida evangelística de André.



GLOSSÁRIO



·         Consanguínea: que é do mesmo sangue, mesma origem;

·         Devastador: que ou o que devasta;

·         Messias: para os cristãos, esse ser na pessoa de Jesus Cristo;



HINOS SUGERIDOS



65, 167, 395



TEXTOS DE REFERÊNCIA



Jo 1.35 - No dia seguinte João estava outra vez ali, na companhia de dois dos seus discípulos.

Jo 1.36 - E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.

Jo 1.37 - E os dois discípulos ouviram-no dizer isso e seguiram a Jesus.

Jo 1.38 - E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras?

Jo 1.39 - Ele lhes disse: Vinde e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima.

Jo 1.40 - Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João e o haviam seguido.

Jo -1.41 - Este achou primeiro a seu irmão Simão e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).



INTRODUÇÃO



“Apesar de Jesus ter começado o seu movimento espiritual com apenas dois homens da pobre região da Galileia, há mais de 2000 anos, a Sua figura continua em evidência. Seus primeiros discípulos: André e João, e depois Pedro são personagens importantes que com seus testemunhos conseguiram impactar o seu mundo com a mensagem transformadora do Evangelho de Jesus.”



- Jesus só começou seu trabalho como obreiro depois de ser batizado, vemos aqui a importância do batismo, isto é, do discipulado e do conhecimento das doutrinas e costumes da igreja antes de se lançar a obra.

- Jesus, mesmo sendo sem pecado, quis ser batizado para não dar motivo para que outros não quisessem passar pelo batismo Mt 3.15.

- Todos os discípulos foram também batizados antes do trabalho evangelístico.

- Os primeiros discípulos saíram da escola de João Batista, mostrando a importância de estar buscando a Deus  para ser chamado;

- André, João e Pedro, eram homens simples, que vieram de locais simples o que mostra que Deus é quem capacita os escolhidos.



1. ANDRÉ E SUA HISTÓRIA



“As informações bíblicas e históricas disponíveis sobre a biografia do apóstolo André não deixam dúvidas sobre a relevância de sua participação tanto no grupo embrionário de discípulos, quanto na posterior liderança de importantes congregações cristãs do século I.”



- André do grego Andros – Homem, varonil, valoroso – Foi apresentado a Jesus por João Batista (Jo 1. 35 a 42) e decidiu a seguir a Cristo quando Este convidou a ele a ao seu irmão Pedro em seus trabalhos (Mt 4. 18-19);

- André, um homem simples que participou ativamente do início da obra de Cristo e depois nos primórdios da igreja primitiva.



1.1. A ORIGEM DE ANDRÉ:



“André celebrado pela tradição ortodoxa grega como o primeiro apóstolo, conforme João 1.40. Era irmão de Pedro, morava em Betsaida do mar da Galileia, onde também desenvolvia ali a sua profissão de pescador. São poucas as informações no Evangelho acerca da sua pessoa, todavia aprendemos com André várias lições nos lances rápidos em que aparece no cenário do Novo Testamento. Apesar de sua origem humilde, ao encontrar Jesus, procurou demonstrar uma atuação efetiva nos fatos que envolveram a sua vida (Jo 6.5-9).”



- Os doze apóstolos:



1) André;

2) Bartolomeu (Natanael);

3) Tiago (Filho de Alfeu);

4) Tiago (Filho de Zebedeu);

5) João;

6) Judas (não o iscariotes);

7) Judas Iscariotes;

8) Mateus;

9) Filipe;

10) Simão Pedro;

11) Simão Zelote;

12) Tomé; 

13) Matias (Substituindo a Judas)



- André – Considerado o primeiro discípulo e apresentou outros a Jesus (Jo 1.41);

- André e Pedro tinham de uma casa em comum (Mc 1.29);

- Eram filhos de Jonas (ou João), homem pescador que ensinou o ofício aos filhos;

- Nasceu em Betsaida, próximo ao mar da Galileia;



1.2. ANDRÉ E JOÃO SEGUIRAM JESUS



“André era um homem insatisfeito com a sua própria condição, pois ele demonstrava preocupações com os valores espirituais. Não estava contente com a religiosidade (não que a quisesse trocar) e precisava aprofundar-se mais nas promessas messiânicas. Naquela época de servidão ao Império Romano de elevados impostos sobre tudo o que era produzido, de corrupção geral no templo de Jerusalém, ele encontrou João Batista, um homem simples, e que não conhecia os limites de sua fidelidade para com o Senhor, vivendo no deserto da Judéia e batizando no rio Jordão (Jo 1.35)”



- André não se tornou crente no momento em que viu Jesus, já era um homem temente a Deus e seguidor da verdade pregada por João Batista;

- André não se acomodou com a realidade religiosa da época – o mundanismo (simbolizado pelo império romano) estava arraigado à religião vigente e corrompia as doutrinas e costumes da época. Será que não estamos vivendo algo semelhante a isto?

- André não se conformava com este mundo (Rm 12.2; 1Pe 1.14)



1.3. ANDRÉ APRESENTOU PEDRO A JESUS:



“Depois que André e João foram apresentados ao Nazareno, seguiram-no prontamente. Eles desejavam saber onde o Mestre de Nazaré morava e Ele os mostrou, assim passaram um dia com Ele (Jo 1.39). André era irmão de Simão, uma conexão consanguínea importante para compor o futuro quadro dos chamados apóstolos, embora ele nem imaginasse que isso poderia acontecer. Na verdade, tudo foi desencadeado mediante a apresentação de Simão a Jesus. André, possivelmente acompanhado de João, foi enfático: ''Achamos o Messias" e imediatamente o conduziu a Jesus”



- André demonstrou um aspecto comum aos líderes – dividiu as oportunidades com as pessoas que ele achava capaz (Pedro);

- Um dia, um minuto, um segundo na presença de Cristo é o suficiente para mudar toda a história de uma vida;

- Como foi dito anteriormente, André passou um dia com Cristo ouvindo seus ensinamentos e em outra oportunidade, quando convidado, resolver seguir a Cristo (Mt 4. 18 e 19);

- André mostrou a importância do testemunho para incentivar a outros a abraçar a causa de Cristo, sua afirmação “Achamos o Messias” foi um testemunho do encontro que ele teve com Jesus, foi tão forte ao ponto de convencer, quase que imediatamente, ao seu irmão Pedro.



2. A CONVERSÃO DE PEDRO



“Quando nos ocupamos em colocar um parente ou amigo diante de Jesus, não precisamos ficar ansiosos quanto ao que vai acontecer. Tenha certeza de que Jesus não irá se embaraçar com quem quer que seja conduzido a sua presença. O mais importante é crermos no Senhor Jesus, e o mais Ele fará (SI 40.1); após apresentá-los precisamos estar orando sempre por eles, pois travamos uma batalha severa contra o pecado e Satanás (2Co 11.14), que não admite perder qualquer espaço no mundo.”



- André, ao conhecer o Messias prometido, não foi egoísta e logo testemunhou do seu encontro com seu irmão Pedro;

- André com espírito missionário ganhou não um membro da futura igreja, mas um importante discípulo;

- Evangelizar a família não é tarefa fácil pois eles conhecem nossas virtudes e falhas mais do que ninguém;

- É preciso muita oração (Tg 5.16b) e bom testemunho (1Co 2. 14-15).



2.1. JESUS RECEBEU SIMÃO



“Quando André conduziu seu irmão Simão a Jesus, o Senhor o recebeu apesar dos muitos compromissos que tinha como Pregador e Mestre. Naquele momento André não foi passivo, antes tomou a iniciativa de colocá-lo diante do Mestre e, Ele o recebeu. Nossos familiares devem ser prioridade na evangelização, pois estão tão perto de nós, que precisamos aproveitar a oportunidade. Quantas vezes pensamos evangelizar pessoas que não conhecemos, que estão distantes, sem primeiro falar aos que estão bem ao nosso lado.



- O Mestre esta pronto para receber a todos que o buscam;

- André mostrou que não basta esperar o milagre da salvação dos seus familiares, é importante agir voluntariamente em várias frentes: oração, testemunho, palavra e paciência;

- O culto doméstico é uma excelente estratégia na evangelização dos pequeninos (Pv 22.6).



2.2. JESUS ALTEROU O NOME DE SIMÃO



“Jesus chamou a Simão de "Kefas" (Jo 1.42) que significa pedra em aramaico, a língua materna de Jesus. Antes era Simão, agora depois de encontrar o Mestre ele é Simão Kefas (Pedro). Seu novo nome indicava uma transformação de vida em função da missão que estava prestes a receber. Simão curiosamente não estava procurando o Messias, se bem que gostaria de encontrá-lo, mas para a sua surpresa, foi achado. E a partir daquele encontro, ele foi sendo transformado dia a dia. Não pensemos que foi uma transformação total e absoluta, aconteceu à medida que ele ia convivendo com Jesus. Imagine quanta paciência Ele teve de ter com Simão Pedro, assim nós devemos agir também com aqueles a quem evangelizamos e discipulamos (Mt 14.28-30; 16.22,23; 19.27; 26.33-35).”



- Da mesma forma que Abrão (Gn 17,3-5), Jacó (Gn 32,27-28), Pedro teve seu nome mudado;

- A mudança indica o caráter do novo homem e sua separação para um ministério;

- Hoje todos os escolhidos possuem um novo nome, somos chamados cristãos e este título deve refletir as mudanças em nossas vidas;

- A convivência com Cristo muda-nos gradativamente, a tempo para tudo, o obreiro não pode ser recém convertido (1Tm 3.6).



2.3. JESUS TORNA SIMÃO O LÍDER DA EQUIPE



“Em Simão Pedro havia um espírito de liderança natural que contagiava seus companheiros. Ele acabou tornando-se o mais notável entre os apóstolos, basta que se observem todas as listas, contendo o grupo apostólico, em que se vê o nome de André vindo sempre após o do seu irmão Simão Pedro, que o apresentou a Jesus. Ao longo dos evangelhos, vemos frequentemente Simão Pedro falando em nome do grupo: "para onde iremos nós ... ", "vamos pescar", etc. Por outro lado, o Senhor Jesus não aceitava disputas de colocação entre seus discípulos, pois sabia que tal sentimento seria altamente devastador. Uma coisa fica claro: a Jesus não importou -quem chegou primeiro; André ou João. Mas o que era mais funcional. Os critérios jurídicos ou sociais quanto a determinadas posições é de quem chega primeiro, porém no Reino é de quem funciona melhor.”



- Pedro, mesmo chegando depois, tornou-se um líder entre os apóstolos;

- Não importa o tempo da chamada, não é necessário lutar pela consagração, ao seu tempo Deus levanta o obreiro e o usa conforme sua vontade;

- Pedro se destacou mais que o seu irmão André, porém não vemos André com ciúmes da posição de destaque de seu irmão. Na verdade importa que Cristo cresça e que eu diminua (Jo 3.30).



3. LIÇÕES DA VIDA DE ANDRÉ



“André alimentava esperança messiânica tão profunda quanto sua insatisfação, assim saiu a procurar pelo contentamento. Tornou-se, então, discípulo de João Batista, e fez-se acompanhar de um colega de profissão, João irmão de Tiago, filho de Zebedeu, também pescador. E mais fácil alcançarmos o que desejamos acompanhados do que só, o que aconteceu com ele pode acontecer conosco também. Vejamos outras coisas que ele fez.”



- Quando procurou a Cristo, Ele perguntou “o que buscam?”. André buscava o Messias, a salvação e a vida eterna.

- Iniciava o tempo da graça, o ano aceitável do Senhor (2Co 6.2);

- Como já foi dito anteriormente, o líder têm prazer em dividir suas tarefas, André dividiu o chamado com Pedro e João e estes abraçaram a causa de Cristo



3.1. BUSQUE JESUS ATÉ O ENCONTRAR



“André procurou o Messias até encontrá-lo em seus dias. Ele foi movido por uma insatisfação espiritual, uma fome de Deus que o impeliu a viajar por aquelas estradas empoeiradas até encontrar João Batista e depois Jesus. Procure, busque Jesus até o encontrá-lo, e Ele satisfará o desejo do seu sincero coração. Nós naturalmente trazemos necessidades que são satisfeitas: temos necessidade de comer, assim temos o alimento; temos necessidade de andar, para isso temos pernas; temos necessidade de ver, temos os olhos; temos a necessidade de Deus e da sua salvação, para isso temos Jesus, e Ele disse: "quem me vê a mim, vê o Pai" (Jo 14.9). Este é um princípio inegociável, somente depois de encontrar Jesus, como fez André, é que poderemos ajudar a outros e colocá-los em sintonia com Ele. Portanto, só podemos compartilhar a Jesus, à medida que o encontrarmos.”



- André já compreendia Mt 6.33 mesmo que estas palavras ainda não tinham sido proferidas por Jesus,;

- André buscava a Cristo e a Sua justiça acima das demais coisas. Primeiro encontrou a João Batista, e este o encaminhou a Cristo;

- Temos tido sede de Deus? E quando alguém nos procura como André procurou à João Batista, estamos apontando Cristo para ele?;

- Todos que encontram com Cristo têm suas vidas transformadas.



3.2. ESTEJA VIGILANTE E SEJA AMISTOSO.



Para sermos bem sucedidos na condução dos nossos familiares a Cristo, devemos ter muito cuidado na forma como nos relacionamos com eles. Mostrando um caráter em constante transformação, que cada vez mais se assemelha com o dEle. Por exemplo, se antes éramos críticos, brigões, rancorosos, etc., não sejamos mais, mas sejamos dóceis, amistosos e perdoadores (FI 4.8). Caso nos desentendamos, procuremos nos reconciliar, pois os humildes, a seu tempo, serão exaltados. Imagine se André tivesse problemas com Pedro, não teria êxito em conduzi-lo ao Salvador. Seja qual for a sua posição na família, seja vigilante com seu exemplo amistoso.



- O bom testemunho resultante do “nascer de novo” é a principal fonte de pregação para os familiares. Neste caso podemos usar a máxima de que “Um gesto vale mais do que mil palavras”;

- Lembremos que o próprio Jesus disse que o profeta não tem honra em casa (Mc 6.4), por isto devemos ser vigilantes no agir e no falar, não com insistência ou tentando vencer pelo cansaço, mas sim pela paciência.



3.3. AJUDE AS PESSOAS ENCONTRAREM JESUS CRISTO



Devemos estar atentos quanto às pessoas que nos cercam, pois o nosso trabalho Evangelizador e missionário está no lugar onde vivemos, são os nossos contatos onde trabalhamos e estudamos. Este é o campo missionário que Deus a nós confiou. É importante prestar atenção, mesmo que seja um número resumido de pessoas ao nosso redor que ainda não se encontraram com Jesus, e interceder por elas. Quando vierem se abrir conosco, demonstremos interesse nos seus problemas, antes de tudo, sejamos bons ou vintes (Pv 18.13). E ofereçamo-nos para orar por ela e ajudá-la em alguma coisa possível. Noutras palavras, conquiste a confiança dessas pessoas e, em seguida, fale-lhes de Jesus Cristo como Salvador. Caso se decidam não a abandonemos, visto que ela precisa ser discipulada e integrada em sua Igreja - apenas ajude-as.



- Como já foi dito, o testemunho é um grande evangelizador, como que alguém irá te procurar para se abrir sobre os seus problemas, sabendo que você é crente mas não age como tal em todos os lugares?

- Somos vigiados por aqueles que querem nos acusar e por aqueles que querem de nós um conselho, uma oração ou apenas um ouvido para um desabafo;

- Você ora pelos seus próximos? Preocupa-se com os problemas deles? Devemos estar sempre acessível a eles com uma palavra de vitória nos lábios.



Fontes: