quinta-feira, 20 de junho de 2013

A CONTENDA PRODUZ A DESUNIÃO - LIÇÃO 12 – 23 de Junho de 2013

A CONTENDA PRODUZ A DESUNIÃO

LIÇÃO 12 – 23 de Junho de 2013

TEXTO AUREO
 “E rejeita as questões insensatas e absurdas, sabendo que produzem contendas”. 2Tm 2.23

VERDADE APLICADA
As questões polêmicas nunca ajudaram o cristão ser convicto; pelo contrário, geram contendas no meio da igreja.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • Ressaltar que é papel da igreja admoestar os insensatos que vivam procurando assuntos polêmicos;
  • Deixar claro que a correção precisa ser com mansidão para não perder os transgressores;
  • Conscientizar de que o amor deve superar todas as nossas diferenças teológicas, administrativas e eclesiásticas.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
  • 2Tm 2.24 - E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente.
  • 2Tm 2.25 - Corrigindo com mansidão os que resistem, na expectativa de que Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade.
  • Tt 1.10 - Pois há muitos insubordinados, faladores vãos, e enganadores, especialmente os da circuncisão.
  • Tt 1.11 - É preciso tapar-lhes a boca, porque transformam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.
  • Tt 1.14 - Não dando ouvidos a fábulas judaicas, nem a mandamentos de homens que se desviam da verdade.
  • Tt 3.9 - Mas evita questões tolas, genealogias e contendas, e debates acerca da lei, porque são coisas inúteis e vãs.


INTRODUÇÃO
A ocorrência de conflitos em uma igreja local é muito comum. O que não deve ser considerado comum é a aceitação de uma comunidade cristã com essas características, norteando a sua rotina religiosa. As divergências entre os irmãos, ou até mesmo entre as lideranças acontecerão. Cumpre a cada um procurar a melhor forma para a conciliação amigável. O conselho pastoral de irmãos mais experientes, ou até em um grupo de irmãos mais maduros, podem ajudar, mas nunca substituir a orientação das Escrituras. Não podemos deixar de seguir o padrão da Palavra de Deus, pois nEla estão as orientações básicas para uma igreja vitoriosa.

  • A igreja deve ser imaginada como uma grande família que possui membros com os mais variados comportamentos. É normal que os conflitos surjam quando a família se reúne, nem sempre as opiniões são as mesmas, muito menos os desejos e a sensação de certo e errado.
  • Agora, estas divergências devem ser resolvidas com amor de maneira que não fique rancor em ninguém.


1. AS QUESTÕES TOLAS DEVEM SER EVITADAS
Para que ficar debatendo assuntos de difícil interpretação (2Pe 3.16) que, às vezes, têm vários significados ou sentidos que não foram revelados a nós? (Dt 29.29). Procuremos nos deter no que é explicável. Muitas igrejas nascem como resultado de visões e interpretações de homens carnais que sempre levantam polêmicas sobre questões bíblicas dizendo que os outros estão errados.

  • Como professor da EBD a muitos anos, tive que interromper discussões acaloradas por muitas vezes sempre sob o mesmo argumento: “estas discussões não cooperam para nada em nossa caminhada para o céu”.
  • Há quem goste de discutir os detalhes que não foram plenamente revelados e fazem disto um grande debate nada proveitoso.
  • Em meio a estas “revelações” muitas seitas surgiram, muitos se desviaram do caminho e hoje estão sem salvação.


1.1. PROCURE NÃO OCUPAR TEMPO COM FALATÓRIOS INÚTEIS
Há muita coisa a fazer, não gaste o seu tempo discutindo ideias tolas, mas use sua energia na conservação do trabalho cristão e na consagração da vida por meio da oração, jejum, leitura bíblica e outros assuntos importantes (lTm 4.7; Tt 3.9-11). Não podemos nos ocupar e perder tempo com falatórios e questões que não levem a nada, a não ser para criar polêmicas, transtornar e confundir os ouvintes. É bom que a nossa mente esteja ocupada com coisas sadias e frutíferas.

  • Creio que não podemos ser tão radicais assim, conversar sobre outros assuntos que não a Bíblia é importante pois vivemos em uma sociedade e devemos nos posicionar nela, porém a conversa que não leva a nada e ainda traz conflito deve sim ser evitada pois fatalmente gerará mal testemunho;


1.2. REJEITA AS FÁBULAS PROFANAS
“Nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé” (lTm 1.3-4). “Mas rejeita as fábulas profanas e exercita-te a ti mesmo em piedade” (lTm 4.7). Procure não se ocupar com elas, pois trazem controvérsias (Tt 3.8-11). Tudo que não convenha ou que não edifique não se deve dar atenção (ICo 10.23).

  • O que seriam estas fábulas profanas? Seriam histórias mirabolantes sem base bíblica sobre algo sobrenatural que aconteceu. Isto geralmente era atribuído a Deus.
  • Nos dias de hoje não é diferente, ouvimos histórias e “testemunhos” que alguém ouviu dizer que ouviu de outro alguém... O pior é que repassamos isto a outros sem confirmar a veracidade do fato.
  • A questão da genealogia (história dos antepassados) existia pois os judeus acreditavam que só os que tinham descendência judia seriam salvos. Isto gerava grandes debates e muitas desavenças.


1.3. NENHUMA PROFECIA É DE PARTICULAR INTERPRETAÇÃO
As profecias não foram produzidas por vontade dos homens (2Pe 1.20-21). Por mais que o homem queira dar resposta a todos os enigmas bíblicos, ele não conseguirá; não podemos interpretar a Bíblia de acordo com as nossas filosofias e conveniências. Ninguém está autorizado a mudar o sentido da Palavra de Deus para seu próprio proveito (2Co 4.2). Cuidado! Ao torcer a Palavra estarás caminhando para a sua própria perdição (2Pe 3.16-18).

  • Nada absolutamente nada substitui a palavra de Deus!
  • Nem profecia, nem palavra de homem nem revelação, nada é superior à sua Bíblia.
  • Existem vários religiosos apegados a profecias de homens, tais como os mórmons com Joseph Smith, os adventistas com Helen White dentre outros, pessoas valorizam a profecia e os profetas ao ponto de colocar seus escritos no mesmo patamar que a Bíblia Sagrada.
  • A interpretação da Bíblia se dá pela própria Bíblia como esta escrito em Isaías 28:10 “Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.”
  • Para interpretar bem a palavra de Deus é necessário ler o versículo, ler o capítulo e estudar o contexto em que aqueles escritos estão inseridos, bem como a época em que foram escritos, para quem e com qual finalidade.


2. NÃO HÁ LUCRO NAS CONTROVÉRSIAS
Alguns irmãos extremistas consideram ultrapassado, o conjunto de normas e funções que as Assembleias de Deus utilizam para promover a vida cristã sadia, e não querem mais os cultos de doutrina; Escola Bíblica Dominical tradicional; questionam as nossas literaturas e querem criar novos métodos paralelos para outros estudos, onde levantam polêmicas a respeito da administração eclesiástica, da figura do pastor, da forma de governo ministerial, dos líderes de departamentos e dos pontos bíblicos de difícil interpretação (2Tm 4.3,4). Isso nunca rendeu lucro para ninguém, mas tem causado muitos aborrecimentos à direção das igrejas.

  • O tópico acima já diz tudo e deve ser abordado com detalhe, mas gostaria de acrescentar algo que por vezes foge da memória dos membros das nossas igrejas.
  • Quando fomos batizados fizemos uma promessa diante de Deus que obedeceríamos a doutrina e os COSTUMES da nossa igreja. Quando nos rebelamos contra ela, estamos quebrando um juramento e isto é grave. Junte-se a isto o pecado de rebelião.


2.1. O PARTIDARISMO DENTRO DA IGREJA DEVE CESSAR
Nós temos que parar com o partidarismo dentro da igreja, dizendo: “Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo” (ICo 1.10-13). As divisões e os grupinhos que seguem ideias e escolas diferentes devem cessar. Precisamos entender que igreja e pastor não são perfeitos. Mas é claro que buscamos o equilíbrio, a unidade e o aperfeiçoamento do Corpo de Cristo (Ef 4.12-16). Nenhuma pessoa questionadora alcançou ou parou numa posição de destaque. Evitemos os grupos murmuradores e desagregadores. Embora não devamos abrir mão do diálogo construtivo.

  • Como foi dito, não podemos abrir mão do diálogo construtivo, isto é, a igreja é formada por pessoas pensantes com opiniões próprias e que não aceitam tudo de qualquer forma, porém criar grupos dentro da igreja e promover comportamentos diferentes dos demais é egoísmo e altivez, isto não deve existir.
  • É normal que os integrantes da banda tenham mais harmonia entre si, bem como os obreiros, os professores da EBD, o Coral e os músicos devido à proximidade que surgem nos ensaios e encontros, mas devemos lembrar que todos somos de CRISTO.


2.2. PENSAMENTOS DIVERGENTES DEVEM SER CONTIDOS
“Completai o meu gozo, para que tenhais o mesmo modo de pensar, pensando a mesma coisa” (Fp 2.2). Especulações teológicas inúteis e insensatas têm dividido o povo de Deus, levando a ter dentro da igreja a ala X e a ala Y. É preciso ficar claro que muitas coisas nós aceitamos pela fé e será em vão o esforço de certos doutrinadores tentarem outro ensino diferente da verdade bíblica. Alguns se levantam como cabeças para conseguir adeptos que se juntem a eles para implantar a dissidência. Precisamos conter essas ondas dentro das igrejas do Senhor Jesus. Admoestar no mínimo duas vezes e depois, se for preciso, evitá-los (Tt 3.8-11; Mt 18.15-17).

  • Isto não é novo, desde a época de Jesus já havia divergência. Os saduceus e os Fariseus divergiam quanto a ressurreição e não se davam bem.
  • Nos dias de hoje não é diferente, muitos obreiros estão se apegando a questões teológicas que nada edificam a igreja e consequentemente tem criado grupos de seguidores que se opões a outros obreiros com visões diferentes. Resultado disto? Muitas divisões na igrejas, criação de inúmeros ministérios e muitos perdidos no meio do caminho.


2.3. A BRIGA NÃO PROMOVE A PAZ E NEM A UNIÃO
Muitos pontos de vista antagônicos acabam em discussões e acusações de parte a parte sem nenhum objetivo claro, colocando algumas pessoas contra outras e impedindo a paz entre os irmãos. Quando uma puxa para um lado e a outra para o outro, ambas não podem estar sentindo a mesma coisa (Fp 2.2), nem há união de propósitos. Não dá para ficarmos nos digladiando. Ao invés disso, seguir a paz é a recomendação bíblica (Hb 12.14). E, enquanto depender de vós, tende paz com todos (Rm 12.18). Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! (SI 133.1).

  • Lembrem-se que nos cumprimentamos com a Paz do Senhor, esta paz não pode ser fingida, antes, esta é a “paz de Deus, que excede todo o entendimento, que guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai... e o Deus de paz será convosco.” Filipenses 4:7-9


3. AO SERVO DO SENHOR NÃO CONVÉM CONTENDER
“Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus” (ICo 11.16). No Evangelho de Jesus, não pode haver rixas, litígios e disputas entre os irmãos. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas” (Fp 2.14). A recomendação de Paulo a Timóteo diz que, ao servo do Senhor, não convém contender, mas exercer a mansidão (2Tm 2.24).

3.1. CONTENDER NÃO LEVARÁ A NADA, A NÃO SER A DESGASTE PÚBLICO.
Nas contendas de palavras, nascem provocações, difamações e suspeitas malignas (lTm 6.3-5). O desgaste perante a igreja virá para quem é contencioso, o seu nome será questionado ao ser indicado para qualquer atividade. Aliás, ninguém quer trabalhar com quem reclama, murmura e questiona tudo, é durão, rabugento, ranzinza, briga com todos e desestabiliza a obra de Deus. Muitas contendas têm nascido ao discutir sobre tradições, usos e costumes nas igrejas. Estamos vivendo uma época que todos os conceitos estão sendo colocados em xeque, mas de uma coisa tenho certeza que tudo aquilo que for realmente de cunho bíblico ficará para sempre e ninguém poderá mudar.

  • Há pessoas que reclamam por não ter oportunidade de trabalhar na igreja (de fazer a obra de Deus), mas não percebem que sua atitude arrogante o torna insuportável e consequentemente não desejado pelos líderes.
  • Quem gostaria de “contratar” um ranzinza e mal educado para trabalhar com ele?
  • Sobre uso e costumes já falamos em tópicos anteriores, mas fico pensando, com tantas igrejas porque se rebelar naquela em que se prometeu seguir os usos e costumes? Porque não mudar de denominação?


3.2. NÃO PROMOVA DISPUTAS OU FALATÓRIOS INÚTEIS
Evite os falatórios inúteis, porque produzirão maior impiedade (2Tm 2.16). A pessoa que promove disputas e que dispersa o povo de Deus, com certeza cairá no descrédito e, consequentemente, será colocada de lado. Os insensatos levantam discussões maldosas que não levam a lugar nenhum, só causam prejuízos. A verdadeira atividade do cristão deve ser o cultivo das virtudes e não o fruto das controvérsias e discórdias que tiram a paz, dividem as igrejas e afastam os crentes, principalmente os neófitos.

  • Se um não quer dois não discutem! Temos que exercer a sabedoria de encerrar um debate quando constatarmos que ele esta caminhando para algo ofensivo.
  • Não tem muito tempo eu me peguei em uma discussão acalorada pela internet com outros irmãos, depois de muitos textos, um querendo convencer o outro que estava certo, eu parar para refletir que proveito estaria surgindo daquilo tudo. Não pensei duas vezes, encerrei o assunto e apaguei minhas postagens.


3.3. SE EU NÃO POSSO AJUDAR, NÃO DEVO ATRAPALHAR
Se você não ajunta, com certeza poderá espalhar. Quem não ajuda o Reino de Deus não deve também atrapalhar seu andamento. Não dê ouvido a mandamentos de homens desviados da verdade (Mt 15.8.9; Tt 1.14). “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, evitando as conversas vãs e profanas e as oposições da falsamente chamada ciência” (lTm 6.20-21). Muitos têm prestado um desserviço ao Reino de Deus atrapalhando a harmonia e consequentemente a união. Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós mesmos não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando (Mt 23.13).

  • Muito ajuda quem não atrapalha, já dizia o ditado.
  • Temos três tipos de pessoas na igreja, os que fazem a obra, os que assistem os outros fazerem a obra e os que atrapalham.
  • Infelizmente a minoria são os que fazem e a maioria os que assistem, sendo que alguns atrapalham.
  • Afirmo que só assistir e não atrapalhar também não é a melhor atitude, pois “os campos estão brancos e poucos são os ceifeiros” e “Há trabalho pronto para ti, cristão; Que demanda toda a tua devoção; Vem, alegremente, a Cristo obedecer, Pois só tu, ó crente, o poderás fazer!”
  • Façamos então a obra de Deus!


CONCLUSÃO

Os conflitos pessoais, conflitos políticos e conflitos doutrinários em uma comunidade cristã infelizmente ainda acontecem. As pessoas ainda tem uma visão particular de como a igreja deve ser conduzida e vivida. Há cristãos por exemplo, que julgam que as Escrituras é de particular interpretação; outros que não precisam ser pastoreados por uma liderança instituída. A maneira como vamos enfrentar os problemas e encontrar as soluções, é que vão revelar a nossa coragem e maturidade. Como disse no início: a Palavra de Deus deve ser sempre a maior ferramenta para trazer soluções a esses problemas que vivemos em nosso tempo. 

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