quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

JOÃO BATISTA, UM HOMEM RESIGNADO


LIÇÃO 4 – 27 de Janeiro de 2013

TEXTO AUREO

“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele”. Mt 11.11

VERDADE APLICADA

João Batista é um gigante da fé que se resignou para preparar o caminho daquele que viria depois dele.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar o ambiente familiar em que João se desenvolveu, e a importância de reproduzirmos tal ambiente;
Revelar que Deus, antes de escolher João, escolheu e preparou uma família piedosa para o seu pleno desenvolvimento;
Relembrar que não há evangelho e desempenho ministerial verdadeiro sem resignação.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mt 11.10 - porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho.
Mt 11.11 - Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele.
Mt 11.12 - E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele.
Mt 11.13 - Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.

INTRODUÇÃO
João era de origem simples, como veremos a seguir, porém, de uma grandeza admirável. Apesar de ter hábito alimentar e vestuário heterodoxos dos seus contemporâneos, ele conseguia ser uma poderosa fonte de influência para eles, no que tangia a esperança do reino messiânico. É tanto, que as suas raízes, sua missão e sua autoresignação fizeram dele uma estrela de primeira grandeza no cenário bíblico de sua época.

  • Importante definir resignação: Submissão à vontade de alguém; A palavra autoresignação tem significado estranho, uma vez que seria submissão a sua própria vontade, incompatível com o que esta sendo ensinado pela lição.
  • Apesar de ter hábito alimentar e vestuário heterodoxos dos seus contemporâneos: Heterodoxo: diferente ou oposto, no caso, refere-se aos costumes dos seus contemporâneos. Leia Mc 1.6: “E João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre;
  • Poderosa fonte de influência: Devido a sua atitude (exemplo) e sua constante pregação sobre a esperança da vinda do Messias.


1. AS RAÍZES DE JOÃO
João, o batizador, ocupa nas páginas do Novo Testamento um papel muito relevante, o de iniciar a transição de uma aliança antiga para outra nova proposta por Deus em Jesus Cristo. João veio trabalhar em favor do cumprimento cabal das profecias soteriológicas, anunciando o mistério de Deus oculto de todos os séculos, de maneira que teve a honra de ser o pioneiro da própria pregação do arrependimento. Entretanto, para que pudesse por mãos à obra teve de esperar quase trinta anos, vejamos como isso começou.

  • João, o batizador: Batizou Jesus e muitos antes no rio jordão;
  • Iniciar a transição de uma aliança antiga para outra nova proposta por Deus em Jesus Cristo: Passou o tempo da lei e inicia-se o tempo da graça; Explique que a velha aliança é a da lei e foi feita com Moises e consistia em cumprir a lei bem como os sacrifícios, restrição de alguns alimentos, circuncisão... Agora o tempo é da graça, com a ação (morada) do Espírito Santo no próprio homem e salvação exclusiva em Jesus Cristo;
  • Soteriológica: Sotero (grego): salvação, profecia soteriológica é aquela relacionada à salvação em Jesus.


1.1. NASCIDO EM UM LAR PIEDOSO (LC 1.5-7).
Os pais de João eram Zacarias e Isabel, ambos são descritos como pessoas de elevado padrão espiritual, de profundo comprometimento com Deus e vida exemplar diante de seus contemporâneos. Entretanto Isabel era estéril, o que lhe dava um a condição extremamente humilhante em sua cultura (Lc 1.25). Zacarias foi sacerdote, da ordem de Abias, e é descrito por Lucas oferecendo incenso a Deus no templo, quando lhe apareceu o anjo e anunciou-lhe a resposta de suas orações, isto é, que sua esposa daria a luz um filho a quem deveria chamá-lo de João, que significa, “Jeová é um doador precioso”.

  • Isabel era estéril: Observe que mesmo o crente que tem profundo comprometimento com Deus e vida exemplar não fica livre de passar por lutas e sofrimentos;
  • Condição extremamente humilhante: Esterilidade nos dias de hoje tem tratamento (em parte) e não é visto como algo humilhante. Naquela época, a mulher que não podia dar herdeiros ao marido era desprezada e humilhada como alguém que não podia cumprir o seu papel na sociedade;
  • A resposta de suas orações: Interessante notar nas escrituras que Zacarias, de tanto orar e sendo sacerdote, não creu de imediato na promessa dada pelo anjo a ponto de pagar por sua dúvida ficando mudo.


1.2. NASCIDO COM PROPÓSITO (LC 1.17)
Sempre se pensa em João Batista como alguém escolhido por Deus antes de seu nascimento para uma missão, e isso é verdade explícita nas Escrituras. O que, às vezes, não se dá conta é que seus pais é que foram escolhidos para prover-lhes uma educação piedosa primeiramente.
O primeiro ambiente, que oferece impressões indeléveis para um ser humano por toda a sua vida, é a família, daí a responsabilidade que os pais têm desde a formação da criança. O casal cristão, desde o início, deve se preparar para viver em plena dedicação ao ensino de seus filhos, mesmo antes do nascimento deles, afinal eles são herança do Todo Poderoso. Caso contrário, estaremos contra os propósitos eternos de Deus em permitir a ignorância, a pecaminosidade e a perdição eterna em nossa família e sociedade.

  • Prover-lhes uma educação piedosa: João foi escolhido do ventre, mas seus pais se empenharam em ensiná-lo no caminho de Deus. Quantos pais tem promessa que seus filhos serão usados no futuro mas não se dedicam a eles no caminho do evangelho;
  • Formação da criança: A dedicação dos filhos à Deus começa quando se planeja um dia tê-los, ainda que você seja solteiro; O comentador usa o termo “ensino”, dai a escolha de escolas boas para os filhos, participação efetiva da E.B.D e culto doméstico;
  • Importante ler Pv 22.6 e Dt 6.6-8




1.3. A MÃO DO SENHOR ESTAVA COM ELE (LC 1.66)
A declaração acima, acerca de João, é um a reflexão de Lucas, aquele que pesquisou mais e dedicou-se em trazer detalhes que são omitidos nos outros evangelhos. O sentido de “a mão do Senhor” revela a orientação especial de Deus, e a presença do Espírito Santo conduzindo todo o processo que veio a culminar na vida adulta de João, tornando-se quem ele foi. Evidentemente, a chamada de João foi muito especial, mas o privilégio de ter a mão do Senhor sobre si é para todos. Um casal, mais especificamente a mulher gestante cheia do Espírito Santo fará com que o bebê, em seu ventre, já seja influenciado por essa virtude. Isso não eliminará os problemas próprios da infância, mas propiciará mais satisfação interior para pais e filhos.

  • Aquele que pesquisou: Lucas foi o escritor que mais pesquisou acerca de Jesus, por isto seu livro é o mais extenso do novo testamento e consequentemente dos 4 evangelhos (Lc. 1. 1-4);
  • Omitidos nos outros evangelhos: Por exemplo a parábola do filho pródigo e do bom Samaritano;
  • “A mão do Senhor”: Observe que o comentador afirma que a mão do Senhor esta sobre todos que assim desejarem. O Espírito Santo de Deus e seu agir em nós é abundante após a morte de Cristo e o envio do consolador;
  • Novamente o comentador afirma que o chamado é importante, mas a educação nos caminhos de Deus é responsabilidade de pais cheios do Espírito Santo.


2. JOÃO, UMA VOZ PROFÉTICA
Assim como Jesus, João, o Batista teve a sua vida oculta, a partir do seu nascimento. Na época em que foi escrito os evangelhos, as pessoas não se preocupavam em dar certos detalhes, como fazem os escritores modernos. Por isso, praticamente, quase nada temos desses momentos que antecederam o ministério profético de João. Entretanto, sabemos que ele depois de certo tempo se isolou por deliberação própria nos desertos, tudo indica que se acolheu entre os essênios e daí procede a prática do batismo empregada por ele. Isso sucedeu até que se manifestou publicamente como um a voz profética em meio a sua geração.

  • João, o Batista: Porque o Batista? Muitos pensam ser um sobrenome, porém Batista vem do Grego e significa batizador ou aquele que batiza;
  • Vida oculta: A Bíblia trata do que é importante para o homem reconhecer a Jesus como Salvador, imagine se todos os detalhes fossem registrados quantas páginas teriam a Bíblia;
  • Essênios: Os Essênios eram um povo que vivia isolado no deserto às margens do mar morto e dedicavam-se ao estudo da palavra. Na época existiam 3 seitas os Saduceus, Fariseus e Essênios.
  • Sobre João e Jesus pertencerem a esta seita, aconselho que cliquem no link a seguir e tirem suas dúvidas:
  • http://rogsilva.wordpress.com/2008/11/10/jesus-nao-era-essenio/


2.1. NO ESPÍRITO DE ELIAS
Em geral os judeus aguardavam a manifestação literal de Elias como um precursor do Rei ungido, que reinaria sobre Israel (Ml 4.5). Ele viria em um tempo em que o amor paterno esfriaria trazendo um reavivamento do amor no seio familiar. O Senhor Jesus corrigiu essa concepção, mostrando o cumprimento total em João (Mt 11.7-17). O próprio anjo anunciou, “ele irá adiante do Senhor, no espírito e poder de Elias” (Lc 1.17). Isso quer dizer que João desenvolveria um ministério nos antigos moldes de autoridade de seu antecessor. Tal espírito e poder traria um impacto na nação inteira, o que de fato aconteceu, pois a sua fama e ministério profético se tomaram conhecidos em todos os termos de Israel.

  • Aguardavam a manifestação literal de Elias: Os judeus aguardavam uma confirmação literal de Ml 4.5 de que Elias voltaria à terra para converter o coração dos pais aos filhos e vice e versa. Quando João apareceu, começaram a afirmar que João era Elias, mas com outro nome;
  • O Senhor Jesus corrigiu essa concepção: Jesus deixou claro que João veio com o espírito (ânimo, unção) do seu antecessor Elias.


2.2. PREPARANDO O CAMINHO
A missão de João consistia em ser o mensageiro por Deus antecipadamente preparado, a fim de preparar o caminho do Rei ungido que haveria de se manifestar. Ele foi, portanto, um reparador de veredas conforme Isaías 40.3. Essa função existia no Antigo Testamento em que um supervisor ia diante do seu rei reparando as estradas: aterrando, aplainando e nivelando os caminhos antes que ele passasse com a sua comitiva. Israel daqueles dias entendia isso perfeitamente e de certa forma aguardava o seu cumprimento, eles sabiam que haveria alguém que os prepararia para receber o Messias, até que finalmente todos vissem a salvação procedente de Deus (Lc 3.5,6). Enfim, João preparou o caminho para aquele que viria depois; tal princípio deve ser observado pelos líderes de hoje.

  • Reparador de veredas: Excelente explicação do comentador. Era função de quem ia adiante do rei anunciar que o rei estava vindo e reparar as estradas e tudo que estava fora de lugar, da mesma forma anunciava aos moradores da chegada do rei e este arrumavam suas próprias casas e a frente de sua rua;
  • Tal princípio deve ser observado pelos líderes de hoje: Há um obreiro em minha igreja (Pr. Galeno) que certa vez contou que quando criança, seu pai trabalhava em fazendas como agregado e aonde chegava, imediatamente plantava mudas de árvores frutíferas de toda espécie. Alguém perguntou a ele um dia porque fazia aquilo, pois por ser agregado, às vezes ficava pouco tempo em um local e não daria tempo das plantas crescerem e ele aproveitar os frutos. A resposta foi que, os que viriam depois dele aproveitariam aquela semeadura e que se outros fizerem isto ele pode aproveitar a semeadura de outro quando se mudasse. Uma bela lição.


2.3. PREGANDO O REINO DE DEUS E BATIZANDO
João tinha plena consciência de sua missão e, de acordo com ela, pregava para que as pessoas se arrependessem de seus pecados, abandonassem os seus caminhos sinuosos e voltassem-se completamente para Deus. Esse era o requisito necessário para a manifestação do Messias: um povo preparado, aguardando-o. Sua mensagem tinha um forte apelo moral: ele repreendia severamente e instruía a ser solidário com os necessitados: honestos em seus trabalhos, e a contentar-se exclusivamente com seus respectivos salários. A mensagem é atual, e como hoje se necessita, em nossa sociedade, de homens assim. Apesar da dureza de sua mensagem, do rigor com que repreendia e a austeridade de suas instruções, admiravelmente as multidões concorriam para por ele serem batizadas.

  • Pregava para que as pessoas se arrependessem de seus pecados, abandonassem os seus caminhos sinuosos e voltassem-se completamente para Deus: Esta é a verdadeira pregação do evangelho... Infelizmente este tipo de pregador esta em falta, vemos crescer o número de pregadores “animadores de auditório” e profetas de bênção sem se importar em pregar a cruz, a renúncia e a vida eterna;
  • Sua mensagem tinha um forte apelo moral: Conforme disse o comentador, as mensagens eram “duras” e verdadeiras. Será que podemos falar assim à igreja nos dias de hoje? E com autoridades corruptas e pessoas desonestas mas de influência na sociedade?


3. JOÃO, UM HOMEM RESIGNADO
O ministério profético envolve aspectos de anunciar uma diferente percepção daquilo que Deus quer para aquele determinado momento, envolve denúncia de atitudes que não se conformam com a vontade de Deus, e também instrução pormenorizada e clara dessa mesma vontade d’Ele. Basta olharmos para a vida de João, conforme exposto nos evangelhos, e tudo isso constataremos que ele realizou completamente. O que envolveu um elevado grau de resignação, isto é, de renúncia pessoal e morte para si mesmo.

  • Denúncia de atitudes que não se conformam com a vontade de Deus: Denunciar o pecado e não se conformar com ele, esta é a verdadeira tarefa do profeta (E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Rm 12.2); Denunciar atitudes significa não permitir que o membro que dá um bom dízimo ou generosas ofertas tenha seu pecado acobertado, ou ainda não denunciar atitudes de políticos ou empresários corruptos com medo de perder prestígio ou mesmo apoio financeiro.
  • Instrução pormenorizada e clara dessa mesma vontade d’Ele: Pormenorizada quer dizer “nos mínimos detalhes” isto é, o obreiro tem a obrigação de ensinar o povo como ir para o céu e no caminho apontar os desvios para que sejam evitados, isto se consegue com ensino sistemático da palavra de Deus.


3.1 RESIGNADO EM SEU ESTILO DE VIDA
João Batista desenvolveu uma certa capacidade de imunidade às críticas e atirou-se numa direção oposta à tradicional de sua época, quer dizer, não teve medo de escapar do tradicional, nem temeu se passar por ridículo ou louco e grosseiro. Assim ele vivia como nazireu, entregou-se deliberadamente a viver nos desertos da Judéia, sem qualquer ostentação, alimentando-se de mel silvestre e gafanhotos. Ele viveu fora dos padrões convencionais de sua época, experimentou o contrário da liderança religiosa que era controlada por Roma, e por seus próprios apetites, indiferentes às necessidades do povo. João tinha um estilo de vida totalmente resignado, porque tinha em mente o cumprimento do seu ministério e foi orientado por Deus a ser assim (Lc 1.15).

  • Nem temeu se passar por ridículo ou louco e grosseiro: Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus (1Co 1.18);
  • Nazireu: Este termo significa separado, consagrado. No caso de João, era separado para aquela obre e tinha que se privar de bebidas fortes, alguns alimentos e de companhias também;
  • Contrário da liderança religiosa que era controlada por Roma: A religiosidade estava corrompida, todo sacerdote (religião) e todo governante (política) era ordenado pelo império romano. João Batista não se calou perante tanta corrupção, seja com os sacerdotes, seja com Herodes.


3.2. A FÉ DE JOÃO BATISTA
Em nenhum lugar do Novo Testamento, lê-se sobre a grandeza da fé de João, mas, em seus registros encontramos evidências indiscutíveis da enorme dimensão dela. Vejamos algumas: Primeira, ele tinha fé para viver nos desertos e adotar um estilo de vida diferente do usual; segunda, teve fé para ali iniciar o seu ministério longe de toda comodidade que a cidade oferecia; terceira, anunciou a vinda do reino de Deus e ordenava que os homens se arrependessem; quarta, declarou a messianidade do jovem galileu mediante revelação sobrenatural; quinta, teve fé suficiente para sofrer todas as angústias e consequências oriundas de seu ministério, que inclusive o levou à morte. João possuía o tipo de fé inspiradora que impacta gerações sucessivas à sua, inclusive à nossa.

  • Das cinco características elencadas pelo comentador, considero 3 mais importante:
  • Primeira, ele tinha fé para viver nos desertos: Viver no deserto com privação de quase tudo permite um aprendizado e uma dependência de Deus que em locais de fartura não se consegue. Deus nos leva ao deserto para dependermos mais dele;
  • Segunda, teve fé para ali iniciar o seu ministério longe de toda comodidade que a cidade oferecia: O que dizer dos pregadores de hoje? Uma vez convidei um pregador renomado para vir aqui em minha cidade e além de cobrar um valor alto, exigiu a companhia aérea, a cadeira e o horário do voo.
  • Quinta, teve fé suficiente para sofrer todas as angústias e consequências oriundas de seu ministério, que inclusive o levou à morte: Como disse Paulo, “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1,21). Vivemos dias em que os cristãos estão querendo receber seu galardão aqui mesmo.


3.3. O SOFRIMENTO DE JOÃO BATISTA
A beleza do ministério profético é a capacidade de Deus falar aos corações e mover as atitudes em direção a vontade d’Ele. As pessoas em numerosas multidões afluíam a João Batista com sede de Deus, elas sabiam que ele era portador da Sua voz e muitas sinceramente queriam endireitar as suas veredas. Quando João censurou Herodes (Antipas), o tetrarca que governava a Galileia e Peréia, o fez muitas vezes por causa de seu comportamento escandaloso que era inaceitável aos judeus e proibido por lei (Lv 18.16). Embora João o denunciasse, buscando arrependimento de Herodes, este, no entanto tinha desconfiança política quanto a João e aproveitou para prendê-lo, tendo em vista a sua enorme popularidade. João teve uma morte trágica, mas teve de Jesus o máximo de louvor (Mt 11.11a).

  • Mover as atitudes em direção a vontade d’Ele: Deus quando fala, Sua palavra tem propósito e não volta vazia (Is 55.11); As vezes a voz profética é dura, amarga, mas ela sempre aponta para o arrependimento, para o perdão e para a salvação;
  • João censurou Herodes: Herodes estava dando um péssimo exemplo ao povo, pois estava casado com a mulher de seu irmão e isto era adultério. Pode ser que aquilo virasse moda e era função do obreiro João pregar contra aquilo;
  • João teve uma morte trágica: Herodias influenciou sua filha, conhecida como Salomé a dançar para Herodes e depois convencê-lo a entregar-lhe a cabeça de João Batista em uma bandeja; João sofreu e morreu por amor a Cristo como tantos outros discípulos e apóstolos, quanta diferença de muitos pregadores atuais...


CONCLUSÃO
Assumir uma posição profética em toda sua dimensão bíblica exige um elevado grau de maturidade, de fé e de muita resignação. Se nos poupamos do sofrimento, se agimos sempre “dando um jeitinho” e somos infantis assumindo uma posição dúbia (em cima do muro), Deus não pode contar conosco para o exercício profético. Apenas há vida multiplicada quando a semente morre (Jo 12.24).

5 comentários:

  1. Professor em Malaquias diz que .. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que vanha o grande dia do Senhor...Essa profecia está correlacionada no período da grande tribulação, já ouvi algumas correntes teológicas afirmando que Elias ou até mesmo Moiséis passará pela morte física e todos irão ver este acontecimento, isso ocorrerá no tempo da grande tribulação... Queria esclarecimento....Obrigado desde já...

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    1. Paz, me chamo Maicon,não sou o dono deste blog, apenas estava lendo os comentários, espero poder te ajudar.

      Em Lc.1-17 diz: “ E irá diante do Senhor no espírito e poder de Elias,...”
      -Quer dizer, ele teve seu ministério semelhante ao de Elias, mas não é Elias, dito em Malaquias 4.5.

      Mt. 17.10-13 “Mas os discípulos o interrogaram: Porque dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então Jesus disse: De fato Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu porem vos declaro que Elias já veio...Então os discípulos reconheceram que lhes falara de João Batista.”
      -Os discípulos também tinham esta duvida, mas Jesus lhes deixou bem claro que João Batista não era o cumprimento da promessa de Ml. 4.5, eles entenderam que Jesus falara de João Batista comparando com Elias.

      Quanto as duas testemunhas de Ap. 11.3-13, alguns dizem ser Elias e Moisés, comparando com o que diz em Ap.11.6 “Elas tem autoridade para fechar o céu, para que não chova, durante os dias que profetizarem...” Elias fez isso em I Reis 17.1; continuando o v.6 “Tem autoridade também sobre as águas para transformá-las em sangue..” Moisés fez isso em Ex.7.14.

      Outros dizem ser Elias e Enoque, pois os dois não passaram por morte física, e teria que se cumprir o que esta escrito em Hb. 9.27.

      Mas a Bíblia não nos revela suas verdadeiras identidades.

      Espero ter ajudado,não sei ser esta a sua dúvida, fique com Deus e que Ele possa a cada dia mais abrir nosso entendimento.

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    2. Maicon, obrigado pela resposta. Este é o meu pensamento também quanto a esta questão.
      Humberto

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  2. Obrigado pela resposta, este assunto foi apontado na classe, tivemos essa linha de pensamento na classe e chegamos na mesma conclusão dos fatos....Obrigado!!

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  3. Que Deus continue nos abençoando pra que possamos ensinar o verdadeiro Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

    Maicon

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