quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

LIDERANÇA EM TEMPO DE REFORMAS


LIÇÃO 5 – 03 de Fevereiro de 2013

TEXTO AUREO

“Então, lhes respondi e disse: O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos; mas vós não tendes parte, nem justiça, nem memória em Jerusalém”. Ne 2.20

VERDADE APLICADA

A obra de Deus precisa de líderes capazes, que tenham coragem e que não se acomodem ao caos, mas empreendam reformas para um novo recomeço.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Refletir sobre a importância de se fazer reformas sempre que necessário;
Entender que num ambiente de reformas sempre haverá ideias contrárias e/ou antagônicas;
Mostrar que Deus sempre precisa de líderes que possam efetuar reformas.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ne 2.16 - E não souberam os magistrados aonde eu fui nem o que eu fazia; porque ainda até então nem aos judeus, nem aos nobres, nem aos magistrados, nem aos mais que faziam a obra tinha declarado coisa alguma.
Ne 2.17 - Então, lhes disse: Bem vedes vós a miséria em que estamos que Jerusalém está assolada e que as suas portas têm sido queimadas; vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém e não estejamos mais em opróbrio.
Ne 6.3 - E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?

INTRODUÇÃO
A situação social e religiosa, que precedeu à reconstrução de Jerusalém, sob a liderança de Esdras, Zorobabel e Neemias, foi a de completo abandono. Com a expatriação das classes sociais mais influentes para a Babilônia em três etapas, a condição das terras de Judá e principalmente de Jerusalém foi à de desamparo e de extrema pobreza. Os que retornaram agora juntos com os nativos precisavam de uma liderança reformadora, o que coube a Zorobabel, Esdras e Neemias.

  • Caros professores e alunos da EBD, é importante fazer uma revisão sobre o retorno do provo de Israel, veja o texto retirado da internet (link abaixo):
  • O retorno a terra prometida ocorreu em três fases, compreendendo os judeus de Judá, as dez tribos do norte se dispersaram, sendo mais tarde conhecidos como os judeus, da diáspora ou dispersão. O primeiro retorno deu-se em 536 a.C., dois anos depois da ascensão de Ciro. Sob a liderança de Zorobabel, 42.360 judeus voltaram para a sua terra. A tarefa de Zorobabel era conduzir os exilados a lançar os fundamentos do novo templo, que levou vinte anos para ser concluído. A demora pode ser atribuída aos samaritanos, que tiverem recusado o pedido de ajudar na construção do templo, tecendo assim toda sorte de intrigas e dificuldades para que a construção não tivesse êxito. Passados oitenta anos desde a subida de Zorobabel, Esdras que era sacerdote e hábil escriba da lei, faz a Segunda incursão, levando consigo a tarefa de estabelecer as novas bases do judaísmo, reforçando o princípio de obediência a Lei de Deus, haja vista que a situação dos irmãos de Jerusalém não era nada boa. O terceiro e último regresso deu-se com Neemias, que, desfrutando de prestígio na corte de Artaxerxes, conseguiu permissão e ajuda para subir a Jerusalém, construir os seus muros e tomar outras providências que a situação requeria, no intuito de assegurar a independencia, no presente e futuro da Cidade Santa.
  • Leia mais: http://igrejabatistapedraviva.webnode.com.br/news/o-retorno-do-cativeiro/


1. A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO
Com tantos inimigos que habitavam na terra de Judá e especificamente em Jerusalém, a primeira vista parece estranho que a prioridade dos judeus fosse à reconstrução do templo e não o sistema de defesa. Porém, para que um povo seja forte, precisa, sobretudo ser unido, e um dos elementos mais agregadores de indivíduos é a religião. Por isso a primeira coisa que fizeram sob a liderança de Zorobabel e demais levitas foi à restauração do culto a Jeová. Não há dúvida que foram muito sábios, agora vejamos como procederam:

  • Prioridade dos judeus fosse à reconstrução do templo e não o sistema de defesa: Os judeus reconheceram que a precisavam mais de Deus do que de segurança. Eles reconheceram o motivo do cativeiro, a desobediência a Deus, por isto decidiram logo após o livramento, se dedicar em construir o templo.


1.1. A CONSTRUÇÃO DE UM ALTAR (Ed 3.1-3)
A pressão dos inimigos era muito grande, pois não queriam que os judeus fossem restaurados como nação, visto que, dessa forma, eles assumiriam a influência e o controle sobre a região, que por herança pertencia a eles. Para reunir o povo e consolidá-los futuramente como nação, Zorobabel e demais levitas trataram de construir um altar. O altar é o centro do culto judaico, o canal de adoração e comunhão, um ponto indispensável de convergência e fortalecimento do povo de Deus. Devemos aprender quão poderosa é a adoração! A comunhão com Deus nos propicia, em seu exercício diário, vitória sobre os nossos inimigos residentes em nós mesmos e externos: a carne, o mundo que nos assedia e o maligno que o controla. Nossa vitória consiste em ter um altar de pé.

  • Não queriam que os judeus fossem restaurados como nação: isto não mudou até hoje, muitas nações não reconhecem Israel como nação. Naquela época, as nações dominantes sabiam da influência que o povo de Israel tinha quando mantinham-se unidos;
  • A igreja é forte quando se mantém unida!
  • O altar é o centro do culto judaico: Altar é o local onde Deus é adorado, era comum aos patriarcas construir altares a Deus (Veja exemplo de Abraão, Jacó e muitos outros) mesmo antes de existir tabernáculo, templo e sinagogas. Podemos dizer que antes da existência dos templos, já existia adoração a Deus no altar (coração do homem);
  • Como esta nosso altar? Adoramos a Deus no templo (igreja) todos os domingos, e no altar dos nossos corações?


1.2. OS ALICERCES DO TEMPLO E A OPOSIÇÃO
No ano seguinte após erigir o altar, Zorobabel, outros sacerdotes e os levitas lançaram os alicerces do novo templo, no mesmo lugar em que Salomão construíra o primeiro. Essa foi uma ocasião festiva, com danças e com os sacerdotes paramentados com instrumentos musicais, eles tornaram aquele momento inesquecível. Os mais velhos, que chegaram a ver a primeira casa choraram de emoção e os mais jovens gritaram de alegria de maneira que se confundiam os júbilos com os choros. Mas, quando os inimigos souberam do que aconteceu, falsamente se ofereceram para ajudar a construir o templo, mas Zorobabel e demais líderes rejeitaram a ajuda. Em seguida, escreveram uma maldosa carta ao rei Artaxerxes, acusando-os falsamente de insubordinação e má intenção na construção. O soberano ordenou à força que se parasse a obra e ela ficou parada durante 16 anos, até a sua retomada A oposição satânica ao verdadeiro culto acontecerá sempre, a fim de impedi-lo ou pelo menos atrapalhá-lo, mas o segredo da vitória está em resisti-lo firme e constantemente.

  • Lançaram os alicerces do novo templo: Começava a realização de um sonho para todos aqueles que eram cativos e retornavam a sua terra;
  • Confundiam os júbilos com os choros: Era um misto de emoções geradas por motivações distintas, este relato pode ser lido em Ed. 3. 8-13;
  • Maldosa carta ao rei Artaxerxes: Esta carta esta discriminada em Ed 4. 11-22, seria importante ler; Uma falsa acusação foi feita ao rei Artaxerxes, homem poderoso da época que governava sobre todo império. Foi dito ao rei que os muros da cidade estavam sendo restaurados e que isto levaria a cidade a não mais pagar impostos ao rei. Foi dito também que a cidade historicamente se rebelava contra os reis e que não podia se fortificar;
  • Devido a isto, o rei ordenou que a obra não continuasse e assim ficou por 16 anos.


1.3. A CONCLUSÃO DO TEMPLO
Todos nós gostaríamos que a obra de Deus se efetuasse sem oposições, mas aprendemos que devemos ser firmes, pacientes e constantes enquanto aqui estivermos. Com a oposição samaritana, passou-se o entusiasmo pueril dos judeus na construção do templo. As pessoas se voltaram para edificação de suas confortáveis casas, deixando o templo do Senhor para depois (Ag 1.2-6). Se bem que inicialmente, não havia muito que fazer. Depois de algum tempo levantou-se um movimento profético de reencorajamento à construção do novo templo, encabeçado por Ageu e Zacarias (Ed 5.1); e também dos anciãos do povo (Ed 5.5-8) E assim, reiniciaram a obra e conseguiram autorização oficial para sua conclusão, em que Tatenai, um governador dalém do rio, foi proibido de continuar a fazer qualquer tipo de oposição. Dessa forma a construção foi concluída em 516 A.C., ou seja, 21 anos depois do lançamento de seus alicerces (Ed 6.15).

  • Gostaríamos que a obra de Deus se efetuasse sem oposições: Sabemos que não é assim que ocorre. Jesus mesmo disse que no mundo teríamos aflição. Não há vitória sem luta;
  • Com a oposição samaritana, passou-se o entusiasmo pueril dos judeus na construção do templo: Pueril vem de infância, refere-se ao entusiasmo inicial em construir o templo. Após a oposição dos samaritanos e de outras dificuldades, os judeus passaram a construir suas casas e deixaram o fervor de construir a casa de Deus se esfriar;
  • Não passamos por isto em nossa vida de fé? Quantas vezes ficamos animados em empolgados em fazer a obra de Deus e na primeira luta, desanimamos e abandonamos a obra pela qual fomos chamados;
  • Um movimento profético de reencorajamento: Agora se levantou um rei que simpatizava com a causa dos judeus, mas mesmo assim ninguém se preocupou em pedir ao rei autorização para que a construção continuasse. Estavam acomodados mesmo quando a situação era favorável a eles. Deus levantou em voz profética Zacarias, Ageu e anciãos para estimular o povo a pedir autorização para começar a construção, o que foi permitido.



2. A RECONSTRUÇÃO DOS MUROS
Neemias era copeiro do rei Artaxerxes quando recebeu o relatório da situação de Jerusalém, interiormente se sentiu em pedaços, movendo-se de íntima compaixão pelos judeus que estavam na terra de Judá e por Jerusalém. Neemias intercede pelo povo, consegue autorização e dirige-se para Jerusalém, a fim de iniciar o seu trabalho de reformas. Ao chegar lá, prudentemente faz um levantamento pessoal da situação para poder dar início. O interesse e a generosidade de Neemias mostram que não devemos ser apáticos a obra de Deus e ao sofrimento alheio, precisamos nos arriscar, envolver-nos e assemelharmo-nos com o Filho Deus.

  • Neemias era copeiro do rei Artaxerxes: Copeiro era um cargo de confiança do rei. Era Neemias que servia o vinho, somente uma pessoa de confiança poderia exercer tal cargo visto que muitos inimigos queriam envenenar o rei.
  • Observe que, para ser copeiro do rei, Neemias vivia no palácio e tinha uma situação muito tranquila, ainda assim ele quis atender o chamado de Deus;
  • Neemias intercede pelo povo, consegue autorização e dirige-se para Jerusalém, a fim de iniciar o seu trabalho de reformas: A sua posição diante do rei permite que ele interceda pelo povo e tenha o aval do rei para ir a Jerusalém atender o clamor do seu povo.


2.1. NEEMIAS MOTIVA (2.11-20)
Quando Neemias lá chegou, Esdras já estava. Sendo que Esdras se preocupa mais com a construção do templo e na organização de todos os registros sagrados. A Esdras se atribui a organização do cânon do Antigo Testamento. Já Neemias se preocupa inicialmente com a reconstrução do muro, que era a ativação do sistema de defesa da cidade. Para isso, como excelente líder, reúne as autoridades de Jerusalém e traz uma palavra persuasiva de motivação a fim de que reconstruíssem os muros. Os magistrados aceitam prontamente o desafio e iniciam a obra. Agora cabe observarmos quão importante é uma palavra motivadora na obra de Deus, não basta ter planos é necessário encorajamento para reformar.

  • A Esdras se atribui a organização do cânon do Antigo Testamento: O Canon era a Bíblia da época e Esdras era escriba (escritor), desta forma ele organiza os textos sagrados;
  • Neemias se preocupa inicialmente com a reconstrução do muro: Não seria uma tarefa fácil, Neemias entendeu que era preciso proteger a cidade antes de outras edificações, mas sozinho ele não conseguiria;
  • Como excelente líder, reúne as autoridades de Jerusalém e traz uma palavra persuasiva de motivação a fim de que reconstruíssem os muros: Vemos aqui a importância do líder na motivação dos irmãos para a obra de Deus. Não falamos de autoajuda ou de frases de efeitos tão comuns em animadores de auditório e sim de palavras motivadoras retiradas da própria Bíblia sagrada. É dever do líder motivar seus liderados seja em que departamento for.


2.2. NEEMIAS ZELA PELA CONSECUÇÃO (Ne 4)
Quantas vezes o trabalho do Senhor é negligenciado por falta de iniciativa ou de zelo pela sua consecução. A oposição é natural que aconteça, mas é necessário suportar as contradições. A falta de reformas em Judá havia-se tornado um caso inescrupuloso de falta de iniciativa. Mas quando os magistrados são exortados a reconhecerem a miséria em que estavam eles foram humildes em reconhecer isso (Ne 2.17). Logo, prontamente se puseram a trabalhar com entusiasmo, porém os samaritanos que habitavam a terra começaram o seu antagonismo com deboches e ameaças (Ne 2.19; 4.1-2). Os trabalhadores, porém, armaram-se para continuar a obra, providenciaram trombetas para o toque de alerta caso a situação necessitasse, e, com esses cuidados, permaneceram até a conclusão do muro.

  • Falta de iniciativa ou de zelo pela sua consecução: Consecução é o mesmo de conseguir, de chegar até o fim do que se propôs, de concluir a obra. O zelo pela consecução nada mais é do que se manter firme até o fim. Quantos param no meio do caminho quando a luta aperta?
  • Os trabalhadores, porém, armaram-se para continuar a obra: A obra não podia parar, nem sob ataque dos samaritanos que os zombavam constantemente. Os judeus se armaram com espadas e trombetas, enquanto trabalhavam na reconstrução do muro. Enquanto um trabalhava, outro fica de prontidão como uma sentinela a vigiar.
  • Hoje não é diferente, na obra de Deus enquanto uns trabalham, outros dão cobertura de oração e outros vigiam contra as investidas do inimigo.


2.3. CELEBRANDO A RECONSTRUÇÃO (Ne 12.27-43)
A conclusão do muro com seus respectivos umbrais levaram 52 dias, assim estava acabada aquela obra que impôs respeito aos vizinhos antagônicos, pois reconheceram que Deus os ajudara naquela realização. A dedicação dos muros foi feita em celebração, todos os músicos levitas foram convocados especialmente e o evento foi de alegria geral. Apenas quando não nos acomodamos ao caos é que podemos transformar uma situação, depois da situação transformada a vergonha desaparece, o inimigo nos respeita e podemos celebrar definitivamente em Deus a nossa vitória.

  • Que impôs respeito aos vizinhos antagônicos, pois reconheceram que Deus os ajudara naquela realização: O mais importante na vida do cristão é permitir que as obras que ele realiza glorifiquem o nome de Deus. Em tudo dai graças (1Ts 5.18);
  • Depois da situação transformada a vergonha desaparece, o inimigo nos respeita e podemos celebrar definitivamente em Deus a nossa vitória: As situações difíceis em nossas vidas servem para nos provar e para nos mostrar que somente Deus tem a capacidade de abençoar e livrar seu povo. Passado a prova algumas coisas importantes acontecem: 1) O nome de Deus é glorificado em nossas vidas; 2) O inimigo reconhece a derrota; 3) O inimigo nos respeita; 4) A vergonha desaparece; 5) Celebramos com gratidão, louvor e adoração a Deus por tão grande salvação.


3. AS REFORMAS ÉTICO MORAIS
Embora as reformas de natureza religiosa e de estruturação da defesa tivessem sido levadas a efeito, ainda precisavam continuar na sua diversificação para o bem estar daquela sociedade. Isto é, eles precisavam vivenciar o conjunto de regras e deveres para com o seus semelhantes que já estavam prescritas na Lei de Moisés. Logo os reformadores perceberam que precisavam combater duas frentes destrutivas, os inimigos externos que eram os samaritanos com os demais povos misturados, e os internos, que eram os próprios judeus que começaram a explorar a seus irmãos.

  • As reformas ético morais: Vivemos dias de grande individualismo e satisfação pessoal e consequentemente falta de ética e moralidade, inclusive dentro de muitas igrejas ditas cristãs.


3.1 O BOM EXEMPLO DE NEEMIAS (Ne 5.13-21)
Neemias procurou mostrar o seu temor a Deus e respeito para com o próximo, em que jamais buscou tirar proveito para si mesmo de suas funções. Ainda que outros tirassem pão, vinho e prata para si aproveitando da própria função, jamais Neemias e nem os que com ele estavam na administração se aproveitaram nos doze anos em que ali permaneceram. O temor de Deus impede o crente de utilizar-se de embustes que venham defraudar o semelhante, mesmo que sejam legais, mas perante a própria consciência e diante de Deus são reprováveis, imorais e antiéticos.

  • Jamais buscou tirar proveito para si: Que belo exemplo de altruísmo do nosso irmão Neemias e que contraste com muitos pregadores da atualidade. Enquanto Neemias queria agradar a Deus e servir seus irmãos, muitos pastores hoje assumem cargos e trabalhos baseados no quanto receberão de volta.
  • O temor de Deus impede o crente de utilizar-se de embustes que venham defraudar o semelhante, mesmo que sejam legais: Embuste fala de enganos, tramoias. O temor a Deus nada mais é do que o respeito ao nosso salvador. Devido a isto, não usamos de artimanhas mesmo que sejam legais perante a legislação vigente mas imorais perante a ética cristã.


3.2. MEDIDAS CONTRA A EXPLORAÇÃO DO PRÓXIMO (Ne 5.1-12)
Os judeus estavam lutando para reestruturar-se como nação, mas, em época de carestia, logo começaram a oprimir os próprios compatriotas, obrigando-os a penhorar os seus bens em troca de dinheiro para a alimentação, inclusive os tributos. Houve absurdos até do ponto de vista deles mesmos, em que os filhos foram entregues como servos para que eles não morressem de fome. O povo, não tendo mais o que fazer, foi clamar a Neemias, que reuniu a todos e exigiu o perdão das dívidas e a restituição das terras, vinhas, olivais, os dízimos (ágio), trigo, etc. Neemias nem o que havia emprestado quis de volta, como medida exemplar. Que isso nos sirva de lição, pois há sempre quem procure tirar proveito das calamidades e tragédias alheias dando vazão a sua própria cobiça, esquecendo-se de que Deus julgará tais injustiças.

  • Oprimir os próprios compatriotas: Os judeus estavam explorando uns aos outros, retirando dos mais fracos até filhos e cobrando ágio no pagamento das dívidas. Quando irmãos se levantam um contra os outros é porque o amor de Deus não esta mais operando na igreja. Infelizmente temos vivido tempos em que irmãos, por motivos fúteis, processam a outros na justiça;
  • Neemias, que reuniu a todos e exigiu o perdão das dívidas e a restituição das terras, vinhas, olivais, os dízimos (ágio), trigo, etc.: Neemias clamou pelo perdão de todos para todos, um belo exemplo para os nossos dias.


3.3. MEDIDAS CONTRA O CASAMENTO MISTO (Ne 13.23-29)
O casamento misto não era uma situação isolada, mas tomou-se um grande mal, pois tal prática estava generalizada. É muito provável que as mulheres judias estivessem sendo negligenciadas pela escolha das mulheres estrangeiras, o perigo disso era que, em médio prazo, perderiam a identidade judaica e se enfraqueceriam, como os das tribos do norte que, agora eram os samaritanos. Ali estava um remanescente que deveria se preparar para vinda do Messias, não se tratava de etnocentrismo, mas da promessa que fora direcionada a Judá e implicava que eles zelassem por isso também. Os maridos judeus, na ocasião, tiveram com lágrimas de dispensar suas esposas e filhos, foi algo bem doloroso. Hoje um crente não dispensa o seu cônjuge descrente, pois o crente santifica o outro (ICo 7.14; Ef 3.1).

  • Mulheres judias estivessem sendo negligenciadas pela escolha das mulheres estrangeiras: O que estas mulheres tinham de mais? Provavelmente uma vida liberal, sem compromisso, regada de sensualidade. Homens que se envolvem com sensualidade excessiva começam a perder o interesse pelas mulheres de Deus, escolhidas para formar um lar sadio e próspero. Infelizmente na maioria da vezes, quando acordam já perderam o seu bem mais precioso na terra, as sua família;
  • Paulo é muito claro quando diz: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” II Co. 6.14.


CONCLUSÃO
Apesar dos grandes desafios, esse foi um tempo de prosperidade e de alegria para os judeus. Retornaram para as suas terras, reconstruíram o templo, os muros, a cidade, retomaram o comércio, etc. Todavia, não teriam conseguido sem líderes capazes como Esdras, Zorobabel, Neemias e vários outros reformadores. Realizar a obra de Deus é se mover empreender reformas, é ter coragem para um recomeço na vontade d’Ele. Se assim é, mexa-se e faça a sua parte!

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